Capítulo 6
As Cores do Paraíso - Capítulo 6
Na Praia dos Encantos.
-- Pronto Samanta. Enfim terminamos - Luísa jogou-se no sofá, estava exausta.
-- Não senhora - puxou a esposa pelo braço a colocando de pé - falta pendurar os quadros - colocou o martelo em sua mão.
-- Ai, Samanta, assim você me mata - sorriu - E chega de ursinhos, bonequinhas e anjinhos. A nossa filha é uma adolescente e não um bebezinho, aaaiiiii... -- berrou de dor, assustando Samanta.
-- O que foi?
-- Bati com a canela nisso aqui - pegou a cadeira e a levantou no ar - Como veio parar aqui?
-- Não faço a mínima ideia - olhou para o móvel e depois para Luísa - É a cadeira para pintura de quadros, que a Munique usava.
-- Sabe que isso me fez pensar em uma coisa... - Luísa bateu com o dedo indicador na cabeça - Já que nossa amiga Munique não tinha mais ninguém no mundo, não vejo mal nenhum em trazermos todos o material de pintura dela para cá e montarmos um ateliê, em um dos quartos de hospedes.
-- A Gabriela vai adorar - Samanta esfregou as mãos e sorriu feliz - Vou lá buscar os objetos menores, depois você me ajuda a trazer os mais pesados.
-- Vai lá então - assoprou um beijo para ela.
Era tão bom ver Samanta nesse entusiasmo. Foi uma semana muito difícil. Pesadelos todas as noites, choros e mais choros durante o dia. Até que, a confirmação do advogado, da visita de Gabriela a praia do Encanto, fez a mulher renascer para a vida. Queria mudar tudo, montar um quarto novo para a filha, móveis, cortinas.... Tudo novo. Vida nova...
Pomerode.
-- Esse é Van Gogh, Tali - Gabriela mostrava alguns pintores famosos na internet do seu celular - Ele pintou: Os comedores de batata. Ele pretendia, nessa tela, retratar a dura realidade da vida camponesa, sua humildade e dignidade.
-- Esse outro quadro é: O café noturno. Era um café situado na praça Lamartine, estabelecimento muito comum na Paris da época, dormitório para bêbados, mendigos e prostitutas.
-- Um dia você vai ser uma grande pintora e revolucionar o mundo da pintura moderna - falou com gestos exagerados como se estivesse encenando uma peça.
-- Vou pintar: Os Comedores de Batatas doce, para retratar os lavradores alemães aqui de Pomerode e O Chopp Noturno, em uma homenagem ao bailão do Schroeder - fez uma careta - Essa vai ser a minha revolução da pintura moderna.
-- Isso é a pura expressão do bom humor ou mal humor?
-- Isso é bom humor -- jogou o celular sobre a cama e levantou -- Vou fazer minha primeira viagem de avião, vou conhecer Recife -- pulou em cima da cama -- Vou na melhor balada GLS, vou me divertir muitooo...
Talita também pulou na cama.
-- Recife, aí vamos nós... Hú, hú... - Gabriela berrou.
-- Juntas e misturadas - Talita berrou.
-- Só juntas já é o suficiente Tali.
Uma semana depois Gabriela e Talita desembarcavam no aeroporto de Recife.
-- Em um voo comercial, o piloto liga o microfone e começa a falar:
-- Bom dia, senhores passageiros! Neste exato momento a aeronave está a nove mil metros de altura e estamos sobrevoando a cidade de... OH, MEU DEUS!!
A fala do piloto é interrompida, seguida de um enorme barulho:
"PLECT, PLECT, CRASH!"
Extremamente apreensivos, os passageiros agitam-se nos assentos.
Segundos depois, ouve-se a mesma voz no alto-falante:
-- Desculpe-me pelo susto senhores passageiros, é que ao pegar minha xícara de café, sem querer eu a derrubei. Precisam ver como ficou a parte da frente da minha calça.
Lá do fundo do avião, ouve-se uma voz de um passageiro todo nervoso:
-- Seu desajeitado infeliz, vem aqui ver como ficou a parte de trás da minha cueca...
-- Sabe que em nenhum momento eu tive medo, Gabi. Até achei bem divertido.
-- Eu também não fiquei com medo, é bem melhor que ficar dois dias dentro de um ônibus.
-- Olha lá Gabi, o advogado com o cartaz.
Levantaram a mão para que o homem as identificassem.
Depois de algum tempo já estavam na estrada a caminho da Praia do Encanto.
-- Doutor Norberto esse lugar fica muito longe do centro de Recife?
-- Não Gabriela, no máximo meia hora de carro. É um lugar muito bonito e cobiçado pelas grandes empresas de construção.
-- Então se eu quiser vender, vai ser fácil de arrumar comprador?
-- Você não vai precisar nem procurar, eles virão até você aos montes -- o advogado olhou sério para Gabriela -- Você está decidida a vender o imóvel? Pensei que estivesse vindo para cá em definitivo.
-- Meu avô acha melhor eu ficar perto dele. Não tenho ninguém aqui, lá ao menos tenho eles.
O advogado ficou quieto. Luísa havia pedido a ele que não comentasse nada sobre ela. Então obedeceu.
Praia dos Encantos.
-- Você tem certeza Samanta, que vai se apresentar como Munique?
-- O que você quer que eu fale para ela? Oi Gabi, eu sou a sua falecida mãe, aquela que matou o seu pai e agora está se passando pela melhor amiga, Munique. Me dá um abraço, filha?
Luísa não conseguiu segurar o riso.
-- Chega a ser engraçado de tão triste -- olhou para cima e abriu os braços -- Meu Deus, isso vai dar uma confusão daquelas.
-- Primeiro eu tenho que, conquista-la e vai ter que ser aos poucos. Quando eu perceber que ela confia em mim o suficiente, conto tudo.
-- Quero ver o que eu vou inventar... essa garota vai achar que tem duas mães malucas.
-- Maluca e assassina...
-- Credo, Samanta.
Alguns minutos depois, o advogado deixou a avenida principal e pegou uma estradinha de chão que costeava a faixa de praia de mar azul indefinido. Do carro as duas admiravam as belezas do lugar.
Gabriela às vezes se apoiava na porta e colocava a cabeça para o lado de fora, como um cachorro viajando de carro, e deixava a brisa marinha tocar suavemente o seu rosto.
O céu estava azul e o sol brilhava forte, era uma linda manhã de inverno. O mar estava calmo...As ondas quebravam mansamente na praia, sequer faziam barulho.
Finalmente Norberto parou o carro. As duas garotas desceram e ficaram paradas olhando para o imóvel completamente fechado.
A casa era rodeada pela areia, com a estrada de chão atrás dela, e com o mar na frente. As ondas vinham e chegavam bem perto.
-- Ela é linda!!! - A boca de Talita estava aberta, e os olhos estavam arregalados.
Gabriela havia prometido que não choraria mais as dores do passado. Mas quem entende as coisas do coração? Ela aprendeu que lagrimas é algo que não se pode evitar, elas têm vontade própria. Elas caem e pronto.
Subiu os degraus de madeira da varanda e ficou por alguns instantes admirando aquela paisagem que tanto lhe encantou.
-- Vamos entrar? - O advogado sacudiu as chaves que tinha na mão, abriu a porta e entrou.
As duas garotas seguiram Norberto.
Assim que Gabriela entrou na casa, sentiu-se mal, com um aperto no coração, tontura e cala frios.
Retornou para a varanda de imediato e apoiou-se na parede para não cair.
-- O que aconteceu Gabi? - Talita estava preocupada.
-- Não sei, estou tonta e com frio -- cruzou os braços, estremecendo de frio.
Talita olhou para Norberto que fez uma cara de quem não estava entendendo nada.
-- Preferes ir para um hotel? - A amiga passou a mão pelo rosto dela, afastando uma mexa de cabelo. Em seguida colocou a mão sob seu queixo, levantando-lhe o rosto.
-- Não, claro que não -- puxou o ar do fundo dos pulmões e respirou profundamente.
-- Eu disse para você não comer aqueles lanches no avião.
-- Já estou bem melhor - voltou a caminhar em direção a porta - Vamos entrar...
No apartamento de Larissa.
-- Você está falando sério Lari? - Fernanda não estava acreditando que a amiga finalmente havia concordado com elas.
-- Estou. Vou fazer a vontade de vocês -- tomou mais um gole da sua bebida - Quero rir muito quando vocês pedirem pelo amor de Deus para irem embora. Esses lugares são barulhentos, cheio de adolescentes maconheiros.
-- Como você é ranzinza - Paula pegou a garrafa de vinho, encheu a taça dela mais uma vez e sentou ao lado de Fernanda no sofá - Tudo isso que você falou, até pode ser verdade Lari. Mas faz parte, esses bares são animados, com música alta, cheio de adolescentes.
-- Que estilo de roupa devo vestir?
As amigas riram dela.
-- Ai Larissa, você é tão esnobe - Fernanda odiava esse lado boçal da amiga.
-- Bem, o que importa é que ela aceitou - Paula deu um tapa na perna de Fernanda - E quanto a roupa, não indo de vestido longo, o resto tudo é aceitável.
-- Acho bom mesmo. Nem morta colocarei calça jeans.
Fernanda revirou os olhos.
-- Vou convidar Alice, ela vai adorar esse tipo de programa -- virou o copo de vinho de uma vez só - Então será amanhã. Vocês escolhem o lugar.
Gabriela entrou na casa com olhos atentos. Observava todos os detalhes do lugar. Parou em frente a uma tela muito conhecida por ela e que tinha destaque na parede da sala. Virou confusa e deu de cara com uma pessoa.
-- Foi eu quem colocou esse quadro aí - Luísa estava encostado na porta com os braços cruzados no peito.
-- Você? - Gabriela E Talita perguntaram juntas.
-- Estou lá fora - Norberto avisou e logo saiu.
-- Eu vou dar uma voltinha até a praia - Talita acompanhou o advogado.
-- Sim - foi até a janela, abriu as cortinas, respirou profundamente e virou-se novamente para Gabriela - Eu conhecia a sua mãe, éramos muito próximas - abaixou os olhos. Depois voltou a erguê-los, olhando dentro dos de Gabriela - Fui até Pomerode a pedido dela. Infelizmente quando voltei tudo já havia acontecido.
-- Porque não me contou que conhecia ela, Luísa?
-- Eu só vou te pedir uma coisa, Gabriela... -- Ela passou as mãos nos cabelos da garota e olhou bem nos seus olhos azuis, que pareciam refletir o mar como se um completasse o outro.
O sol despachava sua luz e invadia a sala através do tecido da cortina.
-- Te peço um tempo. Um tempo para te contar tudo o que aconteceu nesses 19 anos. Não dá para resumir tantos anos em uma conversa de algumas horas.
A garota estava confusa, não sabia o que dizer.
-- Você mentiu para mim. Como posso confiar em você?
-- Eu não menti para você. Estava lhe protegendo -- abriu os braços e afastou-se diante do olhar acusador da filha.
-- Me proteger de que? Não me venha com essa história de proteção - falou revoltada - Tudo o que eu não tive durante esses anos todos, foi proteção - sorriu nervosa - Aonde estava a pessoa que deveria estar me protegendo?
Samanta tinha razão, não seria nada fácil a aproximação com a filha
-- Você tem toda razão de sentir-se assim, Gabriela - tentou se aproximar, mas, ela fugiu do contato - Você vai me dar a oportunidade de contar toda a verdade?
-- Ficarei aqui em Recife até o doutor Norberto dizer que não há mais necessidade da minha presença. Depois vendo tudo e vou embora.
Luísa entrou em desespero.
-- Você não pode vender esse lugar...
-- Porque não? Você tem algum direito sobre esse imóvel?
Luísa engoliu a vontade que tinha de dizer que aquele lugar era o paraíso delas. Tudo havia sido construído tão somente para ela. Cada cômodo, cada cantinho, tudo para ela. Tinham uma vida inteira para viverem as três, felizes e unidas.
-- Não é isso, é que... você não gostou daqui?
-- Gostei, mas meu avô pediu que eu vendesse para pagar os meus estudos - sentou no sofá e encolheu-se, esfregando as mãos como que para esquentá-las pois fazia muito frio. Chegava a sair um vaporzinho de sua boca.
Luísa resolver dar um tempo naquela conversa. Iria segurar a filha o máximo que pudesse. O avô não iria fazer a cabeça dela. Não mesmo.
-- Gabi - Talita chamou a amiga lá de fora - Vem ver que maravilha.
-- Vou mesmo. Esse lugar é frio demais! - Antes de sair tirou os tênis e dobrou as pernas da calça.
Desceu os degraus de madeira e sentiu seus pés tocarem a areia. A praia de areia quente, que havia sido cozinhada pelo sol durante as últimas horas estava lá, esperando por Gabriela.
Aquele lugar era lindo demais!
- Eu poderia viver aqui - ela disse, olhando o mar.
-- E porque não vive? Esse lugar é seu Gabi.
-- Não posso abandonar meus avós, Tali - sentou e enterrou os pés na areia - Eles são a minha família.
-- Você tem razão - Talita sabia que a amiga estava agindo corretamente - Que tal se a gente trocasse de roupa e entrasse na água?
-- Demorou... vamos lá - deu a mão para a amiga lhe puxar.
Na Construtora.
-- Vamos Alice. Vai ser divertido - sentou em sua poltrona e puxou uma pilha de papel para mais perto - Se você quiser te pego em casa.
-- Vou topar o convite. Gosto de barzinhos. São lugares mais aconchegantes. Galera mais animada - Alice odiava os lugares que Larissa e as amigas frequentavam. Quase não saia com elas por esse motivo.
-- Logo imaginei que toparia. Faz mais o seu estilo - segurou uma foto na frente dos olhos e sorriu - Esse lugar ainda vai ser meu Alice.
-- Que obsessão Lari - Alice saiu da sala, deixando a amiga ainda com o olhar fixo na foto.
-- Não se preocupe dona Samanta, eu irei cuidar muito bem do seu paraíso...Kkkkkk....
Na Praia do Encanto.
-- Ei, você não vai entrar? -- Gritou Talita.
-- Já vou - Gabriela respondeu apreensiva - Como está a água?
-- Molhada - falou e deu um mergulho.
-- A água está quentinha, sua friorenta - deu outro mergulho -- Isso é uma delícia - gritou Talita.
Gabriela criava coragem para entrar. Já havia passado tanto frio dentro daquela casa, que estava começando a pensar que estava doente.
Deixou os pés tocarem a água. Estava gostosa, morninha. Então resolveu finalmente, juntar-se a amiga que brincava com a água.
Gabriela sentiu a brisa leve do mar soprando sobre ela, atravessando entre seus braços e pernas.
As garotas nadavam, mergulhavam, faziam acrobacias, pulavam uma por cima da outra. Uma jogava água na outra, era a maior diversão.
Mais tarde...
Uma amiga pergunta para outra a amiga:
-- Amiga, eu acho que estou engordando. Você acha que eu estou gorda?
A outra amiga responde:
-- Não, amiga, você está redondamente enganada.
Talita ficou bicuda.
-- Gabi, você sabe deixar uma mulher feliz.
-- Também Tali, isso é pergunta que se faça. Está com anorexia é?
-- Agora você me deixou feliz - sentou em uma cadeira perto da amiga - Esse ateliê é muito legal né Gabi.
-- É o sonho de qualquer pintor. Tenho a impressão que foi montado para mim - deu um sorriso canto de boca e sentou.
-- Sua mãe, com certeza.
-- Foi - pegou um pincel do meio de dezenas que haviam em uma caixa - Munique Rossi -- era o nome gravado no pincel.
-- Estranho. Será que tudo isso pertencia a essa Munique Rossi?
Gabriela foi até uma das telas que havia na parede e leu a assinatura.
-- Foi ela quem pintou essas telas - passou a mão pelo quadro - Caramba, isso é que é pintar - colocou a mão no queixo e ficou admirando a obra de arte.
-- Você deve estar com falta de alguma vitamina nesse corpinho. De jaqueta com um calor desse.
Gabriela virou-se para a amiga e fez uma careta.
-- Você não está sentindo esse vento frio? - Olhou para a janela fechada e sacudiu a cabeça.
-- Você deve estar engripando. Como diz a sua avó: Toma um chá de gengibre, minha filha.
Gabriela sorriu com a lembrança da avó.
-- Tali, que tal se a gente sair amanhã para curtir. Talvez um barzinho com música ao vivo. Sei lá... qualquer coisa que não seja música alemã.
-- Você sabe que por mim vou até na Boate da Luz Vermelha. Tendo pessoinhas do sex* feminino, não importa cor, credo ou classe social.
-- Então tá. Amanhã eu peço para a Luísa indicar um lugar legal para a gente.
No dia seguinte.
Larissa falava ao telefone com Fernanda.
-- Tem certeza que esse lugar é bem recomendado? Não quero estragar a minha noite de sábado.
-- Pára de se preocupar Larissa. Parece que tem medo de pobre.
-- Você sabe que não é de pobre que eu tenho medo. Eu tenho medo de violência, de brigas, de todo tipo de confusão.
-- Até parece que só pobre briga, faz confusão...
-- Sei que não, mas nesses lugares os índices de violência são bem maiores.
-- Tá bom, tá bom, não quero discutir a quantas está a criminalidade em nossa cidade. Liguei para te passar o endereço e o horário. Beleza?
-- Eu e a Alice estaremos lá as onze. Beijo Fê - e desligou.
Na Praia dos Encantos.
-- NÃO - Luísa quase deu um chilique quando viu o WhatsApp da filha.
-- Que mal tem, meu amor? - Samanta tentava acalmar a esposa.
-- Ela não tem idade para sair por aí a essa hora da noite.
-- Ela já é uma mulher feita Lú e você deveria estar super feliz por ela ter perguntado a sua opinião. Estou morrendo de inveja - fez cara de brava.
-- É verdade Sam. Isso quer dizer que ela considera a minha opinião importante - falou toda orgulhosa.
-- Claro que sim. Então meu amor, não decepciona ela. Vai lá e tenta ser o mais útil possível. Oferece o carro ou se oferece para levar.
-- Seria uma boa ideia se eu levasse e buscasse né amor?
-- Não exagera.
Na casa de Gabriela.
-- Quero a moto.
Luísa queria morrer.
-- Acho melhor vocês irem com o carro. É mais seguro e....
-- Nós preferimos a moto Luísa, é mais radical - Gabriela estava irredutível - Está decidido.
Maldita a hora que apareceu lá de moto, e a garota achou a coisa mais maravilhosa do mundo. Agora não conseguia dizer não para a filha e ficaria em casa roendo as unhas das mãos e dos pés.
Samanta e o seu conselho: -- Vai lá amor, e tenta ser o mais útil possível. Oferece o carro...
À noite no Recife Antigo.
-- Então gostou? - Fernanda olhava para Larissa ansiosa em saber a opinião dela.
-- Apertadinho né? - Fez uma careta de quem não gostou.
-- Era de se esperar que não gostasse - Fernanda escolheu a mesa próxima a janela. Era um dos melhores lugares do bar, pois entrava uma brisa gostosa e refrescante.
-- Vamos pedir as bebidas. A Larissa pode não ter gostado, mas eu ado... - Alice parou de falar para observar uma cena que rodava lá fora, mais precisamente no estacionamento do bar.
Larissa acompanhou o olhar da amiga e também deixou seus olhos presos lá fora.
-- Caramba, rebobina o filme - Fernanda só faltou pular pela janela.
-- Meninas, com essa visão, já ganhei a noite - Paula abanou-se.
Larissa tentava disfarçar, mas seus olhos teimavam em cair sobre a loira de cabelos cacheados que acabara de chegar. Nunca tinha visto uma garota tão linda como aquela.
Fim do capítulo
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lucy
Em: 20/01/2016
Kkkkkkkkk Luísa tá enfrentada bancando a amiga da filha
com medo da guria se enrrascar e ela ainda vai de moto
Kkkkkkk pra os.país isso é o terror !!!
Larissa e as amigas babando.pelo.anjo.que
adentrao barzinho mais quem vai ser a sortuda
Que levará o. Coração da moça ?/posso imaginar
E torcer por isso kkkk só é ruim a Lari querer comprar
O paraíso dela, mas acho que isso vai ser difícil de acontecer..
Bjs ótima estória kkkk.não consigo parar de ler mas precioso
Kkkkk xau xau
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