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If I should fall, perpetual run por JennyB

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Palavras: 3556
Acessos: 7033   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 40. Always you

Alice demorou longos minutos até finalmente assimilar o que havia acontecido ali com Matheus, seus pensamentos estavam em completo estado de turbulência, e de todas as possibilidades possíveis apenas uma realmente a preocupou, fazendo-a correr para o salão de festa no instante em que chegou a conclusão de que o rapaz com certeza sabia de algo. Será que o prazo de uma semana realmente seria cumprido pelo homem de cabelos negros?! Será que ele não deixaria essa história escapar em alguma conversa com a ruiva?! Não tinha como saber, e para isso, Alice sabia que precisava evitar toda e qualquer aproximação que Matheus pudesse tentar com Emily nesse final de semana.

            A garota de olhos dourados percorreu todo o ambiente da festa na sua busca desesperada pela amiga. Foi em vão. A ruiva não estava em canto algum daquele salão tão cheio de pessoas. De onde todas elas haviam surgido tão de repente?!

            Alice sentia seu coração pular dentro do peito, não apenas pelo cansaço de ter andado tanto, mas principalmente pelo medo que sentia de que Emily soubesse justo agora. Ela percorreu o olhar pela festa mais uma vez, mas a única coisa que a chamou atenção foi uma mulher de pouca altura e com seus cabelos curtos e negros.

-- Isabela? -- Alice sussurrou para si mesma, quando ao prestar mais atenção percebeu que conhecia aquela feição delicada e juvenil. -- Depois daquela viagem eu pensei qu... -- Sua voz falhou no instante em que viu a ruiva aproximar-se, entregando a mulher de cabelos negros uma taça de champanhe. A jovem se aproximou com cautela, enturmando-se discretamente com um grupo de pessoas que estava logo ao lado de Isabela e Emily, para que pudesse prestar atenção na conversa delas.

-- Aqui está. -- Isabela pegou a taça que Emily a oferecia, estampando nos lábios um sorriso tímido e contente. -- Será que agora você pode me contar o que está acontecendo Isa? Eu sei que nós não nos falamos há anos, mas você ainda pode desabafar comigo, ainda somos amigas, certo?! -- Aqueles olhos azuis da ruiva cercavam-na por todos os lados, demonstrando a preocupação com a amiga.

-- Não é nada Emily. -- Afirmou com certo receio nas palavras.

-- Um “nada” não deixa uma pessoa não triste assim. -- Acariciou o queixo da amiga com o polegar.

            Isabela recusou-se a falar de primeiro instante, mas ela se lembrava do gênio persistente da ruiva e sabia que não conseguiria sair dali sem dar à amiga uma boa explicação.

-- É o meu namorado, eu acho que ele... -- A voz de um rapaz surgiu logo atrás de Isabela, interrompendo-a.

-- Olá meninas. -- O jovem loiro e de olhos azuis dirigiu-se a elas, aproximando-se rapidamente da ruiva e encarando-a com um sorriso malicioso e um olhar travesso. De todas as pessoas, essa com certeza era uma das únicas que Emily não esperava encontrar nessa festa, mas é claro que ele estaria lá, acompanhando a delicada e linda Isabela.

-- Oi Leo. -- Incrivelmente Isabela não pareceu desconfortável com a intromissão do rapaz na conversa da qual o assunto era justamente ele. Forçou o melhor dos sorrisos e o olhou.

-- Posso roubar a Emily por um instante? -- Leonardo sequer tirou os olhos de Emily. Estava secando-a sem se preocupar se Isabela notava ou não.

“--O quê?!” -- Emily retrucou em seus pensamentos. Como ele podia ser tão cara de pau?!

-- Não vai dar. -- A ruiva respondeu antes que Isabela pudesse expressar qualquer indignação com a atitude do rapaz.

-- Poxa, por quê? Vai lá com ele Emily. -- A mulher de cabelos negros aproveitou a deixa de Leonardo para se livrar de uma explicação que definitivamente ela não queria dar agora, desviando Emily de sua atenção.

            A ruiva já não entendia nada. Como Isabela podia não se importar com o fato de o namorado estar evidentemente dando em cima dela?!

            Antes que Emily pudesse se negar a ir, o rapaz puxou-a pelas mãos, trazendo-a para mais perto de si. Lançou-lhe um olhar galanteador, quase como se desejasse devorá-la ali mesmo, e deu um beijo leve e macio no rosto da ruiva.

-- É sempre um prazer te ver de novo. -- Leonardo esperava que Emily lhe desse uma resposta a altura, uma resposta que correspondesse todo aquele carinho, mas tudo que ele obteve foi o silêncio desconcertante de Emily. -- Vem dançar comigo. -- Uma música calma tocava naquele momento.

-- Não sei dançar. -- Pressionou os lábios em uma expressão séria e um tanto quanto nervosa.

            Isabela apenas os observava, esperando o momento certo para sair dali sem que Emily notasse.

-- Então vamos beber alguma coisa. -- O rapaz insistiu.

-- Eu não bebo. -- A ruiva tentou esconder o copo de champanhe atrás do corpo.

-- Mas tem bebidas sem álcool... -- Leonardo olhava-a nos olhos, e ambos estavam em momentos tão tensos que mal perceberam quando Isabela se afastou. Emily estava tensa pelo desconforto que era ter o namorado de uma amiga dando em cima dela, já Leonardo, ele estava tenso por ter que insistir tanto para ter a companhia de uma mulher. O rapaz era realmente muito bonito e nunca teve que persistir tanto para obter a companhia de alguém, e isso lhe incomodava, mas também o atiçava a querer.

            Emily sentiu alguém tocar a sua mão que segurava o copo de champanhe escondido, tirando-o de lá e pegando para si. Em seguida, sentiu aquela mesma mão ágil e macia tocar-lhe a cintura, contornando-a em um abraço possessivo.

-- Desculpa garanhão, mas ela está acompanhada. -- Aquela voz delicada e firme trouxe a Emily um alívio sem igual, fazendo com que escapasse um sorriso discreto e divertido de seus lábios.  

            Alice apertou a cintura de Emily, puxando-a para mais perto de si enquanto encarava o rapaz, peitando-o.

-- Mesmo? -- Levantou uma das sobrancelhas, adquirindo em seu rosto uma feição desafiadora e metida. -- E quem seria esse acompanhante? -- Leonardo movimentou sua cabeça como se procurasse alguém atrás dela, algum acompanhante. Provocando-a.

-- Alguém melhor do que você, de certo. -- Alice sorriu de canto de boca e arqueou suas sobrancelhas, respondendo-o a altura da provocação.

            Leonardo soltou uma risada forçada e deu um passo a frente, encarando-a de tão perto que se estivesse menos nervoso poderia até perceber a respiração de Alice tocar o seu rosto. O olhar semicerrado do rapaz deixava transparecer a raiva que sentia, e Leonardo sabia que se não fosse pela sua educação exemplar, ele com certeza entraria em uma discussão longa com aquela mulher intrometida. O rapaz desviou seu olhar em direção à ruiva, que estava claramente acuada com aquela situação desconfortante entre eles, os ombros de Emily estavam retraídos e seus olhos azuis em um tom de azul escurecido que refletia seu atual estado emocional, nervosismo.

-- Te vejo depois, Emily. -- Sorriu para a jovem e se afastou em passos calmos, olhando-as durante um passo e outro até perdê-las completamente de vista.

            A ruiva olhou para amiga ao seu lado e suspirou aliviada, trazendo em seus lábios um sorriso tímido.

-- Obrigada. -- Emily depositou sua mão sobre a mão de Alice que estava em volta da sua cintura.

-- Aquele rapaz sabe como ser insistente. -- Retribuiu o sorriso e deu uma breve olhada de canto de olho para a ruiva, notando aquele olhar indecifrável naquele par de olhos azuis novamente.

-- E você sabe como me salvar... Todas às vezes. -- Enfatizou as ultimas palavras. – Alice... Será que nós podíamos continuar aquela conversa? -- Emily curvou seu rosto na tentativa de alcançar o olhar disperso da amiga.

            Alice tirou sua mão da cintura da ruiva assim que a ouviu, foi um movimento defensivo e automático. Ela entreabriu a boca como se quisesse dizer alguma coisa à amiga, mas nenhum som saiu de sua boca. Alice repensou algumas vezes antes de finalmente se pronunciar.

-- Depois da festa, pode ser? -- A expressão da jovem a entregava, ela estava nervosa só pelo fato de existir uma possibilidade remota de continuar com aquele assunto. Ter Emily ao seu lado não seria de fato uma coisa ruim, pelo contrário, seria maravilhoso. Mas se fosse para acontecer uma única vez, que fosse com a certeza de que não precisariam chegar ao fim, fosse no romance ou na amizade. Alice simplesmente sabia que não conseguiria ficar sem a ruiva, não depois de tudo que já haviam vivido. Lembrou-se das palavras ameaçadoras de Matheus e sentiu um calafrio subir-lhe pelo corpo, e um frio desconfortável instalar-se em sua barriga, causando-lhe batimentos cardíacos mais acelerados e não ritmados. Ela sabia que precisava contar à Emily, mas não sabia como o fazer sem perdê-la para sempre, e isso retirava toda a sua coragem. Talvez ela pudesse convencer o rapaz a não fazê-lo também, talvez fosse apenas uma questão de ter uma boa conversa...Com ele. -- Eu preciso terminar a minha conversa com o Matheus.

            Alice pôde ver a ruiva murchar com a resposta. Seu olhar encontrava-se ainda mais apreensivo e de certa forma indecifrável. Emily concordou com um balançar de cabeça discreto e totalmente sem ânimo.

-- Nos vemos depois então, Alice. -- A voz fraca da ruiva cortou o coração da amiga, mas Alice precisava se manter forte, porque por mais que quisesse esclarecer as coisas, ela precisava primeiro ter a certeza de que Matheus não estragaria tudo depois.

            A festa corria bem, os convidados se divertiam na pista de dança e uma vez ou outra se dirigiam aos noivos para desejar-lhes felicidades e é claro, uma excelente lua de mel. Alice até que havia tentado falar com Matheus, mas o rapaz se recusou a ter qualquer tipo de conversa. Quando tentou procurar por Emily, não a encontrou de forma alguma, com aquele grande volume de pessoas era difícil achar alguém.

            A ruiva passou a maior parte da festa sentada em um dos bancos do bar, conversando com o barman e tomando alguns dos drinks sugeridos pelo rapaz que pouco parecia ter mais de vinte e um anos. Quando percebeu estar em seu limite alcoólico, Emily buscou por um abrigo em seu lugar preferido da fazenda, o pequeno píer sobre o lago. O lugar não ficava tão distante da fazenda, mas de lá mal se podia ouvir o som da música, quem dirá o alto barulho das vozes. Um local de paz e calmaria era tudo que a ruiva precisava para tentar esquecer o fato de estar no casamento de Anne e também o quase “fora” que havia levado de Alice.

            Emily tirou seus saltos e sentou-se na ponta do píer, colocando seus pés em contato com a água. Ela os remexia de um lado para o outro, enquanto sua mente ocupava-se em remexer todos os acontecimentos da noite. A conversa terrível e definitiva conversa com Anne, a dança incrível com Alice, a volta inesperada e surpreendente de Matheus e por ultimo, mas não menos importante, a presença inédita de Isabela e é claro, do sem noção do Leonardo.

-- Quanta coisa em menos de vinte e quatro horas... -- Resmungou.

            A ruiva tateava a superfície do píer, conduzindo seus dedos pelas finas ranhuras da madeira escura, enquanto observava a beleza que era o reflexo da lua incidindo na água, pegou-se uma ou duas vezes imaginando como seria se Alice estivesse ali ao seu lado, as risadas descontraídas, os sorrisos sempre tão cheios de sinceridade, o olhar carinhoso e misterioso com o qual ela sempre a olhava... Como Emily a queria ali. Fechou os olhos e espirou todo o ar que pôde, desejando poder sentir o perfume que a amiga usava, mas tudo que conseguiu foi sentir o vento incidir em seu rosto e trazer-lhe os diversos cheiros da natureza. O cheiro das flores misturado ao cheiro da terra molhada, o som da água remexida pelos seus pés, tudo era de tamanha tranqüilidade. 

-- Tentando fugir de novo, Emily? -- A voz do rapaz junto ao som da madeira rangendo despertou-a dos seus pensamentos, trazendo-a de volta a realidade.

            A ruiva deixou escapar um sorriso discreto e sociável, demonstrando ao amigo que ele poderia se aproximar sem receio algum, e assim ele o fez ao sentar-se ao lado dela.

-- Toda aquela música, a aglomeração de pessoas... -- Franziu a testa e movimentou a cabeça negativamente. -- Não é pra mim. -- Emily olhou para o rapaz e deu-lhe um sorriso simpático.

-- As pessoas ou ‘a’ pessoa? -- Matheus tentava ser compreensivo, mas a verdade é que ele nunca havia entendido toda essa paixão da amiga pela Anne, e isso o deixava desconfortável.

            A ruiva suspirou vagarosamente e retornou seu olhar para o lago.  

-- Por incrível que pareça, Math, eu não estou tão incomodada com isso. -- O rapaz analisou minuciosamente a expressão da ruiva, notando naquele rosto tão delicado uma verdade e também um ar de alivio, e isso de certa forma o surpreendeu. Matheus estreitou seu olhar para a amiga, desconfiado.

-- Então você está me dizendo que a minha amiga, Emily, finalmente superou esse relacionamento conturbado? -- Um sorriso discreto formou-se nos lábios do rapaz, ele também se sentia aliviado por saber que a ruiva não mais sofreria por aquela mulher.

-- Eu sinto como se... -- Emily umedeceu os lábios antes de prosseguir. Tentou minimizar um sorriso que teimou a formar-se em seus lábios novamente e por fim prosseguiu. -- Como se eu tivesse superado isso há anos... O que é estranho, não é?! -- Perguntou mais para si mesma do que para o amigo.

-- Eu não acho que seja estranho. Na verdade, Emily, eu acho que você apenas é humana, como qualquer outra pessoa. -- Matheus levou sua mão até a da amiga, depositando-a sobre a dela. -- Eu acho que quando um relacionamento acaba por qualquer outro motivo que não seja de fato “o término do amor”, as pessoas acabam ficando sempre com aquela simples e pequena pergunta na cabeça, uma pergunta que insiste em nos perseguir toda vez que nos encontramos com essa pessoa... -- Emily o olhou, intrigada com as palavras do amigo. -- "E se...?” Essa singela pergunta tem grandes poderes em nossa mente, minha pequena.

-- Talvez seja realmente isso. -- Interrompeu. -- Eu sabia que tinha acabado. Sabia que Anne e eu nunca mais ficaríamos juntas de novo, pelo menos não daquela maneira pura que era antes... -- A verdade que Emily enxergava agora parecia-lhe como uma grande muralha que deixava de ser invisível, pois ela sabia que estava lá, mas até então recusava-se a ver. -- Eu acho que apenas me sentia como se a nossa história não tivesse chegado ao fim, sabe? Como se tivéssemos algo a mais para viver naquela relação, me forçando a acreditar nisso, a acreditar no meu sentimento por ela. E mesmo que esse amor incondicional estivesse apenas no passado, a vontade de querer terminar o que de certa forma não chegou ao fim me deixou completamente confusa -- Gesticulava. -- Me fazendo acreditar cegamente, durante todo esse tempo, que eu ainda estava apaixonada por ela, quando na verdade eu estava apaix... -- Emily manteve-se boquiaberta, mas naquele instante recusou-se a falar, a admitir em voz alta o que parecia-lhe finalmente fazer algum sentido. Mordiscou o lábio inferior durante um sorriso doce.

-- Quando na verdade...? -- Tentou incentivá-la a continuar.

-- Eu estou apaixonada por outra pessoa. -- Completou as palavras do amigo que arqueou as sobrancelhas ao ouvi-la.

-- Emily Egmond Leur Harley, você está me dizendo que outra pessoa, uma cujo o nome não é Anne Calliari, tomou seu coração? -- O timbre impressionado do rapaz fez com que a ruiva soltasse uma risada gostosa e tímida. Ela o olhou nos olhos, submergindo naquela imensidão de azul, e admitiu não só para o rapaz, mas para ela mesma o que estava agarrado em sua garganta.

-- Eu acho que sempre estive. -- Pressionou os lábios em um sorriso de canto de boca.

            O rapaz depositou suas mãos no rosto da jovem e apertou suas bochechas com as palmas enquanto remexia o rosto dela de um lado para o outro.

-- Você é definitivamente a pessoa mais confusa que eu conheço. -- Sorriu divertido.

-- Acho que o adjetivo mais correto seria “pessoa mais sonsa”, isso sim. -- Emily bufou após resmungar uma verdade sobre ela.

-- Sonsa? -- Parou de balançar o rosto da amiga e a encarou.

-- É Matheus, sonsa. Ela sempre esteve ao meu lado, sempre esteve bem na minha frente e eu nunca me permiti enxergar esse sentimento, nunca me permiti viver esse momento... -- Ele a interrompeu, apertando seu rosto entre as mãos em um movimento involuntário.

-- Espera ai. Você não... -- A expressão, antes divertida do rapaz, deu espaço para uma feição completamente séria e também nervosa. -- Você não está falando da Alice, está? -- Ele engoliu seco.  

-- E de quem mais poderia ser Matheus? -- A ruiva franziu a testa, confusa com a atitude estranha do rapaz. -- Ela foi a única que continuou ao meu lado, até mesmo quando eu estava longe. Alice e eu temos nossos momentos de discórdia, é claro, mas ela sempre foi o meu pilar. Ela sempre conseguiu me fazer sorrir e me levantar quando todas as outras coisas me faziam querer desistir e... Eu vejo agora. -- Pressionou os lábios enquanto tentava encontrar as palavras certas para se expressar, mas ela sabia que mesmo buscando por essas palavras, nada chegaria aos pés do que ela realmente queria dizer a respeito de Alice. -- Eu simplesmente não consigo me imaginar sem ela, e eu nem quero. -- Mordiscou o lábio inferior.

-- Emily, nós estamos falando da mesma Alice? Sabe, daquela Alice que quase te matou duas vezes, uma durante uma briga e outra na qual te trancou em um banheiro, ambas te levando a uma crise asmática séria?  Daquela que sempre implicou com você até fazer com que você ultrapassasse todos os limites da razão? Da Alice que fazia de tudo para te ver triste e humilhada? -- O timbre de Matheus já se alterava quando a ruiva o interrompeu.

-- Você está certo ao dizer todas essas coisas no passado. -- Emily levantou bruscamente, cessando o contato entre eles. -- Alice não é mais assim. E o que aconteceu no passado, fica no passado Matheus. -- A ruiva encarava-o com desgosto, como ele podia referir-se a Alice de maneira tão cruel?! -- Olha, eu não sei que diabos aconteceu entre vocês dois, mas isso não tem nada a ver comigo. Se você quer ficar irritado com ela, que fique. Mas não me coloque no meio disso. -- Emily já se afastava em passos apressados e pesados quando o rapaz levantou rapidamente e correu em sua direção, segurando-a.

-- Emily, calma. Calma, por favor. -- Ele a soltou enquanto gesticulava, erguendo as mãos em um sinal de paz. -- Não foi isso que eu quis dizer, ta legal?! -- Suspirou. -- Eu só estou surpreso, é só isso. De todas as pessoas por quem eu um dia imaginei que você pudesse se apaixonar, com certeza nenhuma delas foi a Alice.

-- Sempre foi ela, Matheus. -- Travaram uma troca intensa de olhares após a confissão da ruiva. Emily sentiu seu coração bater forte no peito, não por estar diante de uma situação daquelas, e sim por finalmente perceber que Alice sempre fora uma parte essencial em sua vida, e não apenas por ser sua amiga.

--Não pode ser ela Emily. -- O rapaz se negava a acreditar naquelas palavras, ele andou de um lado para o outro na frente da amiga, volta e meia balança a cabeça em negação e ameaçava começar um novo diálogo, mas nenhuma palavra escapava de sua boca. Interiormente, Matheus lutava com sua própria razão, perguntando-se diversas vezes se contava ou não a Emily o real motivo de não querer que ela se sentisse assim a respeito de Alice.

            A ruiva respirou pesado e pressionou o maxilar, forçando os dentes uns contra os outros. Massageou as têmporas com as pontas dos dedos e o olhou. 

-- Quer saber, eu não vou ficar aqui para ouvir essas coisas. -- Emily tentou se afastar, mas o rapaz voltou a segurá-la. -- Caramba! O que você ainda quer comigo? -- Virou-se furiosa em direção ao rapaz. -- Eu sai daquela porcaria de festa para me afastar de toda essa vibe ruim e você vem aqui e trás ela contigo, que inferno. -- O rosto avermelhado da ruiva permitia que transparecesse toda a raiva que ela sentia simplesmente por ter alguém tentando lhe dizer que Alice não era a pessoa certa, quando todos os seus sentimentos e pensamentos lhe diziam completamente o contrário.

            O rapaz umedeceu os lábios e os pressionou, um forte suspiro dado por ele na tentativa de controlar o nervosismo e a tensão daquela situação foi em vão. Emily estava exaltada, assim como ele também.

 

-- Só me escuta Emily. -- Falou entre os dentes enquanto apertava seus dedos ao redor do braço da jovem sem que notasse o uso excessivo da força. 

Fim do capítulo


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