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As Cores do Paraíso por Vandinha

Ver comentários: 3

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Palavras: 3214
Acessos: 5909   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 4

As Cores do Paraíso - Capítulo 4

 

 

Luísa entrou no quarto e sentou na cama. Passou as mãos pelos olhos e secou as lágrimas que insistiam em cair. Sentia um misto de alegria e tristeza. Ver a filha pessoalmente depois de tantos anos era uma sensação maravilhosa. O que doía na verdade era não poder toca-la, beija-la, chama-la de filha.

Respirou fundo, precisava controlar-se, afinal, tinha apenas dois dias naquela cidade, e não podia perder a oportunidade de estar ao seu lado o máximo de tempo possível.

Olhou ao redor admirada com a limpeza e a organização do quarto. A pousada parecia ser muito aconchegante, ambiente familiar e uma varandinha nos fundos com vista para a paisagem.

Pegou o celular e jogou-se de costas na cama. Havia prometido para Samanta que enviaria um WhatsApp de hora em hora a deixando informada de todos os seus passos.

Fez um relatório rápido de tudo o que havia acontecido até aquele momento e enviou. Riu quando leu o WhatsApp da esposa: "Amor manda uma foto. Por favor, por favor" e uma carinha de desespero.

Olhou no relógio do celular...faltava apenas cinco minutos. Despediu-se de Samanta com a promessa de tirar a foto e enviá-la o mais breve possível.

 

 

Recife.

 

-- Alice estou de saída -- Larissa colocou a bolsa no ombro e caminhou até a porta -- Estou indo até a praia dos Encantos, não retorno mais hoje.

-- Não prefere que eu vá junto? -- acompanhou a engenheira até a porta.

-- Vou sozinha. Você já está muito manjada por aquelas bandas e, além do mais, os seus métodos de persuasão não estão funcionando muito bem ultimamente -- o comentário soou como uma crítica e Alice não gostou.

-- Qual o seu problema Larissa? Há dias você está soltando indiretas com relação ao meu trabalho. Se há algo que queira me falar por favor, fale de uma vez -- cruzou os braços e ficou esperando.

-- Já lhe falei Alice. Não será preciso repetir -- falou impaciente.

-- Nos conhecemos a muitos anos Larissa, me considero sua amiga, por isso me sinto na obrigação de lhe alertar: Não force tanta a barra, a Samanta é uma mulher educada e paciente, mas tudo tem um limite e nós já o ultrapassamos.

Larissa não deu muita importância ao conselho de Alice, sequer se deu ao trabalho de responder de forma educada. Limitou-se a sacudir os ombros, fazer um sinal de tchau e sair.

 

 

Pomerode.

 

Quando Luísa chegou na praça, as duas garotas já estavam lhe esperando sentadas em um banco ch*pando picolé.

-- Em ponto -- Luísa mostrou o relógio.

-- Sério? A gente nem tem relógio. Estamos aqui sentadas desde aquela hora -- continuou ch*pando o picolé.

-- Vocês não estudam? -- Luísa buscava mais informações sobre a filha.

-- Já terminamos o ensino médio e como aqui não tem faculdade a gente frequenta o banco da praça mesmo -- Gabriela levantou e foi jogar o palito do picolé no lixo.

-- Isso não é bom -- Luísa não gostou nada, nada de saber que a filha não estava estudando -- Estudar é imprescindível, ter uma profissão, adquirir cultura.

-- Eu gostaria de estudar artes plásticas -- fez uma expressão desanimada -- Mas vejo esse sonho cada vez mais distante -- dessa vez seus olhos azuis que mais se confundiam com um oceano revolto, estavam tristes, decepcionados.

-- Acho melhor a gente ir andando, logo vai anoitecer e a dona Luísa não vai conhecer nem a metade dos habitantes do zoológico -- Talita levantou e foi caminhando na frente.

Luísa e Gabriela a seguiam andando calmamente.

-- Não acredito ser tão difícil assim a faculdade de artes plásticas.

-- Para a senhora que mora em um grande centro, com certeza não -- chutou uma pedrinha -- Para nós que moramos aqui no fim do mundo, tudo é difícil.

Luísa olhou para a filha, sentindo-se a pior pessoa do mundo. Ela e Samanta por medo, a estavam privando de sonhos, de conquistas... de vida. Talvez fosse o momento de Gabriela, saber de toda a verdade. Saber que tem duas mães que a amam muito e que nunca deixaram, um minuto sequer, de pensar nela.

 

 

Brasília. No Palácio do Congresso Nacional.

 

 

O Senador Davi acabava de sair de uma reunião no gabinete, quando recebeu a ligação de um de seus assessores:

-- Senador, um homem que se identificou como Roberto Alves, está ligando insistentemente para a vossa excelência, disse que é urgente e de extrema importância para o senhor.

Davi por uns instantes sentiu suas pernas amolecerem. A anos aguardava a ligação desse homem.

Já havia perdido a esperança.

-- Transfira a ligação para o meu celular -- entrou no carro e ficou aguardando.

Segundos depois...

-- Senador, encontrei a menina.

 

 

Recife Praia dos Encantos.

 

 

Samanta a todo instante olhava para o celular e bufava.

-- A Luísa prometeu enviar fotos da Gabriela e até agora nada.

-- Calma Samanta -- Munique ria da impaciência da vizinha -- Elas devem estar fazendo algo juntas por isso ainda não conseguiu enviar.

-- Você tem razão Munique -- sentou e colocou o celular sobre a mesinha -- Vou tentar me controlar. Imagina o turbilhão de emoções pela qual Luísa deve estar passando.

-- Tadinha da minha amiga. Sonhou uma vida por esse dia....

Tobias, o labrador, passou faceiro pela sala carregando um objeto na boca.

-- Você viu isso Munique?

-- Vi. Acho melhor você ir atrás dele, Samanta.

-- Vou mesmo. Sabe-se lá o que ele estava carregando - Ela correu atrás do animal até o quintal. Parou alguns metros de distância de onde ele estava e ficou observando.

Tobias entrou em sua casinha e escondeu um vidro de perfume embaixo de um pano.

-- Ei, ei, moço - Samanta tirou o vidro dele - Deixe a mamãe saber que você estava escondendo o perfume dela - o cachorro a seguiu -- Para a casinha, já - o cachorro obedeceu e triste retornou para casinha.

Samanta limpou o vidro que estava todo babado e colocou novamente no lugar.

-- Eu falei para a Luísa que o Tobias estava carregando objetos de dentro de casa, mas ela não acreditou.

-- Porque você não filma e mostra para ela. Contra fatos não há argumentos.

-- Você me deu uma ótima ideia Munique. É bem isso que farei.

Ouviram palmas no portão. Samanta olhou para Munique, que entendeu o olhar da amiga e foi atender.

 

Larissa aguardava no portão. Estava ansiosa. Como seria a mulher dona daquele lugar que mais parecia um sonho. No horizonte, o sol se escondida, batia na água e refletia uma cor dourada. Mar de ouro. Pensou.

-- Boa tarde - Munique parou diante de Larissa.

A empresária levou um susto.

-- Boa tarde... desculpe, estava apreciando o mergulho do sol no mar - apontou com a cabeça.

-- Deus pinta essa tela todos os dias. Ele nunca se cansa - o sol era tanto que a água refletia a luminosidade fazendo a pintora franzir a testa e os olhos se resumirem em apenas um traço no rosto.

-- Meu nome é Larissa - estendeu a mão para cumprimentar a mulher.

-- Prazer, meu nome é.... Samanta - mentiu.

 

 

Pomerode. No zoológico.

 

-- KKKKKK...

-- Agora uma do macaco - Luísa pediu para a filha.

Certo dia um leão chega para o macaco e fala:

-- Macaco eu estou na seca, vamos trocar? E o macaco responde:

-- Sim, mas só se eu for primeiro -- e o leão concordou com o macaco.

O macaco, truco, truco, truco...no leão.

Quando chegou a vez do leão o macaco fugiu.

Ao ficar distante o macaco se disfarça com um chapéu e lendo um jornal.

O leão ao ver foi ligeiramente perguntar se ele viu um macaco. E o macaco responde:

-- Foi aquele que comeu o seu cú? -- E o leão responde:

-- Rapaz já saiu no jornal foi?

-- Kkkkkk...

Pararam em frente a uma girafa.

-- Feliz é a Girafa, mesmo que faça uma burrada sempre sai de cabeça erguida!

Luísa estava se divertindo muito com as duas garotas. Gabriela era hilária, fazia piada de tudo, também era meiga e carinhosa. Por diversas vezes abraçou Luísa com carinho e com uma intimidade que fazia a arquiteta se emocionar.

-- Você está chorando? - Gabriela perguntou ao ver a mulher com os olhos cheios de lágrimas.

-- Claro que não - disfarçou - Eu acho que é devido ao pó.

-- Os seus olhos parecem um aspirador de pó, dona Luísa. Você está sempre chorando - brincou.

Luísa ficou vermelha.

-- Vamos embora? - Talita sentou em um banco - Estou morta.

-- Vamos. Está escurecendo. Daqui a pouco fecham o zoológico com a gente aqui dentro - Luísa pegou o celular para tirar mais uma foto.

-- Poxa esse teu celular é demais! - Gabriela E Talita fizeram pose.

-- Você não tem celular? - Mais uma foto.

-- O vô me deu um, mas é muito simplesinho, não tem nada - riu.

Mais uma vez Luísa ficou triste. Que sentido tinha ter tanta coisa, quando a sua única filha, não tinha sequer um celular decente.

-- Gostaria de ver algumas de suas telas - falou fingindo naturalidade - Talvez você escolhesse algumas e levasse na pousada.

-- As telas da Gabriela estão lá em casa - Talita mostrou interesse na conversa - Sou a empresária dela.

-- Desde quando? - A garota perguntou surpresa.

-- Dá para ser mais profissional, Gabi? - Colocou as mãos na cintura - Você não vê que é chique?

Luísa sorriu feliz. Era uma sorte as telas estarem na casa da amiga. Assim não correria o risco de dar de cara com Klaus.

-- Podemos ir até lá, então?

 

 

Recife. Praia dos Encantos.

 

-- Samanta, eu estou oferecendo uma fortuna. Não consigo entender essa sua negativa - falava mansamente, não queria deixar a mulher nervosa -- Você tem uma casinha perdida no meio dessa imensidão. Vocês poderiam morar em uma das casas do condomínio, com muito mais conforto e requinte.

-- Não estamos interessadas dona Larissa - Munique fechou o portão -- Em nenhum momento ficamos balançadas com a sua oferta. Não precisamos do seu dinheiro. Entenda de uma vez por toda. Isso aqui - abriu os braços mostrando ao redor - Não tem preço.

-- Tudo tem um preço Samanta.

Munique irritou-se.

-- Existe muita coisa que não tem preço dona Larissa. Não tem preço sair por aí, sentir o vento batendo na cara, para perceber que estamos vivos. Beber com os amigos, rir das coisas loucas que já fizemos. Rir das coisas que antes eram essenciais na nossa vida, mas que hoje não fazem mais importância. Ir para bares. Dançar como se fossemos morrer hoje.

Suspirou fundo lembrando da própria história.

-- Porque a vida é única e não temos um segundo para desperdiçar com coisas desnecessárias. Coisas que simplesmente não se encaixam na nossa vida. Temos que aproveitar. Fazer tudo o que quiser fazer. Dançar até sozinho se estiver com vontade. Beijar todas as bocas que quiser. Falar para quem você ama, o quanto a pessoa é especial para você. A vida é muito curta, então devemos aproveitar.

Larissa escutou o discurso em silêncio.

-- Então Larissa, pegue esse seu dinheiro, que compra tudo e caia fora daqui. Não preciso nem dizer que se, aparecer mais uma vez por aqui... Tobias - chamou o labrador - Solto o cachorro em você.

Larissa afastou-se do portão.

-- Samanta...

Munique ameaçou abrir o portão.

-- Tá certo, tá certo - deu uns passos para trás - Mas se....

A pintora abriu um pouco o portão e Larissa saiu correndo até o carro.

 

 

Pomerode.

 

Luísa olhava as telas que Gabriela pintou. Analisava uma por uma com cuidado.

-- Você é muito boa Gabriela. Precisa aperfeiçoar, amadurecer. Talento você tem de sobra - andou por meio as telas e parou de frente a uma. A arquiteta estremeceu e sentiu as pernas bambearem.

-- Quem é essa mulher, Gabriela? - Perguntou emocionada.

Gabriela abaixou a cabeça numa tentativa frustrada de esconder a tristeza.

-- É a minha mãe...

Luísa olhou para Talita como se pedisse uma explicação.

-- Na verdade a Gabi não conheceu a mãe dela, dona Luísa. Essa mulher da tela é fruto da imaginação da minha amiga.

Impossível. Luísa não acreditou.

-- Quando eu era pequena, minha vó contava historinhas para mim dormir, aonde a princesa tinha essa descrição. Então eu criei a minha mãe.

Luísa estava anestesiada. Era Samanta a mulher da tela.

 

 

Recife.

 

-- KKKK - Marcelo só faltou rolar pelo tapete.

-- Se você rir mais uma vez, eu quebro esse vaso na sua cabeça.

-- Esse foi o verdadeiro: "Soltei os cachorros em você".

-- Idiota. Quem ela pensa que é? - Larissa andava de um lado para o outro da sala. Estava sentindo-se humilhada - Arquiteta de merd*.

-- Eu te avisei - Marcelo engolia o riso. Até que enfim alguém que não se deixava influenciar pelo dinheiro.

-- Ela nem quis saber qual era o valor que eu pagaria pelo lugar.

-- Eu acho que você está insistindo tanto nesse negócio por uma questão de honra. Só porque ela está dizendo não com tanta veemência para você.

-- Não é isso Marcelo - sentou no sofá com os olhos brilhando - Você não faz ideia de como aquele lugar é maravilhoso.

-- Se é tão lindo assim, então não destrua - sentou ao lado da amiga - Você, mais do que ninguém sabe o que acontece quando o pregresso invade lugares como esses.

Larissa olhou séria para Marcelo. O amigo tinha razão com relação a isso. Mas, infelizmente construir em meio a natureza fazia parte do negócio. Eram essas construções que deixavam o nome da construtora no topo do ranking.

 

 

Pomerode.

 

-- Quinze mil - Luísa estava com o bloco de cheques na mão.

-- Gabi - Talita puxou a amiga para um canto - Você está maluca, o que?

-- Eu não posso vender esse quadro Tali - a garota estava quase chorando - É o quadro da minha mãe.

-- Essa mulher não é a sua mãe Gabi, cai na real, amiga. Essa mulher foi criada pela sua imaginação.

Gabriela olhou para o quadro e depois para Luísa.

-- Desculpa, mas não posso. Para mim, ela sempre vai ser a minha mãe - falou em um sussurro.

Luísa sorriu orgulhosa da filha.

-- Eu entendo Gabi - aproximou-se da garota e a abraçou - Posso ao menos tirar uma foto sua ao lado da tela?

-- Foto pode - sorriu.

-- Eu vou comprar quatro telas.

-- Quatro? - Talita ficou toda empolgada - Olha que não é tão barato assim.

-- Eu compro mesmo assim...

Luísa escolheu quatro telas que considerou as melhores. Levaria para a amiga Munique avaliar, estava disposta a incentivar a filha, oferecendo a oportunidade de aperfeiçoar esse dom que Deus lhe deu.

-- São essas telas que escolhi - começou a preencher o cheque - Agora vamos aos valores - as meninas a olhavam sem saber quanto pedir pelas obras de arte - Vou dar a minha oferta, se não concordarem, me interrompam - apontou para a primeira - Cinco mil por essa...

Gabriela e Talita, não conseguiram ouvir mais nada. Em suas cabeças, ficou ecoando: Cinco mil por essa.... Cinco mil por essa... Cinco mil por essa...

No dia seguinte Luísa despediu-se da filha.

-- Isso aqui é para vocês. Só abram depois que eu for embora - entregou uma bolsa para Gabriela e outra para Talita.

-- O que é isso? - Gabriela olhou curiosa para dentro da bolsa.

-- Depois você olha com calma - aproximou-se da filha com lágrimas nos olhos, a abraçou forte e beijou sua cabeça - Que Deus ilumine o caminho de vocês - abraçou e beijou Talita.

-- Vamos sentir a sua falta - Gabriela abaixou os olhos - Você foi a melhor pessoa que apareceu nessa cidade nos últimos tempos.

-- Também vou sentir a falta de vocês - olhou mais uma vez nos olhos azuis da filha e antes que caísse em um choro descontrolado, correr para o carro e foi embora.

 

Talita olhou para Gabriela e sorriu de orelha a orelha.

-- Cara, estamos ricas.

 

 

No dia seguinte...Na Praia dos Encantos.

 

Samanta estava sentada olhando pela centésima vez as fotos que Luísa havia enviado. Sorria, ficava séria, chorava.

Foi tirada de seus pensamentos por Tobias. O labrador, novamente passava com um objeto na boca em direção ao quintal.

-- Agora sua mãe vai ficar sabendo que o menino dela, na verdade, é um ladrãozinho sem vergonha - preparou a câmera do celular e começou a filmar a traquinagem do animal para mostrar para Luísa.

-- Seu danado...

Samanta sentiu uma mão agarrar o seu braço com violência e a arrastar para dentro de casa. Começou a gritar e a espernear desesperadamente. Só descobriu quem era a pessoa que lhe atacava, quando ouviu a sua voz.

-- Sua vagabunda nojenta. Achou que me enganaria pelo resto da vida? - Davi empurrou Samanta no sofá.

A arquiteta estava pálida, horrorizada, tremia de medo.

-- Quer dizer que esconderam a minha filha por todos esses anos em uma cidadezinha do interior? - Tinha o rosto distorcido pelo ódio e revolta.

-- Como você descobriu? - Passou a mão pelo rosto secando as lágrimas.

-- Sua querida Luísa estava sendo seguida e levou o detetive exatamente até onde a menina está - deu um sorriso debochado - Nesse exato momento Gabriela está sentada na praça com uma amiga.

-- Seu nojento...deixa a minha filha em paz - Samanta partiu para cima de Davi em uma fúria descontrolada.

Os dois começaram a travar uma luta corporal violenta.

 

Munique retornava de sua caminhada diária, quando avistou um carro estacionado em frente à casa das amigas. Achou o carro muito suspeito. Como que por intuição, entrou em casa, pegou sua arma, colocou na cintura da calça e correu até a casa da amiga.

Do portão ouviu os berros desesperados de Samanta. Como que possuída por uma força maior. Entrou porta adentro com a arma em punho.

-- Larga essa arma - falou para Davi que apontava o revolver para Samanta.

-- Ora, ora... mais uma para morrer...

De repente o som alto de tiros ecoou pelo local...

 

Luísa para facilitar o retorno para casa, havia deixado o seu carro no estacionamento do aeroporto. Estava feliz, finalmente havia abraçado e beijado a filha. Aquele tempo junto a ela serviu para que tomasse uma importante decisão: Enfrentaria Davi.

Assim que alcançou a rua de casa, avistou um carro estacionado em frente ao portão. Estacionou o seu, ao lado do veículo desconhecido e como uma cena de filme rodada em câmera lenta, saiu caminhando cautelosamente.

Parou na porta aberta e olhando para dentro, caiu de joelhos desesperada...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 4 - Capítulo 4:
Lea
Lea

Em: 06/07/2021

A aflição aqui está fora do normal!! A Monique matou o crápula do Davi!

Responder

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rhina
rhina

Em: 12/03/2019

 

Não Autora.....por favor não. 

Não pode ser.

Rhina

Responder

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lucy
lucy

Em: 20/01/2016

Aff não me.diga que  Samanta morreu e a Munique também

Bjs

Perfeito capítulo

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