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  • Capítulo 17. Dolorosa lembrança

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If I should fall, perpetual run por JennyB

Ver comentários: 1

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Palavras: 3418
Acessos: 5691   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 17. Dolorosa lembrança

“-- Emily?”

            Emily o olhava sem saber o que dizer. Ela não podia acreditar que justamente o irmão dela é quem estava lá. Olhou para os lados para ter certeza de que estava em um hospital e pôde ter a confirmação quando avistou os aparelhos de oxigênio e de medidor cardíaco conectados à ela, forçou suas lembranças e isso lhe trouxe uma expressão confusa. Emily não conseguia lembrar-se do que tinha acontecido, lembrou apenas do primeiro momento em que teve a falta de ar e depois nada, era como se tivessem apagado suas lembranças depois dali.

            Robbert a olhava atento as expressões da irmã que parecia estar distante em seus pensamentos, notou sua expressão confusa e decidiu explicá-la o que havia acontecido.

-- Você teve uma crise de asma, por isso está aqui. -- Emily virou-se rapidamente para ele quando o ouviu, estava tão entretida em suas lembranças que por alguns segundos esqueceu-se que o irmão estava presente.

-- Por que eu não me lembro de nada? Eu normalmente sempre me lembro das crises. -- Emily falou baixo, sua garganta doía.

            Robbert ficou cabisbaixo, ele sabia que a crise havia sido das piores, como quando Emily quase morreu quando era mais nova. Sentiu seu coração palpitar ao lembrar-se de quando acordou no meio da noite com as vozes alteradas dos pais e avistou-os descendo as escadas as pressas com a menina no colo, ela estava arroxeada e inconsciente.

-- O que importa é que você está bem agora Emily. -- Robbert ainda segurava a mão da irmã e isso a incomodava.

-- Eu quero ver a mamãe. -- Emily tentou soltar sua mão mais uma vez, mas ele persistiu em segurá-la.

-- Emily, eu sei que nós não entendemos há um tempo, mas por favor, eu fiquei tão preocupado com você.

-- Eu quero ver a mamãe. -- Emily ficou agitada e o monitor cardíaco acelerou, mas não a ponto de preocupar os médicos, ela só estava nervosa.

-- Calma, okay?! Calma. Eu vou chamá-la. -- Robbert levantou-se e saiu do quarto, deixando-a mais aliviada.

            Não demorou muito para que Katrien entrasse no quarto, ela apressou seus passos até a cama onde sua filha estava. Seus olhos encheram-se de lágrimas ao vê-la acordada.

-- Emily, querida, como está se sentindo? -- Segurou uma das mãos da filha e em seguida deu-lhe diversos beijos no rosto.

-- Estou bem mãe. -- Emily fechou os olhos com força quando começou a receber os beijos. -- Mãe, chega. Eu estou bem. -- Ela buscou espaço para se ajeitar na cama.

-- Está bem agora, você quer dizer né?! Me deu um susto dos grandes hoje! -- Katrien aconchegou-se perto da filha. Uma lágrima escapou de seus olhos.

-- Mãe, não chora. -- Emily tocou o rosto da mãe e logo secou sua lágrima. -- Desculpa. Eu esqueci de tomar o meu remédio e...

-- Não é sua culpa querida. -- Katrien chorou, mas dessa vez ela mesma secou suas lágrimas. -- Não deve ser fácil lembrar de tomar seus remédios com a cabeça a mil por hora. -- Katrien levantou a mão da filha e a beijou na parte superior. -- Eu peço desculpas pelo Robbert estar aqui quando você acordou. Ele já estava em casa quando o hospital ligou falando sobre você. Eu nunca o vi daquela forma, ele estava atordoado, ficou se culpando durante todo o percurso que fizemos do hospital até aqui. -- Katrien abaixou a cabeça. -- Filha, eu talvez não tenha o direito de lhe pedir isso, na verdade, eu não vou pedir que faça, quero apenas que pense sobre o assunto. -- Katrien sentou na borda da cama, acariciou o rosto da filha e por fim a olhou nos olhos, dando prosseguimento ao que queria falar. -- Você e seu irmão precisam se acertar. Eu não agüento mais vê-los assim, tão distantes. -- Emily sentiu dor no olhar da mãe. -- Lembra no seu aniversário de seis anos, quando você caiu e ralou o joelho? -- Katrien sorriu ao lembrar-se do que aconteceu a seguir. -- Você sentiu mais vergonha do que dor, e o seu irmão se jogou no chão, ao seu lado, para que você se sentisse melhor. Vocês ficaram lá caídos enquanto ele insistia em dizer a você que cair fazia parte da vida, que todos caiam da mesma forma, mas a diferença em cada um vinha da forma como escolhia se levantar depois de uma queda. -- Emily desviou seu olhar ao sentir os olhos marejarem. Ela se lembrava perfeitamente do quanto o irmão já havia feito por ela, não só naquela vez, mas também em muitas outras. -- Ele levantou e deu a mão para que você se levantasse, e eu posso jurar que depois daquele dia, não teve um único dia em que vocês ficaram separados, até que... Bom, você sabe.

            Emily retraiu-se na cama, seu coração doeu com as palavras da mãe. Lembrou-se dos momentos mais intensos que teve ao lado do irmão e sentiu-se arrependida por ter se apaixonado pela mesma mulher que ele, culpou-se pelo fato por alguns segundos, mas logo que se lembrou do motivo pelo qual haviam parado de se falar a culpa esvaiu-se.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------

~~ Sete anos atrás ~~

            Emily terminava de arrumar as suas malas, a jovem faria uma viagem para visitar alguns parentes na Holanda. Sua mãe já estava lá a mais de uma semana, e esperou que Emily entrasse em recesso escolar para que ela pudesse ir sem perder muitas aulas. Durante o tempo que a mãe estava fora, Emily convidou Anne para ficar na casa dela, as duas estavam juntas há quatro meses e desde então tudo estava às sete maravilhas, até duas semanas atrás, quando Anne começou a agir estranho. A jovem estava distante, decidiu ir pra sua casa sem dar explicações mais detalhadas à Emily. “-- Eu apenas quero ir. -- Foi o que Anne à disse quando decidiu ir para casa.”

Emily não discutiu, levou-a para casa horas depois, e desde aquele dia elas mal se falavam. A jovem a chamava para sair todos os dias, mas Anne sempre inventava uma desculpa para não ir. Fazia uma semana que não se falavam, Anne sabia que a jovem viajaria hoje e mesmo assim não telefonou para Emily. Por algum motivo que a jovem ainda desconhecia, Anne não queria vê-la. Pensou ter feito algo muito errado para que Anne agisse daquela maneira, por isso não insistiu em falar com ela depois do final de semana, quando Anne foi grossa ao telefone ao dizer: “-- Eu não quero sair com você, tenho coisas para fazer.”.

A jovem já estava pronta para partir. Sua mala estava arrumada e sua passagem estava em mãos, mas o taxi ainda não havia chegado. Sentou-se nos degraus da escada em frente ao portão principal da casa e pegou o celular, digitou diversas mensagens para Anne, mas sempre apagava todas. Digitou mais uma vez e apertou enviar, mas cancelou a mensagem durante o envio.

-- Droga. -- Emily resmungou.

            Emily guardou o celular no bolso e olhou pela rua, nenhum sinal do táxi que já havia pedido a mais de trinta minutos. Repensou sobre os momentos que tivera com Anne durante o tempo que estavam juntas em sua casa e não conseguiu encontrar nada que pudesse deixá-la tão magoada. Essa vontade que ela teve de ir embora, será que Anne havia se arrependido de namorar Emily? Será que ela apenas estava confusa e precisava de um tempo para pensar? Será que Emily estava a pressionando de mais para que tivessem uma noite de amor? -- A jovem não conseguia parar de pensar nessas coisas. Pegou o celular mais uma vez, não tinha nenhuma mensagem de Anne, muito menos uma ligação.

-- Estou indo. Espero que quando eu voltar você já esteja melhor comigo. Eu não sei o que eu fiz, mas, me desculpa de qualquer forma. Te vejo em um mês. -- Emily finalmente enviou a mensagem.

Seu coração apertou, Emily sentiu-se inteiramente sozinha naquele instante. A namorada estava tão ausente em sua vida que ela não teve com quem conversar sobre a ansiedade e o medo que estava antes de fazer essa viagem. Essa seria a primeira vez que Emily conheceria os avós maternos, e não saber se eles gostariam dela ou se ela gostaria deles lhe deixava preocupada e ansiosa. Sentiu falta de ar pela ansiedade que lhe tomava por inteiro, pois hoje finalmente seria o dia da viagem. Usou a bombinha quando sentiu a falta de ar ficar mais forte e teve seu momento controlado. A jovem olhou as fotos das duas no celular e sentiu-se ainda mais angustiada, ela ficaria um mês sem ver Anne e não queria ter que partir sem que resolvesse essa situação entre elas.

O taxi buzinou na frente da casa, tirando Emily de todos os seus pensamentos. Ela levantou-se rapidamente e caminhou até o taxi, olhou à hora no celular e mudou seus planos.

-- Rua La Plata, por favor.  -- O taxista consentiu e deu partida no veículo.

            Emily sentiu seu coração palpitar, estava a caminho do apartamento de Anne e estava completamente decidida a se acertar com a garota antes de ir. Ela tinha aproximadamente duas horas para isso, e esse era o tempo limite para que a jovem ainda chegasse ao aeroporto com tempo limite para fazer o check-in. Chegou em frente ao prédio de Anne em poucos minutos, pagou ao taxista e antes de interfonar para o apartamento de Anne ela foi liberada pelo porteiro que já a conhecia muito bem.

-- Bom dia senhorita Emily, pode subir. A senhorita Anne está em casa.

-- Obrigada Pedrinho. -- Emily foi carinhosa com o senhor que sempre era muito educado com ela.

            Emily ficou eufórica, pois graças ao Pedrinho, sua visita não premeditada seria uma enorme surpresa para Anne. Entrou no elevador e seguiu até o apartamento da namorada. Ficou parada na porta por alguns instantes, pensando em como falar com ela. Ouviu uma música que tocava baixo e pensou que Anne provavelmente estaria arrumando casa, afinal, ela adorava ouvir música enquanto o fazia.

-- Maldição, eu deveria ter trazido flores! -- Emily resmungou sozinha. -- Acho que vou descer para comprar. -- Ela caminhava em direção ao elevador, mas lembrou-se que não tinha muito tempo para conversar com Anne e desistiu.

            Pensou em tocar a campainha, mas parou a milímetros da mesma.

“-- Eu tenho a chave, idiota -- Pensou.”.

            Emily pegou a chave que estava junto ao seu molho de chaves de casa e abriu a porta silenciosamente. A música que tocava baixo era “Beggin - Madcon”, ela tinha do quarto. Emily procurou por Anne pelos cômodos da casa e notou a bagunça que estava pelo corredor que levava até o quarto. Tinha roupas pelo chão, algumas estantes fora do lugar e objetos caídos ao chão. Emily manteve-se concentrada em apenas encontrar Anne, dissipando de sua imaginação algum problema que pudesse ter ocorrido com a jovem nessa ultima semana. Caminhou com cautela até o quarto de onde vinha a música. A porta estava apenas encostada.

-- Anne? -- Emily sussurrou muito baixo para que pudesse ser ouvida através da música.

            Emily tocou a porta e empurrava-a devagar para evitar ruídos, mas ela não conseguiu terminar de abrir. Emily congelou ao ver Anne na cama, e ela não estava sozinha. Robbert tocava seu corpo com veemência e Anne parecia gostar. Sua respiração estava pesada e ambos se encontravam apenas com suas peças intimas.

O rosto de Emily ficou rubro e seus olhos encheram-se de lágrimas que caíram rápidas, ela podia sentir seu corpo ferver. Seu rosto ardia e suas pernas logo estremeceram, foi questão de segundos até que seu coração começasse a dar sinais de dor. Emily tentou dizer alguma coisa, mas era como se sua garganta tivesse fechado. Era difícil acreditar no que estava vendo, mas agora tudo parecia fazer sentido para a jovem. É claro que Anne estava distante, Robbert estava na cidade e provavelmente tinha ido procurá-la. De todas as pessoas que Emily conhecera na vida, estavam ai duas por quem Emily nunca achou que seria traída de forma tão baixa. Apertou a mão que segurava a maçaneta até machucá-la, mas ela mal havia se dado conta da força que havia aplicado ali. Aquelas lágrimas dolorosas insistiam em cair e Emily já não agüentava mais ver aquela cena. Virou-se rapidamente e apressou os passos ao passar pelo corredor. Estava passando as mãos repetidamente sobre os olhos, na tentativa de enxugar as lágrimas, quando esbarrou com a coxa em uma estante de canto, acabando por derrubar tudo que estava sobre ela. O barulho assuntou os amantes que estavam sobre a cama, mas Emily não diminuiu a velocidade dos passos com os quais saia daquele maldito apartamento, quando olharam para o corredor só avistaram os objetos caídos ao chão e a mesa totalmente fora do lugar, mas não viram nem mesmo a sombra de Emily ali.

O coração de Anne acelerou no mesmo instante, ela sabia que Emily era a única pessoa, além de seus pais, que tinha a chave do apartamento. Mas os pais de Anne estavam viajando e segundo a mensagem que ela havia recebido mais cedo, Emily também estava viajando. Ou deveria estar pelo menos.

-- Robbert, tinha alguém aqui! -- Anne falou com convicção.

-- Claro que não Anne, o vento deve ter derrubado alguma coisa. -- Robbert tentou beijá-la novamente, mas era como se Anne estivesse com o sexto sentido ligado, ela sabia que alguma coisa não estava certa, além dela, é claro.

-- Eu vou lá ver. -- Anne desviou-se do beijo e levantou. Vestiu uma roupa qualquer e desceu até a portaria, onde foi parada por Pedrinho.

-- Aconteceu alguma coisa senhorita Anne? -- Ele estava levemente atordoado, Emily havia passado por ele transtornada. Ele tinha visto o choro compulsivo que consumia Emily, tentou falar com ela, mas tudo que recebeu em troca foi um “--Agora não.”

-- Por que a pergunta Pedrinho? -- Anne sentiu seu coração agir de forma estranha, ele batia forte o que lhe causava um frio na barriga incomum.

-- A senhorita Emily saiu daqui igual a um furacão.

            Anne depositou uma das mãos sobre a barriga, o frio que se instalou lá parecia que não iria passar tão cedo. Sentiu um aperto no peito. Seu corpo estremeceu ao ouvir o nome da namorada, no caso, provavelmente ex-namorada.

-- Merda. -- Anne não mediu as palavras. -- Você viu pra que lado ela foi?

-- Claro que sim, eu segui ela até a calçada, insisti para ela não ir embora daquele jeito, mas ela não me ouviu.

-- POR ONDE ELA FOI PEDRO? -- Anne alterou o tom de voz, perguntando-o com certa urgência e sem se preocupar se havia sido rude ou não.

-- Por ali. -- Pedrinho apontou e no mesmo instante Anne correu para a rua.

            Emily correu até o final da rua e adentrou em uma rua qualquer no primeiro cruzamento que encontrou e só parou de correr quando sentiu que já não tinha mais forças, colocou a mala de lado e por lá ficou. Seu coração doía fisicamente e ela podia sentir seu tórax contrair pelo choro intenso que a consumia. Emily sentiu seu corpo fraquejar, tudo parecia doer tanto que a falta de ar que sentia agora fazia as crises de asma não serem nada perto disso, pensou que pudesse passar mal, mas ela sabia que não tinha nada a ver com a asma, ela só estava machucada, angustiada. Emily havia corrido com tanta velocidade e chorava tanto que sua força logo se esvaiu. A jovem encostou um de seus braços em uma parede e aproximou-se o suficiente para encostar sua cabeça na mesma. Emily não tinha mais forças para lutar contra a dor que sentir, aquela cena devastou-a por dentro. Seu irmão, a pessoa por quem Emily sempre havia tido admiração e respeito e Anne, a segunda pessoa em que ela mais confiava, duas traíras. As lembranças boas com ambos lhe vinham a cabeça, mas tudo terminava na visão que Emily tinha tido minutos atrás.

-- Por quê? -- Emily falava para si mesma enquanto empurrava, em vão, a parede com as mãos.

            Anne seguiu até o final da rua, mas quando chegou ao cruzamento ela já não sabia por onde ir. Olhou atentamente para um dos lados e avistou a ruiva que aparentava estar brigando com a parede.

            Emily murmurava coisas para ela mesma quando sentiu a aproximação de alguém e calou-se. Fungou o nariz e passou a mão pelo rosto, enxugando suas lágrimas.

-- Emily? -- Quando a jovem ouviu a voz de Anne ela não conseguiu controlar o choro. Os soluços logo vieram durante o choro. -- Emily, eu posso explicar. -- Anne deu um passo à frente, e mesmo estando de costas para Anne, Emily deu um jeito de se afastar. Ela não queria olhá-la, seria de mais até mesmo para ela. -- Emily, por favor. -- Anne tocou o ombro da jovem.

            Emily virou-se com brutalidade, seu coração doía no peito, mas dessa vez toda a mágoa tinha sido consumida pelo ódio que estava sentindo de Anne.

-- Explicar a vagabunda que você é? -- Seus olhos estavam em um tom azul escuro e a esclera dos seus olhos estava completamente avermelhada pelo ardor que lhe causava chorar tanto.  -- Uma semana sem sair comigo, e eu achando que a porr* da culpa era minha. -- As palavras de Emily saiam com agressividade. Anne olhava para ela e não conseguia reconhecê-la, nunca havia visto Emily ser tão agressiva daquele jeito. Anne deu um passo para trás, mas Emily aproximou-se, seu olhar estava frio. -- Como teve coragem para fazer isso comigo?

-- Não é o que parece Emily... -- Anne quase entrou em estado de negação, mas ela sabia que isso não funcionaria.

-- É claro que não é. Imagina. Você não estava prestes a dar para o meu irmão, claro que não. -- Emily ironizou.

-- Olha como fala comigo Emily. -- Anne apontou o dedo no rosto dela.

-- Olha como fala você, sua piranha. -- Aquelas palavras doeram mais em Emily do que em Anne. -- E abaixa esse dedo que você não tem moral nenhuma comigo!

            Anne engoliu seco assim que percebeu a fúria incontrolável da jovem. Abaixou a mão e tentou se afastar. Emily respirava de forma descontrolada, seu coração batia rápido e forte, seus olhos logo encheram-se de lágrimas mais uma vez. Olhar para Anne lhe trazia a imagem dos dois na cama e ela sabia que essa memória ainda te machucaria muito.

            Emily respirou fundo, fechando os olhos e assim que obteve controle sobre sua respiração e estado de raiva ela prosseguiu, agora de forma mais calma.

-- Porque você não teve sequer a decência de me contar? -- Emily não conseguiu esperar por uma resposta e continuou. -- Você podia apenas ter me falado que estava confusa ou que... -- O soluço decorrente do choro a interrompeu. -- ...Que queria ficar com ele. -- Emily ficou cabisbaixa. -- Bastava falar.

-- Eu admito que estava confusa. Mas eu não podia acabar com a gente por causa disso. Eu precisava de um tempo para pensar.

-- Para pensar ou para ter certeza? -- Emily foi direta.

-- Não foi bem assim que aconteceu. -- Anne olhou em volta, para conferir se elas estavam chamando atenção na rua, mas elas estavam sozinhas. -- Eu disse ao Robbert que estava com alguém, ele insistiu e eu continuei dizendo que não. Só que hoje ele apareceu lá em casa e... -- Emily interrompeu.

-- Essa parte eu já sei. -- Sentiu seu coração apertar. -- Você teve a chance de me contar quando ele apareceu, mas você escolheu fugir e me afastar de você...

-- Eu só precisava de um tempo Emily.

-- Não se preocupe, você conseguiu todo o tempo do mundo. -- Emily balançou a cabeça em movimentos negativos. -- Acabou.

-- Emily, como assim? -- Anne aproximou-se, arqueando uma das sobrancelhas.

            A jovem suspirou fundo.

-- Acabou. Eu nunca mais quero saber de você. -- Emily aproximou-se e a olhou nos olhos. -- Espero que sejam felizes. -- Falou séria.

 

            Emily pegou a mala que estava ao lado e saiu às pressas, deixando Anne e suas desculpas esfarrapadas para trás.

Fim do capítulo


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Comentários para 17 - Capítulo 17. Dolorosa lembrança:
lay colombo
lay colombo

Em: 11/05/2017

Acho q nenhum capítulo me deixa com tanto ódio qnt esse, Anne é uma filha da puta do caralho, mano é o irmão da guria pqp como ela tem coragem, fico putassa.

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