Capítulo 42. Runaway
-- Emily... -- Alice fitou a ruiva, mantendo-se atenta a aquela expressão ansiosa e de certa forma, assustada. Emily esperava impaciente pelas palavras da advogada, seu olhar percorria aqueles lábios avermelhados e que se entreabriam diversas vezes a procura das palavras certas. -- Foge comigo. -- Olhou-a nos olhos.
-- C...Como? -- Gaguejou.
A ruiva podia esperar por qualquer resposta, fosse ela muito ruim ou muito boa, mas esta... Bom, esta com certeza deixou-a surpresa e ainda mais confusa.
-- Larga tudo e foge comigo. -- Repetiu convicta.
Emily mordiscou o lábio inferior e em uma expressão complemente pensativa, franziu a testa.
-- Alice, você sabe que eu adoraria, mas eu não posso. -- Desviou-se do olhar da advogada. -- E nem você! Nós não somos mais adolescentes. Temos nossos empregos e responsabilidades... -- Alice segurou no rosto da ruiva e puxou-o em sua direção, forçando-a a olhar naqueles olhos dourados e pidões.
-- Uma semana Emily, é tudo que eu te peço. -- A advogada sentiu seu coração acelerar quando fitou os lábios bem demarcados e delicados da ruiva que estavam, em conseqüência a sua própria atitude, tão próximos dos dela. Sentiu a respiração da ruiva se alterar, ficando em um ritmo lento e pesado, aquele olhar intenso e indiscreto que Alice lançava sobre a boca de Emily causava-a reações imediatas ao corpo dela.
A ruiva estava hipnotizada pelo olhar da amiga, aquelas palavras em tom implorativo a rendiam de todas as formas possíveis, e ela sabia que a partir daquele momento toda a sua vulnerabilidade e também felicidade estariam ligados a aquela mulher, a fazer o que quer que ela pedisse.
-- Eu acho que poderia fazer qualquer coisa por você. -- Pensou alto, arrancando de Alice um sorriso de canto de boca apaixonadamente bobo.
A advogada tentava resistir a aquela mulher de todas as maneiras possíveis, mas a ruiva parecia obstinada a fazê-la suceder aos sentimentos que ela mesma tanto se negava a acreditar que ainda estavam lá. Mas como negar? Tê-la tão perto deixava o coração de Alice completamente descontrolado, uma hora ele parecia querer-lhe explodir no peito em tantas batidas, outras ele sequer parecia estar ali, pois simplesmente parava de pulsar. Ela não podia simplesmente ignorar o frio na barriga, a tremedeira e os arrepios que Emily lhe causava ao tocá-la, ou apenas ao se aproximar com aquele jeitinho meio e inocente, como quem não quer nada com nada, e de repente tomá-la pela cintura em um abraço cheio de carinho e um beijo que sempre depositava logo acima de sua clavícula. As mãos firmes e macias que passavam sobre sua pele durante um afago ou uma massagem...Como negar um sentimento tão forte, tão altruísta e verdadeiro? Ela a amava, e negar este sentimento lhe parecia impossível agora que Emily apresentava-se tão disposta a vivê-lo com ela. Haveria riscos, Alice sabia disso, mas ela sabia também que estaria disposta a corrê-los ao lado da ruiva.
-- Um beijo pelos teus pensamentos. -- Emily falou baixo, sussurrando ao pé do ouvido da advogada, que de tão distraída em seus pensamentos, mal havia percebido a aproximação.
Alice sentiu todos os pêlos do seu braço se arrepiarem. Olhou-a de canto de olho e quanto Emily ameaçou se afastar, ela segurou em seu braço, demonstrando-a que não queria que o fizesse. A ruiva sorriu com aquela atitude, inclinou-se para o lado e olhou-a de perfil, alternando seu olhar da boca para os olhos de Alice, enquanto aguardava pacientemente e com aquele sorriso malandro nos lábios, até que a advogada desse o próximo passo e beijasse-a. Alice virou seu rosto lentamente na direção da ruiva, certificando-se de passar seus lábios milimetricamente afastados dos dela, apenas para provocá-la. Olhou-a nos olhos e admirou-a por alguns segundos, tomando coragem para se aproximar e fazer o que tanto desejavam e esperavam. A advogada mordiscou o lábio inferior momentos antes de alcançar a boca da ruiva, mas antes que pudesse finalmente tocá-la, o maquinista travou a roda gigante e a inércia fez com que a cabine chacoalhasse, sacudindo seus corpos nas mesmas direções. A ruiva acabou se desequilibrando e escorrendo pela cadeira, caindo de bunda no chão da cabine, enquanto Alice, por estar anteriormente segurando no braço da amiga, foi puxada para o mesmo lugar, caindo sobre as pernas da ruiva, ambas em gargalhadas insistentes e divertidas. Quando finalmente conseguiu cessar o riso, a advogada depositou os braços ao redor do pescoço da ruiva e olhou-a, atentando ao sorriso lindo e cativante que acompanhava-a.
-- Se isso não der certo e eu te perder, eu acabo com você Harley. -- Afirmou, forçando uma feição ameaçado que foi, posteriormente, seguida de um sorriso tímido e um beijo que tomou os lábios de Emily sem nenhuma urgência, pelo contrário, aquele foi um beijo calmo e repleto de sentimento, onde suas línguas se entrelaçavam em uma harmonia perfeita.
O beijo cessou quando a ruiva puxou os lábios de Alice, teimando em afastar-se e acabar com aquele momento tão incrível e único. Elas mantiveram seus lábios em contato por longos segundos, roçando-os em movimentos sutis, permitindo-se sentirem a respiração uma da outra tocar a superfície de sua pele. Emily entreabriu os olhos e contemplou a linda imagem de Alice, que entregava-se completamente à ela, rendendo-se inteiramente aos sentimentos tão antigos. A ruiva passou uma de suas mãos pela nuca da advogada e ao entrelaçar seus dedos entre alguns fios de seu cabelo, puxou-a para mais perto, iniciando um novo beijo, calmo, porém com ainda mais desejo que o anterior. Transcorreu a língua pelo interior da boca de Alice, explorando e compartilhando de uma intimidade que ambas queriam e precisavam. Emily sentia seu coração bater na mesma freqüência que o da advogada, ambos rápidos de mais para que fosse-lhes fácil manter a respiração, que ficava entrecortada e pesada entre um beijo e outro.
O maquinista acionou o botão e a roda gigante voltou a se movimentar junto com o balançar dos corpos das jovens, cessando seu beijo.
-- Eu acho que deveríamos nos sentar em um lugar mais apropriado. -- Sorriu enquanto tentava se equilibrar, segurando-se nas barras de apoio laterais da cabine.
Emily segurou na cintura da advogada, ajudando-a a se levantar e em seguida fez o mesmo, sentando-se ao seu lado no assento. Elas apenas trocaram alguns olhares e sorrisos antes que o brinquedo parasse e elas tivessem que descer. A ruiva desceu primeiro, e seguiu na frente em passos receosos e incertos.
-- Alice? -- Olhou-a de canto de olho, entreabrindo a boca diversas vezes, mas nenhuma outra palavra saia. Ela tinha dito tanto à Alice e a jovem simplesmente convidou-a para fugir, largar tudo e fugir, e isso definitivamente só poderia ser um sim a história delas. Mas o quão estranho poderia ser começar algo assim, do nada?! Elas tinham uma história, é claro, mas de amizade. Recomeçar como mais que isso seria novo para as duas, e Emily sequer sabia por onde começar. -- Sobre o que você disse... -- Os passos da ruiva ficavam mais lentos até o instante que finalmente cessaram quando virou-se para a advogada, encarando-a com um olhar cerrado.
-- Eu não estava brincando Emily. -- Parou junto a jovem. -- Eu quero que fuja comigo.
-- Mas... -- Pressionou os lábios. -- Por que fugir? -- Franziu a testa. -- Nós temos tudo de que precisamos bem aqui.
Alice arfou, em um suspiro um tanto quanto desesperado. Como explicar a ruiva o motivo pelo qual queria fugir?! Ela precisava de mais tempo, mas Matheus jamais entenderia.
-- As coisas estão muito loucas por aqui... -- Mordiscou o lábio inferior. -- Digo, tem o recém casamento do teu irmão, a sua antiga história com a Mila e... Também tem a louca da Lívia. -- Gaguejou. -- Se for para começar isso com você, eu realmente preciso que seja longe disso tudo, de toda essa confusão... -- Deu um passo a frente e tocou o rosto de Emily, afagando-a. -- Eu quero que seja apenas eu e você, pelo menos por um tempo.
A ruiva colou sua mão sobre a da advogada que tocava-lhe o rosto.
-- Eu entendo o seu ponto de vista, mas essa é a nossa vida Alice, essas pessoas não vão simplesmente desaparecer apenas por que fugiremos por um tempo. Tudo ainda estará aqui quando voltarmos. -- Falava com receio. -- E também tem os nossos trabalhos... Eu comecei há pouco tempo e se eu f...
-- Eu cuidarei disso para você. Eu prometo. -- Interrompeu.
-- Cuidara disso para mim? -- Arqueou as sobrancelhas.
-- Confie em mim, tudo bem? -- Usou o tom implorativo mais uma vez, acompanhado daquele olhar pidão e irresistível.
-- Não me venha com esse olhar de cachorro pidão, senhorita Butckovisky. -- Tocou o nariz da advogada com a ponta do dedo indicador. -- Você não conseguirá o que quer dessa vez.
-- Nem mesmo se eu lhe prometer muitos beijos? -- Aproximou-se da ruiva e ficou na ponta dos pés para beijar-lhe o nariz e posteriormente o canto dos lábios.
-- Beijos? -- Apertou os lábios em bico pensativo. -- Eu não sei...
-- E se... -- Apoiou as mãos no ombro da ruiva e sussurrou algo em seu ouvido, saindo em passos descontraídos e com um sorriso malandro nos lábios, deixando para trás apenas o som um riso gostoso.
Emily não conseguiu conter a surpresa que aquelas palavras lhe trouxeram, deixando-a boquiaberta. Quando percebeu que a advogada se afastava ela logo correu atrás, falando de maneira apressada e desconcertada.
-- Talvez, quem sabe, bom... Acho que podemos negociar. -- Alcançou-a, tocando-lhe a mão com a ponta dos dedos.
-- Você está tão barata ultimamente. -- Sorriu implicante para a ruiva.
-- Todos têm o seu preço. -- Sucedeu a brincadeira, retirando todos os contra ataques que Alice podia pensar em usar. Ela recebeu em troca daquelas palavras apenas um sorriso misterioso no qual a advogada mordiscava o lábio inferior, encarando-a insistentemente com aqueles olhos dourados e tão belos. -- O que foi? -- Deu de ombros. -- Você tem o seu. -- Falou com deboche, retornando a implicância.
-- E qual seria meu preço, Harley? -- Cessou os passos e encarou-a seriamente.
-- Pergunte a Anne. -- Cerrou o olhar para a advogada, que engasgou no instante em que ouviu aquele nome. Alice sentiu como se seu coração fosse-lhe sair pela boca. -- Não foi ela quem te convenceu a sair com a Lívia? -- Riu. -- Sinceramente, ela deve ter te pagado para isso.
-- Ah, Lívia, é claro. -- Pensou alto, chamando a atenção da ruiva para aquelas palavras, ditas de maneira monótona.
-- E o que mais seria?! -- Balançou a cabeça em negação, trazendo consigo um sorriso de zombaria no rosto. Mas logo que a ficha caiu, ela ficou séria e olhou-a nos olhos, desconfiada. -- Anne te pagou por mais alguma coisa que eu não saiba?
Alice tentou pensar com a razão, ela sabia que qualquer deslize poderia significar o fim daquele momento agradável. Respirou fundo antes de negar tudo.
-- Anne nunca me pagou para nada, sua boba. Nem mesmo para sair com a Lívia. -- Respondeu-a em um tom descontraído.
-- Então porque saiu com aquela sem sal? -- Franziu as sobrancelhas em uma careta completamente desentendida.
-- Você ouviu isso? -- Alice olhou para os lados fingindo uma expressão assustada.
-- O quê? -- Emily acompanhou os olhares da advogada, atentando a todas as coisas ao seu redor.
-- Acho que ouvi o som de um tal ciúme de novo. -- Segurou no rosto da ruiva com uma das mãos e apertou suas bochechas, forçando um bico em seus lábios, que logo foram preenchidos por um beijo longo e carinhoso.
-- Não é ciúme. -- Resmungou ainda entre o beijo.
-- Claro que não. -- Sorriu antes de selar seus lábios uma ultima vez. -- Você veio de carro, certo?
-- Você não está pensando em fugir tipo... Agora, está? -- Arregalou os olhos.
-- E por que não? -- Puxou-a pela mão até o imenso estacionamento enquanto ouvia-a resmungar algumas palavras sobre “roupas, mais tempo, planejamento e mãe”, mas não deu muita importância, ela apenas queria afastá-las da ameaça que Matheus lhes proporcionava, queria tirá-la de toda aquela confusão e dá-la pelo menos uma ultima semana de paz e felicidade, antes que finalmente tivesse que ver tudo desmoronar no mundo daquela mulher tão incrível que Emily era. -- Onde está seu carro? -- Elas andavam em meio a uma centena de veículos em sua grande maioria de tonalidade prata. -- E porque todos os carros tem que ser de cor prata? -- Interrompeu as reclamações.
-- Porque assim fica mais fácil achar o meu. -- Respondeu, olhando fixamente para um único carro.
-- Esse é o carro que você comprou? -- Ficou boquiaberta.
-- Mais ou menos. -- Caminhou até o Dodge Challenger branco, com detalhes sutis em vermelho.
-- Mais ou menos? -- Arqueou as sobrancelhas enquanto admirava o veículo.
-- Você sabe que meu pai sumiu faz algum tempo... Digamos que ele começou a me mandar presentes recentemente.
-- Presentes? Emily, este é um puta carro! -- A advogada quase berrou.
-- Pode até ser, mas não muda o fato dele continuar desaparecido. -- Abaixou a cabeça.
-- Emily, me desculpe. Eu fiquei tão empolgada por você que sequer pensei que... -- Foi interrompida.
-- Que eu sinto falta dele?! Pois é, eu também não. -- Abriu a porta do carro para Alice. -- A verdade é que... -- Pressionou os lábios enquanto buscava por palavras que pudessem expressar de melhor maneira o que estava sentindo. -- Eu acho que durante esses anos eu guardei tanta raiva e rancor dele por causa do sofrimento que ele causou na minha mãe que eu acabei não me permitindo sofrer com isso... -- Soltou uma respiração pesada, que mais lhe parecia um pesar do que um alivio.
Alice apoiou suas mãos no topo da porta, encostando seu queixo sobre elas enquanto observava a expressão entristecida no rosto da ruiva, apenas esperando que ela desabafasse tudo que precisava.
-- Foi sempre ódio... E agora que ele finalmente deu um sinal de vida eu... -- Engoliu seco. -- Eu não sei sabe?! É como se parte de mim quisesse que ele estivesse aqui. -- Alice desceu uma de suas mãos, alcançando a de Emily, e em um aperto suave ela tentou demonstrar que estaria lá para o que quer fosse, e isso de certa forma reconfortou a ruiva. -- Eu tentei devolver o carro, eu não podia simplesmente aceitar e ignorar que ele nos abandonou. Mas não havia remetente no bilhete e o entregador da concessionária não me deu informação alguma... Então eu resolvi ficar com ele. -- Segurou as lágrimas que se formaram em seus olhos.
-- Eu queria poder dizer alguma coisa que te reconfortasse, ou que pudesse o trazer de volta, mas... -- Emily apertou a mão da jovem, interrompendo-a com um timbre fraco.
-- Você me conforta de todas as maneiras possíveis Alice. -- Acariciou-lhe a superfície da mão com o polegar e deu-lhe um beijo calmo no rosto. -- Na verdade, eu não sei o que seria de mim sem esse teu sorriso lindo... -- Admirou-a sorrir, como já imaginava que ela o faria e deslizou a ponta do nariz pelo seu rosto em um carinho. -- Seja lá para onde formos, é melhor pegarmos a estrada logo, antes que fique tarde de mais. -- Segurou a porta do carro, aguardando Alice se acomodar no veículo, fechando a porta em seguida.
Emily dirigiu por algumas horas, segundo Alice, elas dirigiam para lugar algum, dirigiam com a incerteza de que chegariam a algum lugar. Era como se buscassem se encontrar quando a verdade a maioria das pessoas diriam estarem se perdendo. Sem mapa, GPS ou qualquer outra forma de localização, elas seguiram pela BR até encontrarem uma pequena estalagem aonde decidiram passar a noite.
-- Boa noite senhoritas, sejam bem vindas. -- Uma senhora já de cabelos grisalhos e sotaque italiano recepcionou-as assim que as viu adentrar pela simples porta de madeira e vidro.
-- Boa noite senhora...
-- Giulia. -- Completou.
-- Giulia, certo. -- Sorriu simpática. -- Nós gostaríamos de alugar um quarto para esta noite. -- A ruiva aproximou-se do balcão, acompanhada pela advogada.
-- Um quarto com duas camas de solteiro... Deixe-me ver se... -- Ela vasculhava pelas chaves penduradas em um pequeno quadro branco. -- Aqui está. -- Virou-se com o mais simpático dos sorrisos e estendeu-lhe a chave.
Emily olhou para Alice como se esperasse por alguma aprovação, mas a advogada sequer percebeu, talvez por estar distraída com o ambiente aconchegante da estalagem ou quem sabe pelo simples fato de estar caindo de sono, uma vez que teve de ser acordada pela ruiva assim que chegaram ao local.
-- Este irá servir. -- Pegou as chaves da mão da senhora. -- Muito obrigada senhora Giulia.
-- Que isso minha querida, é um prazer recebê-las aqui. É só seguir o corredor e subir as escadas, a primeira porta a esquerda. -- Informou-a.
-- Obrigada. -- Agradeceu mais uma vez. -- Alice? -- Virou-se para a advogada que parecia dormir em pé, estando em estado vegetativo quase, o que a fez soltar uma leve risada. -- Vem, vamos para o quarto. -- Segurou-a pela cintura e acompanhou seus passos sonolentos até o local indicado.
O quarto era simples, mas muito aconchegante. As camas ficavam dispostas lado a lado, separadas por uma mesa de canto de madeira. Logo a frente uma pequena televisão presa à parede e um pequeno guarda-roupa colocado próximo a porta do banheiro. Emily levou a advogada até uma das camas e ajudou-a a se deitar, mas antes que se afastasse pôde ouvir a voz doce e preguiçosa de Alice soar próxima ao seu ouvido.
-- Boa noite Harley.
-- Boa noite... -- Observou-a aconchegar-se entre os lençóis da cama, deitando em uma posição fetal. -- Meu anjo. -- Murmurou enquanto a cobria, aproximando-se lentamente de seu rosto, depositando-lhe um beijo na testa.
Emily deitou-se na cama ao lado e embora estivesse exausta por ter dirigido tanto, ela demorou longos minutos para pegar no sono, mas eventualmente acabou o fazendo enquanto lembrava-se, com um sorriso no rosto, dos beijos entre ela e Alice.
Fim do capítulo
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