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If I should fall, perpetual run por JennyB

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Palavras: 3614
Acessos: 7339   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 34. You are the worst and the best part of me

Foi difícil para Emily assimilar o que havia acabado de acontecer entre elas naquele banheiro. A incerteza de não saber o verdadeiro significado das atitudes de Alice realmente a incomodava. Mas como é que ela poderia aconselhar a ruiva em relação à Anne e Mila, duas mulheres pelas quais Emily se apaixonou, se ela sentisse algo a mais que amizade?! Tudo isso não fazia sentido algum naquela cabeça dura da ruiva, fazendo-a desacreditar que todo o clima que rolou entre elas segundos atrás pudesse ser de fato real. Talvez fosse apenas uma mera ilusão de sua cabeça, talvez a conversa que ouviu mais cedo entre a amiga e a mãe tivesse alterado sua percepção das coisas, ou quem sabe talvez pudesse ser apenas um sentimento de desejo e curiosidade pequeno de mais, guardado bem lá no fundo do seu coração e de seus pensamentos. Talvez beijá-la, sem que fosse pela necessidade de protegê-la, como aconteceu quando a Lívia apareceu, ou por um desafio, quando como há sete anos na festa da escola, pudesse ser alguma vontade reprimida de Emily. Mas se fosse , talvez agora pudesse ser tarde de mais para pensar sobre o assunto, e por conta disso, Emily preferiu pensar na maneira mais fácil de entender as coisas: “Alice me apóia e quer que eu esqueça a Anne e fique com a Mila. Ela só quer me ver feliz”.

            Mas o que será que esse “Só quer me ver feliz” poderia significar?!

            Por tantas vezes Emily simplesmente ignorou o que estava bem na frente do seus olhos, apenas por querer seguir um caminho que pareça mais fácil, esquecendo-se que nem sempre o fácil é o caminho certo, e que este pode nos machucar tão facilmente quanto qualquer outro.

            Emily simplesmente não queria pensar sobre isso. Não queria pensar na possibilidade de que sua melhor amiga pudesse estar apaixonada por ela desde o início. Ela já tinha visto esse filme, e não pretendia e muito menos queria vê-lo acontecer de novo.

~~ Sete anos atrás: Porto Seguro ~~

-- Vamos lá Harley. Essa não é a hora para ficar com essa cara amarrada. Olha a praia linda que está nos esperando. -- Alice abriu os braços, exibindo a praia ensolarada e repleta de pessoas descontraídas e em sua grande maioria bonitas e com seus corpos esculturais, exacerbando felicidade.

-- Eu não estou no clima Alice, não enche. -- Murmurou as ultimas palavras.

            Alice arfou, liberando seu sentimento de total descrença. Como a amiga podia ficar desse jeito apenas por uma garota que nem sequer lhe dava atenção direito?!

-- E daí que a Anne não quis vir com você?! E daí que ela te rejeitou? Você não pode passar o carnaval inteiro com essa cara de bunda. Não quando se tem uma praia dessas te esperando do outro lado da rua. -- Alice segurou a amiga pelo antebraço, puxando-a insistentemente para atravessar a rua e ir à praia.  -- Vamos Harley, é sério. -- Emily relutava contra a persistência da amiga, mantendo seu corpo fixo ao ponto onde estava. -- Essa é a ultima vez que eu te chamo, se você não for eu vou sozinha. -- Fez um bico.

-- Pode ir então. -- A ruiva bateu o pé em teimosia, sem acreditar que Alice iria mesmo sem ela. Afinal, que graça tem a praia quando se está sozinho?!

-- Tudo bem então Harley. -- Alice soltou os braços da amiga e virou-se em direção à praia, atravessando a rua em passos pesados e raivosos, bufando e murmurando palavras desconexas que a ruiva sequer conseguia ouvir. -- Eu não vou deixar de... AHHHH. -- deu um gritinho histérico. -- Essa garota teimosa! Eu deveria deixá-la lá, sofrendo por causa daquela sem sal da Anne. -- Arfou.-- Anne pra cá, Anne pra lá. Ela e Anne que vão pra puta que... -- Alice esbravejou, e soltou uma respiração pesada. -- Meu carnaval, minha diversão. -- Ela olhou para trás, apenas para verificar se Emily poderia ou não estar observando seus resmungos, mas quando a viu, sentiu seu coração apertar. A ruiva estava de costas, caminhando murchamente de volta para a casa. Ela queria voltar e dizer qualquer coisa boba que a amiga sorrir e por um segundo que fosse esquecer daquela porcaria de garota que não sabia a fazer feliz, Anne. E acabou sendo exatamente isso que ela tentou fazer ao atravessar a rua as pressas e retornar para a casa, encontrando-a já dentro do quarto, jogada sobre a cama e tateando o smartphone sem interesse nenhum.

            Emily estava de costas para a porta quando ouviu o chão de madeira rústica do quarto ranger, aviando-a sobre a presença de alguém. Mas ela continuou da mesma posição.

-- Ué, já cansou da praia? -- Foi sarcástica.

-- Na verdade, eu acabei nem indo. -- Alice se aproximava com cautela, temendo que talvez a ruiva realmente não quisesse sua presença ali.

-- E porque não? Você não disse que iria com ou sem mim? -- Ela continuava tateando o celular, com aqueles olhos azuis e nada empolgados fitados naquela tela por onde passava as paginas da sua galeria de fotos.

-- Disse. -- Respirou fundo, e por fim admitiu. – Mas a verdade é que eu não quero ir sem você Harley. -- O tom calmo e natural de Alice fez a ruiva travar. Aquelas palavras carinhosas surpreenderam-na, fazendo-a até parar de tatear o smartphone.

            Emily olhou-a de rabo de olho, observando-a se aproximar em passos lentos e receosos.

-- Aquela praia não é tanta coisa assim. Não sem você para me importunar. -- Alice sentava-se na beirada da cama.

-- Sei... -- Falou com um ar de dúvida, provocando a amiga para que ela continuasse a falar.

-- É verdade Emily. -- Alice deitou-se, recostando sua cabeça no braço da ruiva, que permanecia virada para o lado, de costas para ela. -- E como prova da minha magnífica amizade e carinho por você -- Usava de um tom brincalhão. -- Eu decidi que não importa se você irá para praia, para o quarto, ou até mesmo para onde Judas perdeu as botas, eu irei com você. -- Alice fitava o teto enquanto controlava seu timbre de voz, na tentativa de mantê-lo constantemente divertido.

            Emily revirou-se na cama, fazendo com que Alice tivesse que se mover também, recostando sua cabeça na barriga da ruiva agora.

-- Eu nunca pensei que um dia pudesse dizer isso -- Fez referência as épocas em que elas viviam em pé de guerra. -- Mas você é incrível Alice. -- Emily admitiu enquanto tocava o braço da amiga, afagando-lhe.

            Aqueles olhos dourados e tímidos curvaram-se de encontro aos de Emily, eles traziam consigo um brilho intenso e único. Ver aquele sorriso perfeito e sincero formar-se nos lábios da amiga ruiva fez tudo valer a pena, e Alice sabia que poderia fazer ou desistir de qualquer coisa para que aquele sorriso nunca fosse embora de novo.

-- Eu deveria ter me apaixonado por você.-- Emily resmungou em um tom carinhoso e rouco, sabendo que se essa fosse realmente uma coisa que ela pudesse escolher, ela definitivamente o faria neste exato momento.

            Alice sentiu suas bochechas corarem com aquelas palavras, e embora ela soubesse que essa era apenas uma frase particularmente retórica, ela não conseguiu evitar que seu coração pulasse mais forte, arrancando-lhe o fôlego e deixando-a completamente transparente e vulnerável. Alice pulou da cama, levantando-se bruscamente ao tentar esconder suas reações involuntárias.

-- É, você deveria.-- Brincou com a voz ao ser sarcástica. -- Mas daí nós provavelmente acabaríamos matando uma a outra. Afinal, nós nem sempre fomos tão amigas assim. Vai que muda, sei lá. -- Alice andava de um lado para o outro, inquieta. Deixando a ruiva completamente zonza ao observá-la. -- E também, não daria certo. Não teria como dar certo. Nossos genes simplesmente não se batem, você é toda teimosa e... -- Ela afirmava em palavras apressadas e nervosas, sem sequer olhar para Emily. Afirmações essas que eram mais para ela mesma do que para a amiga.

-- Alice! -- A essa altura, Emily já estava de pé, em frente à amiga, segurando seus braços para que ela não fizesse um buraco no chão do quarto de tanto andar. -- Eu só estava brincando. -- Aqueles olhos azuis fitaram-na instintivamente em uma tentativa vaga de deixá-la mais confortável. -- Não precisa ficar procurando motivos para os quais nós não daríamos certo, porque nós já demos. E nada poderia mudar isso agora. -- Alice olhava-a, atônica. -- Eu aprendi a gostar de você, de todas as partes de você. -- A voz rouca de Emily era sincera e séria. -- E olha que eu já vi muitas partes de você. -- Sorriu timidamente de canto de boca. -- Sua teimosia, a implicância, o ódio, a tristeza e é claro, a felicidade, essa felicidade tão pura que irradia para todos a sua volta. -- A ruiva tocou o rosto envergonhado da amiga. -- Eu acho que conheço cada minucioso detalhe sobre você, e eu gosto de todos eles, sem exceções. Mas se mesmo assim você ainda tiver alguma dúvida de que nós estamos dando certo, apenas lembre-se da nossa história, cada pedaço dela, cada detalhe. Será que não é obvio? Porque para mim é. -- Emily se aproximou em um movimento lento e suave, não retirando seus olhos dos da amiga em momento algum, ela beijou seu rosto e após afastar-se novamente sussurrou. -- Você é minha melhor amiga. É a melhor e pior parte de mim.

            Quando Alice pensava que não poderia sentir seu coração bater mais forte, ela se surpreendeu. Aquelas palavras tão inesperadas deixaram-na completamente sem ar. Seus olhos não conseguiam desprender-se daquele olhar azul e pacato que a ruiva tinha naquele exato momento, e também daquele sorriso sincero. O toque de Emily em seu rosto a fez fechar os olhos por breves segundos, apreciando aquelas palavras acessarem seus ouvidos como uma simples e bela melodia. Era bom de mais ouvir o que a amiga sentia sobre ela, e mesmo que não fosse o tão esperado amor que Alice tanto esperava e queria, ela não pôde deixar de estar feliz por apenas estar ali, ao lado dela. Ela sentiu seus olhos se preencherem com lágrimas, mas por pura alegria.

-- Emily... -- A voz de Alice soou fraca. -- Por que demorou tanto tempo para me dizer isso? Eu sempre achei que você só convivesse comigo por causa dos nossos pais. Eu não imaginei em momento nenhum que você... -- Um sorriso carinhoso tomou os lábios dela. -- Que você pudesse pensar essas coisas sobre mim. Sobre nós.

-- Eu não achei que um dia precisaria dizer. Eu sempre achei que você saberia. -- Emily franziu a testa. -- Você sempre disse que eu sou tão transparente quanto a água pra essas coisas. -- Fez um bico.

-- Você é. -- Ela riu. -- Mas não quando se trata dos seus sentimentos. Você está sempre confusa, pensativa... -- Alice desviou o olhar, insatisfeita consigo mesma por nunca ter percebido. -- Eu nunca sei no que você está pensando.

-- Sorte a tua, vai por mim. -- Emily riu divertida. -- Você não iria agüentar.

            Alice arqueou uma sobrancelha, desconfiada.

-- Aposto que só deve pensar besteira, se é que pensa em alguma coisa. Avoada do jeito que você é, até é de se duvidar. -- Implicou.

-- Está vendo?! Você implica comigo por qualquer coisa, se soubesse das coisas que eu penso então, eu seria completamente massacrada. -- Fez uma cara de pobre coitada.

-- Falou aquela que nunca implica com ninguém... -- Disse irônica.

-- É cortesia para a tua pessoa essa minha implicância, nem vem. -- Emily sorriu, encontrando os olhos da amiga acidentalmente enquanto olhava desatenta pelo quarto. Aqueles olhos dourados reluziam, dando-lhe um ar de completa felicidade.

-- Ai, eu sei. É muito amor, não é?! -- Zombou.

-- Vem cá, você não vai mais para a praia não?! -- Perguntou, retrucando a implicância da amiga.

-- Infelizmente a minha amiga ruiva e desligada não percebeu que eu estou apenas esperando ela implorar para ir comigo. -- Alice cruzou os braços e arqueou as sobrancelhas, fitando-a com uma expressão de desaforo.

-- Idiota. -- Emily deu um leve empurrão no ombro da amiga, fazendo-a virar-se em direção a porta. -- Vamos logo antes que eu desista. -- Ela tocou as costas de Alice e começou a empurrá-la para fora do quarto.

            O celular de Emily tocou no momento em que elas passavam pela porta do quarto.

-- Espera ai. -- Ela andou até a cama e pegou o aparelho, mas ver a foto daquela morena na tela do celular junto ao nome Anne não lhe trouxe nada além de uma sensação de embrulho no estomago. Colocou o aparelho no mudo e o jogou na cama novamente. -- Pronto. Vamos ver se essa praia é realmente tudo isso que dizem por ai. -- Emily sorriu e acompanhou a amiga até a praia, querendo esquecer-se completamente de que Anne estava tentando contatá-la mesmo depois de tê-la dispensado.

-- Vai me dizer que não valeu à pena? -- Alice ajeitava suas coisas em uma cadeira de praia, afundando e massageando os pés naquela areia macia e quente.

-- Ainda nem entramos na água Alice! E pelo que eu sei, é a água morna daqui que costuma dar o que falar. Quero só ver se é mesmo. -- Emily colocou sua bolsa na cadeira ao lado, distraindo-se por alguns poucos instantes ao pensar na ligação.

-- Então vem ver. -- Emily olhou para trás ao ouvir a voz da amiga se afastar. Alice corria em direção a água, estando apenas vestida em um biquíni branco e azul, em listras. Emily olhou-a dos pés a cabeça, nunca tinha reparado o corpo bem demarcado que Alice possuía e aquilo a surpreendeu.

            Um sorriso bobo e divertido tomou seus lábios. Ela retirou suas roupas rapidamente e correu para tentar alcançar Alice, mas só conseguiu quando já estavam com a água acima da altura da cintura, e ela com o cabelo todo lambido e jogado no rosto, devido ao caldo que havia levado de uma onda. Alice nem sequer tentou segurar a gargalhada ao vê-la naquele estado.

-- Vem cá, aonde está o tsunami que passou por você?! -- Alice olhou a parte superior do corpo de Emily. A pele extremamente branca da jovem quase refletia o sol, mas de qualquer forma não deixava de ser lindo aos olhos dela. Os seios com silhuetas bem definidas estavam parcialmente cobertos por um biquíni em tom azul marinho e as fitas de amarro em tom violeta.

-- Engraçadinha. -- Emily passou as mãos pelos cabelos que lhe cobriam o rosto. -- Eu só tentei te alcançar e... -- Fez uma careta. -- Fui pega desprevenida, okay?

-- Claro que foi. -- Ironizou, enquanto se aproximava, ajudando a amiga a tirar o cabelo do rosto. A palma da mão de Alice tocou o rosto da ruiva, enquanto ela colocava uma mecha atrás de sua orelha, e aquele toque fez com que ambas se olhassem, traçando um encontro inevitável entre olhos dourados e azuis.

 ~~ Atualmente ~~

-- Então, você vai me contar ou não em que tipo de evento me trouxe? -- Mila olhava ao redor do enorme chalé, com seu exterior completamente coberto e apenas fechado com uma pequena cerca, que atingia aproximadamente a altura da cintura da ruiva, feita de pequenas fitas de madeira na parte superior e apoios de mesmo material que separavam as extensões de vidro liso e transparente. A parte externa do chalé acomodava alguns jogos de mesa, como sinuca, totó, xadrez e mais alguns, separados por uma porta de vidro corrida do outro lado do exterior onde ficavam sofás também feitos em cortes de madeiras e estofados brancos e também algumas mesas de centro que acomodavam peças de artes como jarros e pequenas esculturas. Pelo próprio exterior do salão externo do chalé dava para ver uma escada em mármore negro que dava acesso a um palanque, em detalhes e cerco também de madeira, acima da área de jogos.

-- Ela não te contou? -- Alice ajudava a tirar as malas do carro. -- É o ensaio de casamento do irmão dela.

            As malas que estavam na mão da morena quase foram ao chão. Ela entreabriu a boca no exato momento em que ouviu Alice falar e pigarreou após quase engasgar com a informação.

 -- Emily! -- A morena arregalou os olhos ao fitar a ruiva, que carregava no rosto uma expressão completamente culpada. -- Você tinha me dito que era apenas uma coisa chata de família.

-- E é uma coisa chata de família. -- A ruiva continuou seu caminho, em passos desanimados até a casa, tão desanimados quanto o seu timbre atônico -- Vem, vou te acomodar em um quarto antes de te mostrar a fazenda.

            Mila olhou para Alice como se questionasse o motivo pelo qual a ruiva não estava contente com o casamento do irmão, mas Alice apenas levantou os braços e ombros, alegando que não sabia de nada. É claro que era uma mentira.

-- Emily, esse deve ser um dos dias mais importantes da vida do seu irmão. -- Ela apressou os passos para alcançar a ruiva.

-- É deve ser. -- Emily ainda estava alguns poucos passos à frente quando resmungou em tom baixo. -- E talvez um dos piores dias da minha. -- Ela arfou, mas acabou forçando um sorriso ao olhar para a morena, que franzia a testa enquanto tentava decifrar a ruiva.

“Eu realmente não deveria tê-la convidado para vir. E se ela perceber alguma coisa ou se...” -- Emily andava distraída pelo caminho de pedras até chegar a escada de acesso ao chalé. -- "Se Anne tentar alguma coisa e eu não conseguir evitar...” -- A ruiva olhou para trás e observou Alice pegar as malas no porta malas do carro sem destreza nenhuma para carregar todas, deixando uma delas cair, e quando abaixou-se para pegar a que havia caído, outras caíram. Ela resmungava algumas coisas, como se estivesse falando com as malas ou até mesmo se repreendendo por não conseguir carregá-las, o que fez Emily sorrir divertida e também lembrar-se das palavras ditas mais cedo pela amiga. -- "Eu sou mais forte do que eu imagino. Talvez isso seja verdade. -- Voltou seu olhar para Mila e vê-la completamente tímida a intrigou.

            Emily depositou as malas que estavam em suas mãos assim que chegou à enorme varanda do chalé e retornou até a morena, ajudando-a com as malas.

-- Você não precisa ficar desse jeito. É só um ensaio. -- Os olhos azuis da ruiva estavam mais claros devido a alta incidência de luz na fazenda.

-- Não é só um ensaio Emily. -- Ela falou chateada. -- É o ensaio de casamento do seu irmão. -- Mila olhou-a nos olhos. -- Tem certeza que você fez bem em trazer uma completa estranha para um evento como esses? Eu não conheço a tua mãe e nem... -- Emily a interrompeu.

-- Eu tenho certeza Mila. -- Omitiu o fato do medo que estava sentindo de tudo dar errado. -- Eu quero que você faça parte da minha vida, e como você viajará em breve, talvez esse seja o final de semana perfeito para que eu te apresente algumas das pessoas mais importantes para mim. -- Ela sorriu e deixou as malas ao lado das outras.

-- Eu espero mesmo que seja, e não que eles me achem uma intrusa. -- Sorriu divertida.

-- Calma, vou ajudar a Alice. -- A ruiva olhava para a amiga que carregava as malas de forma desengonçada. -- E Mila, não se preocupe. Você não é uma intrusa. -- Deu-lhe um beijo no rosto e correu até Alice.

            Emily tomou algumas malas da mão da amiga assim que chegou ao seu lado, surpreendendo-a.

-- Desde quando você é tão gentil assim? -- Alice a olhou com um sorriso nos lábios.

-- Desde o dia em que você deixou essas malas carregarem você, ao que parece. -- Emily deitou seu corpo para o lado, esbarrando no ombro da amiga com implicância.

-- A culpa não é minha se você resolveu trazer a casa inteira.

            Emily olhou-a, arqueando uma das sobrancelhas.

-- Ô bonita, as malas que você está carregando são suas, se não percebeu. -- Movimentou a cabeça em negação. -- E depois eu é que sou a avoada.

            Alice olhou rapidamente de canto de olho para as malas, verificando que a informação da ruiva estava correta, e isso a fez soltar um riso culpado.

-- Emily, por que não contou à Mila? -- O ar divertido da jovem sumiu de repente, dando espaço apenas para um olhar preocupado e atento.

-- Contar o quê? -- A ruiva quase engasgou ao pensar que Alice se referia ao ocorrido no banheiro.

-- Do ensaio né. -- Olhou-a com impaciência.

            Emily olhou para a Mila, apenas para certificar-se que elas ainda estavam distantes de onde ela estava, e após isso pôde falar.

-- Faria alguma diferença? -- Emily perguntou retoricamente. -- Eu não menti quando disse que era apenas algo chato de família, se é o que está pensando.

-- Não, mas omitiu o fato de que a mulher que vai se casar com seu irmão já namorou você. -- Falou aos sussurros.

 

-- Nem todo mundo precisa saber disso Alice. -- Emily ficou com um tom sério. -- Afinal, essa história já chegou ao fim.

Fim do capítulo


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