Capítulo 30. A alegria é tudo na vida.
Quando saíram do consultório da doutora Laura, Márcia e Andressa estavam radiantes.
A alegria estava estampada no rosto das duas e Márcia se mostrava muito feliz com o resultado da consulta. As coisas ficaram mais fáceis quando o irmão se ofereceu para ser o doador, perguntou então para Andressa:
-- E então minha linda, o que achou da doutora?
-- Fiquei impressionada com a dedicação dela e as explicações foram bem detalhadas e isso me deixou feliz demais. Só tenho que te agradecer amor, essa sua compreensão em relação a esse meu desejo louco de ser mãe, e fiquei mais feliz quando você reafirmou estar decidida em doar seus óvulos para mim. Eu te amo ainda mais.
-- Eu também te amo Andressa e desejo muito ver essa barriga crescer abrigando nosso filho.
-- E se for menina amor? Não podemos esquecer que poderá seu uma linda garotinha que poderá nascer para alegrar nossas famílias e nossa vida.
-- Independente disso amor, seja menino ou menina, será muito bem amado por todos nós. O que importa é vir com saúde e alegrar as nossas vidas, portanto, vamos nos preparar. E agora, que tal irmos almoçar?
-- Perfeito amor, preciso aproveitar enquanto não estou comendo por dois.
Riram gostosamente, enquanto Márcia parava o carro em frente a uma churrascaria tradicional de São Paulo.
Após terminarem o almoço, já estavam saindo quando um carro saindo do nada atirou em direção a elas. Márcia foi mais rápida que Andressa e se colocou à frente da esposa, porém, nenhuma das duas fora atingida. Andressa ficou desesperada achando que o tiro havia acertado a major, mas tudo estava bem. Ninguém conseguiu anotar a placa porque o carro saíra em alta velocidade.
Voltaram para casa e Márcia não entendia o porquê do acontecido, mas preocupou-se com Andressa e esta por sua vez disse que estava bem. Um pouco assustada, mas bem.
Após arrumarem tudo em casa, Márcia e Andressa foram tomar banho e depois resolveram pedir uma pizza, pois, nenhuma das duas estava a fim de cozinhar. Como estava muito frio, colocaram o pequeno Zottar II para deitar na sala onde tinha um tapete felpudo especialmente para ele e depois Márcia voltou à sala e junto com Andressa comeram a pizza e assistiram televisão.
Mas o que acontecera à tarde ainda martelava a cabeça de Márcia, mas, ela não demonstrou sua preocupação para a esposa, sim, porque esse episódio desagradável ela resolveria depois.
Quando estavam se preparando para dormir, o coronel Magalhães ligou para Márcia dando a boa notícia de que ela já estava liberada para voltar ao trabalho. Esta ficou feliz e agradeceu ao amigo pela notícia. Andressa estava toda curiosa para saber o que de tão bom havia acontecido.
-- Amor, que alegria é essa?
-- Querida era o coronel Magalhães e ele disse que eu posso voltar a trabalhar, não é maravilhoso, poder passar o dia inteiro ao seu lado? Eu só não posso montar e fazer extravagâncias, mas do resto ele disse que estou bem.
-- O meu anjo, estou tão feliz por você amor. Tanto tempo afastada de lá, será ótimo chegar e sair com você do serviço.
Olhando para Andressa, Márcia falou:
-- Minha querida, sei que tive muito apoio de todos para que eu me recuperasse. Porém, a pessoa que mais se dedicou, aguentou os meus pits, curou o meu ferimento e as minhas cicatrizes foi você. É a você e ao seu amor que eu devo a minha vida, foi você que me mostrou um mundo diferente que eu havia esquecido, foi o seu amor que me chamou de volta naquele hospital. Então dona Andressa, eu só tenho a agradecer e dizer que EU AMO VOCÊ e desejo te amar a cada dia que se passar e darei tudo de mim para você e nossos filhos, dou até a minha vida se for preciso para protegê-los.
– Amor não se sobrecarregue tanto com esses pensamentos, já passou e o importante é estarmos unidas. Eu estou ao seu lado e não deixarei que nada te machuque novamente, eu sofri muito naquele hospital quando vi que você com todos aqueles aparelhos em uma UTI, sem saber se me ouvia ou se você estava morta e sobrevivendo só por causa dos medicamentos, eu...eu senti muito medo.
– Eu sei amor. Quando eu me lembro do que aconteceu, me sinto muito mal e pela primeira vez na minha vida eu tive medo da morte. Em todo esse tempo de polícia, essa foi a primeira vez e, é claro que quando eu era simplesmente recruta passei por alguns tiroteios, mas nunca que isso me afetasse. Mas me diga Andressa, o que aconteceu com o tenente Gregório? Eu o matei mesmo?
– Sim amor ele está morto e enterrado, sei que isso para você é horrível, mas os fins justificam os meios.
– Mas amor, ele era um menino! Tinha somente vinte e seis anos, uma criança e eu, na minha experiência como oficial comandante, não devia ter sido tão dura com ele!
– Eu concordo com você minha vida, mas aquele menino ou criança como você queira chamar, quase te matou. Eu seria a viúva que estaria chorando agora por você e não a mulher dele, pois, nem casado ele era.
– Ah minha querida, eu me sinto culpada por isso, falou com certa tristeza para a esposa que agora estava abraçada a ela lhe fazendo carinho.
– Tenha calma amor, ou era você ou ele. E não se esqueça que você além de ser o ponto mestre daquele regimento, é muito importante para nós, principalmente para mim que me tornei sua esposa e mãe dos seus filhos.
– Obrigada minha amada esposa, não sei o que eu faria se não tivesse você ao meu lado Andressa.
– Eu vou estar sempre aqui com você meu amor, sempre.
Naquela noite, não fizeram amor, mas uma paz infinita tomou conta daquelas duas amantes que após a longa conversa, dormiram abraçadas sem medo do amanhã.
Fim do capítulo
Tudo pronto para o início da família!
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