Oi lindas, Voltei *-*
Espero que gostem!^^
Capítulo 32
-- Se alguém gritar as duas morrem! -- Amanda ouviu, estava assustada e com medo. Sentiu ser apertada sobre o pescoço a medida em que também era pressionada com algo sobre sua cabeça.
Olhou ao seu redor e viu que Samantha olhava desesperada de um lado para o outro, parecia não saber o que fazer para ajudar. Viu quando a morena se pôs na frente da porta traseira do carro, mas o homem que estava com Agatha em mira de uma arma a deteve ameaçando sua filha enquanto também afastava-se consideravelmente da morena. Percebeu que Samantha não conseguia pensar em nada, resolveu intervir.
-- Agatha? -- Chamou. -- Olha pra mim. -- Amanda pediu e a menina obedeceu. -- Para de chorar, está bem? Vai ficar tudo bem, eu não vou deixar ele te machucar! -- Amanda disse tentando acalmá-la.
-- Cala essa boca vadia. -- Ouviu o homem que a segurava forte, gritar com raiva ao pé de seu ouvido apertando mais o braço ao redor de seu pescoço. -- Sai de frente da porta ou eu atiro nessa aqui! -- O homem continuou gritando em aviso para Samantha.
-- Não, Samantha! -- Pediu alto olhando Samantha que, não soube o que fazer. Agatha pôs-se a chorar alto novamente. Amanda já sentia-se sem forças por estar sendo apertada pelo braço do homem, mas diante de toda aquela situação, vendo Samantha em prantos, desesperada por ter a filha em mira de um louco, de repente, sentiu-se confiante ao ouvir a ofensa do homem a segurando, foi como se apertasse um botãozinho em seu cérebro. Soube exatamente o que fazer, girou sua cabeça na direção da curvatura do cotovelo do homem em busca de ar e espaço, encaixou sua mão entre o seu pescoço e o braço dele, com a palma para frente e com a ajuda da outra mão empurrou com toda força afrouxando a chave de braço em seu pescoço, flexionou os joelhos e encaixou seu quadril ao do homem ao mesmo tempo que curvou totalmente o corpo para frente, conseguindo desequilibrar o meliante fazendo com que ele voasse por cima do seu corpo e caísse de costas no chão a sua frente, com Amanda ainda segurando seu braço. E logo vendo ele querer apontar a arma para ela, mas foi mais rápida e pisou no braço dele, tomando a arma e a empunhando com perfeição, apontando na direção dele ainda jogado no chão.
-- Amanda como você fez isso? -- Agatha lhe perguntou chorosa, parecia admirada e surpresa. Samantha a olhava do mesmo jeito.
-- Se levantar, eu atiro! -- Amanda disse ao ver o homem se movimentar. -- Samantha fica de olho nele, se ele piscar você me avisa. -- Advertiu enquanto revezava a atenção entre o homem no chão e o que segurava Agatha, enquanto dava dois passos na direção deles. -- Solta ela! -- Ordenou apontando a arma na direção da cabeça do homem que segurava a menina. Estava segura de si e da situação, sabia que podia livra-las daquilo.
-- Não! E fica parada ai, se não, eu vou meter bala nela! -- Ordenou afastando-se um pouco, em gritos sem tirar a arma da cabeça de Agatha. Amanda parou, sabia que precisava ter cautela e muita atenção, mas tal situação perdera todo o controle ao perceber que Samantha não tinha feito o que havia lhe pedido.
-- Não! -- Samantha gritou e foi a última coisa que Amanda ouvira antes de tentar proferir o nome da morena e tudo escurecer...
-- Me levem e deixem ela, por favor! -- Amanda ouviu vagamente Samantha dizer com voz de suplica e choro. Sentiu muita dor na cabeça, abriu os olhos e estava tudo embaçado, olhou ao redor e viu sangue ao lado de seu rosto e logo à frente a arma, ouviu Agatha também chorar mais alto e isso irritou o homem que a derrubara no chão.
-- Vamos, bota a menina no carro! -- O Homem segurando forte Samantha pelo braço para tira-la da frente da porta para que o outro homem pudesse entrar no carro. Amanda arrastou-se um pouco e alcançou a arma a empunhou firme olhando em direção ao homem que queria pôr Agatha dentro do carro.
-- Não! -- Ouvira Samantha gritar desesperadamente e o mesmo foi o estalo para que efetivasse o primeiro disparo seguido pelos outros três e assim matando os dois homens a sua frente.
-- Eloá? Acorda... acorda. -- Caroline chamou pela amiga enquanto a sacudia tentando acordá-la.
-- Nãaaooo! -- Amanda sobressaltou-se sentando-se na cama.
-- Eloá, o que houve?
-- Eles... eles queria levá-la, Cá. -- Amanda disse ofegante e assustada encarando Caroline que sentou a seu lado.
-- Eles quem? Queriam levar quem, meu anjo? -- Caroline a fitava preocupada.
-- Levar a Agatha e a Sam... Meu Deus eu senti tanto medo... Não podia deixar eles as levarem. -- Amanda começou a chorar angustiada. -- Eu tinha que fazer alguma coisa e quando eu acordei eu os matei, eu matei... -- Amanda declarou em prantos.
-- Calma, calma, shiiii... Depois você me diz. -- Advertiu. -- Vem cá. -- Caroline a abraçou forte. -- Estou aqui, foi só um pesadelo ruim, meu amor, fica calma. -- Caroline disse tentando acalmar Amanda.
-- Não... não foi um pesadelo, Cá. -- Amanda afirmou desfazendo o abraço e a olhando. -- Foi real, aconteceu.
-- O que? Eloá, você estava sonhando. Era só um sonho ruim. -- Caroline declarou a olhando confusa e preocupada.
-- Cá, eu sonhei sim, agora a pouco. Mas isso que eu sonhei aconteceu de verdade. Carol, eu lembrei de tudo, tudo mesmo. Por isso eu voltei pra cá. Agora eu entendo, a cirurgia e todo o resto. -- Amanda declarou olhando a amiga. -- Cá, eu atirei nos caras que queriam levar a Agatha.
-- Espera, espera aí. -- Caroline levantou-se, deu alguns passos e parou a fitando. -- Do começo, conta do começo pra mim entender. -- Caroline pediu. -- Quer dizer... -- Sentou-se de volta ao lado de Amanda e sorriu. -- Está mais calma? Pode me contar? -- Investigou enquanto ajeitava os cabelos de Amanda atrás da orelha e lhe fazia um carinho.
-- Estou bem, sim. -- Sorriu fraco. -- Mas espera só um minuto, está bem?
-- Quanto tempo precisar. -- Sorriu. -- Afinal são três da manhã né e pra onde eu iria numa horas dessa? -- Declarou e levou um leve tapa. -- Boba... Eu estava brincando.
-- Eu sei... -- Amanda sorriu. -- Estou com sede. -- Avisou.
-- Só um minuto. -- Caroline pegou uma jarra com água sobre uma mesinha no quarto e serviu um pouco no copo e deu a Amanda.
-- Obrigada... Foi tão tenso, Cá... Eu tive tanto medo e a Sam... Eu nunca pensei que veria a Samantha tão vulnerável, tão desesperada quanto naquele dia. Ela chorava feito uma criança enquanto olhava de mim pra Agatha e vice versa. E quando a filha era ameaçada ela... ela simplesmente chorava em desespero.
-- A Samantha chorando? Olha... não a conheço, mas é meio difícil de acreditar que uma mulher como ela seja medrosa e tal. -- Caroline disse e Amanda sorriu.
-- Verdade... Mas ainda assim, Samantha é forte, ela apenas estava com medo de que algo acontecesse com a vida dela.
-- Com a vida dela? -- Caroline indagou surpresa.
-- Vida dela. Ler-se, Agatha! -- Amanda revelou e sorriu. -- É assim que Sam chama a pequena, de minha vida. Agatha é o que ela tem de mais precioso. -- Sorriu feliz e em entendimento. -- Ela me disse, diz pra todos.
-- Tá eu entendi. Mas agora ela tem você também.
-- Sim, eu a amo e ela me ama, mas são amores diferente Cá.
-- Eu sei. -- Sorriu. -- Vem aqui. -- Caroline a puxou para um abraço e passou a fazer um carinho nos cabelos de Amanda. -- Se não quiser contar agora, tudo bem. -- Avisou e Amanda desfez o abraço e a olhou e sorriu fraco. -- Ok. Olha eu sei que quer me falar, e então o que ouve? -- Caroline investigou calma.
-- Tudo bem.... Vou te contar sim... Eu lembro de tudo agora. -- Sorriu muito feliz. Lembrara da noite maravilhosa que teve com Samantha, da surpresa que a morena tinha lhe proporcionado.
-- O que foi? Porque essa carinha de boba? -- Caroline indagou curiosa.
-- Ai Cá... -- Amanda a fitou sorrindo meio tímida. -- É que com esse sonho ruim eu me lembrei de uma coisa boa também. Na verdade maravilhosa. -- Sorriu.
-- O que?
Amanda suspirou pensativa e feliz. -- De uma noite maravilhosa que eu tive com a Sam... Ela me fez uma surpresa na noite de quinta. Cá eu estou tão feliz. Ela precisa saber que eu lembrei disso. -- Notou. -- Ela foi perfeita... ela é perfeita! -- Declarou radiante.
-- Ok, ela é esplêndida! -- Caroline gesticulou. -- Mas agora eu quero saber que surpresa foi essa. Vai desembucha. -- Caroline ordenou.
Amanda riu da amiga e com calma, entre risos e sorrisos de ambas, contou tudo que passou com sua namorada. Omitindo algumas coisas, mas não sem protestos de Caroline que insistiu, porém Amanda apenas ria e contava o que achava suficiente.
-- E foi isso... Foi lindo, maravilhoso, perfeito. Samantha é tão carinhosa, dedicada, amorosa comigo e com todos.
-- Mas pelo que soube ela tem uns momentos de... Explosões, sei lá. -- Riu.
-- Eu amo isso nela. Ela é carinhosa sim. Mas também intempestiva. Mas ela é justa e gosta das coisas bem feitas. E cobra isso de todos. E sai de baixo quando a contrariam. Sam, tem fama de durona e chata, mas ela não é assim. Quem a conhece sabe... Apenas tem os momentos em que está assim. Me entende? Mas ainda assim, é porque ela precisa ser autoritária e cobrar mesmo. Olha isso tudo aqui... -- Amanda gesticulou se referindo ao hospital. -- Ela é a dona e responsável por tudo. Precisa ter pulso firme. -- Observou.
-- Verdade. -- Caroline concordou. -- Você a ama muito mesmo... -- Notou. -- E ela a você. -- Advertiu e sorriu.
-- Sim... A amo muito.
-- E o sonho?
-- Eu sonhei, mas foi real. Aconteceu. -- Amanda afirmou e passou a narrar em detalhes o que havia acontecido quando saiu com Samantha e Agatha da casa dos pais da namorada.
* * * *
-- Bom dia, bom dia... -- Samantha disse ao entrar na sala de jantar e ver a família toda reunida tomando o café da manhã. -- Bom dia meu amor. -- Desejou beijando Agatha e sentando a seu lado. -- Dormiu bem, filha?
-- Dormi, e na sua cama. -- Declarou a olhando sorrindo.
-- Teve pesadelos? -- Perguntou interessada enquanto lhe acariciava os cabelos.
-- Não. -- Disse contente. -- Eu dormi a noite toda a vovó que me acordou. -- Confessou.
-- Que bom minha vida. -- Samantha sorriu e a beijou mais uma vez.
-- Filha, não vai tomar café? -- Regina quis saber, já que Samantha não fez menção para tal.
-- Vou sim, mãe. -- Disse começando a arrumar-se para serve-se. -- Saí de casa apressada. -- Proferiu olhando o irmão que, parecia alegre.
-- Mãe vai demorar muito lá na delegacia? -- Agatha indagou curiosa.
-- Eu não sei meu amor... -- Samantha respondeu e lembrou novamente do porque estavam indo a delegacia. Sentiu a raiva lhe subir os sentidos ao lembrar que o causador de tanto sofrimento fora o idiota do ex-funcionário do hospital, sentiu uma vontade imensa de socar a cara de Paulo até sentir-se satisfeita. Por causa dele seus dois amores sofreram graves consequência e quase perdera a pessoa que em pouco tempo já amava com toda suas forças. Tinha separado fotos de Paulo para que o delegado mostrasse para o homem que tinha seguido sua filha e que agora estava detido na delegacia a espera de um reconhecimento por parte de Agatha. E se tudo se confirmasse, se Paulo fosse realmente o mandante por trás de tudo que elas sofreram, não sabia do que era capaz de fazer ao vê-lo diante de si, realmente não sabia...
-- Samantha? -- Henrique a chamou pela segunda vez a tirando de seus pensamentos. -- Está tudo bem filha? Estava longe, distraída.
-- Está sim, pai. Estava apenas pensando aqui sobre umas coisas. -- Suspirou forte. -- Nada demais. -- Soriu.
-- Grandona, quer que eu vá com você na delegacia? -- Murilo perguntou.
-- Não, não precisa. Ao que tudo indica vai ser tranquilo. Mas se eu precisar te falo.
-- Claro, chame sim. -- Murilo, sorriu em resposta.
-- Filha e como ficou a história da sua viagem? -- Regina perguntou curiosa.
-- Ah sim. O pai da Amanda ainda quis arrumar problemas, mas ela foi firme na decisão de eu ir junto. -- Declarou eufórica. -- O Fabrício vai comprar as passagens para as três horas, melhor para mim e para eles. -- Explicou.
-- Mãe a senhora vai demorar muito pra lá?
-- Eu espero que não meu amor. -- Samantha a olhou e sorriu. -- Mamãe promete voltar logo, está bem?
-- Tá bom. -- Sorriu. -- Já acabei de tomar meu café.
-- Então vai escovar os dentes que já está quase na hora de irmos.
-- Tá bom. -- Disse e saiu correndo.
-- Sam, qual é a desse Fabrício? Olha, eu ainda estou confuso, ele não é marido da Amanda? Ela está mentido pra ele ou ele...
-- Não Mu... Olha o Fabrício sabe da gente, e que estamos juntas. Não estamos traindo ninguém. -- Samantha afirmou olhando diretamente para Jaqueline que, desviou o olhar rapidamente.
-- Ah sim...
-- Olha eu não sei qual é a história por trás disso tudo, pois ainda não conversei com a Amanda sobre o assunto. Mas logo vamos fazer isso. O importante é que eu e ela estamos bem e não estamos traindo o suposto marido dela.
-- O casamento é de fachada então. -- Murilo deduziu. -- Ele é gay? -- Perguntou curioso e todos riram.
-- Não! -- Samantha respondeu rindo. -- Parece que ele tem uma esposa... Olha é muito complicado eu não sei te explicar ainda, prometo que assim que eu souber de tudo eu conto pra vocês. -- Sorriu olhando os pais o irmão e cunhada.
-- Faça isso, por favor. -- Murilo concordou também rindo.
-- Samantha? -- Jaqueline manifestou-se e logo Samantha lhe deu atenção. -- É que eu ainda não fui no hospital... sabe fazer os devidos procedimentos, devido aos contra tempos, enfim... Como eu faço?
-- Entendo, Jack. -- Disse com sinceridade. -- Olha, liga para a Sheila que ela vai te explicar direitinho o que tem que fazer e quando estiver lá no hospital ela mesma te acompanha e explica melhor. -- Samantha aconselhou e sorriu. -- Murilo, vai com ela o quanto antes, pode ser?
-- Pode. Hoje à tarde nós vamos lá. -- Declarou olhando a esposa a seu lado sorrindo.
-- Ótimo. -- Samantha estava contente pelo irmão e cunhada.
-- Filha? -- Henrique a chamou. -- E se tiver sido realmente o Paulo, o que vai fazer?
-- Pai, ele não vai sair dessa eu juro que não. -- Samantha disse com raiva no olhar. -- Ele vai ter que arcar com todas as consequências, todas!
-- Concordo filha, todos concordamos. -- Henrique afirmou a olhando. -- Sinto pelo Otávio... Mas o que estou querendo saber no momento é... Samantha eu te conheço, você vai querer procurá-lo, enfrentá-lo. Não se envolva filha, deixa a polícia cuidar de tudo.
-- Pai eu...
-- Sam, não vale a pena. -- Murilo disse sério a olhando.
-- Eu sei que não...
-- Mas, um soquinho ou dois na cara daquele cínico idiota e metido a besta eu apoio. -- Alexsandra declarou interrompendo a irmã.
-- Olha, eu sinceramente concordo com você dessa vez. -- Samantha confessou rindo e ganhou um beijo da irmã.
-- Tinha que ser a Alex. -- Murilo disse rindo. -- Dormiu bem grandona?
-- Magnificamente bem. -- Alexsandra respondeu e logo deu um beijo em cada um ali presente. -- Vamos ver o que que tem de bom pra se comer. -- Disse sentando-se a mesa e começando a serve-se.
-- Hum, vejo que a felicidade continua. -- Murilo observou.
-- Dormiu aqui foi? -- Samantha perguntou olhando a irmã e vendo sua evidente felicidade.
-- Humrum. -- Balbuciou enquanto mordia um pão de queijo. -- Ficou tarde e eu fiquei com preguiça de ir pro flat.
-- Ah sim... E esse sorriso bobo na cara é porque mesmo? -- Indagou a olhando sorrindo.
-- Ah por uma coisa maravilhosa que estou sentido e vivendo, mas vou contar só depois já disse.
-- Filha, porque isso? -- Regina investigou. -- Se está feliz, porque não compartilha sua felicidade conosco?
-- Mãe eu quero, mas ainda não é a hora... -- Alexsandra queria conversar com Laila primeiro, para depois ambas contarem sobre o namoro delas para suas respectivas famílias. Mas a vontade que tinha era de dividir o que estava sentido com a família ou pelo menos com uma pessoa.
-- Está namorando né? -- Murilo investigou. -- E pelo visto a coisa é séria. Nunca te vi desse jeito com nenhum namorado antes. -- Notou.
-- Não, Um... -- Samantha discordou. -- Não é um namorado... eu acho que é outra coisa.
-- Como sabe que não é um namoro? -- Alexsandra indagou a olhando sorrindo.
-- Você toda feliz por causa de um namorado? -- Samantha observou. -- Alex tu fala de uma moto com mais empolgação do que fala de um namorado. E agora você está mais empolgada e não está falando de motos, portanto não é um namorado. -- Samantha deduziu e todos concordaram.
-- Mãe tô pronta! -- Agatha chegou correndo. -- Tia Alex... -- Sorriu a olhando.
-- Oi Samanthinha mirim, bom dia. -- Alexsandra proferiu sorrindo. -- Cadê meu beijo?
-- Ah é. -- Agatha foi até ela e a beijou, ganhando também um beijo carinhoso da tia. -- Eu pensei que a senhora tinha ido pra sua casa. -- Avisou.
-- Não meu amor, a tia resolveu ficar, estava tarde. -- Avisou.
-- Filha se despeça dos seus avós. -- Samantha avisou. -- Alex, toma conta do hospital, me liga, mas só se for bem braba a coisa. -- Riu.
-- Sam, minha manhã está lotada hoje, como sempre depois que a Vick tirou férias. Olha vamos ter que rever esse quadro de médicos do meu setor. -- Alexsandra advertiu olhando a irmã.
-- Eu sei... Olha bem que você poderia ver isso. Eu estou até a testa de coisas para resolver naquele hospital e sem tempo no momento.
-- Eu sei, não estou cobrando nada, apenas fazendo uma observação, sei que está ocupada. Mas vou ver isso. Tem os novos estagiários e já notei um ou dois interessados na área, mas como vai demorar um tempinho vou ver médicos já formados. -- Sorriu.
-- Quem dos estagiários quer mastologia? -- Samantha indagou curiosa, pensando ser Laila.
-- Não grandona, não é a Laila. -- Sorriu lembrando da namorada, estava com saudade, mas haviam combinado na noite anterior que se falariam no hospital. -- Ela é dedicada está fazendo um ótimo trabalho, mas ela está interessada em uma outra área, e terá uma excelente tutora.
-- Quem? -- Samantha indagou interessada.
-- Você! -- Afirmou.
-- Eu? -- Samantha indagou e logo deu-se conta. -- Sério? Ela quer seguir a minha especialidade? -- Estava surpresa e feliz.
-- Seríssimo doutora. Ela mesmo me disse e está determinada. -- Sorriu, sabia que Samantha tinha o maior prazer em ensinar estagiários em geral, mas seus olhos brilhavam quando algum deles demonstrava interesse pela Ortopedia.
-- Alex eu vou antecipar a ida dela para o meu setor... -- Samantha afirmou contente. -- Se ela já se decidiu não vejo...
-- O que? -- Alexsandra a interrompeu, foi pega de surpresa com tal notícia e não conseguiu esconder tal desgosto. -- Não, não. Ela ainda tem essa semana e a outra comigo. -- Advertiu a olhando séria, mas logo percebeu que todos a olhavam surpresos. -- Quer dizer... ela não pode terminar e depois você a transfere?
-- Pode ser... Olha depois vemos isso, tenho que estar as oito lá na delegacia.
-- Tá bom, também já vou para o hospital.
-- Vamos filha. Tchau mãe, pai, Mu, Jack. -- Despediu-se e logo saiu com a filha.
* * * *
-- Bela adormecida, acorda! -- Caroline disse tocando Amanda. Esta, apenas resmungou virando-se para o outro lado. -- Eloá, acorda já são sete e meia. -- Insistiu.
-- Cá, tá cedo me deixa dormir mais um pouco.
-- Ok. Não vai ser eu quem vai estar toda despenteada e com bafo de onça quando a namorada chegar. -- Caroline advertiu já rindo. Tinha levando antes das sete e aproveitado para tomar um banho e fazer sua higiene pessoal.
-- Ahrhahrah. -- Amanda resmungou desembrulhando-se e fitando a amiga ainda emburrada, mas já sentada na cama. -- Aff odeio quando está certa. -- Afirmou.
-- Já eu, adoro. -- Confessou. -- Vai levanta logo. A moça da cantina já deve estar chegando como nosso café. -- Deduziu sorrindo animada olhando Amanda que, jogou-se novamente na cama.
-- Eloá, meu anjo, levanta daí logo.
-- Tá bom. -- Amanda ajeitou -se para levantar.
-- Espera! -- Caroline a impediu.
-- Que que foi? -- Perguntou assustada.
-- Devagar se não vai ficar tonta. -- Avisou aproximando-se.
-- Ah é... Obrigada. -- Agradeceu e desceu devagar com a ajuda da amiga.
-- Vai lá. Ah o Fabricio mandou uma mensagem dizendo que iria comprar as passagens e que a Naty traria sua roupa quando viesse.
-- Tudo bem. Deixa eu ir...
-- Vai lá, gata!
Amanda entrou para o banho e sem muita pressa começou a fazer a sua higiene matinal. Caroline sentou no sofá e pegou o celular a seu lado aproveitando para checar as suas mensagens novamente. Foi despertada logo depois das oito por duas batidas na porta e logo a entrada de uma mulher uniformizada guiando um carrinho com o café da manhã.
-- Bom dia, senhora. -- Disse simpática. -- Café da manhã. Posso servir?
-- Não precisa, obrigada. -- Caroline avisou. -- Deixa aqui que eu mesmo sirvo. Ok?
-- Como preferir. Com licença, depois volto pra pegar o carrinho. -- Disse e saiu rapidamente.
-- Eloá, cuida mulher. -- Disse batendo na porta do banheiro. -- Já está aí a um tempão. O café já está...
-- Pronto apressada. -- Disse a interrompendo ao abrir a porta e saindo. -- Hum que cheiro maravilhoso. -- Disse já beliscando uma uva.
-- Bonito eu te espero e você já chega e vai comendo. -- Caroline advertiu fingindo irritação.
-- Boba. Vem, vamos tomar café. -- Amanda sentou- se na cama. -- Puxa aqui o carrinho pra perto da cama e senta aqui do lado. -- Sugeriu.
-- Ok. -- Caroline fez o pedido e logo elas já estavam degustando a comida.
-- Sam disse que estaria na delegacia agora pela manhã. -- Amanda disse depois de um tempo pensativa. -- Será que eu tenho que ir lá?
-- Acho que não. Ela disse que teria?
-- Não. Mas também não adiantaria. Eu não estava lembrando, mas agora eu lembrei.
-- Liga pra ela então... No entanto, acho que se fosse o caso ela te falaria... Enfim liga pra saber. -- Sugeriu.
-- Agora não, ela deve estar ocupada. Depois eu ligo.
-- Tudo bem... Ah, o Fá mandou mensagem dizendo que comprou as passagens. Tudo ok.
-- Ah que bom. -- Amanda sorriu.
-- Olha o café da manhã desse hospital é muito melhor do que a maioria dos hotéis que fiquei por ai. -- Caroline afirmou e Amanda riu.
-- Minha morena quem avisou que eu precisava de cuidados especiais. -- Amanda brincou. -- Mas todos do hospital servem muito bem a todos os pacientes.
-- Mas convenhamos que você está tendo um tratamento pra lá de especial né? Olha pra isso tudo. Se bem que agora está feio porque já comemos quase tudo. -- Gargalhou olhando a bandeja quase vazia a frente delas.
-- Verdade. -- Amanda riu.
-- Ok. Ainda vai querer comer?
-- Não. -- Disse e escutaram duas batidas na porta.
-- Ah deve ser a moça que veio buscar essa bagunça que fizemos no carrinho. -- Riu.
-- Então porque ela não entra? -- Amanda indagou confusa. Pois bateram na porta e não entraram.
-- Vou lá ver isso? -- Caroline foi e abriu a porta -- Você? -- Falou olhando a mulher a sua frente.
-- Eu. -- Sorriu um tanto tímida. -- Posso ver a Eloá?
-- Cá, tudo bem. Entra Sophia. -- Amanda disse sorrindo.
Caroline deu espaço e Sophia entrou fitando Amanda sorrindo.
-- Soube que você vai ter alta hoje e que vai embora. -- Afirmou depois de ter dado um beijo em Amanda. -- Fabrício me contou, liguei pedindo informações suas. Desculpa não ter vindo antes, me ocupei.
-- Não se preocupe... É sim vou hoje.
-- Vou sentir saudades... Olha me desculpa por tudo, mesmo... Quero que continuemos amigas.
-- Claro, Sophia. Vamos deixar tudo pra trás e começar do zero a nossa amizade, tudo bem?
-- Perfeito. E sua medica especial?
-- Bem... Ela aparece daqui a pouco eu acho.
-- Estão bem vocês duas?
-- Sim. Muito bem.
-- Que bom... -- Sophia disse e fitou Caroline que a olhava com resistência. -- Tudo bem, Caroline?
-- Tudo ótimo! -- Disse seria. Nunca tinha ido muito com a cara de Sophia e não sabia o porquê.
-- Ok...
-- Olha eu vou dá uma volta lá fora. -- Caroline avisou.
-- Cá, não faz isso. Porque você não gosta dela? -- Amanda indagou.
-- Olha eu não sei. -- Disse sincera. -- O santo não bateu, sei lá. E ela te cobrava muito e depois se mudou sem nem te questionar...
-- Olha eu sinto muito. Mas era o meu trabalho eu tinha que vir.
-- Ei vocês duas, parem com isso! -- Amanda disse alterando a voz fitando de uma para a outra.
-- Desculpa. -- Sophia pediu.
-- Ok. Desculpa também. -- Caroline disse as olhando.
E as três foram interrompidas pela entrada de Natelly, Marina e os pais de Amanda que entraram animados.
-- Mãe, dormiu bem? -- Natelly indagou enquanto a abraçava com carinho.
-- Dormi sim, meu amor. -- Afirmou sorrindo. -- Mãe, pai, Mary. -- Sorriu os olhando.
-- Oi filha. -- Lúcia a beijou e Marina fez o mesmo.
-- Oi Sophia, tudo bem? -- Natelly indagou simpática a olhando.
-- Estou bem, sim, obrigada. -- Respondeu a fitando também e em seguida voltou sua atenção para Amanda. -- Eloá, eu só vim te dar um beijo, já está na minha hora. -- Sophia avisou depois de perceber que Carlos a olhara com evidente raiva.
-- Mas já? -- Amanda indagou a olhando. -- Mas você mal chegou.
-- Melhor eu ir. -- Sophia insistiu fitando Carlos rapidamente. -- Bem, te desejo muitas felicidades, saúde e qualquer coisa me liga. -- Sophia a abraçou forte e lhe deu um beijo rápido no rosto. -- Boa viagem e recuperação, tchau, fica bem viu? -- Desejou sorrindo.
-- Vou ficar sim. -- Sorriu contente. -- Vê se não some.
-- Pode deixar. Ah eu quero ser convidada... Bem, eu vou indo. Tchau a todos. -- Sorriu olhando os demais.
-- Tchau. -- Marina, Natelly e Lúcia responderam também sorrindo.
-- E o seu pai? -- Amanda perguntou fitando a filha.
-- Ah, ele deve estar chegando. Já comprou as passagens. -- Avisou contente. -- Viajaremos as três... Olha o que eu trouxe, algumas roupas. -- Mostrou uma bolsa pequena. -- Quer vestir agora?
-- Melhor não, ainda não tive alta. -- Observou. -- São as regras. -- Riu lembrando da namorada.
* * * *
-- Alex, Alex não da bandeira mulher. -- Alexsandra disse em voz baixa para si mesmo enquanto andava de um lado para o outro em seu consultório. Tinha acabado de chegar no hospital e a primeira frase que disse a sua assistente foi "A Laila já chegou?". -- Nossa como eu estou parecendo uma idiota. -- Disse e riu de si mesmo. -- Não podia ter pelo menos desejado um bom dia primeiro? -- Se perguntou e sorriu pesando em Laila. -- A que se dane... Logo todos saberão mesmo. -- Lembrou. Olhou a hora e já passavam das oito da manhã de segunda. -- Será que ela não vem? Não, ontem ela disse que nos víamos aqui. Alex deixa de ser...
-- Com licença? -- Uma mulher interrompeu Alexsandra de seus devaneios. -- A estagiária chegou. -- Avisou e Alexsandra a olhou um tanto irritada.
-- O nome dela é Laila, ok? Obrigada. -- Alexsandra assustou-se com tal comportamento. Sua assistente, assim como todos, incluindo ela própria sempre chamavam os estagiários de tal forma.
-- Desculpe, Doutora Alexsandra, não vai mas...
-- Olha me desculpa você... Sério me desculpa mesmo, não sei o que deu em mim. -- Alexsandra advertiu e sorriu encarando a assistente. -- Mande ela entrar, me dê cinco minutos e depois o primeiro paciente pode entrar, está bem? -- Sorriu.
-- Tudo bem. -- Essa sim era a Alexsandra, percebera a mulher que saiu e logo Laila entrou sorridente.
-- Você veio... -- Alexsandra disse a olhando sorrindo.
-- Claro que sim... -- Disse aproximando-se. -- Tenho que trabalhar... É meu estagio, esqueceu?
-- Ah... Isso. Claro seu estágio. -- Alexsandra deu-se conta da situação enquanto desviava o olhar.
-- Ei? -- Laila a fez olha-la novamente e lhe fez um carinho no rosto. -- Temos que conversar, Alê. -- Laila lembrou.
-- Sobre? -- Alexsandra indagou insegura.
-- Sobre nós, sobre nossas famílias, e sobre nossos postos nesse hospital. -- Laila advertiu séria, mas de um modo agradável.
-- Sim, mas depois. -- Sorriu e puxou Laila a fazendo colar em seu corpo a segurando com ambas as mãos em sua cintura. -- Antes eu posso aproveitar a minha namorada?
-- Seria ótimo. -- Sorriu e foi beijada por Alexsandra com muito carinho e com calma, uma calma que só Laila proporcionava a ela.
-- Olha não temos tempo de conversamos agora. -- Alexsandra notou a olhando e lhe fazendo um leve carinho no rosto. -- Então é o seguinte, até lá, agiremos normalmente, eu faço o meu trabalho e você o seu está bem assim? -- Investigou e sorriu.
-- Claro, Doutora! -- Sorriu e em seguida afastou-se.
-- Ei, espera, não tão depressa... -- Alexsandra disse e na hora que iria se aproximar novamente da namorada, ouviram duas batidas rápidas na porta e logo a mesma foi aberta e elas afastam-se rapidamente.
-- Desculpa a senhorita ali disse que eu podia entrar. -- Uma mulher advertiu as olhando.
-- Bom dia dona Verônica. -- Alexsandra disse indo ao encontro dela. -- Como se sentiu esses meses? -- Indagou a olhando serena. -- Sentiu dores?
-- Bem... sem muita dores... -- Disse e olhou para Laila.
-- Ah desculpa. -- Alexsandra disse notando. -- Verônica essa é Laila, está estagiando conosco. -- Sorriu. -- Laila, essa é Verônica.
-- Oi. Prazer dona Verônica. -- Laila disse simpática.
-- Oh por favor mocinha, sem o dona só Verônica, digo isso para as duas. -- Disse as olhando e sorriu. -- Não sou tão velha assim.
-- Tudo bem, Verônica. -- Alexsandra enfatizou o nome da mulher e todas sorriram. -- Podemos começar?
-- Claro!
* * * *
-- Doutora Samantha, Bom dia. -- Roberto disse sorrindo ao ver Samantha chegando. -- Oi senhorita Agatha. Tudo bem lindinha? -- Indagou abaixando-se a sua altura.
-- Estou sim. -- Respondeu sorrindo.
-- Ótimo... Está pronta pra responder umas perguntas e me ajudar pegar uns homens mal? -- Perguntou fazendo gestos.
-- Aram... Mamãe me disse que eu tenho que responder tudinho. -- Declarou animada.
-- É isso ai mocinha linda. E no final vai ganhar um presente. -- Avisou levantando-se.
-- Outro trofeuzinho?
-- Não. Melhor...
-- Hum... o que?
-- Surpresa. -- Sorriu. -- Trouxe a foto Doutora?
-- Sim, claro. -- Samantha abriu a bolsa, pegou um envelope e o entregou ao delegado. -- Tem duas fotos ai.
-- Ok. É suficiente. Podemos?
-- Claro.
-- Vamos lá mocinha?
-- Vamos... -- Agatha foi guiada por Samantha que seguia Roberto até uma sala.
-- Vamos começar com o reconhecimento. Sentem aqui por favor. -- Mostrou duas cadeiras a frente delas.
-- Mãe eu quero ficar no seus colo. -- Agatha advertiu a olhando. Samantha olhou para o delegado.
-- Tudo bem. Sente no colo da sua mãe. -- Sorriu olhando a pequena. -- Aqui você manda.
-- Vem filha. -- Samantha a pegou no colo.
-- Olha aqui lindinha. Você vai olhar pra cá. -- Mostrou um local até então coberto por uma persiana. -- E me dizer qual dos homens foi lá na sua escola. Olha não tenha medo eles não vão te ver. Não vai ver ninguém dessa sala. Está bem?
-- E cadê eles? -- Agatha indagou olhando para o local indicado. -- Isso aí é uma janela? -- Indagou confusa.
-- Mais ou menos. -- O delegado respondeu. -- Eu vou tirar isso aqui e você vai os ver, mas eles não vão nos ver aqui. -- Explicou. -- Não tenha medo eles não vão te ver.
-- Eu não estou com medo. -- Agatha afirmou e sorriu. -- O homem que foi na minha escola não era mal.
-- Como assim? Porque acha que ele não era mal? -- Roberto quis entender.
-- Ah ele era chato e queria que eu fosse com ele não sei pra onde, disse que a mamãe tinha falado pra eu ir com ele, mas mamãe disse que eu não posso falar com os estranhos, aí eu não fui e ele ficou com raiva. -- Completou olhando o homem a sua frente que, olhou Samantha que sorriu.
-- E depois?
-- Ah ele foi embora e a tia Susan me chamou e eu fui com ela pra casa.
-- Olha você é uma garotinha muito esperta, inteligente e muito muito linda.
-- Obrigada. -- Sorriu. -- Posso ver o homem logo? Eu quero saber o que eu vou ganhar. -- Advertiu e o delegado e Samantha gargalharam.
-- Amei te conhecer linda. Vamos logo terminar com isso. -- O delegado afastou a persiana e através da janela de vidro revelou-se três homens que os fitavam, mas não os viam. -- E aí mocinha, qual deles foi na sua escola? O homem que está com o número um...
-- Foi aquele ali. O que está com o número três. -- Agatha afirmou apontando antes que o delegado terminasse de explicar.
-- Tem certeza filha?
-- Tenho mãe, é o mesmo homem que foi na minha escola e o que a senhora correu atrás dele ontem. Eu falei pra senhora. -- Agatha disse séria olhando nos olhos de Samantha.
-- Tudo bem, amor. -- Samantha disse e fitou o delegado.
-- Ok. Mocinha eu estou satisfeito. Vem vamos. Vou te entregar seu prêmio. -- Roberto disse abrindo a porta para saírem.
-- Ebaaaa. O que é?
-- Venha e descubra.
-- Calma filha... Delegado e agora? -- Indagou o acompanhando.
-- Vamos pegar o cara lá e mostrar a foto. Essa parte foi só praxe mesmo. Pois sua filha já havia o reconhecido antes.
-- E se for mesmo o Paulo o mandante?
-- Aí, minha cara, ele vai estar meio encrencado. Mas teremos que fazer uma acareação. Vamos intimá-lo a depor e caso recuse será preso. Mas sabe como é. Ele vai arrumar um jeito de sair, mas pretendo ser rápido. Tenho uns contatos...
-- Desgraçado. Ele ainda tem chances de sair sem culpa?
-- Sim. Vai ser a palavra do malandro aí contra a dele. Mas como eu disse, não vou deixar isso acontecer. -- Sorriu olhando Samantha.
-- Faça de tudo pra esse desgraçado ser preso e arcar com as consequências. Tudo, ouviu? -- Samantha tinha raiva no olhar.
-- Prometo... Se acalme, sua filha está ouvindo. -- Disse a olhando sério e Samantha teve que concordar, tinha que acalmar-se. -- E agora essa mocinha aqui... Olha aqui o seu prêmio. -- Disse entregando um embrulho para Agatha que o pegou alegre.
-- Está em papel de presente. -- Observou já começando a abrir. -- Legal! Olha mãe e um monte de trofeuzinho... Esse é de bola, olha esse e de bicicleta, e esse é de que?
-- Esse é de ginastica rítmica. Olha aqui a bolinha na mão da bonequinha. -- Roberto explicou. -- Essa era a coleção de um amigo meu. Ele adorava colecionar coisinhas pequenas.
-- Era? -- Samantha investigou já imaginando a situação.
-- Sim... Ele morreu faz quatro anos e a mulher dele me deu isso.
-- Delegado, sinto muito... Mas acho que a Agatha não...
-- Olha eu não preciso disso pra lembrar dele, e ela fará melhor uso do que eu. Estava engavetado desde que recebi. -- Sorriu. -- Olha ela está feliz, não tire isso dela, está bem?
Samantha fitou a filha que, estava realmente animada com o presente. -- Tem razão, obrigada. -- Sorriu agradecida.
-- De nada... Bem vou lá mostrar as fotos.
-- Posso esperar aqui pra ver o que vai ser?
-- Tudo bem, fique à vontade. Volto já. -- Disse e saiu rapidamente.
-- Olha mãe, essa é uma motinho. -- Disse mostrando-a.
-- É sim, filha... -- Sorriu ainda pensativa.
Samantha esperou por dez minutos olhando a filha brincar animada com o presente, depois desse tempo o delegado retornou.
-- E então? O que ele disse? É mesmo o Paulo?
-- Ele olhou a foto e não titubeou, afirmou que era a mesma pessoa que tinha lhe procurado e mandado pegar sua filha em troca de dinheiro. -- Roberto avisou sério.
-- Desgraçado! -- Samantha sentiu muita raiva do seu ex-funcionário. -- Paulo vai me pagar! -- Afirmou tencionando os músculos e fechando involuntariamente as duas mãos.
-- Olha, doutora não faça nada que possa se arrepender depois. -- Observou a olhando.
-- Não vou fazer nada. -- Disse recompondo-se. -- Mas, por favor...
-- Vou fazer de tudo pra que ele pague. -- Disse sério. -- Doutora, quero que me conte sobre suas suspeitas desse tal de Paulo e quero seu depoimento assinado sobre o que ouve ontem. E mais, quero que me conte em detalhes sobre essas suas suspeitas e suposto motivo pelo qual ele resolveu sequestrar sua filha, porque eu sei que tem.
Samantha suspirou fundo. -- Ok, vou contar tudo. -- Disse e olhou a filha que brincava alheia ao lado deles. -- Não quero que ela escute. -- Samantha avisou.
-- Entendo... Espere só um momento. -- Saiu rápido e um minuto depois voltou acompanhado de uma mulher, era jovem, não parecia ter mais que vinte e cinco anos ao ver de Samantha. -- Essa é Rayná, ela vai cuidar da sua filha por uns minutos. -- Apresentou a jovem que sorriu.
-- Samantha, tudo bem? -- Samantha disse também sorrindo.
-- Tudo sim, obrigada. O delegado me deu uma missão. -- Disse sorrindo. -- Não se preocupe vou olhar e cuidar da sua filha. – Afirmou simpática.
-- Pode confiar Doutora. Podemos ir até minha sala? -- O delegado indagou.
-- Claro... Filha, a mamãe vai ali na outra sala conversar com o Roberto, e a Rayná vai ficar com você até eu voltar, vai ficar bem? -- Samantha investigou a fitando com carinho.
-- Ela vai brincar comigo? -- Agatha indagou fitando a jovem ainda indecisa.
-- Vou sim, vamos brincar do que você quiser. -- Rayná advertiu aproximando-se de Agatha que sorriu imediatamente ao ouvi-la.
-- Viu filha, ela vai brincar com você, pode ficar com ela até eu voltar?
-- Posso sim. -- Sorriu concordando.
-- Já, já a mamãe volta. -- Samantha a beijou e saiu junto com o delegado deixando a filha com a moça.
Roberto fez as perguntas que achou necessárias, e Samantha respondeu a todas com segurança e firmeza e em seguida falou sobre suas suspeitas pelo qual motivo Paulo teria tentando pegar sua filha e desencadeado toda aquela situação. Passaram certa de meia hora a quarenta minutos conversando e em seguida Samantha assinou seu depoimento e foi liberada, voltando logo após, para onde estava sua filha.
-- Tudo bem por aqui? -- Samantha indagou vendo a filha calada e concentrada fitando um tabuleiro a sua frente.
-- Mãe, a senhora demorou. -- Sorriu a olhando. -- Mãe, me ajuda aqui, a Rayná disse que eu posso pegar duas peças das dela, mas não estou achando. -- Reclamou.
-- Filha desde quando sabe jogar xadrez? -- Indagou surpresa aproximando-se delas.
-- Ah ela está me ensinado. -- Sorriu. -- Mas é muito difícil, ainda não sei jogar direito.
-- Doutora sua filha é muito inteligente, eu penei pra aprender isso e ela em quinze minutos já sabia as regras da maioria das peças. -- Advertiu admirada.
-- E eu nem sei se ainda lembro como jogar isso. -- Samantha disse rindo e olhando as peças.
-- O meu são os pretos, mãe... Me diz aí qual eu faço o xeque mate. Legal né? Xeque mate, xeque mate... -- Repetia cada vez falando de um jeito.
-- O que foi que eu disse mocinha? -- Rayná indagou a olhando sorrindo.
-- Ah é. Pra jogar xadrez e ganhar tem que ter muita concentração. -- Sorriu.
-- Hum... Hum... -- Roberto disse olhando o tabuleiro e riu fitando a colega de trabalho. -- É Rayná, você perdeu! -- Disse rindo.
-- Sim e acredite eu apenas expliquei as regras. -- Riu. -- E ela fez as escolhas. Ainda não sabe direito, mas parece que o seu subconsciente e a sorte a guiam. -- Explicou fitando Agatha. -- E aí, vai escolher qual peça mexer ou não?
-- Aihnnn. -- Agatha proferiu indecisa. -- Mãe?
-- Sem ajuda pequenina, escolhe uma e joga. -- Rayná advertiu sorrindo.
-- Ah tá bom. -- Disse e pegou uma peça a movendo, sabia que podia pô-la onde estava botando, mas não sabia que seria o fim do jogo.
-- Perdeu jovem! -- Roberto disse rindo e batendo palmas, Samantha riu também.
-- Ah, eu sou pequena ainda, não sei jogar direito. -- Agatha reclamou em sua defesa.
-- Filha, não foi você quem perdeu, foi ela. -- Samantha apontou para Rayná que ria contente olhando Agatha.
-- Eu ganhei? -- Agatha indagou feliz.
-- É isso aí, você ganhou. -- Rayná afirmou.
-- Legal. Eu ganhei, ganhei. -- Levantou e ficou pulando. -- Ei tem que dizer o xeque mate. -- Notou e todos riram. -- Xeque mate, xeque mate...
-- Filha, tá bom. -- Samantha disse sorrindo.
-- Mãe eu quero um jogo desse, compra pra mim?
-- Compro sim.
-- Ebaaa. Aí eu posso te convidar pra brincar comigo, Rayná.
-- Seria ótimo. -- Sorriu.
-- E o senhor também tio Roberto.
-- Com certeza.
-- Ok, depois vemos isso. Filha agradeça o presente e a Rayná, pois nós já vamos. -- Samantha advertiu.
-- Tio Roberto, obrigada pelo presente eu gostei muito, muito, muito.
-- De nada princesinha. E eu fico muito, muito feliz. -- Advertiu sorrindo.
-- Rayná, obrigada por ter brincado comigo. -- Sorriu.
-- Foi um prazer linda.
-- Tchau.
-- Tchau lindinha.
-- Vamos meu amor. -- Samantha pegou na mão da filha e elas foram acompanhadas pelo homem até a saída...
-- Mãe quero ver a Amanda. -- Agatha confessou fitando Samantha. Esta, mantinha sua atenção no trânsito a frente, pois já dirigia o carro.
-- Estamos indo para o hospital meu amor, estamos quase chegando, logo você vai vê-la. -- Samantha afirmou a olhando rapidamente pelo retrovisor.
-- Legal... E eu vou mostrar pra ela o presente que eu ganhei do tio Roberto. E contar que ganhei no xadrez... Mãe posso chamar o tio Roberto de tio Roberto né?
-- Pode, filha. -- Samantha riu.
-- Mãe a Rayná te achou muito bonita. -- Disse lembrando-se.
-- Sério? -- Samantha afitou novamente pelo retrovisor. -- O que ela disse? -- Indagou voltando a atenção para frente.
-- Ah que eu era muito bonita e que eu também tinha uma mãe muito bonita. -- Proferiu.
-- Só isso?
-- Ah ela também perguntou se a senhora tinha namorado e eu disse que a senhora não gostava de namorado e sim de namorada e que já tinha uma namorada, a Amanda. -- Agatha explicou e Samantha sorriu contente, tinha uma filha incrível.
-- E o que ela disse depois que você disse isso? -- Estava curiosa.
-- Ah ela falou que tinha que tirar um cavalo da chuva, sei lá, não entendi direito essa parte. -- Agatha confessou e Samantha explodiu em uma gargalhada.
-- Ai Jesus... -- Samantha ainda ria e Agatha a fitava sorrindo dela. -- Filha a mamãe não está rindo de você não viu? É de uma coisa aqui. -- Explicou a olhando. -- Ela deve ter dito assim, vou tirar meu cavalinho da chuva.
-- É, foi isso que ela disse mesmo. -- Lembrou. -- Chegamos. -- Viu que estavam entrando no estacionamento do hospital.
-- Sim.
Samantha estacionou o carro na sua vaga e em seguida dirigiram-se para o elevador conversando amenidades e o destino era o quarto de Amanda, e logo, mãe e filha entravam sorridentes no ambiente.
-- Amanda. -- Agatha correu contente ao encontro dela.
-- Oi meu anjo. -- Amanda sorriu em contentamento ao vê-la ali. -- Sobe aqui e me dá um beijo. -- Pediu e a pequena não perdeu tempo e logo já estava sobre a cama recebendo beijos carinhosos de Amanda.
-- Amanda eu ganhei um presente do tio Roberto e ganhei no xadrez da Rayná.
-- E quem seria essas pessoas? -- Amanda indagou confusa e fitou Samantha, sorriu, vendo o quanto tinha uma namorada linda.
-- Roberto é o delegado e Rayná uma policial. -- Samantha explicou aproximando-se de Amanda e sem poder conter-se a beijou carinhosamente no rosto. -- Tudo bem? -- Sorriu a olhando com carinho.
-- Humrum. -- Marina pigarreou depois de ver a cara nada amistosa de Carlos. -- Samantha, e você foi na delegacia porque mesmo? Se é que pode contar, claro. -- Sorriu.
-- É delicado...
-- É sim, Mary, depois eu te falo. -- Caroline disse a fitando.
-- E você sabe? -- Marina investigou confusa.
-- É, sabe? -- Samantha indagou a olhando.
-- Hiiii. Olha eu não sei, imagino, mas é melhor a Eloá te explicar porque eu sei. -- Sorriu.
-- E o que que a minha filha tem a ver com esse negócio de polícia e delegacia? -- Carlos indagou de mal humor.
-- Pai, por favor, não começa. -- Amanda pediu o olhando séria.
-- Começar? -- Reclamou. -- Eu só queria entender isso aí sobre polícia. Pois você não tem nada a ver com tudo isso. -- Proferiu já irritando-se.
-- Ela não tem nada com tudo isso, não se preocupe. -- Fabrício resolveu interferir. -- Doutora eu comprei as passagens para as três. Todos decidimos por ir de ônibus. -- Revelou a olhando amistoso.
-- Tudo bem... E obrigada. -- Samantha agradeceu.
-- Amanda a mamãe vai contigo e eu vou ficar na casa da vovó... Ah ela disse que vai comprar uma joguinho de xadrez pra mim. -- Disse animada.
-- Ah é? Que ótimo meu anjo. -- Amanda falou contente pela menina que estava sentada a seu lado.
-- Naty, você sabe jogar?
-- Sei sim, linda. -- Natelly declarou sorrindo.
-- Legal. Então quando a mamãe comprar e você estiver morando lá em casa a gente brinca. -- Agatha disse e a sala silenciou consideravelmente. -- Brinca ou não? -- Insistiu alheia.
-- Eu brinco sim lindinha. -- Natelly afirmou sorrindo.
-- Garota ela não mora aqui, não vai ter como ela brincar com você entendeu? -- Carlos advertiu e finalizou com um sorrisinho presunçoso.
-- Mas ela vai vir... -- Agatha insistiu fitando o senhor no quarto, um pouco distante a sua frente.
-- Filha depois a mamãe te explica, está bem? -- Samantha fitou Carlos com irritação. Ele era um homem amargurado. Trocando-se com uma criança.
-- Mas mãe...
-- Meu amor olha aqui pra mim. -- Amanda disse calma. -- Posso te contar um segredo? -- Sorriu
-- Pode! -- Concordou animada.
-- Vem aqui. -- Amanda aproximou sua boca da orelha direita da pequena e sussurrou “Ela vai jogar sim com você. Logo nós mudaremos pra sua casa. Segredo meu, seu e da sua mãe". Tudo bem? -- Disse em voz alta a última frase.
-- Tá bom. -- Disse a olhando eufórica com a ideia.
-- Segredo viu? -- Amanda advertiu sorrindo. -- Agora vai ali com a Naty. Filha pega ela aqui. -- Amanda pediu se referindo a Natelly. -- Gente eu quero conversar a sós com a Samantha. Pode ser?
-- E o que você quer conversar com a doutora que não pode ser na nossa frente, Eloá? -- Carlos indagou seríssimo fitando Eloá num misto de impaciência e descontentamento.
-- Carlos, por favor! -- Lúcia o censurou imediatamente.
-- Vovô a mamãe só quer conversar com mais calma, sem esse tanto de gente aqui. -- Natelly disse calma aproximando-se do avô e trazendo consigo, Agatha, que segurava sua mão. -- Vem, vamos sair, só uns minutinhos. -- Natelly o pegou calmamente pelo braço e o conduziu para fora do quarto, logo eles foram seguidos pelos demais.
-- Desculpa pelo meu pai. -- Amanda disse envergonhada, fitando Samantha que, sorriu e sentou ao lado de seu amor.
-- Olha, eu não vou mentir pra você amor, seu pai não foi com a minha cara e nem eu com a dele. Na verdade acho que ele não vai com a cara de ninguém. -- Ambas riram. -- Mas, eu não gosto do jeito que ele olha as pessoas, com desdém, principalmente quando ele sabe que são homossexuais. Mas isso não me afeta tanto, não estou ligando para o que ele pensa ou vai pensar de mim. O que me incomoda é ele querer a todo momento mandar nas pessoas, principalmente em você, não gosto, poxa, ele é seu pai, não é seu dono. -- Samantha disse com tranquilidade e Amanda absolveu cada palavra, sabia que a morena estava certa.
-- Sam eu... eu sei que você está coberta de razão. -- Concordou a olhando. -- Mas eu ainda... sei lá, tenho medo de ser ignorante com ele, ele é meu pai, apesar de tudo, é meu pai, entende? -- Indagou sentida. -- Eu tento ser firme, mas ainda assim... -- Amanda desviou o olhar, confusa, sem saber o que dizer.
-- Tudo bem. -- Samantha a fez olha-la novamente e sorriu. -- Está conseguindo ser firme em suas decisões, e eu vou estar com você, vamos resolver tudo, juntas, não se preocupe. -- Samantha disse calma e Amanda sorriu sentindo-se forte e aliviada a abraçando com amor e agradecimento por tê-la ao seu lado.
-- Obrigada... -- Amanda desfez o contato a olhando com ternura e sorrindo. -- Eu te amo, Sam. -- Afirmou.
-- Eu também te amo. -- Samantha retribuiu e em seguida a beijou com firmeza e delicadeza ao mesmo tempo, ambas estavam convictas de que o amor delas era forte o suficiente para enfrentar o que quer que fosse. E leve ao ponto de transporta-las a um mundo só delas, de amor, carinho, tranquilidade, onde nada nem ninguém pudesse intervir na felicidades delas juntas.
-- Eu lembrei... -- Amanda revelou ao separarem do beijo.
-- De que, amor? -- Samantha indagou lhe fazendo um carinho no rosto enquanto a olhava ainda alheia ao assunto.
-- Eu me lembrei de tudo, Sam. -- Enfatizou a olhando num misto de alegria e medo.
-- Espera... -- Samantha deu-se conta sobre o teor da conversa. -- Quer dizer que... Amor... -- Samantha sorriu feliz a olhando. -- Lembrou da noite que eu... nós... -- Samantha não sabia o que dizer, sorria por saber que sua namorada lembrara de tudo e foi então que percebeu que ela também se lembrara do episódio ruim. -- Isso quer dizer que também já sabe porque veio pra cá né? -- Perguntou sentida, se pudesse fazer com que todas elas esquecessem tal ocorrido, com certeza faria, pensara.
-- Ei? -- Amanda percebeu a tristeza da morena.
-- Amanda, me perdoa por não ter te escutado. -- Samantha falou a encarando com culpa. -- Foi tudo culpa minha, se eu não tivesse...
-- Samantha, pode ir parando com isso. -- Amanda pegou com ambas as mãos o rosto da mulher a sua frente. -- Foi um momento ruim, muito ruim, aconteceu, mas você não teve culpa, ouviu bem? Não foi culpa sua, não mesmo! -- Declarou a olhando firme nos olhos. -- Já passou, e quero que me prometa que não se culpará mais, promete? -- Indagou séria.
-- Mas...
-- Promete pra mim. -- Insistiu e sorriu tentando acalmar a morena. -- Estou esperando.
-- Eu prometo. -- Samantha falou e foi beijada por uma Amanda feliz.
-- Eu lembro que ainda temos duas velas beijáveis prontas para serem usufruídas. -- Amanda sussurrou com malicia no ouvido da médica e em seguida deu uma leve mordida em sua orelha, fazendo com que Samantha prendesse a respiração com a provocação da namorada.
-- Mulher, você não me provoca... -- Samantha disse pondo sua mão direita sobre a nunca de Amanda e a fazendo olhá-la.
-- Se não? -- Amanda provocou e sorriu cínica passando a fazer um leve carinho no rosto de Samantha. Esta, a olhava com desejo cada vez maior. -- Amo seus olhos, eles ficam ainda mais belos quando me olham assim.
-- Assim, como? Prestes a cometer uma loucura? -- Sorriu.
-- Não... Quando você me olha com desejo, vontade de me beijar, tocar, mas acima de tudo com amor. -- Amanda declarou a olhando serena.
-- Ver tudo isso nos meus olhos? -- Samantha sorriu maravilhada.
-- Sim... Eu te amo tanto doutora Cooper.
-- Eu também te amo. -- Samantha disse olhando os olhos cor de mel que tanto amava. -- Seus olhos me dizem tanto também. -- Sorriu e aproximou-se. -- Feche os olhos. -- Pediu e em seguida depositou um beijo amoro nos olhos da namorada, e depois escorregou seus lábios em direção aos de Amanda e a beijou com delicadeza e desejo.
-- Estou feliz que você vai comigo. -- Amanda disse ainda ofegante depois do beijo apaixonado delas.
-- Eu também. -- Sorriu sincera a olhando. -- Estou feliz por ter se lembrado de tudo. Embora...
-- Piissiu... Não vamos pensar mais nisso. -- Sorriu. -- Pode ser?
-- Tens razão meu anjo. -- Sorriu.
-- Me diz como foi na delegacia? Eu queria te ligar, mas fiquei com receio de te atrapalhar. -- Amanda explicou.
-- Eu pensei que seria mais tenso. -- Declarou. -- No entanto se tratando de minha filha. -- Ambas riram. -- Foi tudo bem... A Agatha fez o reconhecimento e...
-- E? -- Amanda incentivou-a.
-- O Paulo um ex funcionário do hospital foi o mandante de tudo. Ele queria se vingar de mim através da Agatha e foi longe demais. Desgraçado. -- Samantha bateu com uma das mãos sobre a cama.
-- Sam, calma amor. Eu ouvi você ou a Sheila falando sobre ele não sei ao certo. Bem não importa agora. Tem certeza que foi ele?
-- Sim. O cara lá que fugiu no carro naquele dia foi o contato direto dele e fez o reconhecimento por foto. -- Samantha estava falando com evidente raiva e Amanda percebeu.
-- Ei... ele logo vai pagar pelo que fez.
-- É pouco... Eu... -- Samantha disse e logo deteve-se olhando Amanda.
-- Você o que, Sam? -- Indagou séria.
-- Nada!
-- Sam?
-- Ok. -- Samantha levantou e pôs-se a andar de um lado para outro. -- Desde que tive certeza que foi o Paulo o causador de tudo isso eu quero ir lá e quebrar a cara daquele desgraçado, idiota, preconceituoso. Que fez minha filha, eu e você, todos nós sofremos. -- Disse exaltada e em um só folego.
-- Amor não... Não vale a pena, deixa isso com a polícia.
-- Amanda, eu tento me convencer que não vale a pena. Mas não dá, não consigo. Eu tenho que extravasar essa... esse...
--Ódio? Raiva? Sam. Por favor...
-- Amanda eu sinto muito, mas não consigo... Não dá fingir que não aconteceu nada... E agora ele está lá... Até imagino, esbanjando aquele sorriso dele, ai que raiva! -- Disse batendo o punho fechado na outra mão. Samantha tinha raiva no olhar e isso estava assustando Amanda.
-- Amor vem aqui. Senta aqui. -- Amanda pediu e Samantha a obedeceu. -- Acalme-se, não gosto de te ver assim. Me promete que não vai fazer nada do que possa se arrepender depois?
-- Amor...
-- Promete, Samantha?
Samantha a olhava enquanto pensava em seu pedido. -- Eu prometo! -- Suspirou ao termino da frase. -- Não vou fazer nada do que possa me arrepender. -- Declarou e Amanda sorriu aliviada, podia ver que Samantha estava sendo sincera.
-- Obrigada.
-- Não se preocupe. -- Advertiu. -- Preciso ir. Tenho umas coisas pra resolver antes de viajarmos.
-- Ah não... -- Reclamou.
-- Tenho realmente que ir. -- Samantha insistiu.
-- Eu sei amor, estava brincando.
-- Vou chamar a Agatha pra vocês se despedirem. Só voltarei na hora de viajarmos.
-- Vou sentir tanta saudades dela. Porque não à levamos?
-- Também vou, mas não dá... Imagino que não poderia dar a ela a atenção que merece e ela também tem as aulas, vai começar as consultas com a Leticia... Não se preocupe, ela vai ficar bem. Vai ficar com meus pais e eles se dão bem.
-- Eu sei... Ela realmente precisa de uma psicóloga? -- Indagou preocupada.
-- Sim, ela estava tento pesadelos sobre o ocorrido. Eu falei com a Leticia e ela achou melhor conversar com a Agatha. -- Samantha explicou.
-- Entendo... foi devido a um pesadelo real que eu lembrei de tudo também. -- Revelou.
-- Está bem? -- Samantha quis saber.
-- Estou sim. -- Sorriu. -- Chama lá ela. -- Pediu.
-- Ok. -- Samantha saiu e instantes depois retornou com a filha.
-- Amanda. -- Agatha correu até a cama, subiu e foi imediatamente abraçada por Amanda.
-- Ai minha linda eu já estou com saudades. -- Disse a beijando várias vezes.
-- A mamãe disse que era pra me despedir de você. -- Disse tristinha.
-- Filha ela vai voltar logo. Eu vou trazê-la logo, logo prometo. -- Samantha advertiu.
-- Isso meu anjo eu vou voltar logo. -- Amanda confirmou. -- Lembra que eu disse que quando me lembrasse de tudo teria que viajar e resolver umas coisinhas, mas que nunca iria abandonar nem você nem sua mãe?
-- Lembro. -- Sorriu.
-- Pois é. Eu volto logo. Vou só resolver essas coisinhas e sua mãe vai me ajudar, pra ser mais rápido. -- Explicou.
-- Tá bom então. -- Agatha sorriu olhando de uma para a outra.
-- Me dá aqui mais abraços e beijos. -- Amanda pediu e a abraçou e distribuindo beijos enquanto riam felizes. -- Tchau meu amor. É um até logo.
-- Tchau Amanda e volta logo. Vou pedir pra vovó ligar pra ti também pra gente conversar. -- Declarou animada.
-- Perfeito, lindinha.
-- Amor. -- Samantha a chamou pela filha. -- Temos que ir.
-- Tchau Amanda. -- Agatha a abraçou novamente.
-- Tchau minha pequena. -- Amanda a soltou.
-- Vem filha. -- Samantha a pegou no colo e olhou Amanda observando que, esta, tinha os olhos marejados. -- É só um até logo amor. -- Samantha sorriu e pois a filha no chão e voltou-se para a namorada. -- Não fica assim. -- Disse e a beijou. -- Vai ficar bem? -- Samantha indagou a fitando de bem perto.
-- Vou sim. -- Disse sorrindo sincera. -- Até mais tarde.
-- Até, minha linda. -- Samantha a beijou e em seguida saiu acompanhada de Agatha.
* * * *
Alexsandra atendeu normalmente a suas paciente e Laila a observava enquanto fazia algumas anotações, observações e perguntas que, eram respondidas de pronto por Alexsandra. Uma vez e outra elas olhavam-se com carinho e sorriam, enquanto a manhã passava com ambas fazendo seus respectivos trabalhos como o combinado. Mas era evidente que elas queria um momento a sós. Necessitavam de um carinho, um olhar, um sorriso, um beijo, sem que nada ou ninguém pudesse interrompê-las.
Alexsandra estava ansiosa por dar um beijo apaixonado na namorada. Tê-la a seu lado, sentir seu perfume o tempo inteiro e não poder tocá-la, beija-la, era torturante e angustiante. Laila também sentia-se da mesma forma, mas ao contrário da morena, não tomaria tal iniciativa, ela estava ali para estudar, aprender e ajudar no que pudesse. Estava a trabalho e não cairia bem confundir as coisas. Sua vida pessoal não tinha nada a ver com sua vida profissional, mesmo estando namorando Alexsandra, esta, era sua chefe, e professora, e devia ter sempre isso em mente. Alexsandra era, naquele momento e durante seu período de estágio, sua chefe.
-- Laila? -- Alexsandra a chamou pela segunda vez.
-- Ah, oi o que disse? Desculpa doutora. -- Disse envergonhada diante de Alexsandra e a paciente. Por isso tinha que saber separar bem as coisas. Pensou Laila.
-- Esvazia e me dá de volta, por favor. -- Disse lhe dando uma seringa.
-- Ok. -- Laila atendeu ao pedido rapidamente.
-- Aii. -- A paciente proferiu em dor.
-- Calma querida, já estamos acabando. -- Alexsandra avisou e sorriu. -- Olha menos gordura em seus alimentos, ouviu bem? Bem menos... -- Advertiu agora séria. -- Precisa de uma reeducação alimentar ou os remédios não adiantaram de nada. E voltara pra cá novamente. -- Completou removendo a seringa de um dos seios da mulher deitada sobre uma maca confortável.
-- Tá, eu vou fazer a reeducação alimentar. Punção dói pra CARAMBA! -- Disse e Alexsandra sorriu discreta a olhando enquanto ajeitava os materiais em sua volta.
-- Dói um pouquinho sim... Segura aqui. -- Disse colocando algodões com álcool. -- Só um minutinho, depois eu coloco um band aid e poderá se vestir.
-- Esse lado tá sangrando um pouco, isso é normal? -- Laila observou.
-- Nesse caso sim, ela se mexeu e eu peguei um vaso sanguíneo. Mas não se preocupe já, já está parando. -- Alexsandra advertiu. -- Ajude-a vestir-se e venham. Vou passar um remédio e um retorno. E lhe fazer umas observações. -- Alexsandra disse saindo da sala.
Laila ajudou a mulher e ambas retornaram ao consultório de Alexsandra.
-- O sangramento parou? -- Investigou olhando Laila e a paciente a sua frente.
-- Sim. -- Laila e a outra respondera juntas.
-- Ótimo. -- Alexsandra sorriu e fitou a paciente. -- Faça tudo como falei e ficara boa logo, logo. Esse é o remédio que terá que tomar, está tudo descrito aí. -- Sorriu. -- Espero não me decepcionar quando retornar comigo. -- Advertiu levantando-se e rodeando a mesa ficando ao lado de Laila.
-- Pode deixar. Obrigada... as duas. -- Disse olhando Laila sorrindo. -- Tchau.
-- Tchau. -- Alexsandra respondeu enquanto acompanhava a mulher até a saída e abria a porta para ela. -- Ah eu estou cansada! -- Afirmou depois que fechou a porta.
-- Eu também estou, e tenho que me apressar. Hoje tenho um trabalho pra apresentar e ainda tenho que passar em casa e voar pra pegar o ônibus pra Universidade. -- Laila observou já arrumando suas coisas rapidamente, estava quase na hora se sua saída.
-- Ei ei? O que pensa que está fazendo? -- Alexsandra a indagou fazendo com que parasse de fazer o que fazia. -- Calma está cedo. Vai dar tempo e precisamos conversar. -- Alexsandra falou a olhando e sorriu. -- Você é tão linda, Laila. Tem ideia do quanto tive que me segurar pra não te beijar esse tempo todo?
-- Alê, eu te entendo, no entanto, sério eu preciso ir. Não posso... -- Não terminou, pois foi surpreendida pela boca de Alexsandra colando na sua iniciando um beijo que, logo foi retribuído com a mesma intensidade e carinho por, Laila.
-- Alê... Amor... -- Laila a chamava com o folego meio ofegante enquanto Alexsandra a beijava no pescoço. -- Maria Alexsandra? -- Disse saindo do transe que a namorada a fazia estar.
-- Maria Alexsandra? Sério que me chamou assim? -- Alexsandra indagou estranhando.
-- Sim, é seu nome, não? -- Investigou rindo. -- Alê eu sei que precisamos conversar, mas pode ser depois? Tenho mesmo que ir... -- Disse sentida, porém séria.
-- Mais um beijinho. -- Alexsandra a beijou novamente. No entanto, dessa vez, Laila o findou rapidamente. -- Ei? -- Reclamou sorrindo.
-- Alex eu tenho que ir. Meu trabalho é no primeiro horário e não posso me atrasar! -- Falou convicta e irritada por Alexsandra não estar dando a devida atenção ao assunto.
-- Desculpa. -- Alexsandra finalmente percebera o seu descaso e a chateação da namorada. -- Amor me desculpa eu sou uma idiota.
-- Ei Também não é pra tanto. -- Laila sorriu, aproximou-se e a abraçou. -- E me desculpa também, está bem? Agora tenho que ir. A noite conversamos? -- Sorriu lhe fazendo um carinho no rosto.
-- Sim... Mas não pense que já se livrou de mim senhorita Laila.
-- Ah noite nos veremos. Não estou fugindo de você.
-- Bom saber... Mas o que eu quis dizer é que vou te levar em casa e depois te deixo na Universidade. -- Advertiu sorrindo e lhe deu um selinho.
-- Não precisa a parada de ônibus fica aqui perto e...
-- Shiii. Está decidido eu te levo em casa e depois pra faculdade. -- Alexsandra a soltou e pegou seus pertences pessoais e os da namorada. -- Vamos. -- Disse pegando na mão de Laila e a puxando em direção a porta.
-- Ei solta a minha mão, vão reparar. -- Laila advertiu fitando Alexsandra.
-- Está com vergonha de nós? -- Alexsandra parou rapidamente a indagando com voz alterada.
-- Alê, para de gritar. -- Laila avisou olhando ao redor. -- Eu não...
-- Está com vergonha? -- Alexsandra perguntou ainda irritada a interrompendo.
-- Vergonha? -- Laila indagou olhando Alexsandra surpresa e chateada. -- Alexsandra tá falando sério mesmo? Não estou com vergonha, estou tentando ponderar. Tentando passar a real visão de meu cargo aqui. Não quero que pensem que ganhei porque namoro a dona desse lugar! -- Riu fraco e pegou sua bolsa da mão de Alexsandra. -- Olha pra mim, tenho cara de cínica? Eu tenho uma irmã lésbica e eu estou namorando você, uma mulher... ou estava... sei lá. Acredite, vergonha de nós não é o que estou sentindo agora! -- Disse e saiu a passos largos.
-- O que? DROGA! -- Alexsandra deu-se conta da pergunta idiota que tinha feito. Claro que Laila só estava tentando não chamar a atenção para si, devido a seu trabalho. -- Alexsandra sua idiota... Laila? Espera. -- Disse a vendo entrar no elevador. -- Espera, Laila. -- Correu na direção do elevador. Entretanto o mesmo fechou, mas ainda conseguiu ver que os olhos marejados da namorada. -- Droga, droga. Merda. -- Alexsandra dizia em voz alta o que só aumentava o número de olhares curiosos direcionados a ela. -- Tu é uma completa imbecil, Maria Alexsandra!
-- Ei calminha ai senhorita Cooper caçula. -- Sheila disse fazendo uma brincadeira já ao lado dela. -- O que houve? Porque está assim? Aquela não era a Laila?
-- Quer papar, Sheila! -- Alexsandra disse irritada. -- Ah, droga... -- Alexsandra disse e logo arrependeu-se. -- Me desculpa Sheila eu não quis te ofender. Me desculpa mesmo, eu... Eu tenho que ir! -- Disse apertando o botão do elevador apressadamente. -- Abre porcaria. -- Irritou-se.
-- Alex, tenta se acalmar, por favor. O que ouve? -- Sheila insistiu, estava preocupada.
-- Eu ofendi a Laila e ela foi embora chorando. -- Declarou.
-- O que? Porque? -- Sheila indagou confusa.
-- Porcaria! -- Desesperou-se. -- Esquece. -- Disse e correu em direção a escada.
* * * *
-- Oi, doutora. -- Paulo disse ao abrir a porta de sua casa e ver Samantha, sorriu cínico dando espaço para que Samantha entrasse. -- Olha se veio me implorar pra voltar, fique você saben... -- Mediante a ira da morena, Paulo foi atingido por um forte soco dado, ainda mais depois da provocação. Ele, pego de surpresa deu dois passos cambaleante para trás a medida que torceu a cabeça em dor.
-- Sapatão desgraçada! -- Praguejou levando uma das mãos ao local atingido e quando foi tentar fitar Samantha, foi acertado mais uma vez pelo punho da morena e com mais força. Samantha estava com muita raiva e queria descontar toda ofensa, afronta e principalmente todo sofrimento, medo e desespero que aquele homem agora caído no chão a sua frente fizera sua filha namorada, ela e família passarem.
-- Inferno! Olha o que você fez cretina? -- Paulo disse ao passar a mão na boca e perceber que estava sangrando. Estava tão inerte e atrapalhado que nem se deu ao trabalho de levantar-se do chão.
-- Isso é por você ter mexido com a minha filha seu miserável. -- Samantha revelou o fitando de pé ao lado dele.
-- O quê? Eu... Não sei do que você está falando. -- Disse com evidente surpresa e muito nervosismo enquanto levantava sem encaram a médica a sua frente.
-- Ah você sabe seu imbecil de merd* e vai pagar por tudo que fez e tudo que fez minha filha e família passar. -- Samantha avançou sobre ele o pegando com fúria pelo colarinho e o sacodindo. -- Vou te fazer sentir um pouquinho da dor e do medo que nos fez passar seu porco desprezível. -- Paulo a olhava com desespero e medo. Samantha o empurrou sobre uma mesa de centro e, esta, quebrou com o baque do homem sobre ela o fazendo se contorcer de dores na costa.
-- Porr*! Sapatão dos infernos eu vou te matar! -- Ameaçou a olhando com cara de dor e fúria, ainda jogado no chão. E nesse momento uma criada chegou a sala vendo o desfecho de tudo.
-- Santo Deus... O que está havendo aqui? Senhor Paulo, está bem? -- A senhora já de meia idade fez menção de correr para socorrer o patrão.
-- Não se meta, fique onde está. Esse assunto é entre eu e ele. -- Samantha disse alto a interrompendo e a mulher parou imediatamente.
-- Vai chamar os seguranças ou a polícia pra segurar essa louca. -- Gritou ordenando. -- Vai logo. -- Era evidente que estava com medo, e sem forças para defender-se.
-- Isso, chama a polícia e vamos ver quem vai ser preso. -- Samantha gargalhou o afrontando enquanto aproximava-se. Ele assustado arrastou-se e levantou com extremo sacrifício gem*ndo de dor no corpo.
-- Fica longe de mim! -- Apontou o dedo indicador em riste na direção de Samantha que riu de lado. Estava deliciando-se com o medo do outro. Sempre soube que Paulo era medroso que não era homem de enfrentar quem quer que fosse, era mulherengo em todos os sentidos.
-- Calma... Não estou com pressa... -- Sorriu parando a uns dois passos dele e de repente disse. -- Eu estou com raiva! -- Samantha percorreu o pequeno espaço entre eles e o jogou no chão. Rapidamente sentou sobre o corpo dele, agarrou com a mão esquerda a camisa dele o levantando um pouco e em seguida começou a proferir sequências de socos sobre a mandíbula e maxilar do homem embaixo de si. Ele surpreendido e preso não teve tempo e logo nem forças para defender-se da fúria da mulher em cima dele, conseguindo apenas interceptar ou outro murro com suas mãos. Entretanto, Samantha estava em vantagem e movida por uma ira completamente desconhecida por ela própria, começou a socar Paulo com força. Todas as lembrança vieram de uma vez só, o sofrimento pelo medo de perder a filha, a mulher que amava. O desespero dela e da família, a dor ao saber que sua namorada não lembrava dela, as horas de angustia quando tentavam levar Agatha, quando Amanda estava ferida, os pesadelos da filha, a morte dos outros dois homens. Tudo lhe movia em continuar ali, estava quase sem forças e ainda assim continuava a bater, agora chorando pelo que teve que passar por culpa do homem que fitava agora a implorando para parar e o fez, fitou sua mão, estava com vestígio de sangue da boca de Paulo. Sabia que tinha ultrapassado o limite que tinha estipulado para aquele momento, esse tipo de pessoa e ação não fazia parte de si, não era ela. Não estava em sua perfeita razão e nem emoção, mas ainda assim, não se arrependia do que tinha acabado de fazer.
-- Sai de... cima de mim. -- Paulo ordenou com dificuldade, mas com evidente ira no olhar.
-- Paulo? -- Otávio apareceu escassos minutos depois e ficou desesperado com o que viu. -- Samantha? O que você fez?
Otávio correu até os dois e imediatamente tocou os ombros de Samantha a fazendo olhá-lo enquanto pegava as mãos dela e pedia para que levantasse, esta, não ofereceu resistência e o acompanhou levantando com a ajuda do senhor.
-- Eu não queria que fosse assim. Me desculpa, mas eu precisava... -- Disse limpando suas lágrimas ao ficar de pé.
-- Depois conversamos! -- Otávio disse e logo abaixou para ajudar o filho que já movia-se tentando levantar, ato que conseguiu somente com a ajuda do pai.
-- Desgra... aiii. -- Paulo gritou pondo a mão na boca e em seguida cuspiu uma boa quantidade de sangue. -- Isso não vai ficar assim eu vou te denunciar, sua cretina, sapatão dos infernos... Porr* que tá doendo, acho que perdi um dente pai. -- Praguejou e jogou mais uma boa quantidade de sangue no chão. -- Eu vou chamar a polícia sua sapatão do demônio e vamos quem vai preso. Olha o que você me fez. -- Riu com ar vitorioso. Samantha ficou calada. Sabia que se ele a denunciasse estaria em seu direito e quanto a isso não podia fazer muita coisa.
-- Não me arrependo... Faça o que achar melhor. -- Disse o fitando séria. -- Está no seu direito. -- Samantha deu de ombros e virou em direção a saída dando a costa para Paulo e o Pai.
-- Claro que vou te denunciar sua vadia! -- Paulo advertiu em gritos. -- Olha o meu estado, você vai mofar na cadeia. -- Riu. -- Pena que não pode ser presa com os homens, se não, lá sim, você iria aprender como era foder gostoso com homens de verdade. -- Paulo disse e Samantha já na porta parou sem olhá-lo.
-- Paulo, saia daqui! -- Otávio ordenou exaltado. -- Antes que eu me arrependa de ter a impedido de te bater mais. -- Observou.
Samantha o fitou querendo continuar a soca-lo, pelo visto tinha sido pouco. Paulo estava com a camisa ensanguentada e o maxilar já estava inchado e ficando roxo, tinha apanhado muito, mas ainda assim não perdia aquele sorrisinho cínico e o ar de superior. Sentiu uma enorme vontade de voltá-lo a socar até desfigurar mais ainda aquela cara cínica que ele tinha, mas aí já estaria quebrando a promessa que tinha feito a si e a Amanda.
-- O que foi? -- Paulo indagou ao perceber que Samantha sorriu enquanto o olhava e aquilo o irritara.
-- Porém. -- Samantha abriu mais ainda o sorriso. -- Se eu for presa, vou para o presidio feminino e lá, você sabe tem muitas mulheres, deve ser muito excitante conviver com umas ladras ou assassinas. -- Samantha abanou-se com uma das mãos e sorriu vendo que Paulo estava irado. -- É, vai ser bem mais delicioso “aprender foder gostoso” com todas elas, não vejo a hora. -- Completou rindo.
-- Fora da minha casa, sapatão imbecil! -- Paulo disse andando meio lento até onde Samantha estava.
-- Não precisa mandar, fui. -- Samantha sorriu e saiu a passos largos escutando apenas o som da porta sendo fechada em um estrondo alto. Suspirou tentando acalmar-se, estava se sentindo com raiva e ainda queria bater em Paulo, mas não poderia, tinha que controlar-se, já tinha feito o que queria o resto era com a polícia. Sentou em frente ao volante do carro e debruçou-se sobre o mesmo apertando-o forte com ambas as mãos e foi aí que sentira a dor na mão direita, a olhando imediatamente.
-- Droga. -- Disse ao ver que estava ficando roxa, e que tinha sangue seu e de Paulo. -- Vai ficar roxo. -- Disse pegando uma pequena maleta de primeiros socorros. -- Mas valeu a pena, me sinto bem melhor agora. -- Disse e sorriu começando a fazer uma limpeza. -- Ai, merd*... -- Reclamou ao sentir dor. -- Explicações pra que te quero. -- Sorriu ao saber que teria que explicar o porquê de estar com a mão machucada. -- Oh, isso? Foi só uns soquinhos que de num imbecil, não foi nada. -- Samantha dramatizava enquanto enfaixava a mão com gazes. -- Prontinho. -- Sorriu arrumando tudo e em seguida deu partida no carro e saiu em direção a sua casa, estava na hora de arrumar-se e passar na casa de seus pais para despedir-se da sua filha.
* * * *
Depois de descer centenas de degraus até a saída do hospital e não alcançar Laila, Alexsandra não soube o que fazer, olhou e andou de um lado para o outro, perguntou, mas ninguém soube dizer nada, foi para o estacionamento pegou o carro e partiu em direção a casa de Laila. Mas ao chegar, não obteve êxito novamente, pois Laila não tinha chegado e para desespero maior de Alexsandra, Laila tinha ligado e dito para o irmão que não passaria em casa.
-- Está tudo bem, Alex? -- Michael indagou ao ver a aflição da morena. -- A Laila fez alguma coisa que não devia no estágio, foi isso? -- Complementou interessado. -- Eu senti que ela estava meio triste.
-- Não. Não foi nada disse. -- Negou rapidamente. -- É que... eu precisava falar com ela, é urgente e pessoal. -- Sorriu nervosa. -- Mas, ela não está então... Olha eu vou indo, tchau. -- Disse e saiu correndo, nem tinha se dado ao trabalho de entrar na casa. -- Onde você está, linda? -- Alexsandra indagou nervosa e arrependida, suspirou desanimada e deu a partida no carro saindo em alta velocidade.
-- Laila? -- Alexsandra disse ao vê-la, finalmente havia encontrado a namorada, correu até ela. Estava a quase uma hora na frente da Universidade que Laila estudava.
-- Alê? -- Disse surpresa ao vê-la saindo do carro estacionado, depois de gritar seu nome. -- Tá fazendo o que aqui? -- Indagou quando a morena chegou perto.
-- Eu precisava me desculpar com você. -- Disse a olhando um tanto ofegante pela pequena corrida que acabara de fazer. -- Me perdoa. -- Pediu. -- Preciso que me escute, por favor.
-- Eu vou indo. -- Uma garota que estava acompanhando Laila disse e só então Alexsandra notou a presença dela.
-- Espera, eu já vou também. -- Advertiu. -- Estou sem tempo agora. -- Disse olhando Alexsandra e em seguida voltou a andar em direção a colega que a esperava.
-- Laila? -- Alexsandra a chamou ainda em esperança de ser desculpada. Laila parou ficando ainda de costa. -- Eu fui uma completa idiota ao dizer o que disse, claro que você não estava com vergonha. -- Sorriu fraco. -- Eu sei que fui injusta e imbecil com você e comigo também, entendo agora o que quis dizer naquele momento, você me fez entender... Olha eu sou sem noção, explosiva demais, falo sempre o que penso sem medir as consequências, mas não sei ser diferente, me desculpe... -- Disse sincera observando Laila virar-se e fita-la ainda parada a uma pequena distância dela, sorriu animada, mas Laila não esboçava nenhuma reação, negativa ou positiva, e isso estava deixando a morena aos nervos. -- Olha eu preferiria que você estivesse me arremessando esses livros ai, assim eu saberia que você está com raiva. -- Disse apreensiva. -- Apesar de que, eu preferiria infinitamente que me desse um sorriso e um abraço. -- Mostrou o seu melhor sorriso. -- Então, arremessos de livros ou sorriso? -- Indagou e pode perceber um leve sorriso que Laila tentava evitar, mas sem sucesso, sorriu contente.
-- Eu devia mesmo te arremessar esses exemplares, mas aí eu teria que pagar pelo prejuízo. -- Laila finalmente disse alguma coisa e Alexsandra soube que estava tudo se resolvendo. -- Se bem que a culpa seria sua, portanto você quem teria que pagar. -- Sorriu, estava contente por ter Alexsandra ali, se desculpando, e a fazendo rir com suas facetas, não conseguia ficar com raiva da namorada, sua resistência havia caído ao vê-la que estava a esperando ali, no intuito de conversarem.
-- Seria por uma boa causa. -- Sorriu. -- Claro, se me perdoar. -- Advertiu e logo fechou os olhos pondo as mãos na frente do corpo o curvando de forma protetora, pois Laila pegou um dos livros e fez menção de jogá-lo em Alexsandra, mas não o fez, pelo contrário andou até a morena enquanto está ainda estava na mesma posição. -- Prefiro você atrevida e sorrindo, do que com medo. -- Declarou a tocando fazendo ela recompôs-se.
-- Laila, temos que ir. -- A colega advertiu, estava um tanto confusa com toda aquela situação, mas depois questionaria a amiga.
-- Já vou. -- Disse a olhando sorrindo e voltou a fitar Alexsandra. -- Tenho que ir, depois conversamos. -- Falou calma.
-- Mas eu estou perdoada? -- Investigou.
-- Está sim, mas ainda assim, precisamos conversar. -- Observou.
-- De acordo. -- Sorriu. -- Posso te dá um abraço? -- Pediu receosa.
Laila, por sua vez, sorriu encantada. -- Deve! -- Proferiu sincera e Alexsandra a abraçou com carinho, alivio, felicidade, voltando a calma que apenas Laila lhe proporcionava, sorriu fechando os olhos enquanto sentia o calor e o perfume da garota em seus braços.
Laila, também sentia-se muito melhor, não estava conseguindo se concentrar em nada após o desentendimento que teve com a namorada, e agora que estava resolvido, respirava em paz, sentindo a felicidade lhe preencher o coração novamente.
-- Laila? -- A garota proferiu às interrompendo. -- Amiga temos que ir. -- Advertiu já preocupada. -- Seu trabalho.
-- Tem razão. -- Concordou. -- Tchau. -- Disse olhando Alexsandra sorrindo enquanto afastava-se andando de costa.
-- Tchau. -- Alexsandra sorriu feliz e em seguida foi surpreendia por Laila voltando em passos acelerados a abraçando novamente a medida em que selava sua boca em um beijo surpresa, contudo, que foi logo retribuído com o mesmo carinho e desejo.
-- Laila? -- A garota disse surpreendida com a cena que via, olhou ao redor e viu que outros assistiam a cena e comentavam.
-- Viu? -- Laila indagou olhando Alexsandra sorrindo depois do beijo. -- Não tenho vergonha. -- Afirmou. -- Até mais tarde. -- Disse e deu mais um beijo na morena, beijo que foi interrompido pela amiga que a puxou pelo braço. -- Está doida?
-- A doida aqui é você. -- Riu. -- Tens um trabalho em trinta segundos, Laila! -- Disse e riu da cara de preocupada que Laila fez.
-- Ai droga. -- Disse lembrando-se. -- Tchau, amor. -- Despediu-se de Alexsandra que ria e saiu correndo sendo seguida pela amiga. -- Droga Rayná, porque não me avisou antes?
-- Como é que é? -- Perguntou a fazendo parar de correr. -- Era eu que estava ch*pando a língua da morena gostosona? -- Disse e levou um tapa de Laila sobre o ombro. -- Aiii. Minha nossa... menina que badalo! -- Completou ficando de boca aberta com a descoberta. -- Tu é lésbica? -- Gargalhou diante da constatação e de seus pensamentos. -- Quem é ela? -- Disse olhando na direção de Alexsandra que ainda as olhava do mesmo lugar.
-- Depois te falo. -- Disse e saiu correndo em direção a sua sala deixando a amiga para trás em protestos.
-- O mundo é gay, realmente. -- Riu vendo Alexsandra entrar em seu carro. -- E rico, de todas as maneiras. -- Disse e gargalhou com tal frase.
* * * *
-- Mãe eu queria viajar com a senhora. -- Agatha disse fitando a mãe tristinha.
-- Filha eu... -- Samantha suspirou a olhando. -- Vida, agora não dá mais, está em cima da hora. -- Samantha disse sentida pela filha. -- O que ouve meu amor? Você estava tão contente em ficar na casa da vovó, porque não quer mais?
-- Eu quero ficar, mas eu quero ir também. -- Declarou a olhando.
-- Ah filha, assim não dá. -- Samantha disse e sorriu. -- Meu amor fica com a vovó eu prometo ligar de duas em duas horas no máximo.
-- Isso demora muito?
-- Não meu amor. Passa rapidinho. Filha não tem mais como eu te levar agora. Sinto muito. Vai ficar chateada com a mamãe?
-- Eu queria ir... Mas não vou ficar chateada com a senhora não. Eu fico com a vovó e o vovô. -- Sorriu aceitando.
-- Ai filha eu fico muito feliz. Mamãe promete ligar e quando eu voltar te trago um presente. Tudo bem?
-- Tá bom!
-- Prometo que nas suas férias nos viajaremos pra onde você quiser, está bem?
-- Sério mesmo mãe? -- Investigou empolgada.
-- Sério. -- Afirmou sorrindo.
-- Então eu quero ir pra Disney. Me leva lá?
Samantha fitou a mãe dela e está lhe sorriu de volta, como que dizendo “Perdeu playboy”. Respirou e sorriu.
-- Levo sim. -- Concordou. Agatha nunca tinha despertado esse desejo de viajar para tal lugar e agora que tinha não negaria, pensara Samantha.
-- Ebaaaa. -- Comemorou.
-- Filha, filha... Vem aqui me dá um beijo, mamãe tem que ir. -- Samantha a pegou no colo e a abraçou forte. -- Eu te amo filha. Fica bem. -- Disse a olhando, na verdade estava preste a levá-la consigo, mas sabia que não daria. Previa que a conversa de Amanda com a família seria delicada e talvez não tivesse tempo e nem atenção para se dedicar a filha... No entanto, pensou que seria menos angustiante em separar-se de Agatha por alguns míseros dias.
-- Também te amo mamãe. -- Disse e a beijou no rosto.
-- Samantha, filha. -- Regina a interrompeu. -- Você já está atrasada. Ela vai ficar bem. -- Afirmou, sabia que Samantha resistia em separar-se da filha.
-- Ok. Tem razão. -- Samantha abraçou novamente Agatha e a pôs no chão. -- Eu volto logo meu amor, Tchau.
-- Tchau mãe.
-- Tchau mãe, cuida dela. -- Samantha pediu.
-- Pode deixar filha. Agora vai.
-- Tá. -- Sorriu e depois de dar mais um beijo na filha Samantha saiu, iria de Táxi para o hospital se juntaria a Amanda e a família dela e de lá iriam para o terminal rodoviário. Sentou-se no bando de trás do táxi e quando apoiou a cabeça com a mão sentiu um pouco de dor, era a mão enfaixada. Lembrou que assim que chegou na casa dos pais, foi um interrogatório atrás do outro e ela acabou revelando a verdade, os deixando preocupados com o desfecho dessa história. Mas Samantha pediu que não se preocupassem o que foi em vão, sabia que seu pai ligaria para Otávio, com certeza pediria para que não deixasse o filho a denunciar, e pediria isso em nome da amizade de ambos. Samantha não se arrependia do que tinha feito, mas sentia por Otávio ter um filho como Paulo, e que tivesse a presenciado agredindo-o, mesmo Paulo merecendo tudo... Se Paulo a denunciasse teria que responder por seus atos, mas no momento não era o que lhe preocupava. Dispersou tais pensamentos e deu lugar a outro, Amanda e a família, não seria fácil para a namorada enfrentar tudo, principalmente com o pai que tinha.
-- Senhora? -- O taxista chamou por Samantha a fazendo perceber que já tinham chegado.
-- Pode esperar aqui?
-- Posso sim, mas o taxímetro está rodando. -- Advertiu.
-- Claro que sim. -- Samantha proferiu rindo e saindo do carro.
* * * *
-- Mãe, a Samantha vem pra cá? -- Natelly indagou fitando a mãe dando os últimos retoques com a maquiagem, estavam no banheiro.
-- Sim, deve estar chegando. -- Observou. -- Porque?
-- Nada, só pra saber mesmo. -- Sorriu fitando-a pelo espelho.
-- Natelly... -- Amanda disse a olhando também através do espelho. -- O que foi?
-- Está bem. -- Sorriu. -- O vovô não está nada satisfeito com a ida dela com a gente, disse que não tinha necessidade nenhuma dela ir. -- Declarou. -- O vovô vai encher o saco nessa viagem vai ver. -- Advertiu.
-- Filha! -- Amanda a repreendeu, mesmo sabendo que ela estava certa.
-- Mas é verdade. -- Disse e logo ambas riram. -- Você vai do lado de quem? -- Investigou a olhando sorrindo.
-- Do lado de quem estiver com a poltrona do lado da minha. -- Sorriu contente.
-- Samantha!? -- Natelly proferiu também rindo.
-- Você, boba. -- Revelou para surpresa da filha.
-- Sério? Nem olhei. -- Confessou.
-- Pois é, você será minha companheira de viajem, Sam sentará ao lado da Marina.
-- Se a senhora quiser trocar...
-- Melhor não, o papai já anda desconfiado e eu não quero confusão antes da hora. -- Confessou séria olhando a filha. -- Porque eu sei que vai ter. -- Suspirou sentida.
-- Ei... não fica assim... -- Natelly sorriu.
-- Ficou bom? -- Amanda inqueriu sobre a leve maquiagem que tinha feito.
-- Perfeito. -- Afirmou.
-- Ótimo. -- Disse arrumando suas coisas. -- Vamos. -- Elas saíram e logo Amanda avistou Olavo a sua espera. -- Oi. -- Sorriu ao revê-lo.
-- Eu vim me despedir da minha paciente especial, como prometi. -- Advertiu entre sorrisos.
-- Claro que veio. -- Sorriu indo até ele e o abraçando com carinho e agradecimento. -- Tenha cuidado, você está bem, mas ainda não está cem porcento. -- Advertiu a olhando.
-- Vou ter cuidado sim. E a Sam vai comigo, realmente me sinto mais segura com ela indo também. -- Sorriu.
-- E por falar nela. -- Olavo acenou com a cabeça apontando em direção a porta.
-- Oi, você demorou. -- Amanda disse indo até a namorada.
-- A Agatha queria ir, mas ela ficou bem depois que prometi a levar pra Disney. -- Declarou rindo.
-- Olha, menina esperta. -- Amanda disse sorrindo e em seguida, um olhar rápido viu a mão enfaixada de Samantha. -- Amor, o que foi isso na sua mão? -- Indagou preocupada pegando a mão da morena com cuidado.
-- Isso? Ah, não nada de mais... -- Declarou retirando sua mão das mãos de Amanda.
-- Como nada de mais? -- Indagou pegando novamente a mão da morena e começando a retirar a faixa para ver melhor.
-- Está tudo bem, amor. -- Samantha disse a impedindo de retirar a faixa. -- Depois nós conversamos, está bem? -- Proferiu a olhando nos olhos em um pedido também silencioso.
-- Tudo bem. -- Concordou, mas ainda estava preocupada.
-- Obrigada. -- Samantha sorriu e a beijou com carinho, um beijo breve. -- Sua família está nos esperando aí fora. Seu pai me olhou torto... de novo. -- Avisou rindo e antes que Amanda pudesse dizer algo, Samantha desviou o olhar e fitou Natelly. -- Oi. -- Disse a cumprimentando.
-- Olá. -- Sorriu.
-- Oi Olavo, tudo bem? -- Samantha foi até ele e o beijou no rosto e recebeu o mesmo carinho do amigo.
-- Tudo bem com você minha querida? -- Olavo inqueriu sorrindo.
-- Sim... Tudo bem. -- Samantha afirmou.
-- Certeza? -- Apontou em direção a mão dela.
-- Sim, não se preocupe. -- Advertiu sorrindo.
-- Sendo assim... -- Deu de ombros e sorriu.
-- Precisamos ir. -- Samantha lembrou. -- Tchau meu querido. -- Samantha o abraçou rapidamente.
-- Tchau minha querida, boa viagem. -- Desejou sincero. -- A todos. -- Sorriu olhando Amanda e Natelly.
-- Obrigada.
-- Obrigada, Olavo. -- Amanda foi até ele e o abraçou também. -- Em breve nos veremos de novo. -- Sorriu.
-- Perfeito. Tchau paciente especial.
-- Tchau doutor especial. -- Afirmou sorrindo.
-- Vamos. -- Samantha chamou já pegando as coisas de Amanda.
-- Oi. -- Sheila disse entrando toda sorridente. -- Poxa, já iam embora sem se despedirem de mim? -- Indagou fingindo indignação e Samantha riu.
-- Deixa de drama, te vi agora a pouco e você disse que vinha aqui. -- Declarou.
-- Claro que não ia embora sem me despedir de você, Sheila. -- Amanda disse indo de encontro a ela a abraçando com grande carinho.
-- Íamos te esperar lá fora sua revoltada. -- Samantha explicou rindo.
-- Eu sei, estava brincando. -- Sheila proferiu. -- Boa viagem e volta logo, viu? -- Sorriu fitando Amanda.
-- Assim que possível. -- Amanda advertiu. -- Obrigada por tudo.
-- Que isso... Obrigada você, sua aparição causou muitas felicidades. -- Sorriu revelando. -- Para todos nós. -- Completou contente.
-- Acredite, também estou extremamente feliz com tudo isso, me trouxe coisas maravilhosas. -- Amanda confessou olhando para Samantha, sorriu.
-- Eu sei que sim. -- Sheila sorriu e abraçou novamente. -- Cuide-se e cuida dela. -- Falou baixo.
-- Pode deixar.
-- Vou torcer para que tudo sai bem. -- Afirmou.
-- Obrigada.
-- E meu abraço? -- Samantha inqueriu rindo.
-- Ai vem cá minha ciumenta. -- Sheila abraçou Samantha com um carinho especial, desejando boa viagem.
-- Obrigada linda. -- Samantha sorriu carinhosa. -- Vamos?
-- Vamos. -- Amanda concordou. -- Sheila diz pra Susan e pra Julia que eu deixei um beijo pra elas. -- Pediu. -- Tchau Olavo.
-- Tchau doutor. -- Natelly disse sorrindo e todos saíram.
-- Filha, até quem fim. -- Carlos disse impaciente. -- Desse jeito vamos perder o ônibus. -- Declarou sério olhando entre Amanda e Samantha.
-- Relaxa vovô, temos tempo suficiente. -- Caroline disse e Marina segurou-se para não cair na gargalhada ao ver a cara irritada de Carlos ao ser chamado de avô pela loira.
-- Cá, não começa! -- Amanda advertiu ao chegar perto da amiga.
-- Sorry. -- Disse rindo.
-- Fabrício chamou os táxis? -- Carlos indagou o olhando com certa inquietação.
-- Tem táxis disponíveis na frente do hospital. -- Fabrício declarou.
-- É. E tem o que eu vim de casa, ele está à espera. -- Samantha lembrou.
-- Ótimo, então vamos logo. -- Ordenou e saiu andando na frente.
-- Ulêlê, isso vai ser divertido. -- Caroline constatou olhando todos ali presente, principalmente Carlos, que já estava bem adiantado. -- Que comece a batalha. -- Disse baixinho, mas Marina ouviu e riu.
-- Adiante loira. -- Disse querendo que Caroline acompanhasse ela e os demais que já caminhavam em direção ao elevador.
-- Ok. -- Sorriu e começaram a caminha lado a lado. -- Olha pra elas. -- Caroline sugeriu olhando Amanda e Samantha cainhando lado a lado e ao lado delas Natelly e Lúcia, conversavam amenidades.
-- Elas estão felizes... por enquanto. -- Marina proferiu as olhando. -- Torço para que tudo acabe bem. Eloá vai sofrer o preconceito do pai quando ele souber de tudo. -- Constatou.
-- Verdade, mas ela está diferente, está disposta a tudo e dessa vez sinto que ela não vai dá pra trás, não vai. -- Caroline disse olhando a mulher a seu lado e ambas sorriram contentes pela amiga.
-- Vocês duas ai. -- Carlos disse em voz alta. -- Podem fazer o favor de entrar na merd* do elevador?
-- Carlos! -- Lúcia o repreendeu.
Caroline e Marina respiraram fundo e seguiram até os demais já dentro do elevador. -- Prontinho. -- Marina disse irônica o fitando após ter apertado o botão do elevador.
Eles dividiram-se em dois táxis, e partiram em direção a terminal, Samantha, Marina, Caroline e Fabrício foram em um e Amanda, os pais e Natelly foram em outro. Samantha não fez objeções quando Carlos deferiu quem iria com quem e onde, não queria perder a paciência com o senhor seu sogro e principalmente não queria complicar mais ainda a situação de Amanda com o pai e a família, era um momento delicado e faria de tudo para que tudo se resolvesse da melhor forma possível. Chegaram ao terminal praticamente ao mesmo tempo e logo juntaram-se para embarcarem no ônibus com destino a Florianópolis.
-- Aff corredor? -- Marina disse olhando seu bilhete. -- Fabrício eu pedi janela, meu filho. -- Reclamou olhando o homem que arrumava sua bagagem.
-- Só trocar criatura. -- Proferiu rindo.
-- Só trocar? -- Repetiu. -- E quem vai querer trocar comigo? Aliás quem vai comigo?
-- Contigo eu não sei não, mas sentada ao seu lado é a doutora aqui. -- Fabrício apontou Samantha que chegava ficando ao lado dele.
-- Seu besta! -- Marina lhe deu um tapa no ombro. -- Vai te catar! -- Marina disse e amostrou a língua para ele que riu.
-- Mulher loira passando! -- Caroline disse empurrando Marina e Fabrício propositalmente e riu ao ver que os dois quase caíram.
-- Porr* Carol. -- Marina proferiu rindo.
-- É sempre assim? -- Samantha indagou olhando Amanda.
-- Se eu falar que sim vai me abandonar? -- Amanda indagou fazendo uma careta e Samantha riu.
-- Jamais!
-- É pior! -- Afirmou e riu alto.
-- Acabar eu que sou a adolescente? -- Natelly proferiu e riu. -- Mãe, a senhora quer a cadeira da janela ou o corredor?
-- Tanto faz. -- Afirmou. -- Eu quero é chegar logo. -- Confessou sentando-se na do corredor. -- Pai, eu me lembrei que não gosto de viajar de ônibus, quero descer! -- Amanda disse ao ver o pai e cruzando os braços realmente incomodada.
-- Filha, quer que compre o remédio? -- Lúcia indagou a olhando.
-- Que remédio? -- Samantha quis saber. -- Amanda? -- O olhou preocupada.
-- Ah, é só um remédio pra dormir, eu fico enjoada e com medo, sei lá. -- Amanda revelou olhando a namorada. -- Já faz tanto tempo que não faço viagem de ônibus que até tinha esquecido disso. -- Confessou.
-- É só o enjoo que sente? -- Samantha investigou a olhando interessada.
-- É sim, não se preocupe. -- Sorriu tentando tranquilizar a médica.
-- Certeza? -- Samantha insistiu.
-- Sim, Sam, não se preocupe. -- Afirmou.
-- Tudo bem. -- Samantha disse pegando sua bolsa e a abrindo. -- Pega, toma esse e ficará bem. -- Sorriu. -- Vai te dar sono. -- Avisou.
-- Ótimo, prefiro dormir mesmo. -- Confessou tomando o medicamento com ajuda da água cedida por Natelly.
-- Doutora, ela vai ficar bem né? -- Carlos indagou fazendo com que todos o fitassem surpresos.
-- Vai sim, não se preocupe. -- Samantha respondeu normalmente.
-- Gente o motorista tá mandando sentarmos. -- Fabrício advertiu.
-- Samantha quer sentar aqui? -- Natelly indagou sorrindo.
-- Natelly, você vai ficar aí com a sua mãe! -- Carlos disse incisivo a fitando.
-- Tudo bem. -- Samantha sorriu tentando não se irritar. -- Eu vou pro meu lugar, mas qualquer coisa me chama. -- Aconselhou.
-- Pode deixar. -- Amanda sorriu.
-- Escuta você se incomoda de eu ficar na parte da janela? -- Marina questionou.
-- Não. -- Samantha sorriu. -- Pode sentar.
-- Valeu doutora. -- Marina sentou-se alegre e Samantha também sentou ao lado dela. -- Gosto de ficar olhando sabe, sempre gostei, sei lá, é legal ver tudo passando de forma rápida. -- Observou olhando através da janela as várias pessoas andando de uma lado para o outro.
-- Entendo... -- Samantha
-- Fazia tempo que eu não entrava num ônibus. -- Marina confessou. -- Viajo muito, porém, mais de carro particular. -- Disse Olhando Samantha e riram.
-- Eu viajo pouco e quando faço é a trabalho algum congresso de algo relacionado a meu trabalho e o hospital. -- Samantha disse a fitando e em seguida olhou para o lado onde estava sua namorada, sorriu. Amanda estava encostada sobre o ombro de Natelly e de olhos fechados.
-- Ela vai ficar bem. -- Marina sussurrou, pois os pais de Amanda estavam sentados logo a frente delas. -- Ela vai dormir a viagem inteira é sempre assim. Desde que a conheço. Nunca foi fã de nenhum tipo de viagem. Mas ônibus é o que ela enjoa mais. -- Marina explicou. -- Relaxa. -- Sorriu voltando a olhar pela janela.
-- Ela já está quase dormindo. -- Notou. -- E nem saímos.
-- Esse é seu lado médico preocupado ou... você sabe. -- Sorriu a olhando.
-- Os dois. -- Sorriu.
-- Foi o que pensei. -- Calma doutora. Ela está bem. É o jeito dela encarar esse transporte terrestre. -- Declarou e Samantha riu.
-- Ei vocês duas ai. -- Caroline falou fazendo Samantha e Marina as olharem. Fabrício e Caroline estavam sentados logo atrás de Amanda e Natelly. -- Qual o papo?
-- Não é da sua conta. -- Marina disse rindo.
-- Cabelo repique te pego na saída. -- Caroline alfinetou piscando.
-- Uiii. -- Marina gargalhou.
-- Querem parar com essa... essa falação toda? -- Carlos disse irritado.
-- Chato! -- Marina disse baixo.
-- Sim. -- Samantha concordou rindo.
-- É ela! -- Marina proferiu olhando através da Janela vendo a mesma mulher que havia esbarrado no hospital, falando ao celular, parecia procurar alguém.
-- Ela, quem? -- Samantha indagou confusa.
-- Eu não acredito... -- Marina sorriu surpresa. -- Natty vem cá, rápido! -- Chamou, pois o ônibus estava saindo. -- Vem!
Samantha olhou curiosa na direção que Marina olhava, mas como não sabia de quem se tratava não reconheceu ninguém.
-- O que que foi? -- Natelly indagou levantando-se de sua cadeira.
-- Qual o babado? -- Caroline também foi até Marina, estava curiosa.
-- Natty, olha ali perto do cara de camisa rosa. -- Disse apontando e todas olharam.
-- É ela, madrinha. -- Sorriu olhando Marina.
-- Ela quem? Onde? -- Caroline Indagou interessa.
-- Uma mulher que ela esbarrou lá no hospital. -- Natelly revelou. -- Não dá mais pra ver.
Samantha também olhou, pensou ter visto Marcela, mas como a enteada tinha dito, não dava mais para ver e ter a certeza.
-- Droga! -- Marina proferiu. -- Ela é linda e eu nem o nome sei. -- Reclamou.
-- E tu esbarra nela e nem pede o telefone? -- Caroline indagou rindo. -- Cabelo repique tu já foi mais ativa. -- Falou e levou um tapa de Marina. -- Tá, vai te sentar. -- Pronunciou também rindo.
-- Natelly vai para seu lugar. -- Carlos ordenou se fazendo ouvir de onde estava. -- E vocês aí tem outras pessoas querendo sossego na viagem, portanto, calem a boca, sim? -- Completou.
-- Pai... -- Amanda disse sonolenta. -- Não precisa ser grosso. -- Observou. --Vem filha. -- Chamou Natelly que logo a obedeceu. -- Desculpa. -- Disse baixo olhando a namorada e sorriu.
-- Tudo bem. -- Samantha disse quase que apenas movendo os lábios e mandou um beijo.
-- Não tenho sorte sabia? -- Marina disse chamando a atenção de Samantha.
-- Está falando por causa da mulher de agora a pouco?
-- Sim. -- Sorriu. -- Ela é linda, mas quando nos esbarramos ela parecia triste, mesmo quando sorria, parecia que faltava algo, não sei... -- Explicou. -- Mas enfim, como a Natty diz, não era pra ser. -- Sorriu fraco.
-- É... pode ser. -- Samantha concordou.
Amanda dormiu, logo depois que a filha sentou novamente a seu lado. A viagem foi tranquila, com Samantha, Marina, Fabrício e Caroline conversando amenidades. Natelly também havia dormido depois de um tempo ouvindo música. Carlos e Lúcia iam calados, conversavam pouco, por preferência de ambos. Samantha vez e outra olhava a namorada, checando se estava tudo bem e ao constatar que sim, voltava sua atenção para Marina que gostava de conversar sobre tudo.
-- Chegamos doutora. -- Marina disse espreguiçando-se.
-- Sim.
-- Já tinha vindo aqui antes?
-- Já sim, mas a trabalho. -- Samantha confessou.
-- Compreendo. Mas terá tempo de conhecer melhor. -- Marina sorriu. -- Terá uma guia excelente. -- Disse olhando para Amanda sorrindo.
-- De fato. -- Samantha sorriu vendo que a namorada estava sendo acorda por Natelly.
-- Vamos? -- Marina chamou por Samantha.
-- Vou esperar esse povo sair. -- Disse apontando o corredor do ônibus cheio de pessoas enfileiradas para saírem.
-- Naty, segura aqui minha jaqueta. -- Marina pediu.
-- Filha vou esperar espaço pra sair. -- Amanda avisou e fitou Samantha, esta, sorriu.
-- Cadê seu pai? -- Samantha sussurrou para Amanda.
-- Está lá na frente... Acho que nem lembrou da gente. -- Declarou rindo.
-- Tudo bem? -- Samantha indagou sentando ao lado da namorada.
-- Sim. -- Sorriu.
-- Vovó a senhora viu minha jaqueta? -- Natelly já fora do ônibus, indagou olhando no meio das duas jaquetas que tinha no braço. Uma da mãe e outra de Marina.
-- Seu avô deve ter pego. Você não deu pra ele segurar?
-- Ah é verdade. -- Lembrou. -- E cadê ele?
-- Está ali... ué cadê ele? -- Lúcia proferiu cansando o marido.
-- Marina cadê o vovô?
-- Ah entrou pra pegar sua jaqueta lá dentro. -- Disse apontando para ônibus. -- Ai droga. -- Marina proferiu logo em seguida. -- Será que elas seriam tão doidas a ponto de ... seriam sim. -- Marina saiu em disparada atropelando um e outro para entrar no ônibus.
Fim do capítulo
Oi lindas, demorei mas voltei! Capítulo enorme pra vocês. Espero que tenham gostado.
Grande beijo e até logo!
Comentem, que eu amo ler TODOS!!!
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Aloha
Em: 12/12/2015
Eita! Comecei a ler sua estória há pouco tempo e tava difícil chegar até aqui! Seus capítulos são longos (adoro isso!), por isso demorei um pouco...hahaha!!
Como leio no celular antes de dormir acabo nem comentando, mas quis passar aqui para parabenizar o trabalho e dizer que você ganhou uma fã! =)
Espero ANSIOSAMENTE para ler o próximo capítulo! (ainda mais com um final desse...)
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lenna11
Em: 11/12/2015
Que bom que voltou! Adoro a Alex e a Laila acho que amor que está nascendo entre elas é perfeito, cm será que a família delas vão reagir qdo souber delas! Minha nossa será que o pai da Amanda vai fraga elas se beijando ou a Mary vai conseguir impedir, ansiosa pelo próximo capítulo!
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leticiasic
Em: 11/12/2015
Estava com saudades!!! Que bom que vc voltou!!!
Eu acho que o Carlos vai pega-las no flagra, rsrs.
Essa história sempre maravilhosa...
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josi08
Em: 11/12/2015
Ai que td...meu dia fecho com chave de ouro....minha historia favorita....capitulo grande...e como sempre com gosto de quero mais....Samanta arrebentou legal hj ein...esse Paulo bem q mereceu...ai Ale e Laila amando esse casal tbm viu...gostei da ideia da Marina e Carol viu rsrs seria bem interessante...mais ao que td indica vai ser Marina e Marcela...
Lindo lindo o capitulo...mais porfavor nao demora a postar ein. Rsrs...bjs
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Sem cadastro
Em: 10/12/2015
Ai até que enfim Amanda lembrou de tudo ...
Laila e Alex mal começaram e já rolou uma briguinha kkkk,que bom que foi rápida
Adorei a surra que Samantha deu no doutorzinho ,só espero que ele não a denuncie
E agora essa ,vai que o velho Carlos pegue as duas se beijando ,seria decretado a terceira guerra ...
Adorei o capítulo
Beijos Autora Enny Angelis
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Silvia Moura
Em: 10/12/2015
autora que felicidade...que capitulo tudo... detesto violência...mas que foi merecido foi...e quando o sangue sobe...dez leões saem de dentro dessas mulheres... ulala... eita que ainda tem coisa ara acontece e haja capitulo grande....um beijo autora... vc nos deixa muito feliz...até logo...
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Luciana
Em: 10/12/2015
Oii Enny, me lembrei de vc e do seu maravilhoso conto hj.. e olha a coincidência vc
apareceu hj..muito feliz!!!
Como sempre a cada capítulo vc supera mais e mais... adorando muito o desenrolar da
história.
Como sempre vc perfeito.
Bem vinda de volta..
Beijos
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Srta Petrova
Em: 10/12/2015
Fico feliz que tenha voltado. essa história é um espetaculo e já estava com saudades. será que agora vai direto? beijos e parabéns mais um belissímo capítulo.......seja bem vinda de volta rsrsrsrsrs
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Mille
Em: 10/12/2015
Sabe que hoje estava pensando em você, e de sua história.
Grandão que nem as irmãs Cooper.kkk
Ah esse Paulo merecia um monte junto com o Carlos uma surra bem dada.
Tomara que a Marina consiga evitar uma tragédia nesse ônibus, pq vovo e capaz de jogar a Sam pela janela.
Adoreiiiiiiiiii e muito
Beijao
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Angeloliveira
Em: 10/12/2015
Que bom que voltou autora...estava com saudades de seus maravilhosos capítulos...você é uma autora incrível moça, sentir sua falta...espero que tenha vindo pra ficar. Até mais
Bjs Angel
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lih
Em: 10/12/2015
Que barraco seria se seu Carlos pegasse as duas no ônibus..... Que bom que voltou moça e ainda no presenteou com um capítulo enorme desses. Queria deixar registrado a minha opinião que a Marina e a Carol deveriam ficar juntas, gosto das duas juntas, apesar que está na cara que a Marina vai ficar com a Marcela, não custa nada sonhar né?
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Sem cadastro
Em: 10/12/2015
Oi!
Que saudades do meu casal fofo!
Espero que papito veja um beijo de língua delas. Aqueles beijos que você não sabe quem é quem kkkkk
Adorei o capítulo!
Bem vinda de volta
Beijos procê!
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