Boa leitura *-*
Momento
Me lembro perfeitamente de como tudo aconteceu, do momento exato em que minha vida começou a desmoronar, era umas 22:00h, nós voltávamos do shopping, Ana nossa bebezinha dormia no banco de trás, lembro de ficar impressionada, pois a pequena dormia até mesmo com os gritos que eu e Rosa dávamos em mais uma de nossas brigas bobas.
–Ela tava olhando pra você. -gritava ela livida de raiva me acusando de flertar com uma das atendentes do shopping.
–Chega de paranoia Rosa, pelo amor de Deus.
–Então você me acha paranoica Angela, talvez aquela biscatinha não seja paranoica como eu.
–Cala boca Rosa, olha a besteira que você tá falando.
–Não me manda cala a boca, eu to cheia disso, dessas vadiazinhas dando encima de você!
–E o que você quer que eu faça? Seja grosa com as pessoas por que você tem a ilusão de que elas estão dando encima de mim.
–Se ao menos você para-se de dar trela pra essas garotas.
–Dar trela? Rosa para de loucura.
Freei o carro, bufando de raiva e o manobrei estacionando em frente a uma conveniência aberta, desci do carro batendo a porta.
–Aonde você pensa que vai Angela? -Rosa desceu do carro também.
–Comprar cigarro.
–A não vai mesmo volta aqui!
Dei as costas a ela entrando na loja e Rosa também veio atrás gritando.
–Você não vai comprar essa porcaria.
–Eu vou, você não é minha dona Rosa.
–Não, eu sou sua esposa e eu não gosto que você fume.
–Volta pro carro Rosa.
Ela bufou antes de bater a porta da lojinha atrás de si, fechei meus olhos por um segundo tentando manter a paciência que a tempos já estava por um fio, abri meus olhos ao mesmo tempo que um grito invadiu o local, eu conhecia aquele grito, era o grito da minha mulher, sai correndo atrás dela, Rosa chorava olhando para rua vazia, demorou um tempo até meu celebro entender o que estava acontecendo, o carro, o carro não estava mais lá, Ana não estava mais lá e naquele momento comecei a chorar junto a ela.
A Policia foi chamada, foram dias e dias atrás de alguma pista, alimentando a esperança de que eles a achariam, de que ela voltaria para nós, mais ela não voltou, e com o tempo fui me acostumando fui tentando camuflar o vazio que havia ficado em minha vida com sorrisos falsos e gestos vazios, tentava consolar Rosa, faze-la ao menos um pouco feliz, mas ela não me permitia fazer isso, se culpava, eu me culpava,muitas foram as vezes que engoli meu orgulho com suas ofensas que chorei em silencio e que a ouvi chorar durante as madrugadas, e naquela depressão nosso casamento se tornou uma prisão sufocante onde ambas estávamos presas e ligadas a uma culpa inconsolável, não havia como continuar, as brigas cada dia mais feias e otis, era como viver um pesadelo um dia após o outro sem esperanças de acordar, por fim fomos nos afastando e cada uma seguiu sua vida lidando com seus próprios medos sozinhas.
Meu mundo a muito havia perdido o sentindo, e eu não pude fazer nada para mudar isso, a dor que sinto até hoje, só Deus sabe o quanto me arrependo por ter saído atrás daquele maldito cigarro, por não saber como consolar Rosa, por não ser forte o bastante para lidar com isso.
Quando perdi Ana uma parte de mim deixou de existir a palavra felicidade deixou de fazer sentido, aquele ladrão roubou minha filha, minha vida, ele levou o meu mundo.
Fim do capítulo
E por hoje é só
bjs
Am´s
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Cristiane Schwinden
Em: 07/04/2018
Drikka que te influenciou a escrever tragédia, foi? mano...
Resposta do autor:
Tu não sabe a gaitada que dei aqui, vou fechar uma parceria com Drikka rsrs
No final nem personagem vivo vai ter, kkk.
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