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  • Capítulo 3 - o beijo e depois?

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A amiga da minha mãe por sofiagayer

Ver comentários: 4

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Palavras: 3992
Acessos: 5729   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 3 - o beijo e depois?

Entraram no carro de Ju e a música que tocava era “here without you” do 3 doors down dando um clima romântico, pois a chuva engrossou, e o cheiro da menina dominou o carro, fazendo Ju se atrapalhar inteira.

            - Se quiser, eu posso dirigir! – disse toda orgulhosa.

            - Não, não, você nem tem carteira, tem alguma coisa que você faça que é dentro da lei? – disse em um tom um tanto quanto exaltado.

            - Hey, também não precisa ser tão bruta, eu estava apenas sendo educada, mas dirijo melhor que você! – brincou, para ver se ela lhe dava abertura.

            - Garota, você se acha né? – virou-se encarando-a séria.

            - Você tem uma impressão muito errada de mim. – disse em tom de lamento.

            - Da garota mimada e rebelde de 15 anos? – disse de maneira tão ríspida e logo uma raiva surgiu da adolescente e não entendia “porque” ela a irritava tanto. E continuou – Você se acha demais, acha que só porque tem um rostinho bonito e uma boa ascensão social que veio dos seus pais, do suor deles pode fazer o que quiser e com quem quiser!  - “meu Deus, o que eu estou falando”

            - Para o carro! Para! – disse séria.

            - Não, por que devo parar? – diminui o tom.

            - Vou descer, não preciso de favores seus! Eu tentei ser legal contigo, mas você só tá me dando patada, qual é a sua, cara? Na frente da minha mãe é toda “educadinha” comigo e agora quer vir dar uma de ... sei lá do que, não te fiz nada pra estar falando tudo isso.

            A chuva aumentou e estava difícil discutir e dirigir, parou o carro no intuito de poder conversar melhor com a garota, mas foi surpreendida quando a mesma abriu a porta e saiu andando na chuva, como se fosse uma louca, andando na chuva àquela hora tranquilamente.

            “merd*, merd*, não acredito que vou me molhar toda” pensou Ju, mas teve que ir de uma vez se não ficaria muito para atrás da garota, saiu correndo e puxou-a pelo braço.

            - Garota escuta aqui... – mas quando foi continuar a menina se assustou com o puxão e caiu de frente pra ela, sendo pega a tempo. Os corpos se arrepiaram com a aproximação e sem que pudessem pensar os lábios se tocaram, começando um beijo tímido e suave, que foi interrompido pela própria Ju, e a garota no momento percebeu o que tinha de fato acontecido e saiu correndo assustada e dessa vez não foi seguida.

            A professora correu na direção contrária para seu carro e começou a chorar. Chorava por ter gostado, por querer mais, por ser mais velha, por estar sentindo cousas desconhecidas por um menina, menor de idade ainda por cima, por ela ser filha da sua melhor amiga.

            Dirigiu para sua casa. Morava em um condomínio pequeno com seis apartamentos de três andares. O seu era no primeiro andar porque detestava altura, morria de medo e optara por apartamento por morar sozinha, queria mais segurança e praticidade. Entrou e correu para o banheiro, tomando um banho quente para tirar a água fria do corpo e continuou a chorar, não sabe quanto tempo permaneceu assim, apenas sentindo a água em seu corpo, tirar toda a tristeza e angústia.

            Do outro lado da cidade, uma menina corria em disparada, também chorando, mas está nem sabia porque o fazia, pensava “Meu Deus, já beijei centenas de bocas mas nenhuma se compara aquela, suave, macia... Ai meu Deus, eu sou sapatão mesmo! Não pode ser, calma, calma, Melanie Correia, é um sonho e iremos acordar agora.” Beliscou a si mesma, como se em um passe de mágica pudesse sair desse turbilhão de emoções. “ai, não! É verdade! O que eu faço?”.

            Mesmo sem saber o que fazer, rumou para casa, tomou um banho rápido, para evitar qualquer pensamento, tomou um dramin e adormeceu minutos depois.

            No dia seguinte, quando amanheceu Melanie ficou pensando se fingiria que estava doente, se fingia que nada estava acontecendo ou se jogaria da janela do quarto. Nenhuma opção parecia a cara de Melanie Correia, foi o que dissera a si mesma para levantar e encarar os fatos.

            Desceu para tomar café da manhã e como de costume, ninguém estava em casa só a Dona Zuleica, funcionária da família há 10 anos, uma senhora baixinha, gordinha, que teria seus 50 anos fácil. Assim que avistou a menina Mel, tinha certeza que algo estava errado, ela nunca acordava em silêncio, sempre acordava pulando, correndo pela casa, era invejável o seu humor matinal.

            - Menina Mel, o que aconteceu? – disse a senhora preocupada.

            - Nada Zu. Só estou precisando refletir sobre minha vida.

            - Mas, o que tanto tem de preocupação na vida de uma menina de 15 anos de idade? É o próximo campeonato que está te afligindo?

            Por um lapso de tempo, tinha esquecido que começaria a treinar no dia seguinte para o campeonato estadual de muay thai, que ocorreria em dois meses. “será ótimo para distrair minha cabeça”, pensou.

            - É isso, Zu. Vou enfrentar uma menina muito melhor que eu, estou com medo de perder. – mentiu deslavadamente para evitar mais perguntas sobre sua repentina mudança de humor.

            - Fica assim não! Você sabe que não gosto dessas coisas de bater uns nos outros dentro daquele quadrado, Glória a Deus! Mas, você ama essa loucura toda, tem um tempão pra treinar e até hoje nunca perdeu, por que iria perder agora?

            - Você está certa, Zu! Vou pra aula, não entendo por que tenho que ir pra escola! Saco. – disse a menina disfarçando, mas sentiu-se confiante. Apesar de não ter dito o real motivo, Zu, sem saber estava certa, não seria agora que eu iria perde e para mim mesma.

            Pegou uma banana e saiu correndo.

            - Toma tento menina! Tem que estudar sim! – disse quase aos berros pra menina ouvir.

            Naquela manhã não quis socializar como de costume, então, fingiu que dormia debruçada na cadeira para ninguém incomoda-la. A manhã passou vagarosa e os pensamentos iam longe.

            Chegou em casa almoçou com todos como de costume, mas logo foi para o quarto para deitar, a vantagem era que hoje chegaria mais tarde novamente. Tentou dormir, mas só conseguia revirar na cama e nada do sono.

            Já estava agoniada para ir logo para a Apae, ficou feliz pela primeira vez quando deu o horário de ir. E seu pai nem precisou chama-la para ir. Fizeram o trajeto em silêncio, mas isso era costumeiro entre eles, que nem se importavam mais. Ao chegar, Heitor pronunciou:

            - Desculpa por ontem minha filha, hoje prometo estar aqui no horário. – disse beijando o rosto da filha.

            - Tá. – respondeu indiferente como de costume e saiu ansiosa.

            Ao chegar foi direto para a sala da Ju, como de costume. Bateu na porta e logo já entrou, se deparando com uma imagem que a deixou meio boba, Ju estava de saia social preta, camisa branca, pernas cruzadas, um salto preto e um óculo de grau, concentrada em algo. “meu Deus, que mulher sexy” pensou, “ela sempre foi assim?”

            - Com licença, cheguei. O que você quer de mim hoje? – falou brincando, tentando disfarçar o nervosismo de estar de frente com ela.

            - Hoje a professora de artes faltou, teve um contratempo de última hora, será que você pode substituir? É só a última aula e logo você poderá acompanhar o Seu Ramirez na entrega das crianças. Tudo bem? – disse séria, quando na verdade queria dizer que queria ela naquele exato momento só pra ela e imaginou mil e uma situações.

            - Você só pode estar brincando, né?! – perguntou perplexa.

            Pelo espanto da garota pensou ter pensado alto, mas logo, se aliviou quando a mesma completou.

            - Eu não tenho capacidade pra dar aula.

            - Claro que tem, Melanie. É só passar uns desenhos pra eles pintarem, algo simples, já imprimi aqui, veja o que acha. – apontou para o amontado de papel a sua frente.

            - Certo, e onde tem lápis de cor? Esse tipo de material? – perguntou, já tendo uma ideia.

            - Tudo referente a esse material você encontra no armário de artes na sala dos professores, pode entrar e pegar, não tem problema, está aberto.

            Melanie fitou a professora demoradamente, pegou os desenhos, mas antes de alcançar a porta não resistiu, voltou-se para a mesma e perguntou:

            - Dormiu bem essa noite, professora? – e com o sorriso torto de canto, saiu antes mesmo de ter tempo para uma resposta, deixa uma Ju perplexa e encantada. Como um simples sorriso poderia causar tanto impacto? Questionava a si mesma.

            Estava ansiosa para saber como a Melanie estava se saindo com a turma de artes, após meia hora de aula e alguns barulhos estranho resolveu verificar o que estava acontecendo.

            Ao adentrar a porta, estava uma gritaria e muitas risadas, cada criança com um pincel e tintas, muitas tintas voando pela sala, chão, rostos, braços, pernas, roupas, não tinha nenhuma parte da sala ou sequer algum aluno intacto.

            Ficou abismada, mas mal teve tempo de pensar na bronca que ia dar quando foi atingida por um pincel na cara com tinta azul, por um segundo todos pararam e olharam para a professora com medo, mas assim que Melanie soltou uma gargalhada todos começaram a rir, e a seriedade de Ju acabou suja de tinta.

            Nunca aquelas crianças riram tanto na vida e foram tão espontâneas, Melanie não tratava eles como “especiais” e sim de igual para igual, e isso sim estava surtindo um efeito inesperado, mas como Ju sabia que levaria uma bronca tremenda dos pais de alunos, pelas roupas, cadeiras de rodas, aparelhos de audição, óculos e corpos sujos de tinta, precisava dar uma bronca na menina, afinal fora um tanto quanto inconsequente.

            Após a aula, um pouco antes de Melanie se encaminhar para a Kombi, a fim de ajudar Seu Ramirez a devolver as crianças, chamou-a em um canto.

            - Já sei que vou levar aquela bronca. – disse uma menina risonha com as mãos pra cima.

            - Que bom que já sabe e que também amanhã irá conhecer o pano e o sabão da Apae, né?

            - Por essa eu não esperava, mas como diria alguém que eu não tenho ideia “prefiro me arrepender de ter feito, do que de não ter” – disse dando um duplo sentido mas ao ver o olhar assustado da professora, logo completou – valeu a pena pelo sorriso delas.

            A professora não quis demonstrar, mas por dentro seu coração transbordava de alegria, sentia-se viva como a muito não sentia, estava com a roupa social toda suja mas com um sorriso tão bobo no rosto, não sabia se era pelo o que a garota tinha lhe dito por último, pela transformação dela ou se pelas crianças.

            Mas, sentia-se assim, adolescente de novo.

            Assim que saiu, Ju foi para casa tomar um banho e se arrumar para caminhar com suas amigas Fernanda e Beatriz. Quando contara o que havia acontecido, Beatriz estava perplexa, não sabia se pelo amor da filha ou se por tamanha mudança e tão rápido.

            - Bia, ela é uma menina maravilhosa, só que como você mesmo diz, ela se esconde atrás dessa armadura para chamar a atenção do Heitor. – disse Fernanda, que era a defensora oficial da Mel.

            - Sim, amiga, você está certa! Quem diria, Melanie Correia pintando crianças e rindo na Apae, onde era para ser um castigo. Essa menina, por onde vai ela dá um jeito de se divertir e divertir quem está ao redor, nunca vi alguém com tanta energia e alegria. – disse uma mãe toda orgulhosa da filha rebelde.

             Um par de olhos negros brilhavam durante a conversa, incessantemente.

            - Mas, Ju, me fale, você terá que dar uma bronca na Melanie, afinal, você vai levar muitos sermões desses pais. – disse Beatriz.

            - Não se preocupe, já pensei em algo, vou colocar ela para limpar a bagunça, o chão, as cadeiras e tudo que tiver mais que duas cores naquele ambiente. – disse Ju descontraída.

            - Quem diria, a Mel, fazendo a professora certinha sair da linha hein?! – brincou Fernanda, sem imaginar a proporção das suas palavras.

            Logo mudaram de assunto e continuaram a caminhada repleta de fofocas e assuntos intermináveis, como sempre acontecia.

            *************

            - Seu Ramirez, me deixa na casa do Mauricio por favor, - pediu uma Melanie bocejando.

            - Mas se chegar assim, com esse sono todo vai dormir antes do seu namoradinho abrir a porta. – disse todo brincalhão e rindo da sua piadinha sem graça.

            - Deixa disso, homem! Eu lá tenho namoradinho? Oxe, o Mauricio é um dos meus melhores amigos, nos conhecemos desde sei lá quando.

             - Bem que a família tenta né?!

            - Nem me fale, são chato com isso! Como se eu fosse me apaixonar por ele agora, depois de a vida inteira não ver ele com outros olhos a não ser como irmão.

            - Eu entendo, menina, estava brincando. Eu sei das coisas. – disse deixando no ar algo.

            Mel ficou pensativa se ele havia flagrado algo entre ela e a Ju, ou se ele referia ao Mauricio ser gay, fosse um ou o outro, ele não teria essa confirmação nem sob tortura, alguns segredos deveriam permanecer como estavam.

           

****

            - Poxa Mel, você sumiu! O que aconteceu pra você não ter vindo aqui hoje? E na escola nem deu pra gente conversar, não acredito que você já está com sono! Eu quero conversar... – Mauricio mal abriu a porta e já desembestou a falar e nem deixou a menina se pronunciar. – liga pra sua mãe e avisa que irá dormir aqui.

            - Eu espero Mauricio, que você tenha fofocas quentíssimas pra tanto escândalo! Nos vemos todos os dias, bicha! Vou ligar, também preciso conversar com alguém.

            Se enfurnaram dentro do quarto, tomando tereré e ouvindo música embalaram no assunto que tanto afligia Mauricio.

            - Você é uma desnaturada, como ainda não sabe nada do meu deus grego? – dramatizou.

            - Juro que não sei como você vira tão bicha perto de mim e tão homem na frente das pessoas. – disse a menina tirando onda com o amigo, que a sós gesticulava demasiado e em público parecia uma estátua.

            - Ai, esse não é o foco da noite, vamos, conte-me.

            - Não deu tempo, hoje é recém terça e não quero saber nada daquele almofadinha, o cara parece que tem um pavão dentro do peito, anda todo estufado, achando que é dono de tudo e de todos. – disse a garota com raiva.

            - Eu seria toda dele fácil...hehehe. – disse um garoto todo animado ao lembrar do futuro namorado. – Gata, sério agora, por mais que você tenha essa inveja, ops, raiva, por motivo desconhecido da população, descubra algo mais sobre ele, podemos marcar um filme, o que você acha?

             - Filme? Com aquele pavão? Amigo, eu te amo, vou descobrir tudo sobre ele, mas não me faça ver filme com aquele coroa abobado.

            - Amiga, to ficando preocupado com você! Aloucaaaa.. eu que mando na nossa relação, vamos sim e chamamos a Ju também.

            Por um lapso de segundo a menina sorriu ao imaginar assistindo filme do lado de Ju, o que não passou despercebido pelo amigo de infância, porém ele nada o disse, deixaria que tudo fosse no seu tempo, sabia que a amiga gostava de meninas desde que eram crianças, mas nunca quis comentar o assunto, diferente dele que sempre teve certeza que gostava de meninos.

            Sabia que para a família da menina seria ainda mais difícil do que a dele, pois Heitor era muito machista e conservador, e tinha absoluta certeza que Beatriz não aceitaria com bons olhos o que for que estivesse rolando entre ela e a sua melhor amiga.

            - Bem capaz, nós dois jovens lindos, assistindo filme com dois coroas, ainda mais com a amiga da minha mãe, não viaja amigo! – disse a garota tentando convencer a si mesmo o quanto não queria aquela programação – mudando de assunto, cadê o Gustavo?

            - Tem prova amanhã, está estudando, falou que esse fim de semana ficará estudando horrores, você sabe como ele é, não é como a gente assim, que bagunça e vai bem. E o pai dele é mó chato com essas paradas de nota e escola. Affz, ninguém merece!

            - Que saco! Tava afim de pegar uma cachoeira!

            - Podemos ir com alguém, duas pessoas, que tenham carteira de motorista e carro! –sugeriu provocando a amiga.

            - Cala a boca bicha! – disse atirando uma almofada e começaram a fazer guerra de almofada e falaram bobeira até a hora de dormirem.

            Foram os dois para a escola ainda enchendo o saco um do outro, mas Mauricio a fez prometer que tentaria chamar ao menos o Renato para uma cachoeira.

            As aulas passaram rápido, o final de ano estava chegando e logo viriam as provas, se concentrou nas aulas, como pegava a matéria fácil, apenas prestava atenção nas revisões e dava uma lida antes da prova e ia bem, porém não se esforçava para ficar muito acima da média.

            A menina almoçou com a família como de costume e o pai levou-a até o serviço comunitário.

            - Já soube de ontem, por mais que tenha sido engraçado, você tem responsabilidades a seguir, isso poderia ter acarretado em uma enorme confusão para você, primeira vez que te dão autonomia e você já quer fazer “a la mel”, o mundo não é essa anarquia que você fantasia. – discursou Heitor.

            - Tá. – respondeu a garota para evitar uma discussão, por mais que quisesse, não iria dar esse gosto a ele, saiu do carro e foi direto para a sala da Ju.

            Antes mesmo de se dirigir para a sala da Ju, a mesma estava a esperando do lado de fora e chamou até a sala em que fora feita a bagunça. Em todo o trajeto estava só pensando em ter que colocar a mão em pano sujo e limpar o chão, mas foi surpreendida ao chegar e ver a sala toda limpa.

            - Você ganhou fãs nesse local. – disse Ju séria.

            - Você é que não é uma dessas pessoas – respondeu automaticamente.

            Fitou a menina por algum tempo, pensou em alguma provocação, mas preferiu não o fazer.

            - Dona Jerônima e as meninas da limpeza não se aguentaram, viram ontem a alegria da garotada e hoje todos perguntavam por você, que ficaram comovidas, depois seja educada e agradeça a elas. – disse ríspida.

            - Eu sou educada, meu benhê – disse em tom de brincadeira.

            ********

            A semana passou tranquilamente, sem nenhuma aproximação ou provocação das duas, a menina sempre que saía da Apae ia treinar, pois logo teria o bendito campeonato estadual, e só chegava em casa tarde da noite, tomava banho e dormia, foi nesse ritmo que nem viu a sexta-feira chegar.

            No almoço Heitor disse sem rodeios:

            - Eu e a mãe de vocês iremos passar o fim de semana em Cuiabá e aproveitar para dar uma averiguada na nova filial, talvez voltemos domingo, talvez segunda, depende do andar da carruagem. Melanie, sem bagunça, encrencas, delegacia e festas. Está no fim do ano, estude e treine apenas. Marcelo, está autorizado a nos ligar a qualquer hora e fique de olho nessa louca.

            - Falando assim até parece que sou uma descompassada né pai? Não sou mais uma criança! – disse em tom de desafio.

            - Mas, enquanto tiver atitude de criança, será tratada dessa forma! Fui claro?

            - Vou sentir sua falta, mãe! – disse Mel, ignorando totalmente o pai, que bufou e saiu em direção ao seu quarto.

            - Comporte-se minha filha! De verdade, não de trabalho pro seu irmão, ele anda estressado, logo chegarão os vestibulares e ele precisa estar focado!

            - Tá, mas já vou te contar que vou na cachoeira amanhã com o Mauricio. – disse Melanie sem pensar.

            - O pai do Gustavo vai levar vocês? Achei que ele estivesse estudando para as provas! – Por mais que o pai do Gustavo fosse rígido, era sempre o primeiro pai a se dispor a levar a “turma” para tomar banho de cachoeira, acampar, ou qualquer programa que precisasse de carro, não que o mesmo ficasse no local, mas ia, averiguava a situação e depois ia busca-los.

            - O Rafa e eu que vamos levar mãe. – disse Marcelo, já encobrindo a irmã de qualquer situação que estava tramando. Rafa era o melhor amigo de Marcelo, policial civil, consequentemente maior de idade.

            - Sendo assim, tudo bem!

            A irmã olhou para o menino com o olhar de gratidão, ele sempre entendia as entrelinhas, ela nem precisava pedir ou dizer algo a respeito e o garoto já entendia.

            Chegou na Apae e avistou o Renato no bebedouro, tomando agua, se aproximou e disse calmamente:

            - Você é gay?

            O rapaz cuspiu a água toda e começou a engasgar, quem em sã consciência fazia aquela pergunta, naquela cidade e daquele jeito espontâneo?

            - Entendo como um sim, o que é ótimo porque meu amigo te acha bonito, não vou pra sua cara, mas prometi que chamaria você para ir na cachoeira com a gente amanhã, vamos? – indagou, pensando em como fazer ele levar a Ju. – e pode levar alguma amiga, porque não nasci pra ser vela.

            - Mauricio? – e abriu um sorriso. – Você é louca, mas eu topo ir com vocês, quem vai dirigir? Que horas?

            - Você ué, nós somos menores, passa as 8 da manhã, a gente gosta de ir de manhã pra aproveitar. – e saiu da mesma forma que chegou sem avisar ou pedir licença.

 

*****

            - RENATO!! Não tem o menor cabimento eu ir junto em um encontro seu! Ainda mais com a filha da minha amiga, o que ela vai falar pra mãe? Que foi na cachoeira comigo e com você?! Bem, sem noção e fora da casinha é você! – disse nervosa.

            - Para de drama! Oxe, você mesmo disse que a Beatriz iria viajar com o Heitor nesse fim de semana, como ela iria ficar sabendo? Para de mi mi mi e ajuda o seu amigo a conquistar aquela imensidão azul. – dizia em tom apaixonado.

            - Você conheceu ele tem uma semana, como pode estar assim, todo apaixonado? Toma tento, viado!

            - O amor não tem tempo de acontecer, foi paixão à primeira vista! VAAAAAAMOS? Por mim? Eu fico te devendo uma, vai!

            - Se alguém contar pra Bia, como irei explicar?

            - Que foi na cachoeira comigo, e que encontramos a Melanie e o gato, deuso, lindo e formoso do Mauricio.

             - E se isso acontecer, espero que a Fernanda esteja do lado, seu abusado! – disse brincando e de repente uma felicidade tomou conta de seu coração ao imaginar ficar perto da Mel.

            - Entendo como um sim? – perguntou o amigo todo esperançoso.

            - SIM! – disse finalmente.

 

            O rapaz a pegou no colo e rodopiou pela sala, não se continha de tamanha alegria, pouco ele sabia que a professora também não.

Fim do capítulo

Notas finais:

Obrigada meninas por estarem acompanhando, espero que estejam gostando, aceito criticas e ideias, sintam-se a vontade. 


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Comentários para 3 - Capítulo 3 - o beijo e depois?:
egilakaren
egilakaren

Em: 10/12/2015

Olá Sofia, estou lendo sua história e estou gostando da mesma. No momento, não possuo nenhuma critica. Não tenho encontrado tantos erros gramaticais e concordâncias verbais. Está encaminhando-a de forma simples e constante, como se deixasse tudo acontecer naturalmente. Isso é bom, não força as coisas.


Uma dica que posso dar para deixar a história mais rica é: Trabalhe com detalhes, não apenas dos personagens mas dos ambientes em que interagem também, isso acaba forçando um pouco o leitor a imergir. No entanto, cuidado com os detalhes do ambiente, detalhe com moderação :] 


Em relação aos personagens, trabalhar com os detalhes de, que tipo de roupa está, trejeitos, fisionamia, a forma que as emoções estão sendo demonstradas, isso também é bom para o leitor. 


Enfim, isso é apenas uma dica. Sua história está legal, estou gostando (como havia mencionado mais acima) :D


Resposta do autor em 10/12/2015:

Olá, fico muito feliz que você esteja gostando da história. Obrigada pelos elogios, a sua dica é de grande valor, muitas vezes eu tive histórias prontas na cabeça, como essa está sendo praticamente a primeira que estou colocando em prática, senti a dificuldade em enriquecer de detalhes, vou ficar atentar com isso e tentar me auto observar. Obrigada mesmo pela dica. ;) Postei o novo capítulo, depois me conta o que achou!

beijinhos

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graziela
graziela

Em: 09/12/2015

Essa cachoeira não vai prestar.  Kkkkkk


Resposta do autor em 10/12/2015:

ela que vai!! 

kkkkkk

 

Responder

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Mille
Mille

Em: 08/12/2015

Um beijo que abalou a estruturas das duas. 

Marcelo ataca o Renato e Mel a Ju nesse encontro da cachoeira.

Vai ser difícil resistir.

Bjus amando tudo


Resposta do autor em 10/12/2015:

Mauricio né?! hehehe

acho que se atacaram, da uma conferida no novo capítulo.

hehehe

beijinhos

 

Responder

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jull
jull

Em: 08/12/2015

História  cada vez melhor 😊😊😊😊 adorando.

A Ju é  uma fofa e Mel louca 😂😂😂😂ou seja só vai sair coisas boas destas duas juntas.

Bjooo 


Resposta do autor em 10/12/2015:

Que bom! fico muito feliz...

obrigada por acompanhaar..

beijinhos

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