Capítulo 6
Era um dia de muita chuva, Sofia estava saindo da cozinha em direção a seu quarto, quando viu Paola encostada na porta.
-O que eu fiz agora? Vai me colocar em um pau de arara? (Falou irônica).
Paola avançou nela, foi quando Sofia sentiu a parede gelada em suas costas. A prisioneira tentou se afastar, porém a outra abocanhou seus lábios com vontade, sugava sua língua de uma forma que fez Sofia gem*r. Desceu para o pescoço, e em dado momento foi descendo a mão até o short da prisioneira, enfiou sua mão e começou a massagear a intimidade da outra.
-Aaaaaah...pa..ra – Sofia tentava falar.
- Diz que você me quer... isso é tão bom, seu corpo me diz que quer ...humm (Sussurrou Paola em seu ouvido).
Sofia em um gesto inesperado, tirou a mascara da outra, nisso Paola levou um susto, retirou a mão do local de prazer. Ficaram se olhando, até que:
-Eu já disse pra parar (Sofia estava morrendo de tesão, mas não queria algo assim tão brutal, e quando viu o rosto de Paola por completo, ficou sem saber o que fazer) Empurrou Paola com toda a força que dava no momento, e correu para seu quarto trancando a porta.
Caiu no chão se escorando na porta, onde chorou bastante.
(Não posso estar gostando de alguém como ela, ainda mais uma mulher, logo eu Senhor, sempre fiquei com pessoas lindas,e agora, apaixonada por um monstro...opa apaixonada?) Pensava Sofia.
Paola ficou parada sem reação nenhuma, por certo a outra não tinha aguentado ver tanta feiura. Mas Sofia estava se martirizando não pela beleza da outra e sim pelo fato de estar apaixonada por alguém desconhecido em todos os sentidos.
***
Sofia foi até o quarto de Armando, precisava conversar.
-Armando te incomodo? – Falou medrosa.
-Jamais minha querida, sente aqui comigo. (Chamou carinhoso)
-Armando tenho tanta coisa pra contar, se eu não contar acabarei louca.
Sofia contou do primeiro beijo e do quase finalmente que teve com Paola. Armando já desconfiava mas nada falou, sabia que a outra precisava ser ouvida por alguém.
-Tem outra coisa também Armando (Ficou em duvida se falava ou não).
-Pode confiar Sooh – Riu do apelido, mas até que a outra tinha gostado (Pegou em sua mão dando coragem).
- Tá bom, você sabe Armando que antes de ser presa aqui eu estava namorando, o nome dele é Jonas, um doente de ciúmes, mas o verdadeiro real interesse em mim é o testamento que meus pais deixaram.
Sooh contou tudo para ele, contou do filho, da herança, ela sabia que Jonas queria poder e só teria se casasse com ela. Contou também seu interesse pela beleza dele e de como estava mudando sua visão e se tornando mais humana. Talvez antes até poderia ceder ao bonitão, mas hoje não cederia, jamais. (Chorou porque sabia que queria Paola, mas com amor e não apenas sex*).
***
Paola estava na sua corrida noturna, quando parou bruscamente. Viu Armando saindo de um carro, mas antes viu um beijo dele com um rapaz que deveria ter a mesma idade que o jovem mordomo.
Entrou em casa, depois do Armando.
-Preciso falar com você (Disse ela seria).
- Sim senhorita (Educado).
-Tire esse senhorita, sempre foi assim e eu me incomodo com formalidades, só tem eu, você e Maria. – Continuou – Porque você perde seu tempo comigo Armando?
- Como assim senh... quer dizer, Paola? (Entendeu a pergunta, mas não queria responde lá). Paola nada falou.
Silêncio.
-Bem Paola, eu gosto de você, me salvou quando eu mais precisava, sou seu amigo mulher – Disse por fim.
Tempos atrás:
Paola estava andando quando viu um homem caído e três homens batiam nele. A fera com toda delicadeza botou os homens para correr e ajudou o outro a se levantar.
- Nossa fizeram um estrago, sorte que eu ando quase sempre com meus seguranças.
O outro não conseguiu nem falar de tanta dor.
- Vamos, vou te proteger (Apesar de toda dor da Paola, ela era boa pessoa, tirando o lado da vingança é claro).
Chegando em casa, Paola cuidou do jovem e quando o mesmo conseguiu falar, apenas agradeceu mas não disse o motivo da surra. Paola prometeu ajuda e o garoto lealdade a mesma.
Fim do capítulo
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JanBar
Em: 06/12/2015
Bacana a amizade de Armando com Paola, a compreensão surgida com a gratidão e a devoção; o carinho e o cuidado conquistados com a convivência. Paola se vê como uma pessoa feia e tenta agir como tal, mas Armando e, agora, Sofia conseguem ver além dessa aparência/barreira. Bonito! O problema é: como fazer a fera acreditar que também é bela? Bj, Jan
Resposta do autor em 06/12/2015:
Jan, acredito que primeiro uma pessoa deve se amar para poder conseguir amar alguém de verdade. Vamos ver o que vai acontecer com elas em relação a isso.
Armando é a ponte invisível entre elas.
Beijo, continuo agradecendo pelo carinho e atenção, Obrigada bela ;)
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