A faxina geral começou!
Capítulo 35. Limpando a casa.
Na manhã seguinte assim que chegaram ao regimento, a major e a capitã foram recebidas como sempre pelo sargento Prado.
-- Bom dia capitã, como está major?
-- Bem sargento, como pode ver, estamos bem!
-- Sargento qual a pauta da reunião de hoje?
-- Major hoje temos que resolver como serão as comemorações da Revolução Constitucionalista.
-- É verdade sargento, como estão os preparativos?
-- Estamos a todo vapor major e apesar de termos somente quinze dias, estamos bem adiantados.
-- Isso é bom sargento, e o segundo assunto?
-- É sobre a milícia, eu já tenho todas as informações de que precisávamos para colocar todos os envolvidos na cadeia.
A major olhou para a capitã Andressa que estava sentada no sofá. Essa por sua vez entendeu o olhar da esposa e disse:
-- Eu sei o que você está pensando e sei que meu pai está metido nessa confusão desde o começo.
-- É verdade Andressa, mas com tudo o que seu pai já me fez passar na vida, eu ainda estou disposta a não humilhá-lo publicamente.
-- E posso saber o porquê?
-- Porque eu percebi que você apesar de tudo ainda o sente como seu pai e eu, entendo isso Andressa. Eu não morro de amores pelo major, mas também não desejo ver o meu sogro e avô dos meus filhos, morto. Eu já pensei sim em acabar com a vida do seu pai, mas hoje isso já não importa. A não ser, que ele se meta com você, ai a coisa vai mudar.
-- Calma amor, eu sei o que você sente pelo meu pai. E sei também que você está fazendo isso por mim, mas não confunda o nosso trabalho com a nossa vida pessoal. Eu te amo muito e aqui você não é a Márcia que dorme comigo, aqui você é a major Mantovanni que comanda o regimento de cavalaria. Portanto, faça o que deve ser feito.
-- Você está certa disso Andressa?
-- Sim meu anjo, entre manter a honra da cavalaria e expulsar meu pai, eu fico com a segunda opção.
-- Mas você sabe que uma expulsão perante a tropa é por demais vergonhosa, não sabe?
-- Quem procura acha major e eu sei separar as coisas. Ontem quando você foi até a Força Tática, eu não fiquei pensando no meu pai. Eu fiquei pensando em você meu amor, fiquei com muito medo do que pudesse acontecer, pois, você estava na cova do leão e lá ele consegue controlar aqueles policiais.
Márcia olhou para Andressa e começou a rir. A capitã e o sargento ficaram sem entender o que estava acontecendo e qual fora a piada para a major rir tanto. Então o sargento perguntou:
-- Major do que a senhora está rindo?
-- Olha sargento, creio que a minha mulher está equivocada com a colocação que foi feita por ela a pouco.
-- Porque amor você está falando assim?
-- Porque eu ouvi tanta coisa sobre o seu pai naquela unidade querida!
-- Sério meu anjo. E o que você ouviu?
-- O jeito mais carinhoso que eu ouvi chamarem seu pai foi de capetão.
-- Credo major, que horror, respondeu o sargento.
Márcia então contou tudo o que havia acontecido entre ela e o sogro e a capitã se sentiu mais aliviada. O medo de perde a major era tanto que até doía no peito só de pensar.
-- Bom senhores que tal começarmos os procedimentos para a prisão dos homens envolvidos na milícia, pediu a capitã.
-- Sim capitã, estou gostando de ver, falou a major aprendeu rápido, isso é muito bom.
-- Aprendi com uma certa oficial chamada Mantovanni a quem eu amo de paixão.
-- E essa oficial também aprendeu e aprende muito com a capitã e ela, também a ama muito, falou puxando a capitã para si e dando-lhe um beijo.
Ficaram abraçadas se beijando por um bom tempo, até que o tenente Félix entrou e acabou ficando sem graça ao ver a major abraçada beijando a capitã.
-- Desculpe major, eu não queria atrapalhar.
-- Não se preocupe tenente. Já está tudo preparado para efetuarmos as prisões?
-- Sim major, poderemos sair depois da reunião que começará daqui há cinco minutos para os acertos finais.
-- Certo tenente, então vamos? Falou olhando para a capitã.
-- Vamos major, já é hora de começar a faxina, disse a capitã.
O tenente Félix somente observou e não disse nada. Pensou no quanto era prazeroso trabalhar naquele regimento que estava sob o comando de duas mulheres maravilhosas.
Após o término da reunião, a major deu a ordem para que os envolvidos nas chacinas fossem detidos, mesmo os que estavam de folga ou que não haviam comparecido para trabalhar conforme a escala. O DPM (Serviço Reservado da Polícia Militar) estava à procura desses bandidos travestidos de policiais. Cada comandante responsável pela sua unidade estava à frente das prisões. E na cavalaria, gate e canil, não era diferente.
Fim do capítulo
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