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  • Capítulo 23 - Loucuras

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A JOGADA PERFEITA por Narinharo

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Palavras: 4174
Acessos: 2939   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 23 - Loucuras

 

Laísa desembarcou em Porto Alegre e foi de táxi direto a sua antiga casa. De lá pegou um dos carros da garagem e saiu em busca de Júlia.

Ela já rastreara o celular de Júlia, que ela mesma tinha dado com um localizador para casos de roubo e sabia que ela estava em um hotel no centro da cidade.

Assim que chegou foi direto a recepção e pedindo o número do quarto de Júlia. O recepcionista não queria dizer, mas ela ameaçou fazer um escanda-lo, processar o hotel e ele acabou dizendo o número do quarto e dando uma chave extra do quarto a ela.

Júlia tinha ido para um hotel qualquer e se jogado na cama chorando muito, estava arrasada com o noivado de Verdiana.

Mas não desistiria de reconquista-la, a amava e lamentava por somente ter percebido isso tão tarde. Mas tinha esperanças, pois sentia que Verdiana ainda a amava.

Num rompante Laísa adentrou ao quarto assustando Júlia que pôs-se de pé no mesmo instante.

-- Oque faz aqui Laísa?

-- Vim te buscar e te levar para casa. - Laísa estava drogada, suas pupilas estavam dilatadas e ela coçava o nariz seguidamente. - Pegue suas coisas, você vai comigo.

-- Nunca Laísa, nosso casamento acabou! - Júlia vendo o estado da esposa tentava ser coerente e manter a calma.

-- Você vai comigo Júlia! - Laísa segurou o braço de Júlia e tentou arrasta-la para fora do quarto.

Sem saída Júlia deu um chute na perna de Laísa que a soltou por causa da dor e assim ela a empurrou e saiu correndo do quarto.

Já no estacionamento conseguiu pegar seu carro e sair a toda velocidade. Mas logo ela percebeu que Laísa a seguia em outro automóvel.

Desesperada Júlia ligou para Veridiana que viu o número no display do celular e ignorou a chamada para não ter problemas com Gabriela.

Sem ser atendida Júlia continuou a correr pelas avenidas de Porto Alegre, e em um dado momento ela olhou para trás para ver se Laísa ainda a seguia e não viu que o sinal fechou e com muita velocidade bateu na traseira de outro carro.

Como estava sem cinto de segurança acabou saindo pelo para brisa do carro. O resgate foi logo acionado e ela levado ao pronto socorro.

Laísa que assistiu a todo o acidente se desesperou e foi ela que ligou para o resgate.

No hospital Laísa soube que Júlia tinha sofrido uma lesão na coluna. Teria que passar por uma cirurgia para tentarem reverter o quadro, caso não conseguissem ela poderia perder os movimentos das pernas.

Laísa foi à loucura, pois sabia que Júlia nunca a perdoaria se ela ficasse paraplégica. Afinal ela perseguira a esposa.

*****************

Gabriela ligou a televisão enquanto Veridiana fora tomar banho. Logo que ela começou trocar de canais viu uma reportagem de um acidente que lhe chamou a atenção.

E quando terminou a reportagem teve a certeza de que eles falavam da famosa e talentosa jogadora de vôlei Júlia Stefanni.

-- Um banho depois de fazer amor é um bálsamo. - Comentou Veridiana saindo do banho tendo apenas uma toalha cobrindo eu corpo.

Gabriela nada falava estava em choque e não sabia se falava à noiva o que tinha visto na televisão.

-- Oque houve Gabi? - Veridiana perguntou ao vê-la o estado em que ela estava.

-- Veri eu te amo muito, mas apesar de todo meu medo de perdê-la não posso esconder o que vi agora na televisão de você. - Gabriela falava e tinha as mãos suadas.

-- Oque houve Gabi? Está me deixando nervosa.

-- A Júlia sofreu um grave acidente de carro e está passando por uma cirurgia no momento para tentarem descomprimir a medula, para que ela não fique paraplégica. - Contou de uma vez apenas.

-- Oque? Onde viu isso Gabi? - Verdiana estava apavorada.

-- Deu na TV agora. Esqueceu que ela é uma jogadora famosa? Assim como falaram do transplante na época, agora falaram do acidente.

-- Qual o hospital ela foi levada? - Verdiana se vestia apressadamente.

-- Você não está pensando e ir vê-la, esta? - Gabriela olhou a noiva com raiva.

-- Eu não estou pensando, eu vou vê-la. - Verdiana caminhou em direção à porta do quarto. - E não precisa me dizer onde é o hospital, porque eu acho. - Ela saiu batendo a porta.

Gabriela ficou furiosa, não concordava que a noiva fosse ver a ex-mulher mesmo que fosse em uma situação como aquela.

***************

No hospital o tempo passava e ninguém trazia notícias da cirurgia de Júlia. Laísa estava muito nervosa. Andava de um lado para o outro uma hora passava as mãos nos cabelos outra esfregava uma mão na outra.

Foi durante esse estresse que Veridiana entrou no hospital aflita.

-- Oque você está fazendo aqui? - Laísa foi ao seu encontro indignada.

-- Quero saber como está a Júlia. - Disse Veridiana encarando Laísa de frente.

-- Saia daqui agora! - Gritou Laísa chamando atenção das pessoas presentes.

-- Por favor, se acalmem senhoras. - Pediu uma enfermeira aproximando-se das duas.

-- Ela já vai sair. - Disse Laísa sem desviar o olhar de Veridiana que continuava parada no mesmo lugar.

-- Eu não vou sair daqui até saber como ela está. Aliás, Laísa como aconteceu isso com ela? - Veridiana perguntou encarando Laísa que desviou o olhar e caminhou alguns passos para trás.

Nisso o médico apareceu na recepção.

-- Você é Laísa Martins, companheira legal de Júlia Stefanni?

-- Sim sou eu. - Confirmou Laísa aproximando-se do médico.

-- A cirurgia terminou e graças a Deus foi um sucesso. Ela está no CTI agora para poder ser mais bem acompanhada, mas em algumas horas se ela continuar respondendo bem ao tratamento poderemos transferi-la para quarto. - Informou o médico, aparentando cansaço pela longa cirurgia.

-- E ela vai voltar a andar doutor? - Era Veridiana que perguntava pouco ligando para Laísa que a fulminou com o olhar.

-- A senhora quem é? - Perguntou o médico.

-- Ex-companheira dela doutor.

-- Bem senhora, precisamos esperar ela recobrar a consciência e fazer alguns testes, mas mesmo que ela fique sem movimento será por pouco tempo. Precisara de fisioterapia e dedicação e tudo voltara ao normal. Bem, quando ela for para o quarto avisamos vocês para que possam vê-la. - O médico se retirou deixando as duas sozinhas.

Laísa se sentou aliviada em uma poltrona da recepção e Veridiana saiu para tomar um ar na rua.

Veridiana lembrou-se do medo que sentiu de perdê-la mais uma vez em sua vida. Lágrimas vieram aos seus olhos e ela não se conteve mais, chorou e chorou muito, por alivio e por magoa por não poder estar ao seu lado como desejava.

**************************

Júlia foi para o quarto apenas no dia seguinte e como esperado ela não tinha os movimentos das pernas.

Assim que o médico contou a ela que ela não andaria pelo menos por um tempo. Júlia se revoltou, gritou muito, xingou muito e claro acabou chorando muito.

Quando o médico conseguiu acalma-la ele liberou a entrada de visitas e Laísa foi a primeira a entrar.

-- Oi minha linda, que bom que está bem. - Disse Laísa dando um beijo nos lábios de Júlia. - Aiiii! - Gritou Laísa levando a mão à boca. - Você me mordeu!

-- Por sua causa eu estou aqui! - Júlia falou cheia de raiva.

-- Calma Júlia vamos conversar você precisa me ouvir. - Laísa pegou um lenço de sua bolsa e colocou sobre o lábio inferior da boca, fazendo uma pressão para estancar o sangue.

-- Não há nada para conversarmos. Você veio atrás de mim, você me perseguiu e por causa disso tudo eu estou aqui agora nesta cama e talvez não ande mais. - As lágrimas de Júlia desciam por seu rosto. - Eu batalhei tanto para voltar a jogar Laísa e você foi prova viva disto e agora você me tira este direito!

-- Júlia eu amo você, eu jamais iria querer mal algum a você, apenas não queria perde-la. - Laísa estava chateada consigo mesma.

-- Laísa eu nunca fui mal contigo, sempre fui dedicada a você, mas nunca menti a respeito de Veridiana. Eu a amo e hoje sei disso. Devia ter ficado aqui no Sul e lutado por nosso amor e não ter ido contigo como fiz naquela noite.

-- Mas ela te expulsou de casa Júlia! - Laísa falou energicamente.

-- Eu fiquei contigo Laísa o que queria que ela fizesse?

-- Eu te dei uma vida que ela nunca poderia te dar. Eu fiquei ao teu lado quando ficou doente!

-- Eu não precisava de dinheiro Laísa, eu sempre fui bem sucedida no esporte, tinha minhas economias. Se eu quisesse podia viver uma vida tão boa quanto a que me proporcionou.

-- Não entendo, então por que foi embora comigo?

-- Por que estava confusa não sabia o que fazer naquela hora. E você se aproveitou disso e fez o que quis de minha vida.

-- Ah Júlia! Você não era nenhuma menininha ingênua se quisesse poderia ter ido embora. Mas não foi, você ficou você casou comigo!

-- Eu sei disso. Eu me acomodei me deixei levar, afinal você nunca foi uma má pessoa, estar contigo sempre foi bom, inclusive no sex*. - Júlia sorriu ao lembrar-se. - Mas agora não posso mais viver assim me enganando. Amo Veridiana vou lutar por ela.

-- Ela ficou noiva, como vai lutar por ela? Ficou maluca? Ela não te quer Júlia!

-- Como sabe que ela ficou noiva? - Júlia a olhou desconfiada.

-- Eu vi a aliança na mão dela. - Disse Laísa.

-- Como viu a aliança?

-- Porque eu vim vê-la. - Verdiana entrou no quarto.

Laísa virou-se para a porta a encarando.

-- Saía daqui agora Verdiana ou vou chamar a segurança! - Laísa gritou já pegando o telefone para chamar a segurança.

-- Espera Laísa. - Pediu Júlia olhando para a esposa. - Eu quero falar com ela.

-- Oque? - Laísa a olhou seriamente.

-- Por favor, Laísa! - Insistiu Júlia.

Laísa balanço a cabeça negativamente e deixou a sala encarando Veridiana como um cachorro ameaçando um invasor.

-- Vem cá mais perto. - Pediu Júlia vendo que Veridiana ficou parada próxima a porta do quarto.

Veridiana aproximou-se da cama timidamente.

-- Eu soube pela TV que tinha sofrido um acidente, vim para cá imediatamente. - Falou Veridiana.

-- Que bom, eu tinha tentado te ligar, mas você não me atendeu. - Contou Júlia com um leve sorriso nos lábios.

-- Desculpa Júlia, mas você esteve no restaurante viu que era meu noivado, e a Gabi não me deixou ir falar contigo. - Veridiana desculpou-se.

-- Veri. - Júlia pegou sua mão com carinho. - Eu preciso de você, preciso ter você em minha vida novamente.

-- Jú! - Veridiana sentiu um calor invadir seu corpo.

-- Shiii! - Júlia colocou a mão sobre os lábios de Veridiana a impedindo de falar. - Eu te amo Veri e sei que demorei para ver que você é o amor da minha vida. Mas se eu estou aqui nesta cama hoje, foi porque vim lutar por você, por nosso amor.

-- Como? - Veridiana não entendeu o que ela dizia.

-- Eu me separei da Laísa e ela não entendeu, eu vim para o Sul atrás de você e ela veio atrás e queria me levar de volta à força. - Júlia contava calmamente. - Começamos uma briga física e acabei conseguindo escapar e ela me seguiu. Uma perseguição de carro se fez e quando percebi o sinal tinha fechado e bati na traseira de outro carro, acabei saindo pelo para brisa, pois estava sem cinto de segurança.

-- Meu Deus Júlia! - Veridiana estava chocada com o que ouvira. - Quer dizer que a Laísa é responsável pelo teu acidente?

-- Em partes sim, mas eu estava sem o cinto também.

-- Sim, mas se ela não tivesse vindo te buscar e te perseguido nada disso tinha acontecido.

Júlia balançou a cabeça afirmativamente, não podia negar que a maior parte de culpa era de Laísa.

-- E o que pretende fazer agora? - Verdiana estava preocupada.

-- Já tinha meio que falado com uma advogada para entrar com o processo de separação. A Laísa por ser promotora conseguiu que nosso casamento fosse oficializado no civil, acredita?

-- Não duvido de nada quando se trata da Laísa.

-- Agora eu tenho um problema.

-- Qual?

-- Perdi o movimento das pernas provisoriamente. Vou precisar de muita fisioterapia e dedicação se quiser voltar a andar.

-- Eu soube, lamento muito, mais agora que estava voltando às quadras e a seleção. - Veridiana acariciou o rosto de Júlia que assegurou sua mão em seu rosto.

-- Eu queria ficar aqui no Sul Veri, não quero mais voltar para São Paulo. - Júlia colocou a mão no pescoço de Veridiana. - Eu quero ficar contigo, não quero mais ficar longe de você. - Ela puxou Veridiana pelo pescoço na sua direção e lhe deu um beijo cheio de saudade e desejo em sua boca.

Verdiana não recusou e correspondeu com vontade ao beijo. Era muito tempo afastadas, mas o desejo ainda era vivo e bem vivo.

As duas ficaram se beijando por um longo tempo até que Veridiana se afastou.

-- Não posso fazer isso Júlia, eu me comprometi com Gabriela e não posso agora deixa-la de uma hora para outra apenas porque você voltou. - Veridiana passou as mãos nos seus cabelos loiros, buscando se acalmar. - E vai saber até quando vai durar este teu momento de amor por mim? Tanto quanto durou da última vez que disse que me amava e que voltaria?

-- Veri dessa...

-- Não vai haver dessa vez Júlia. Eu espero que se recupere muito bem. - Verdiana deu-lhe as costas e saiu andando sem olhar para trás.

Júlia sentiu vontade de ir atrás de Verdiana e lhe dizer o quanto estava enganada a seu respeito, mas não podia e nem tinha como fazer isso naquele momento.

As lágrimas lhe desciam pelo rosto lhe dando a realidade de sua dor. Naquele momento não podia nem sequer lutar por seu amor.

*********************

Veridiana voltou para sua casa e encontrou Gabriela trabalhando no seu notebook.

Assim que a viu entrar Gabriela a olhou na espera de uma resposta para suas dúvidas.

-- Eu voltei e voltei para você. - Veridiana caminhou até Gabriela que já se encontrava de pé e lhe abraçou fortemente, chorando muito. - Me faça forte Gabriela, não me deixe fraquejar, por favor! - Pedia ela abraçada a noiva.

-- Eu te amo Veridiana e nunca vou desampara-la. - Gabriela acariciou os cabelos de sua noiva com carinho, tentando lhe passar segurança.

**********************

Laísa viu quando Verdiana deixou o hospital e voltou para o quarto. Precisava conversar com Júlia.

-- Oi vi quando a sua ex saiu. - Laísa disse entrando no quarto, uma enfermeira verificava os sinais de Júlia.

-- Ela precisa descansar senhora. - Avisou a enfermeira.

-- Eu sou a mulher dela e saiu daqui quando achar que devo sair! E você saía daqui agora, antes que eu processe está merd* de hospital! - Laísa sabia como ser desagradável quando queria.

A enfermeira sem jeito baixou a cabeça, pegou seus utensílios de trabalho e deixou o quarto.

-- Você é tão educada Laísa. - Comentou ironicamente Júlia.

-- Eu quero falar contigo Júlia. - Laísa ignorou o comentário de sua esposa. - Sei que errei, mas posso consertar isso tudo. Podemos viajar, tirar uns dias de férias na Europa, que acha?

-- Férias, sol... acha mesmo que isso vai resolver as coisas Laísa?

-- Eu acho que precisamos de um tempo para a gente amor. Nos últimos tempos você somente vem treinando e eu cada dia mais ocupada com os casos da promotoria. - Laísa tentava de alguma forma convencer Júlia a continuar com ela. - Se tirássemos um tempo para a gente podíamos recuperar nosso amor.

-- Nosso amor? - Júlia repetiu com ar irônico. - Laísa eu preciso fazer fisioterapia assim que puder deixar este hospital. Preciso voltar a andar, entende?

-- Claro linda, e fico feliz que está motivada a se recuperar. Normalmente nestes casos as pessoas ficam revoltadas.

-- Mas eu sou uma atleta, não posso me deixar desanimar. E o médico disse que é algo passageiro, então depende de mim me esforçar. - Júlia estava bem motivada a se recuperar e o quanto antes.

-- Bem então podemos contratar o melhor fisioterapeuta do país ou do exterior se você quiser. Compramos os equipamentos necessários e deixamos nossa casa preparada. - Disse Laísa animada.

-- Não vou voltar para São Paulo Laísa. Não vou voltar para você. - Júlia falou decidida.

-- Como assim Júlia? Não está pensando em ficar aqui no Sul, está?

-- Estou sim.

-- Com a Veridiana?

-- Não, ela está noiva e quer ficar com ela. - Júlia baixou a cabeça tristemente.

-- Mas se ela quisesse você iria, então?

-- Não pensaria duas vezes Laísa.

-- Onde vai ficar? - Laísa caminhou pelo quarto desolada.

-- Não sei, posso ficar em um apart, tanto faz.

-- Fica na minha casa. - Laísa a olhou com os olhos cheios de lágrimas. - Mando deixar tudo de forma que posso se sentir à vontade. Já que vai ficar um tempo usando cadeira de rodas, precisa de um lugar adaptado. Providencio isso rapidamente.

-- Não é necessário Laísa. - Júlia sentia um carinho grande por Laísa, mas também sentia raiva por estar naquela situação por sua causa.

-- É necessário sim, afinal eu causei o acidente te perseguindo daquela maneira. Eu vou providenciar tudo, inclusive um fisioterapeuta qualificado. - Laísa deixou o quarto sem olhar para Júlia, suas lágrimas desciam por seu rosto descontroladamente.

Caminhando pelas ruas da cidade Laís apensava no quanto amava Júlia e por que ela não sentia o mesmo por ela. Sempre se dedicara desde o primeiro instante para ela, nunca lhe deixara faltar nada, lhe dera uma vida de rainha e nada que fizera por Júlia a fizera lhe amar.

Tinha vontade de morrer, de acabar com aquela dor que lhe consumia a alma, mas não tinha coragem.

Sentou-se em um banco de uma praça e ficou pensando em tudo que vivera em tudo que já passara em sua vida.

Já tinha sofrido tanto por amor, tinha quase morrido por causa de uma mulher e agora que pensara que finalmente seria feliz, Júlia decidira deixa-la porque amava outra mulher.

*****************

Veridiana no dia seguinte foi direto para o restaurante e ficou surpresa ao ter uma encomenda para ela.

Em uma pequena caixa havia um tablet e um cartão que tinha nele escrito a seguinte mensagem:

"Acesse os vídeos e assista a o vídeo que nele há... ele diz o que gostaria de poder dizer a você, mas que no momento me sinto impossibilitada de fazer."

Amo você,

Sua Júlia.

O vídeo era um na verdade um vídeo clipe do grupo The Pussycat Dolls com a música Stickwitu.

A letra dizia:

"...Não quero ir outro dia

Então estou te dizendo exatamente o que está na minha mente

Parece que todos estão se separando

Jogando seu o amor fora

Mas sei que tenho uma coisa boa bem aqui

E é por isso que eu digo (Hey)

Ninguém vai me amar melhor

Eu tenho que ficar com você para sempre

Ninguém vai me levar mais alto

Tenho que me juntar a você

Você sabe me agradar

Eu devo ficar com você

Ninguém nunca me fez sentir desse jeito

Tenho que me juntar à você a você

Não quero ir outro dia

Então estou te dizendo exatamente o que está na minha mente

Veja o jeito que nós caminhamos

Em nossas vidas pessoais

Ninguém vai se meter entre nós

Quero que você saiba que você é o único para mim

Quando eu digo

Ninguém vai me amar melhor

Eu tenho que ficar com você para sempre

Ninguém vai me levar mais alto

Tenho que me juntar a você a você

Você sabe como me agradar

Tenho que me juntar a você, meu querido

Eu devo ficar com você

Tenho que me juntar a você

E agora, não há nada mais

Que eu possa precisar (nada mais que eu possa precisar)

E agora, eu estou cantando

Porque você está tão, tão dentro de mim

Eu tenho você

Nós estaremos fazendo amor eternamente

Estou com você (amor estou com você)

Amor você está comigo

(Amor, você está tão alto comigo)

Então não se preocupe

Com as pessoas à volta

Elas não vão nos separar

Eu te conheço e você me conhece

E isso é tudo que importa (Hey)

Então não se preocupe

Com as pessoas à volta

Elas não vão nos separar

Conheço você e você me conhece

É por isso, é por isso que digo (Hey)

Ninguém vai me amar melhor

Eu tenho que ficar com você para sempre

Ninguém vai me levar tão alto

Tenho que me juntar a você

Você sabe como me agradar

Eu devo ficar com você

Ninguém nunca me fez sentir desse jeito

Tenho que me juntar a você ..."

No final do vídeo tinha uma mensagem de Júlia onde ela dizia:

"Assim que me sinto Veri...

Deixe de bobagens e pegue na minha mão

E vamos ser felizes.

Te amo!"

Veridiana olhou o vídeo mais duas vezes e desligou o tablet. Não entendia porque Júlia fazia isso com ela. Estava destruindo sua vida, confundindo suas ideias, lhe tirando a razão.

******************

Alguns dias se passaram e Júlia teve alta. Como prometeu Laísa providenciou tudo para que ela se sentisse bem acomodada em sua casa.

Rampas foram feitas, barras no banheiro foram colocadas, a cama foi diminuída de altura facilitando sua locomoção.

Na academia da casa foram instalados aparelhos que foram recomendados pelos melhores fisioterapeutas do país.

Realmente Júlia tinha tudo para se recuperar rapidamente. Apenas faltava o fisioterapeuta que Laísa ainda não tinha encontrado alguém que ela julgasse ser o melhor.

Já em sua cadeira de rodas motorizada Júlia chegou à casa de Laísa que já a esperava.

-- Oi. - Laísa a cumprimentou assim que ela entrou na sala.

-- Oi. - Júlia disse com ela mesma guiando a cadeira.

-- Vejo que já se adaptou a cadeira. - Laísa comentou com um discreto sorriso no rosto.

-- Faz parte, mas é por pouco tempo. - Júlia disse convicta.

-- Bem a casa está toda adaptada, acho que não vai encontrar problemas. - Laísa disse pegando seu casaco e pondo sobre o braço. - Estava apenas esperando você chegar. Volto para São Paulo daqui a pouco.

Júlia há olhou um pouco insegura. Queria se separar de Laísa, mas nestes momentos de fragilidade Laísa era perfeita ao seu lado, mas era melhor mantê-la longe, já que ela estava indo de boa vontade.

-- Assim que puder volto para vê-la. - Laísa disse dando um beijo de leve nos lábios, mas Júlia virou o rosto e ela apenas pode lhe dar um beijo na bochecha.

-- Se cuide Laísa, não vá fazer nenhuma besteira. - Júlia pediu preocupada. Tinha medo que ela voltasse às drogas.

Laísa sorriu e deixou a casa, mas antes de sair disse:

-- Tem hora marcada amanhã aqui em casa mesmo com um ótimo fisioterapeuta.

********************

Assim que o dia Júlia acordou. Já havia uma mesa de café posta no quarto.

Ela que aprendera muito bem a se virar sozinha, sentou-se na cama e com dificuldade passou para a cadeira de rodas e se encaminhou para o banheiro. Lá trocou de cadeira e tomou seu banho, depois se secou e com muita dificuldade se vestiu com um abrigo esportivo que ela mesma havia separado e deixado no banheiro.

De volta ao quarto ela se penteou e foi para a mesa tomar café. Às nove e meia em ponto, a empregada da casa avisou que o fisioterapeuta tinha chegado e a aguardava na academia da casa.

Júlia desceu de cadeira de rodas pelo elevador que foi instalado na casa, depois guiou até a academia.

Ao chegar na sala principal da academia ela viu uma mulher vestindo uma malha de fazer exercícios. Ela estava de costas parecia preencher uma planilha.

-- Bom dia! - Júlia disse sorridente.

A mulher virou-se e ela deparou-se com Gabriela a sua frente.

-- Doutora Gabriela?

-- Oi Júlia, tudo bem? - Gabriela tinha sido quase que obrigada cuidar de Júlia. Laísa mexeu seus pauzinhos e conseguiu fazerem com que obrigassem Gabriela a atender Júlia.

-- Você é a fisioterapeuta? - Júlia estava surpresa, sabia que ela era a melhor fisioterapeuta do país, mas nunca imaginou que ela aceitaria ser sua médica.

-- Sou profissional antes de tudo Júlia. Vou fazer meu trabalho como sempre fiz, o melhor que puder fazer por você farei, mas não espere que me torne sua melhor amiga. - Gabriela disse com a cara fechada. - Vamos começar?

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 23 - Capítulo 23 - Loucuras:
rhina
rhina

Em: 01/12/2019

 

Vidas e vidas que sofrem por imaturidade.......uma estúpida escolha feita por Júlia.

Rhina

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