• Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Cadastro
  • Publicar história
Logo
Login
Cadastrar
  • Home
  • Histórias
    • Recentes
    • Finalizadas
    • Top Listas - Rankings
    • Desafios
    • Degustações
  • Comunidade
    • Autores
    • Membros
  • Promoções
  • Sobre o Lettera
    • Regras do site
    • Ajuda
    • Quem Somos
    • Revista Léssica
    • Wallpapers
    • Notícias
  • Como doar
  • Loja
  • Livros
  • Finalizadas
  • Contato
  • Home
  • Histórias
  • A JOGADA PERFEITA
  • Capítulo 25 - Um único amor

Info

Membros ativos: 9525
Membros inativos: 1634
Histórias: 1969
Capítulos: 20,492
Palavras: 51,967,639
Autores: 780
Comentários: 106,291
Comentaristas: 2559
Membro recente: Azra

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Notícias

  • 10 anos de Lettera
    Em 15/09/2025
  • Livro 2121 já à venda
    Em 30/07/2025

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

Recentes

  • Legado de Metal e Sangue
    Legado de Metal e Sangue
    Por mtttm
  • Entre nos - Sussurros de magia
    Entre nos - Sussurros de magia
    Por anifahell

Redes Sociais

  • Página do Lettera

  • Grupo do Lettera

  • Site Schwinden

Finalizadas

  • Dueto: perdurável
    Dueto: perdurável
    Por May Poetisa
  • Eras
    Eras
    Por Carolina Bivard

Saiba como ajudar o Lettera

Ajude o Lettera

Categorias

  • Romances (855)
  • Contos (471)
  • Poemas (236)
  • Cronicas (224)
  • Desafios (182)
  • Degustações (29)
  • Natal (7)
  • Resenhas (1)

A JOGADA PERFEITA por Narinharo

Ver comentários: 1

Ver lista de capítulos

Palavras: 4232
Acessos: 2946   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 25 - Um único amor

 

Júlia estava na varanda olhando o imenso jardim, florido e colorido que havia na casa. Seus pensamentos iam longe, não parava de pensar em Veridiana e no momento maravilhoso que tiveram.

O seu Ipoh sobre a mesa tocava Jota Quest e a música era "Mais uma vez". Ela ficou ouvindo e refletindo sobre a letra. Era linda a mensagem e dizia o que ela sentia em relação à Veridiana.

"Te tenho com a certeza

De que você pode ir

Te amo com a certeza

De que irá voltar

Pra gente ser feliz

Você surgiu e juntos

Conseguimos ir mais longe

Você dividiu comigo a sua história

E me ajudou a construir a minha

Hoje mais do que nunca somos dois

A nossa liberdade é o que nos prende

Viva todo o seu mundo

Sinta toda liberdade

E quando a hora chegar

volta...

Que o nosso amor está acima das coisas... desse mundo

Vai dizer que o tempo

Não parou naquele momento

Eu espero, por você

O tempo que for

Pra ficarmos juntos

Mais uma vez!

Te amo com a certeza

De que você pode ir,

Te tenho com a certeza

De que irá voltar

Pra gente ser feliz

Você chegou e juntos conseguimos ir mais longe

Você dividiu comigo a sua história

E me ajudou a construir a minha

Hoje mais do que nunca... somos dois..."

É realmente não havia dúvidas de que elas haviam sido feitas uma para a outra. Pensou enquanto ainda curtia a música.

-- Sonhando acordada?

A voz lhe tirou dos seus devaneios, era Veridiana vestindo apenas uma bermuda de surfista azul escuro, chinelos havaianas, e regata branca. Usava um boné de jeans e seus costumeiros óculos escuros estilo aviador.

-- Veri? - Júlia sorriu ao vê-la.

-- Já tomou café? - Veridiana perguntou depositando um beijo casto no rosto de Júlia.

-- Ainda é muito cedo. Nem minha enfermeira acordou ainda. - Júlia disse consultando as horas no seu relógio de pulso.

-- Então vou preparar seu café. Fica aqui que já volto. - Veridiana entrou na casa e logo encontrou a cozinha. Abriu aqui, mexeu ali e encontrou tudo que procurava. Em pouco tempo preparou um farto e delicioso café. Ajeitou tudo em uma bandeja e levou para a varanda. Antes parou ainda na sala e ficou observando Júlia que vestia uma calça de moletom cinza, camiseta branca com a estampa do Bob Esponja, os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo bagunçado e ela usava óculos escuros. E mesmo vestida sem nenhuma roupa sexy, ela estava fantasticamente linda, constatou Veridiana.

-- O café chegou! - Disse Veridiana colocando a bandeja sobre a mesa da varanda.

-- Uhum, parece gostoso! - Comentou Júlia cheirando o ar.

-- Temos seu suco predileto, morango e hortelã. - Veridiana serviu um copo e colocou a frente de Júlia. - Panquecas com geléia de uva, pão de queijo recheado com requeijão, salada de frutas apenas com kiwi, morango, maçã, laranja e banana, como você sempre gostou. - Ela olhou para Júlia que parecia emocionada. - Espero que ainda goste.

-- Eu não sabia que ainda se lembrava de tudo que gosto de comer. - Júlia comentou olhando a mesa, que ainda tinha pães doces, croissants, iogurte natural e café com leite.

-- Nunca esqueci nada sobre você Júlia, por mais que eu quisesse. - Confessou Veridiana envergonhada abaixando a cabeça.

-- Amo suas panquecas. - Júlia tentando deixar Verdiana mais confortável, mudou de assunto.

E as duas tomaram café juntas rindo e conversando amenidades. O tempo passou e elas nem se deram conta de que alguém chegara a casa.

-- Linda cena! - Gabriela aplaudia parada a porta da varanda.

-- Gabi? - Verdiana se surpreendeu com a presença da sua noiva na casa.

-- Pelo visto Júlia não contou que sua fisioterapia é diária? - Gabriela falou olhando para Júlia, que levou uma das mãos à cabeça como que assentindo que havia esquecido-se do compromisso.

-- Realmente esqueci. - Júlia manobrou a cadeira. - Mas vamos agora mesmo a sessão. Veri me dá licença?

-- Claro Júlia, eu já devia ter ido para o restaurante. - Verdiana alevantou-se sem graça da mesa.

-- Não faz mais Ceasa pela manhã Veridiana? - Gabriela perguntou, pois a sua noiva nunca tomava café com ela, pois justificava que tinha de ir fazer compras na Ceasa.

-- Eu hoje mandei um funcionário. - Veridiana justificou-se. - Bem até mais Júlia. - Ela deu um beijo no rosto de Júlia e cumprimentou Gabriela com apenas um aceno de cabeça.

-- Vamos aos exercícios? - Júlia guiou a cadeira até a academia.

Gabriela ainda ficou alguns instantes olhando a mesa e o café que com certeza tinha sido feito por Verdiana, já que havia panquecas, e ela adorava fazer panquecas pela manhã.

Doía demais ver que Verdiana ainda gostava e muito de Júlia. Mas não podia pensar naquilo naquele momento. Tinha uma paciente a tratar e era isso que precisava se focar.

************************

Laísa estava em frente à sua casa e viu quando Veridiana chegou e tempo depois Gabriela. Também pode ver Verdiana saindo às pressas.

Desde que Júlia fora morar em sua casa em Porto Alegre que Laísa passava os dias e noites dentro do carro observando a movimentação da casa.

Ela somente ia ao hotel onde estava hospedada para tomar banho e trocar de roupa. Alimentava-se mal e pedira uma licença da promotoria.

Mesmo sendo um caso com repercussão internacional, ela nem quisera saber e largou tudo. Estava obcecada com Júlia. E suas ideias para tê-la de volta em sua vida não eram nada boas.

Ela havia falado com um amigo seu dos tempos das drogas e pago a ele uma boa grana para fazer um serviço sujo para ela.

**************

Veridiana estava crescendo e rápido no meio gastronômico. Seu restaurante tinha reservas sendo feitas com semanas de antecedência. E sempre lotava indiferente de ser à noite ou de dia.

Seu prestigio e renome a cada dia era mais destaque no meio. E um famoso crítico gastronômico iria em poucos dias fazer uma visita ao restaurante de Veridiana.

A opinião deste critico era oque Veridiana mais aguardava, pois se sua crítica fosse boa ela estaria com o sucesso garantido. Mas também por outro lado se fosse ruim, ela estaria com um grande problema.

Ela vinha a dias trabalhando em um cardápio novo, com pratos, entradas e sobremesas de deixar qualquer chef boquiaberto.

Sua equipe trabalhava com afinco e dedicação, todos adoravam Veridiana e estavam junto dela desde que ela era apenas uma auxiliar de cozinha, apenas descascando batatas e cortando cebolas.

A torcida era grande para que ela fosse super bem criticada e o restaurante elevado ao nível de cinco estrelas.

*****************

Gabriela exercitava as pernas de Júlia calmamente. Ela tinha Júlia deitada em um colchonete e com cuidado ela empurrava as pernas de Júlia contra sua barriga, fazendo dez repetições.

-- Me diga uma coisa. - Gabriela falava sem deixar de fazer os exercícios em Júlia. - A Veridiana passou a noite aqui?

-- Não. - Júlia foi curta na resposta e evitou olhar para Gabriela que também não a olhava nos olhos.

-- Desculpa eu perguntar, mas sabe que é uma situação bastante desagradável para mim.

-- Imagino.

-- Talvez seja melhor mesmo você ter outro profissional. - Gabriela alevantou-se deixando Júlia deitada no colchonete. - Não estou conseguindo dar o meu melhor a você.

-- Não quero outro profissional, você é a melhor! - Júlia apoiou-se na barra lateral que havia na parede do seu lado direito e conseguiu sentar-se no colchonete.

-- Viu? Você tem tudo para se recuperar rapidamente, mas precisa de um profissional que posso lhe dar a assistência certa, e eu não consigo Júlia! - Gabriela disse com os olhos rasos de água. - Não consigo ficar aqui contigo te ajudando a melhorar e sabendo que você está trepando com minha noiva! - Desabafou finalmente.

Júlia a olhou surpresa. Mas preferiu manter-se em silêncio.

-- Eu sei que estão "ficando" Júlia. Eu vi uma marca no pescoço dela próximo à orelha, e vi o modo como estavam se olhando hoje no café da manhã que sei que foi ela que preparou para você. - Gabriela falava e as lágrimas desciam por sua face.

-- Gabriela, eu nem sei o que te dizer. - Júlia estava sem graça diante daquela situação.

-- Não precisa me dizer nada. - Gabriela limpou as lágrimas do rosto com as costas da mão. - Desde que me envolvi com Veridiana sabia que ela amava outra pessoa. No início não sabia que era você, somente descobri naquela festa, você deve lembrar.

Júlia assentiu com um movimento da cabeça.

-- Pois depois daquele dia eu tive certeza que por mais que fizesse ela nunca seria minha como eu gostaria que fosse.

-- Gabriela, eu...

-- Não diga nada Júlia, você sabe também quanto eu que o coração de Veridiana é seu, talvez agora ela ainda esteja em dúvidas, afinal você a deixou na mão não uma vez apenas, mas é questão de tempo para ela voltar a fazer de você o mundo dela. - Gabriela disse soluçando. - Por isso eu terminei com ela ontem.

Júlia a olhou surpresa.

-- Na verdade eu pedi um tempo, mas sei que isso não existe. Por isso Júlia não tem como eu continuar sendo tua fisioterapeuta. - Gabriela pegou sua mochila. - Vou te indicar o melhor profissional que eu conhecer e pode ter certeza que logo estará de volta às quadras.

-- Se acha que não tem como continuar. - Júlia fez menção de ir para a cadeira de rodas e Gabriela aproximou-se para ajudá-la.

-- Não tem como. Ainda amo Verdiana e logo estarão juntas em definitivo e não suportarei vê-la feliz ao teu lado todas as manhãs como vi hoje. - Gabriela acomodou Júlia na cadeira de rodas. - Você sabe como me senti hoje? Não você nem tem ideia. Eu quase morri ao vê-las felizes, sorridentes como estavam naquela mesa de café.

-- Lamento muito por tudo que está passando. Sinceramente Gabriela. - Júlia pegou na mão da rival com carinho, mas ela retirou imediatamente.

-- Por favor, sem compaixão! - Gabriela falou rispidamente.

-- Desculpa, não tive a intenção.

-- Boa sorte na recuperação Júlia. - Gabriela pegou a mochila e saiu rapidamente da casa de Laísa. Mas quando manobrava o carro para deixar a casa, acabou batendo em um carro que entrava.

A batida foi inevitável e Gabriela desceu do carro para ver o estrago.

No outro automóvel estava Renata, colega de time de Júlia. Ela também desceu do carro e parecia nada satisfeita com o estrago feito no seu carro novo, um Veloster, vermelho.

-- Oque é isso perdeu a noção? - Gritou Renata furiosa olhando o estrago no seu carro.

-- Desculpa eu não vi seu carro chegando. - Gabriela estava sem saber como agir.

-- Ei espera, você não é a Doutora Gabriela lá da seleção? - Reconheceu Renata.

-- Sou eu mesma, por quê? Vai por acaso me desculpar e não me cobrar o conserto deste estrago no seu carro? - Gabriela não estava para brincadeiras.

-- Com certeza que vai pagar, eu comprei este carro ontem se quer saber. - Renata colocou as mãos na cintura em posição de desafio. - Mas eu perguntei por que eu jogo na seleção. - Ela olhou para Gabriela toda metida. - Renata Pinheiro.

Gabriela a olhou com desdém e disse:

-- Não me lembro de você.

-- Oque não se lembra de mim? Como assim? Sou uma das melhores jogadoras depois de Júlia. Agora com ela fora das quadras novamente eu sou a melhor! - Gabriela empinava os seios, tentando se mostrar.

-- Ah, lembro vagamente. - Gabriela lembrou-se dela, mas devido ao jeito metido e arrogante da jovem, ela resolveu fingir que não lembrava-se direito dela. - Você foi a que implorou que eu a passasse no exame médico e ainda fizesse uma observação no laudo médico dizendo que você estava além da forma física de tão bem, não é?

Renata fez um bico com a boca em desdém e pegou sua bolsa dentro do carro abrindo e tirando um cartão.

-- Aqui tem meu telefone. - Ela entregou o cartão a Doutora.

-- Normalmente é o que tem nos cartões. - Riu Gabriela.

Renata bufou de brava e irritada.

-- Que seja! Me ligue que passarei o valor do conserto. - Ela colocou a bolsa no ombro e passou pela doutora toda senhora de si.

Gabriela riu e entrou em seu carro indo direto para a clínica providenciar um novo médico para Júlia.

*******************

Assim que Renata entrou na casa já foi reclamando do incidente com Gabriela.

-- Ela é difícil mesmo, não? - Riu Júlia da expressão brava da amiga.

-- Ela nem se lembrava de mim! Como alguém pode não se lembrar de mim, Renata Pinheiro a melhor jogadora da Liga?

-- Ela está meio perdida, confusa. - Explicou Júlia sorrindo.

-- Eu pude perceber. - Renata se referia a batida que ela dera em seu carro.

-- Não é isso Renatinha, ela terminou com a Veridiana, e está muito chateada com toda essa situação.

-- Ela terminou com a Veridiana? Que burra essa doutorazinha, largar uma mulherzona como a Veridiana! - Renata era terrível. - Desculpa mas a Veridiana é um espetáculo de mulher!

Júlia riu.

-- Achei que achava a Laísa um espetáculo de mulher?

-- Ah a Laísa nem tem comentários, ela é the Best! - Renata fez uma careta engraçada.

-- Renatinha, Renatinha!

-- Falando em Laísa, como ela está?

-- Como assim como ela está? - Júlia estranhou a pergunta.

-- Eu estive várias vezes na casa de vocês e nada da Laísa! Eu fui lá porque você falou que ela estava liberada! - Se justificou Renata.

-- Tudo bem Renatinha, Laísa e eu terminamos, pelo menos para mim terminou. Mas me diz você não a encontrou?

-- Estive até na promotoria e nada, me disseram que ela pediu licença, por isso fiquei preocupada e vim te ver, achei que talvez algo tivesse se agravado na sua situação. - Explicou Renata.

-- Não eu estou bem, mas isso de a Laísa pedir licença da promotoria. Ela estava no meio de um caso famosíssimo. - Júlia coçou o queixo desconfiada.

-- Bem Jú, quem sabe ela foi viajar? Ela é louca por você talvez tenha preferido ficar afastada um tempo de tudo que lembre você.

-- Pode ser, mas vou ligar para Lígia e ver se ela sabe de algo. Com a Laísa sempre precisa-se tomar cuidado. - Júlia pegou o telefone de sobre a mesinha e telefonou para a ex-cunhada, mas Lígia nada sabia sobre a licença da irmã da promotoria e ficou bastante preocupada com a situação.

-- Acha que ela pode estar usando drogas novamente? - Renata sabia do histórico de Laísa.

-- Eu rezo para que não seja isso. Só eu sei como foi difícil tira-la dessa situação da última vez. - Júlia ficou pensativa.

*************************

Gabriela estava no seu consultório quando Verdiana chegou querendo conversar com ela.

-- Não temos mais nada para conversar Veridiana. - Gabriela disse fechando a porta de seu consultório assim que ela entrou.

-- Temos sim, nós não terminamos nosso relacionamento, pelo que me lembro você pediu um tempo, não foi? - Veridiana estava muito incomodada com sua situação.

-- Sei o que te disse, mas hoje pela manhã cheguei à conclusão de que o melhor para nós é terminarmos de vez. - Gabriela sentou-se a sua mesa e debruçou os braços sobre ela.

-- E não iria me contar de sua decisão?

-- Pretendia te ligar mais tarde.

-- Ligar? Nossa relação ficou tão vazia que você prefere falar assuntos como esse por telefone? - Veridiana alevantou-se e colocou as mãos na cintura. - Olha Gabi eu seu que a nossa relação ficou difícil, mas precisamos conversar!

-- Veridiana, o melhor é colocarmos um ponto final na nossa relação. Com o retorno da Júlia, não haverá mais espaço para mim em sua vida. Você vive para ela Veridiana! - Gabriela falou categoricamente.

-- Eu não estou com a Júlia!

-- Questão de tempo, não?

-- Ela pelo que me lembro é casada, tem a vida dela. - Disse Veridiana algo que nem ela acreditava.

-- Ela está se separando e você deve saber disso, essa marca no pescoço é prova do que estou dizendo.

Veridiana levou a mão ao pescoço tentando ocultar a marca.

-- Eu me apaixonei por você de verdade Veridiana. Desde aquela noite que resolvi ir jantar no teu restaurante e te vi meu coração não teve mais paz. E quando se abriu para me dar uma oportunidade, achei que realmente seria feliz de verdade. Mas seu coração já tinha dona, e era e é a Júlia. - Gabriela jogou suas costas contra o encosto da sua cadeira, como se estivesse cansada. - Eu ainda tentei lutar, provar meu amor, mas tem guerras que já estão perdidas antes mesmo de começarmos as batalhas.

-- Gabi lamento tanto que tenha de passar por isso. - Veridiana sentou-se novamente baixando a cabeça tristemente.

-- Não lamente, eu realmente quis isso para mim, eu quis você em minha vida, não deu certo... fazer o que é a vida! Te desejo sorte, sorte para nós duas.

-- Eu acho que ainda não deveríamos terminar Gabi. Gosto muito de você.

-- Mas não me ama e não sou eu que você quer. - Gabriela disse olhando a agora ex-noiva nos olhos. - Siga em frente, busque sua felicidade.

-- E você?

-- Eu? Você quer mesmo saber?

-- Claro Gabi!

-- Vou em definitivo para o Rio de Janeiro. Já conversei com os outros sócios da clínica e na próxima semana já devo estar me mudando para lá.

-- Vai vender sua parte na clínica?

-- Sim.

-- Por quê? Essa clinica é tão importante para você. - Veridiana sabia que ser sócia daquela clinica era um sonho que Gabriela batalhou muito para conseguir.

-- Mas minha sanidade é mais importante neste momento. E se ficar aqui posso perder minha dignidade e minha sanidade. Porque se aqui eu ficar eu sei que vou implorar por teu amor e isso eu não quero para mim.

-- Gabi...

-- Agora, por favor, vá embora Veridiana. - Pediu Gabriela educadamente.

-- Não queria que as coisas fossem assim. - Veridiana alevantou-se. - Seja feliz Gabriela.

-- Você também. -Disse Gabriela vendo Veridiana se afastar para a porta de saída. - E Veridiana? - Ela chamou.

Veridiana olhou para trás.

-- Não deixe ela brincar com teus sentimentos novamente.

Veridiana assentiu com a cabeça e deixou o consultório chateada com o fim do relacionamento.

******************

Júlia estava no quarto vendo um filme no telão do quarto quando a enfermeira avisou que Veridiana estava querendo vê-la.

Quando Veridiana entrou no seu quarto Júlia percebeu que ela não estava bem.

-- Vem senta aqui, o que aconteceu? - Perguntou Júlia batendo com a mão no colchão.

-- Gabriela terminou comigo. - Contou Veridiana sentando-se na cama.

-- Está chateada, não?

-- Muito, eu gosto dela e não queria que nossa relação terminasse assim. - Veridiana deitou a cabeça no colo de Júlia.

-- Sei como é difícil. Com a Laísa também não foi nada fácil e não está sendo. - Júlia acariciou os curtos cabelos loiros de Veridiana.

-- Ela disse que nunca deixei de ama-la.

-- E é verdade? - Júlia a olhou-a esperançosa.

-- Eu queria que não fosse verdade, mas não tenho mais como negar. - Veridiana sentou-se na cama novamente e segurou o rosto de Júlia com as mãos. - Eu te amo e amo muito Júlia.

-- Ah Veri, eu também te amo muito. - Júlia a beijou na boca com muito carinho.

-- Não me faz sofrer novamente Júlia, eu não iria suportar. - Veridiana abraçou Júlia fortemente. Amava demais esta mulher.

*****************

No restaurante de Veridiana uma equipe da Vigilância Sanitária acabava de chegar ao local.

Eles tinham autorização para fazerem uma inspeção no local.

-- A dona não se encontra. Preciso entrar em contato com ela. - Disse um dos funcionários.

-- Tenho autorização para fazer está inspeção estando ou não o dono no local. Vamos começar! - Falou um dos homens da equipe de vigilância sanitária.

-- Não podem entrar sem autorização da dona. - Insistiu o funcionário.

-- Recebemos uma denúncia e temos ordem para averiguar o local e vamos fazê-lo. - O homem encaminhou-se para a cozinha do restaurante e o funcionário correu para ligar para Veridiana.

*******************

Veridiana estava abraçada a Júlia tinham acabado de fazerem amor, quando seu celular tocou.

-- Não atende. - Pediu Júlia beijando Verdiana na boca provocativamente.

-- Preciso atender é do restaurante. - Disse Veridiana olhando o número que aprecia no visor do seu celular.

-- Dona Veridiana, é o Felipe aqui do restaurante.

-- Oi Felipe, o que ouve?

-- Tem um pessoal da vigilância sanitária aqui no restaurante, dizem que receberam uma denúncia e estão inspecionando o restaurante neste momento. - Explicou Felipe parecendo nervoso.

-- Estou indo para ai agora mesmo, fique por perto e acompanhe a equipe até eu chegar. - Verdiana desligou o telefone já saindo da cama e se vestindo.

-- Oque aconteceu Veri? - Júlia se assustou com a rapidez de Veridiana em se vestir.

-- Denunciaram o restaurante e agora tem uma equipe da vigilância sanitária lá no local fazendo uma inspeção. Preciso ir ver isso. - Contou Verdiana nervosa.

-- Denúncia de que? Quem fez? - Júlia perguntou assustada.

-- Não sei Jú, preciso ir ver isso de perto, depois conversamos e te conto tudo. - Veridiana a beijou na boca e saiu apressadamente, mas antes de sair Júlia a chamou.

-- Vem dormir aqui comigo?

-- Júlia ouça bem o que vou dizer: não quero nunca mais ficar um minuto longe de você, exceto agora que preciso resolver este problema. - Veridiana a beijou novamente na boca e saiu correndo.

*****************

No restaurante o clima estava tenso.

-- Jimmi fotografe isso aqui. - Pediu o homem que devia ser o chefe da equipe da vigilância sanitária.

O fotógrafo da equipe aproximou-se de um freezer horizontal e fotografou o que o outro homem pedia.

Eram vários sacos plásticos contendo produtos congelados que estavam embolorados, vencidos, estragados.

-- Alguém pode me explicar isso aqui? - Perguntou o homem mostrando um dos sacos embolorados.

Felipe se aproximou e olhou o freezer, havia vários pacotes no mesmo estado. Ele não sabia o que dizer.

-- Meu Deus este freezer foi limpo ontem. Os freezers são inspecionados todos os dias. - Felipe não entendia como aquilo tudo estava no freezer.

-- Rubens olha isso aqui. - Chamou outro funcionário.

Rubens era nome do homem que parecia responsável pela equipe.

-- É um rato morto? - Rubens perguntou já sabendo a resposta.

Um rato de tamanho bem grande estava morto perto da lixeira.

-- Não há oque questionar, vou ter de interditar o restaurante e multa-los. - Disse Rubens escrevendo coisas em sua prancheta.

Jimmi fotografava tudo atentamente.

Felipe não sabia mais o que fazer, quando Verdiana entrou na cozinha.

-- Boa tarde, sou Veridiana Pisanski dona do restaurante. - Apresentou- se.

-- Olá dona Verdiana, sou Rubens Maciel e sou supervisor desta equipe da vigilância sanitária. Recebemos uma denúncia de irregularidade e viemos averiguar.

-- Bem devem ter visto que está denúncia é descabida. - Verdiana falou ciente de que seu restaurante estava em plena ordem.

-- Oque eu vi senhora foi que seu restaurante vai ser interditado e multado. - Informou Rubens, destacando uma folha do laudo sanitário. - Esse é o laudo provisório, logo receberá o definitivo junto com a multa.

-- Oque? - Verdiana abriu e fechou a boca surpresa.

-- Encontramos produtos vencidos e embolorados, fora aquilo ali. - Rubens apontou para o rato morto.

Verdiana olhou o rato e depois o freezer e quase desmaiou. Não acreditava no que seus olhos viam.

-- Isso deve ser um engano absurdo. - Verdiana estava branca como um papel.

-- Está dizendo que não vi o que vi? - Rubens era bem difícil de lidar.

-- O freezer é limpo e organizado todos os dias, cadê o rapaz novo que faz este serviço? - Perguntou Verdiana a Felipe.

-- Ele só trabalhou meio turno hoje. - Informou Felipe.

-- Não quero saber de seus problemas dona Veridiana, seu restaurante está fechado. - Rubens disse deixando a cozinha com sua equipe.

Veridiana ficou parada no meio da cozinha sob olhares de seus funcionários, que assim como ela não entendiam nada do que acabara de acontecer.

**********************

Laísa estava no seu carro cheio de películas escuras nos vidros parada em frente ao restaurante no outro lado da rua observando tudo que acontecia.

-- Bem dôtora agora pode me pagar à grana. - Disse um rapaz sentado ao lado de Laísa no carro.

-- Claro "cabelo" aqui está tua grana. Serviço perfeito! - Laísa pegou um envelope de dentro de sua bolsa e alcançou ao rapaz.

-- Quando precisar é só chamar dôtora. Só não me põe para trabalhar de novo, odiei cortar batatas. - disse o rapaz descendo carro.

-- Eu quero ver essa chefezinha de araque continuar com Júlia depois dessa. - Laísa ria descontroladamente parecia fora de si.

 

 

Fim do capítulo


Comentar este capítulo:
[Faça o login para poder comentar]
  • Capítulo anterior
  • Próximo capítulo

Comentários para 25 - Capítulo 25 - Um único amor:
rhina
rhina

Em: 01/12/2019


Mais uma vida destruída neh Veri.......
Vc promete o mundo.......depois por suas próprias mãos desaba o mundo deixando a outra pessoa sem chão.
Rhina

Responder

[Faça o login para poder comentar]

Informar violação das regras

Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:

Logo

Lettera é um projeto de Cristiane Schwinden

E-mail: contato@projetolettera.com.br

Todas as histórias deste site e os comentários dos leitores sao de inteira responsabilidade de seus autores.

Sua conta

  • Login
  • Esqueci a senha
  • Cadastre-se
  • Logout

Navegue

  • Home
  • Recentes
  • Finalizadas
  • Ranking
  • Autores
  • Membros
  • Promoções
  • Regras
  • Ajuda
  • Quem Somos
  • Como doar
  • Loja / Livros
  • Notícias
  • Fale Conosco
© Desenvolvido por Cristiane Schwinden - Porttal Web