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If I should fall, perpetual run por JennyB

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Palavras: 3346
Acessos: 7228   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 22. Broken heart

-- É você. -- Sussurrou para si mesma ao lembrar-se.

            A música chegou ao fim quando Mila havia completado seu ultimo movimento. Seus joelhos tocavam o chão e seu corpo estava curvado para trás. Ela direcionou seu olhar a Emily enquanto levantava-se de forma lenta e suave, mas só via a sombra da jovem.

            Emily manteve-se nas sombras por mais algum tempo, ela não podia acreditar  que Mila era a mesma garota que ela havia visto na festa do Arturo, minutos antes de ser knockouteada com aquela cotovelada. Mila continuava parada no centro iluminado pelo holofote, suas mãos se juntaram na frente do seu corpo e seu olhar foi de encontro ao chão. Suas bochechas coraram e seu coração bateu acelerado com o fato de não saber se Emily havia gostado ou não daquele momento.

            Emily aproximou-se em passos silenciosos e sucintos permitindo que Mila finalmente tivesse visão do seu rosto. Um sorriso em seus lábios foi o que ela viu.

-- Esse é o meu mundo Emily, é o que eu faço para viver, e definitivamente é como eu gosto de viver. -- Mila estava convicta de suas palavras.

            Emily apenas manteve o sorriso em seus lábios. Teve medo de abrir a boca e dizer o quanto ela estava perfeita durante aquela dança.

-- Eu participo dessa companhia de dança desde criança, quando minha mãe ainda ensinava as pessoas daqui. -- Mila sentiu seus olhos umedecerem ao lembrar-se de sua mãe. -- E hoje, Corbin e eu administramos e ensinamos nesta companhia. -- Ela sentiu orgulho de si mesma, por ter conseguido dar continuação ao sonho de sua mãe, e também ao dela.

            Emily pensou em perguntar sobre o porquê da mãe de Mila não ensinar mais naquela companhia, mas acreditou que fosse melhor deixar esse assunto para depois, pois as possibilidades de respostas abrangiam um grande volume de coisas ruins que poderiam ter-lhe acontecido. Ela tinha notado a forma como os olhos da nova amiga tinham se preenchido com lágrimas quando ela mencionou o nome “mãe”.

-- Sua mãe deve estar orgulhosa de você. -- Limitou-se a dizer. -- Poisé uma grande dançarina.

            Mila sentiu seu coração apertar, lembrar-se de sua mãe lhe trazia memórias tão boas que o fato de não tê-la por perto causava-lhe um enorme desconforto e dor. Emily olhava com atenção para a jovem que estava cabisbaixa. Ela deu um passo à frente, mantendo-se bem próxima de Mila. Esticou a mão em direção ao rosto dela e com o polegar enxugou uma única lágrima que havia escapado de seus olhos, levantando em seguida o seu rosto com as pontas dos outros dedos, podendo ver aqueles olhos avermelhados que naquele instante transmitiam um sentimento de perda inconfundível. Emily não precisou perguntar, ela simplesmente soube através dos olhos de Mila que aquele assunto não deveria ser mencionado agora. Ela deslizou a mão até a nuca da jovem e aproximou-se com calma, permitindo a Mila apoiar o rosto no ombro dela.

            Mila fechou os olhos enquanto cercava o corpo de Emily com seus braços, aconchegando-se entre o ombro e pescoço dela. Emily apertou-a contra si e segurou-a naquela posição por longos minutos, ela podia sentia a respiração forte de Mila que colidia em seu pescoço e também as lágrimas que molhavam parte de sua blusa, sua nova amiga estava com o coração muito mais machucado do que o dela. Emily esperou até que sua respiração voltasse ao normal, tendo alguma convicção de que Mila estivesse recuperada do sentimento ruim que havia tomado-a, para finalmente afastar-se um pouco, sem tirá-la de seus braços, e olhá-la. Seus olhares se encontraram e Mila sentiu-se confortável por estar com Emily em um momento como esse.

-- Vamos lá pra cima. Acho que você precisa mais do que eu. -- Emily manteve Mila em seus braços enquanto subiam as escadas do prédio. Elas se deitaram nos tapetes de yoga, mas dessa vez Mila estava apoiada no ombro de Emily, que a manteve entre seus braços até o momento em que ambas pegaram no sono enquanto olhavam para o céu.

--------------------------------------------------------------------------------------------------

            O sol dava seus primeiros resquícios de vida e a luz fraca começava a incidir no terraço. Emily acordou no instante em que seu rosto recebeu o primeiro toque da luz. Seus olhos abriram-se e fecharam-se em um reflexo rápido, a luz incomodava os olhos claros da jovem. Com calma Emily foi se adaptando à claridade, tentou mover suas mãos para que pudesse esfregar o rosto, mas sentiu um peso sobre um de seus braços.Lembrou-se da noite que havia passado ao lado de Mila e um sorriso ocupou seus lábios, olhou-a com ternura, a frágil mulher estava deitada sobre seu busto e um dos seus braços ainda cercavam sua cintura. Emily não quis levantar, ficou observando-a dormir, admirando-a no que lhe parecia ser o sono mais tranqüilo do mundo. Emily aproximava a mão que estava livre do rosto de Mila, mas a milímetros de conseguir tocá-lo o seu celular tocou alto, assustando-a.

            Emily tentou rapidamente alcançar o celular no bolso frontal da calça, mas toda aquela movimentação acabou acordando Mila. Quando finalmente alcançou o celular e recusou a chamada sem ao menos ver quem era, foi que percebeu que Mila havia acordado.

-- Desculpa. -- Emily fez uma expressão chateada. -- Eu não queria te acordar.

            Mila apenas sorriu, estava contente pelo simples fato de Emily ter passado a noite com ela, mas antes que pudesse responder, foi interrompida pelo celular de Emily que voltou a tocar.

-- Caramba, que saco. -- Emily olhou para o visor e viu o nome “Alice” na tela de chamada. -- "Alice vai me matar.” -- Emily pensou. -- Eu preciso atender, desculpa. -- Mila também tinha visto o nome de Alice no visor do celular, ela concordou com um simples movimento de cabeça e voltou a fechar seus olhos.

-- Alô. -- Emily levantava do tapete de yoga.

-- Onde você estava ontem à noite, posso saber?! -- Alice estava claramente irritada.

-- Desculpa Alice, eu acabei não indo. -- Emily mentiu para não ter que explicar o real motivo de ter saído do club, afinal, ela com certeza teria que contar toda a história, e com Mila logo atrás ela não poderia fazer isso do jeito que queria.

-- Por que não Emily? Você passou mal de novo?

-- Claro que não Alice, vira essa boca pra lá. -- Emily riu. -- Posso te ligar depois?

-- Claro que pode, afinal, você me deve uma noitada.

-- Tudo bem, eu prometo que vou passar todas as noites que você quiser ao seu lado. Se cuida, um beijo. -- Emily desligou o celular e virou-se para Mila, que rapidamente desviou o olhar que estava lançando sobre ela. Ver o nome de uma mulher no celular e o fato de Emily ter dito “eu preciso atender” deixou-a curiosa. Quem seria essa tal Alice?!

            Emily olhou rapidamente para o visor do celular e avistou várias mensagens de sua mãe. Katrien estava preocupada com a filha não ter voltado para casa e suas mensagens deixou isso bem claro para Emily.

-- Mila, desculpa ter te acordado dessa forma. -- Emily se aproximou e sentou-se no tapete.

-- Sem desculpas antes do bom dia. -- Mila sorriu divertida, encantando Emily novamente.

-- Onde estão meus modos, não é mesmo?! -- Emily retribuiu o sorriso. -- Bom dia.

-- Agora eu já posso aceitar as desculpas. -- Brincou. -- Bom dia Emily. -- Mila sentou-se no tapete e olhou-a. -- Que tal um café?

-- Eu realmente adoraria... -- Emily respirou fundo. -- Mas eu tenho que ir.

-- Por causa do telefonema? -- Mila questionou, ela aparentou ficar chateada com o fato de Emily ter que ir.

-- Não, claro que não. -- Emily riu. -- Quem me ligou foi uma amiga, mas eu já acertei as coisas com ela. Eu vou é ir pra casa, porque a minha mãe lotou minha caixa de mensagens. -- Emily levantou-se. -- Ela deve estar uma fera.

-- Ela é do tipo super protetora, não é? -- Mila acompanhou Emily e também ficou de pé.

-- Definitivamente sim. -- Emily se aproximou e beijou o rosto da garota. -- Até a próxima Mila.

            Elas caminharam juntas até o portão de madeira, e assim que Mila o abriu, ela foi surpreendida pela pergunta de Emily.

-- Você quer sair comigo mais tarde? -- Ela sorria, embora aquele fosse o momento de se despedir e se afastar daquela mulher maravilhosa que havia conhecido.

-- Eu não posso Emily, me desculpa. Eu tenho que apresentar uma nova dança para a turma hoje.

-- Eu prometo te trazer antes dessa apresentação. -- Insistiu.

-- Você sabe que eu adoraria sair com você, mas eu ainda tenho que terminar a coreografia. -- Mila estava chateada por não poder fazer a vontade de Emily.

-- Fica pra próxima então. -- Sorriu sem graça.

-- Desculpa Emily. -- Mila deu-a um abraço e um beijo no rosto. -- E obrigada por ter passado a noite comigo.

-- Eu não conseguiria ir embora nem se eu quisesse. Não com você daquele jeito. -- Emily sorriu e despediu-se pela ultima vez. -- Tchau Mila.

------------------------------------------------------------------------------------------------------

            Emily chegou em casa poucos minutos depois de se despedir, ela adentrou à casa e  logo pôde ouvir os murmurinhos de Robbert e Katrien que conversavam na bancada da cozinha enquanto tomavam café da manhã.

            Emily silenciou os passos e tentou passar despercebida da sala para as escadas, mas o primeiro degrau rangeu assim que seu pé o tocou. A cara de arrependimento por ter pisado naquele maldito degrau barulhento foi inevitável. Katrien olhou para as escadas e avistou a filha em seu momento de furtividade.

-- A noite foi boa em Emily. -- Katrien cuspiu as palavras assim que teve a oportunidade.

            Emily travou nas escadas, sua tentativa de passar sem ser notada havia falhado, de novo pra variar.

-- Na verdade, foi excelente mãe. -- Emily adentrou na cozinha sorrindo, mas estava na cara que estava com medo do sermão que iria levar. Ela nem sequer olhou para o irmão ou até mesmo para o resto da cozinha. -- Eu tive uma das melhores noites da minha vida. -- Emily continuou o assunto, tentando fazer com que Katrien se esquecesse de dar o sermão. -- Ela é incrível mãe.

            Katrien olhava para Emily, mas assim que percebeu que a filha continuaria falando dessa tal mulher ela desviou o olhar um pouco para a direita de Emily, querendo alertá-la de que havia mais pessoas na cozinha. Emily cerrou os olhos para a mãe, e após entender o sinal ela se virou com calma e deparou-se com Anne olhando-a.

            Anne ficou séria quando ouviu Emily dizer que havia tido uma das melhores noites da vida dela. Sua boca secou e ela teve uma estranha sensação no estomago. Ela sabia que era errado querer que Emily não tivesse uma noite como essa com outra mulher que não fosse ela, mas ela não podia evitar a sensação ruim que invadiu seu peito ao ouvi-la. Seus olhos se encontraram com os de Emily, e elas travaram uma guerra de olhares ali mesmo, naquela cozinha.

            Emily sentiu seu coração acelerar, ela podia sentir o desconforto de Anne com as suas palavras de longe. Se estivessem em outro lugar e sozinhas, com certeza Anne daria um ataque de ciúmes, como costumava dar quando Robbert ou Katrien não estavam por perto.

-- Eu vou subir, depois conversamos mãe. – Emily ainda mantinha seu olhar sobre Anne quando se pronunciou. -- Tenham um bom dia.

            Emily subiu as escadas as pressas, ela sentiu o olhar de Anne segui-la até o limite de visão que a porta da cozinha dava. Seu peito ardia por motivos que nem mesmo Emily conseguia explicar. Chegou ao quarto e trancou a porta, sua respiração estava forte, seus olhos encheram-se de lágrimas, mas antes que elas pudessem cair, Emily esfregou os olhos, evitando que aquelas lágrimas caíssem novamente pela pessoa errada.

--------------------------------------------------------------------------------------------------

Emily havia passado boa parte da manhã mantendo sua atenção em qualquer outra coisa que não fosse sua vida amorosa. Ela enviou alguns currículos para empresas distintas, esperando que alguma delas agendasse uma entrevista. Emily era formada em engenharia da computação e estava buscando experiência no mercado de trabalho para depois fazer sua especialização em programação de computadores para plataformas de exploração.

As horas passaram rápidas para Emily. Ela estava retornando da sua corrida diária quando foi abordada por Anne, poucos metros antes de chegar em casa.

-- Com quem você passou a noite? -- Anne pegou-a de surpresa.

-- Jesus, Maria José! -- Emily falou em um tom de voz alto. -- Você quer me matar do coração garota?! -- Ela olhou sério para Anne.

-- Emily, me responde, por favor. Quem era a garota? -- Os olhos de Anne estavam úmidos, e sua expressão era de angustia.

-- Você só pode estar brincando. -- Emily forçou o riso.

-- Eu pareço estar brincando? -- Anne deu um passo a frente, aproximando-se de Emily, permitindo que a jovem olhasse-a nos olhos.

            Os olhos avermelhados e úmidos de Anne deixaram Emily inquieta, seu coração apertou por vê-la daquele jeito. Ela pensou em evitar o assunto e buscar por palavras que confortassem-na, mas dessa vez a parte racional superou a emocional: “Ela pediu por isso.” -- Emily pensou.

-- Anne você... -- A voz de Emily travou, por mais que ela quisesse gritar com Anne e contar fatos que a machucariam ainda mais, ela simplesmente não conseguia. Emily lembrou-se de todas as coisas que Robbert falava para machucá-la, e também de todas as confissões dolorosas que Anne fazia para ela e preferiu se calar. Emily não se achava no direito de causar dor à Anne, mesmo tendo o total direito de fazer isso para retribuir o que fizeram à ela. Emily não queria se igualar a nenhuma daquelas pessoas. -- Quer saber?! Eu sou melhor que isso. -- Anne não entendeu o que a jovem quis dizer com aquelas palavras, mas surpreendeu-se no momento em que Emily deu-lhe as costas e continuou seu percurso até em casa deixando-a desolada.

            Emily caminhou em passos rápidos até chegar ao portão, ela mal havia se dado conta de que prendeu a respiração durante todo o percurso. Seu subconsciente havia tomado essa medida para impedir que qualquer resquício de choro fosse demonstrado em seus olhos. Assim que entrou em casa e trancou o portão, Emily soltou uma respiração forte, sentiu seu corpo ficar mais leve e uma sensação de alivio logo a alcançou. Emily olhou à hora no relógio de pulso e constatando que já eram seis e quarenta da noite, ela decidiu ir até Mila, acreditando que sua apresentação já tivesse sido feita.

            Emily descia as escadas as pressas após ter tomado uma ducha rápida, quando foi abordada pela sua mãe.

-- Aonde pensa que vai moçinha? -- Katrien parou na frente de Emily, impedindo-a de dar mais algum passo a diante. -- Você me deve uma explicação.

-- Agora não mãe, por favor. -- Emily deu um passo pro lado e tentou furar o bloqueio de sua mãe, mas Katrien foi mais rápida e se enfiou na frente de novo.

-- Não tão rápido moçinha. -- Ela sorriu. -- Você já é bem grandinha para dormir fora de casa, e já deveria saber que não é sobre isso que eu quero falar.

-- Não? -- Emily arqueou as sobrancelhas.

-- Não. -- Katrien estava se sentindo alegre, e até Emily percebeu isso. -- Quem era a tal garota com quem você passou a melhor noite da sua vida? -- A mãe sorriu divertida, queria saber detalhes dessa nova mulher.

-- Mãe!! -- Emily chamou-a atenção. -- Eu não vou falar disso com você.

-- Como não querida?! Você estava quase falando na cozinha hoje cedo.. -- Ela ficou confusa.

-- Eu estava tentando evitar o seu sermão, senhorita sabe tudo. -- Emily riu sem graça.

-- Não acredito querida! No dia em que eu acho que vamos finalmente ter uma conversa sobre suas paixões. -- Falou em um tom divertido.

-- Paixões? -- Emily gargalhou. -- Mãe, não tem paixão nenhuma. Mila é apenas uma excelente pessoa, uma excelente AMIGA. -- Emily enfatizou. -- E eu vou encontrá-la agora, se você e seu bom coração me deixar passar. -- Emily fez uma carinha de cachorro pidão, deixando sua mãe com o coração apertado de alegria.

-- Meu bom coração vai te deixar passar. Mas ele também precisa de favores. -- Katrien deu passagem à filha. -- Quando voltar, traz aquele sorvete que a mamãe tanto gosta?

-- Claro mãe! -- Emily beijou a testa de Katrien e saiu em passos rápidos até o carro.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------

            Emily chegou à portaria do prédio aonde tinha passado a noite com Mila, e avisou ao porteiro que queria subir até a companhia de dança.

-- Oitavo andar, na primeira porta da esquerda. É uma grande porta de vidro, você verá o nome logo na entrada. -- Informou.

            Emily agradeceu, fingindo não saber dessas informações sobre o lugar. Assim saiu do elevador Emily já conseguia ouvir a música alta que vinha do salão. Olhou pelo espelho e avistou Mila e um rapaz loiro dançando no centro do salão, eles interagiam entre si e também tinham passos solo. Um grupo de pessoas estava um pouco mais a frente, observando-os apresentar a coreografia que ensinariam para eles. A música que tocava era “Revolution – Diplo, Faustix&Imanosand Kai”. Mila e o rapaz tinham uma química forte para a dança, eles conseguiam conectar seus movimentos como se estivessem em completa sintonia. A música chegou ao final com um ultimo movimento onde Mila passava uma das pernas envolta da cintura do rapaz e a mão do lado oposto cercava a nuca do seu parceiro. Suas testas se tocavam e as mãos dele estavam em partes distintas do corpo de Mila, uma em sua coxa e a outra segurando sua cintura.

            Emily sabia que aquilo fazia parte apenas de uma coreografia, mas o fato de não saber se o rapaz era apenas o parceiro de dança de Mila ou algo mais a deixou desconfortável com a cena. Emily engoliu seco quando sentiu seu coração bater de uma forma dolorosa dentro do seu peito. Essa sensação inesperada deixou Emily confusa e também assustada, ela não deveria se sentir desconfortável daquela forma, não com relação à Mila. Afastou-se do vidro e retornou para o elevador, e enquanto esperava por ele acabou chegando à conclusão de que isso tudo só podia ser culpa do sentimento que ela ainda supria por Anne. Emily não podia correr o risco de confundir seus sentimentos dessa forma, ela sabia que não sentia nada por Mila além de uma forte atração e um sentimento de companheirismo, e esses não eram sentimentos que deveriam lhe causar ciúmes. Talvez o melhor fosse se manter distante de Mila enquanto não esquecesse de Anne, afinal, Emily sabia dos perigos que corria ao conviver com uma mulher tão incrível e maravilhosa como Mila. E além de correr o risco de confundir seus sentimentos e acabar se envolvendo com ela, ainda tinha essa nova incógnita, o parceiro de dança.

            A cabeça de Emily novamente ficava cheia de pensamentos de possibilidades, e nunca nada de concreto.

-- Eu preciso fazer o certo. -- Emily sussurrou para si mesma, acreditando que o certo era manter Mila intacta e longe de toda essa confusão que era a sua vida nesse momento.

 

            O elevador chegou e lá estava Emily, decidida a deixar não só esse prédio para trás, mas também aquela mulher que havia sido tão complacente e simpática na noite anterior. Seu medo de se machucar, e pior, de machucar a uma pessoa tão boa acabava mais uma vez por afastar Emily daquilo que poderia lhe trazer tanta felicidade se ela apenas se atrevesse a tentar.

Fim do capítulo


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