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If I should fall, perpetual run por JennyB

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Palavras: 3212
Acessos: 7480   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 27. Breaking the bond

-- Nós não deveríamos ter feito isso. -- Anne apressadamente pegava suas peças de roupa pelo chão.

-- Nós não deveríamos? É sério isso Anne? -- Emily já vestia a blusa quando simplesmente parou e encarou a morena. -- Você invade a porr* do meu quarto e me pede para fazer amor com você para depois vir com esse papinho de garota arrependida? -- A ruiva cuspia as palavras em um tom grosseiro.

-- Fala baixo Emily. -- Anne gesticulou, fazendo com que a ruiva deixasse escapar um riso irônico. -- Eu sinto muito que tenha sido dessa forma. -- Emily olhava-a, incrédula com o discurso da morena.

            A ruiva cobriu sua boca com uma das mãos e apertou-a levemente contra os lábios e parte do queixo, como se estivesse tentando conter suas palavras e sentimentos. Seu olhar ainda estava sobre Anne, que naquela altura já terminava de se vestir, o vermelho dos olhos já demonstrava claramente a vontade que Emily estava de chorar, mas dessa vez não era apenas por se machucar, a ruiva sentia-se tão decepcionada que mal conseguia pensar em mágoas. Seus sentimentos rondavam nos limites entre decepção e raiva. Como ela podia ter se enganado tanto? Anne era de longe a mulher que ela costumava conhecer, mal sobrava resquícios da amiga que Emily tanto amava, e agora isso havia ficado mais claro do que nunca para a ruiva.

-- Quem sente muito sou eu. -- Emily largou as palavras. Neste momento, Anne olhou-a confusa, franzindo a testa enquanto estreitava o olhar. -- Sai do meu quarto. -- Falou firme.

-- Em... -- Ela foi interrompida.

-- Sai do meu quarto. -- Emily falou pausadamente em um tom rude, deixando claro o que ela queria.

            Anne sentiu-se acuada com aquelas palavras, uma onda de choque passou por todo seu corpo trazendo consigo uma sensação estranhamente ruim. Ela sorriu ironicamente, transparecendo seu nervosismo e não acreditando nas palavras da ruiva.

            Emily arfou e andou até a porta, abrindo-a.

-- Sai. -- Repetiu em um tom cansado. A ruiva segurava a borda da porta enquanto aguardava que Anne a obedecesse.

            A morena pressionou os lábios enquanto estava de costas para Emily, seus lábios abriram-se como se alguma palavra estivesse pronta para ser dita, mas ela recusou-se a falar. Anne sabia que seria melhor ir embora sem reclamações ou exigências. Ela caminhou em passos lentos até a porta, tentando deglutir a grosseria incomum da ruiva.

-- Emily... -- A morena tentou tocar seu antebraço para fazer com que Emily olhasse para ela, mas por um reflexo imediato a ruiva tirou o braço do seu alcance, tirando também qualquer outra palavra que Anne pudesse querer dizer.

            Anne sentiu sua respiração pesar com a rejeição, momentos atrás ela teve tudo de Emily, todos os seus sentimentos e desejos, todo o seu amor e atenção, e ter aquilo a fez sentir-se viva de novo, como se algo finalmente voltasse para seu lugar. Era realmente incrível para a morena a forma como todo o seu corpo reagia a apenas um toque da ruiva, ou como seu coração pulsava mais forte só de ouvir aquela voz rouca, mas sentir-se assim, por mais que fosse maravilhoso, não lhe parecia o certo. Anne sentia-se como se devesse a Robbert essa história de amor, afinal, ele sempre foi o seu primeiro. A morena arrastou os passos para fora do quarto, mas antes que pudesse se afastar muito, sentiu seu coração apertar forte no peito, lhe causando uma dor que ela podia jurar ser quase real. Anne sempre pôde sentir um laço se rompendo entre elas todas as vezes em que algo não acontecia da forma que deveria, mas dessa vez o sentimento era diferente, dessa vez era como se ela não pudesse tentar voltar e reconstruir. Ela virou-se para Emily, mas antes que pudesse tentar dizer-te qualquer coisa ela teve uma porta batida na cara, fazendo-a travar.

Tinha acabado, dessa vez tinha acabado.

Anne apertou as mãos, sentindo suas palmas suarem. Ela tentou controlar sua respiração, evitando assim as constantes dores que sentia no peito a cada respirar.

-- Amor, oi. -- Robbert acabava de subir as escadas quando avistou Anne parada na frente do quarto da irmã.

            A morena assustou-se com a voz do noivo. Robbert tinha saído cedo para resolver algumas coisas do contrato do cerimonial para o casamento, mas tinha voltado muito antes do que havia dito que o faria. Ela sentiu seus olhos preencherem com lágrimas, a vergonha pelo que tinha feito pelas costas do noivo não superava a dor de ter sido expulsa por Emily daquela forma, mas bastou ouvi-lo para que todos esses sentimentos se amplificassem, tornando-a quase uma bomba relógio de sentimentos. A vontade de correr e fugir daquela casa invadia seus pensamentos, mas ela sabia que assim que o fizesse poderia deixar Robbert com uma ponta de desconfiança em relação a ela e Emily, afinal, o que mais Anne poderia estar fazendo na frente do quarto da ex-namorada?!

            Anne correu, mas para os braços do noivo que a recebeu com um abraço apertado e reconfortante. Robbert assustou-se ao sentir os soluços de choro da morena, apertando-a ainda mais contra seu peito.

-- O que houve amor? -- Ele não conseguiu conter a ansiedade em saber o que estava afligindo-a, mas a noiva manteve-se em silêncio.

            O rapaz pensou em insistir mais uma vez, mas bastou forçar um pouco os pensamentos para que tudo clareasse: Emily.

------------------------------------------------------------------------------------------------

            A ruiva estava deitada na cama, olhando intensamente para o teto. As lembranças dos momentos bons que tivera com Anne passavam como um flash misturando memórias boas e ruins. Ela buscava por alguma maneira de simplesmente conseguir apagar tudo isso de sua memória, mas parecia-lhe impossível. Todas aquelas lembranças ainda carregavam consigo fortes sentimentos.

~~ Flashback ~~

            A ruiva chegava em casa depois de passado um mês na Holanda, curtindo o que deveria ter sido uma viagem para conhecer os parentes de lá, mas acabou sendo uma viagem para superar os problemas de casa. Em suas mãos estavam muito mais que uma mala, ela havia trazido consigo muitas roupas que comprou em lojas de lá, inclusive o seu conjunto de roupas da H&M.

-- Emily, ponha sua mala no quarto e desce para irmos a alguma cafeteria antes da sua aula. Estou faminta e nossa dispensa está vazia.

-- Tudo bem mãe.

            A jovem subiu às pressas e antes que pudesse apenas deixar a mala no quarto ela não pôde deixar de notar que haviam flores e um cartão em cima da cama. Ela se aproximou com certo receio, sabia que tinham grandes chances daquelas flores serem de Anne. Ela pegou o envelope sem remetente e o abriu.

“-- Eu sinto muito.”

-- Claro que sente. -- A jovem pensou em voz alta, sendo irônica.

            Katrien e a filha já estavam na cafeteria quando o assunto surgiu.

-- Você está preocupada em encontra-la na escola?

-- Estava demorando para falar sobre isso... -- Emily arfou. -- Não. Eu não estou.

-- Querida, quando vai me contar o porquê de terem terminado?

-- Mãe, nós apenas terminamos. É isso, acabou. Fim.

            Katrien pressionou os lábios e conteve as perguntas curiosas, ela sabia que a filha não iria abrir o jogo tão cedo.

-- Eu tenho que ir, senão me atraso para mais um dia maravilhoso naquela escola. -- Ela sorriu ironicamente, enquanto não via a hora de ir embora dali.

            Emily chegou a escola e fez todo o percurso com cautela, procurando Anne por todos os cantos, mas não para falar com ela e sim para se esconder caso a visse. Seria complicado de mais enfrentar um semestre inteiro estudando na mesma escola e na mesma sala com uma pessoa que lhe causava tanto mal. Seu coração palpitava só de imaginar como seria esse encontro que mais dia, menos dia, teria que acontecer.

            A ruiva avistou uma menina de cabelos negros que se assemelhava muito a Anne de costas, logo a sua frente, fazendo-a dar alguns passos para trás no intuito de adentrar ao banheiro feminino. Mas assim que o fez, uma voz conhecida soou, lhe dando calafrios.

-- Emily? -- A morena olhava-a com os olhos assustados, a atitude da ruiva estava de fato sendo um pouco assustadora.

-- Claro que tinha que ser você. -- Emily resmungou em um tom quase inaudível, enquanto mantinha-se de costas para a jovem. A ruiva era facilmente reconhecida na escola, uma vez que seu cabelo alaranjado e seus olhos extremamente claros lhe diferenciavam de todas as pessoas que estudavam lá.

            A jovem tentou sair do banheiro sem precisar responder, mas teve um de seus braços segurado.

-- Emily, não vai falar comigo? -- A ruiva virou-se de frente para a jovem ao ser puxada, ficando cara a cara com Anne.

-- Não. -- Ela pressionou os lábios e fez uma cara feia. -- Não mesmo. -- Sacodiu a cabeça em um movimento de negação e soltou seu braço tão de pressa quanto saiu do banheiro, deixando Anne sem reação.

-------------------------------------------------------------

-- Emily, eu estou completamente e perdidamente apaixonada por você. -- Anne admitiu cabisbaixa, apertando as mãos pelo nervosismo.

-- Você estava toda nervosa para me contar isso? -- Emily arqueou as sobrancelhas e riu.

-- Como assim “ isso”? -- Gesticulou, estando indignada. -- Esse “isso” é muito importante, sabia?! -- Anne corou, fazendo com que Emily sorrisse comprimindo os lábios.

            Os olhos da ruiva reluziram enquanto o sorriso se engrandecia em seus lábios, ouvi-la admitindo esse sentimento era incrivelmente maravilhoso.

-- Eu sei que é importante. -- Emily foi se aproximando devagar. -- Na verdade, é realmente muito importante. -- Ela tocou a cintura de Anne com uma das mãos e olhou-a nos olhos. -- Mas eu totalmente já sabia disso. -- A ruiva sorriu de canto de boca,enquanto aproximava seus lábios dos de Anne com calma.

-- Sabia? -- Anne sussurrou, sentindo seus lábios roçarem com os de Emily.

-- Yep. -- Emily beijou-a, sentindo seu pescoço ser cercado pelos braços da morena logo em seguida. -- Você me ama. -- Emily sussurrou entre o beijo. -- Só não sabe disso ainda. -- Sua língua invadiu a boca de Anne, explorando delicadamente cada parte.

----------------------------------------------------------------

-- Você dormiu com o meu irmão enquanto ainda era minha namorada, como acha que vou te perdoar por isso?  -- Emily empurrou Anne, evitando que ela a tocasse.

-- Emily, eu sei que as coisas aconteceram muito rápido e eu não agi corretamente. Eu deveria ter impedido, mas acabei permitindo que aquilo acontecesse. -- Os olhos da jovem estavam avermelhados pelo choro. -- Por favor. -- Ela implorava.

-- Desculpa Anne. Eu não consigo. -- Emily sentiu dificuldade em falar, sua garganta estava seca. -- Não dá para ser sua amiga de novo e agir como se nada disso tivesse acontecido. -- A ruiva sentiu as lágrimas descerem.

------------------------------------------------------------------------------

            Anne chorava desesperadamente na sala de aula, enquanto a ruiva apenas a observava e ouvia.

-- Eu não consigo falar com ele. O celular não responde, e o ramal do telefone da empresa não é o mesmo de antes.

            A ruiva sentia seu coração doer a cada batida, ver a mulher que tanto amava sofrendo não lhe fazia bem de nenhuma forma, mas aquelas tão conhecidas palavras lhe coçavam a garganta, e ela não pôde evitar dizer:

-- Eu avisei Anne. -- Emily sentiu seu coração rasgar quando a amiga olhou-a com tanta angustia. -- Eu disse que ele te abandonaria de novo. -- A voz da ruiva soou com certa dificuldade, e embora ela devesse se sentir contente por Robbert não a tê-la mais, Emily não conseguiu sentir um pingo desse sentimento. Nenhum resquício de alívio apareceu para confortá-la. -- Eu não nunca teria te abandonado. -- Emily admitiu. -- Mas eu acho que você já sabia disso, certo?! -- A morena olhou Emily nos olhos, sua boca entreabriu como se fosse dizer alguma coisa, mas antes que pudesse, Anne foi interrompida quando uma outra aluna entrou na sala, fazendo-a recuar e esconder o rosto. Quando a menina saiu da sala e Anne virou-se para falar com a ruiva de novo, ela pôde perceber que a ruiva também havia saído da sala, deixando-a completamente sozinha.

------------------------------------------------------------

-- Você simplesmente vai ir embora sem se despedir dela? -- Alice estava sentada ao lado de Emily, em um banco de uma praça próxima a casa da ruiva.

-- Ela já fez tudo que podia para me machucar Alice. Eu não vou dar a ela o gostinho de me ver sofrendo de novo. -- Emily estava amargurada, cansada de sentir-se tão triste por culpa de um amor que nunca deveria ter sentido.

-- Então você vai fazer igual ao seu irmão? -- Ela foi interrompida de imediato.

-- Não igual a ele. Nunca. -- A ruiva foi rude. -- Se ela tivesse escolhido a mim, se fosse a mim que ela amasse... -- Sua voz soou enfraquecida. Emily respirou fundo ao sentir que as lágrimas estavam prestes a se formar novamente. -- Se fosse ao meu lado que ela estivesse -- Emily olhou a amiga nos olhos. -- Eu nunca a deixaria.

            Alice sentiu pena da amiga. Ela sempre soube o quanto a ruiva era completamente apaixonada por Anne. Aquele amor que Emily supria por ela sempre fora de longe o mais bonito que Alice já tinha visto, a simples explicação de amar incondicionalmente não parecia ser suficiente para aquele amor. O coração de Alice apertou ao ver a amiga tão para baixo, e mesmo que ela não apoiasse a ida de Emily, ela sabia que seria melhor para a amiga se ela simplesmente se afastasse e tentasse esquecer esse sentimento.

---------------------------------------------------------

A campainha tocava em um momento completamente inoportuno. Anne estava ao lado dos pais, acolhida pelos seus braços enquanto lutava para conseguir enxugar todas as lágrimas que caiam de seus olhos.

-- Querida, abra a porta por favor? -- A mãe de Anne lhe olhou angustiada.

-- Deixa bater mãe, daqui a pouco desiste e vai embora. Nós não precisamos de ninguém para atrapalhar, hoje é nosso dia de ficar em paz. -- Falava entre soluços doídos.

-- Anne, por favor. -- Ela pediu mais uma vez. -- O porteiro não visou sobre ninguém, então com certeza deve ser algum parente.

            A morena arfou, vencida pelo cansaço ela acabou tendo que ir até a porta, mesmo que em passos remoídos e lentos. Ela nem sequer pensou em olhar quem era, estava tão exausta e com os pensamentos tão distantes que apenas abriu, sendo completamente surpreendida quando viu aquela jovem de cabelos alaranjados parada na sua porta, trazendo consigo o olhar mais atencioso que Anne já havia visto. Emily estava com as mãos para trás do corpo, completamente sem jeito por estar lá sem ao menos ter avisado que iria.

-- Oi. -- A voz de Emily soou apreensiva. Foi impossível conter as lágrimas que ousaram escorrer dos olhos de Anne mais uma vez, a presença da ruiva na sua porta, de alguma forma, conseguiu reconfortar a dor que não parecia ter fim para a morena. Anne sentiu seu coração acelerar no peito e os soluços logo vieram, deixando-a completamente vulnerável. A ruiva não pensou duas vezes, aproximou-se com veracidade da morena e lhe envolveu em um abraço calmo. Uma de suas mãos apoiaram-se na nuca de Anne, conduzindo sua cabeça até o aconchego entre o seu ombro e pescoço. A ruiva sentiu a respiração de Anne pesar, sendo liberada com dificuldade e em meio a soluços e fungadas de nariz. Ela apertou-a um pouco mais em seus braços, transmitindo-a mais conforto, enquanto os braços da morena cercavam-lhe o pescoço. Anne sentia seu corpo pesado pela exaustão de tanto sofrimento e o choro que parecia não ter fim. -- Eu estou aqui agora. E não vou sair. -- Emily sussurrou e logo pode sentir Anne apertá-la entre seus braços. Ter a ruiva ao seu lado em um momento como esse lhe dava mais forças.

-- Emily, meu irm... -- A voz de Anne falhou enquanto ela se lamentava.

-- Eu sei meu anjo, eu sei. -- Ela manteve a amiga entre seus braços. Deu-lhe um beijo demorado na testa, e enquanto afastava os lábios de lá, tentou reconforta-la com palavras. -- Ele está em um lugar de muita paz, não tenha dúvidas disso. -- Anne segurou forte na blusa de Emily enquanto apertava o rosto entre seu pescoço, tentando segurar o choro. -- Não faz isso. Você sabe que não precisa segurar o choro pra mim. -- Emily sentiu o corpo da amiga ficar menos tenso com suas palavras, enquanto ela novamente emergia em um choro constante. -- Vem, vamos lá para dentro. -- A ruiva manteve seus braços envolta de Anne e acompanhou-a para dentro de casa, avistando os pais da jovem logo que chegou até a sala. Ela apenas os cumprimentou com um balançar de cabeça, sendo compreendida pela mãe de Anne, que sabia que naquele momento a única pessoa que podia trazer algum conforto ou felicidade para a filha era ela, a menina de cabelos alaranjados. Emily seguiu com Anne até o quarto da amiga, deitando-se na cama junto dela.

            Emily abraçou-a por trás, lançando um de seus braços sobre o corpo da amiga enquanto envolvia sua mão em uma caricia com o polegar. Ela encaixou seu rosto entre o pescoço e ombro de Anne, e apenas ficou em silêncio, aguardando que o choro da amiga fosse cessado, no momento em que a mesma pegou no sono.

---------------------------------------------------------------------------------

-- Por que talvez você ainda me ame?! -- Anne disse em um impulso e em seguida segurou as próprias mãos em um gesto de nervosismo. Queria saber se Emily ainda era apaixonada por ela, mesmo estando óbvio em todas as ações da amiga.

-- Você só pode estar brincando. -- Emily fechou a cara. Sua voz saiu rouca após engolir o choro que já se antecipava. -- Você vai se casar com o meu irmão. Qual a parte disso você ainda não entendeu? -- Emily alterou o timbre da sua voz que já saia com certa dificuldade pela insistência que as lágrimas tinham em querer cair.

Anne olhou-a com remorso, agora que havia tomado consciência sabia que havia vacilado ao beijá-la daquela forma. O pior para ela era não saber se ela teria parado o que estavam prestes a fazer se Emily não a afastasse.

-- Eu vou me casar... -- Anne repetiu para si mesma, querendo acreditar nas próprias palavras. -- Emily me perdoe por isso. Eu não sei o que me deu na cabeça ao tomar tal atitude. -- Anne andava de um lado para o outro no quarto enquanto tentava assimilar o que havia acontecido.

~~ Fim do flashback ~~

 

-- Acabou. -- Emily respirou fundo, retirando todo o peso de si. Sua mente e coração estavam preparados para começarem do zero. Estava na hora de deixar todas essas mágoas para trás, deixar de se importar com o passado e começar a viver o presente, e o presente cansava de lhe dizer que Anne não era a mesma mulher por quem a ruiva havia se apaixonado anos atrás.

Fim do capítulo


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