Eu dirigia apresada por entre as ruas da cidade tão conhecida ia ao encontro dela, eu finalmente havia reunido coragem para dizer a ela tudo o que sentia, eu a amava, mas como ela dizia era covarde para assumir, a primeira vez que ela me confessou seus sentimentos lembro-me de recuar a afastando de mim de lhe dizer o quanto estava errada por deixar que seus sentimentos por mim mudasem dessa forma.
E olha pra mim agora atravessando toda a cidade apenas para olhar pra ela, lembro-me dela dizendo o que eu sentia era medo de me entregar, medo da rejeição de meus pais medo de que ela fosse me abandonar, depois disso simplesmente nos afastamos, porem nenhum dos dias que se passaram depois da nossa discução me fiseram a esquecer, de lembrar com detalhe de cada risquinho que surgia em sua face quando ela sorria ou de como ela tinha a mania de ficar mechendo em meu corpo nas partes desnuda pela roupa a procura de alguma manchinha ou sinal, me multilava a todo momento com lembranças ora de quando ela deitava sua cabeça em meu ombro, ora de quando nós simplesmente andavamos pela rua e ela a todo momento roçava seu braço no meu como se depende-se daquele contato e eu me irritava com todos aqueles esbarroes.
Quisera eu ter percebido antes que o que ela sentia era amor, quisera ter aceitado mais facil que o que eu sentia era amor, mais nada fora assim tão facil, já podia ver um sorriso zombeteiro no canto de seus lábios e ela levantar a sobrancelha como sempre fazia quando já sabia a minha reação.
Eu tinha tanto a falar, tanto a explicar, pedir perdão por te la maltratado tanto, por ter despejado nela todos os meus preconceitos bobos e egoistas, meus medos rediculos, dizer que agora eu já estava pronta para corresponder ao seu amor.
Parei meu carro na saida da faculdade e logo me coloquei a sua procura, vaguei por varios minutos pelo campus ora ou outra perguntando a algum conhecido se a tinham visto, e nada dela aparecer, por fim quando já estava desistindo de a procurar a vejo andando pelo pátio distraida ao lado de um rapaz.
Me perdi olhando cada um daqueles detalhes já tão conhecidos por esses anos todos de amizade, ela o abraçou carinhosamente e como se fosse tão normal para ambos eles trocaram um beijo apaixonado, só então me dou conta do que está acontecendo, meus olhos os encaram sem minha permisão e o ar parece tão pessado para meua pulmoes, viro-me apresada contando os sengundos que demoraria para sucubir aquela dor que me cortava.
Tudo o que eu queria era sair dali, mas ao contrario do que meu celebro dizia, meu coração me levou até eles, ela me olhou assustada como se me pergunta-se silenciosamente o que eu fazia ali, já o rapaz me olhava curioso, a dor em meus olhos era impossivel de se disfarçar, mais somente ela entenderia a tristesa contida por trás daquele olhar.

-O que está fazendo aqui? -me pergunta em um sussurro lento.

Sorrio fraco,, como ela sabia que eu fazia antes de camuflar meus sentimentos, e finjindo a mais pura felicidade, na pior atuação da minha vida eu digo.

-Vim terminar um trabalho amiga.

Ela me olha incredula ao som da palavra amiga, porem eu apenas continuo com meu teatro auto-destrutivo.

-Você deve ser o namoradão. -estendo minha mão o cumprimentando.

O rapaz sorri simpatico retribuindo o gesto e logo em seguida a abraça.

-Cuide bem dela em. -digo agora desviando meu olhar novamente para que ele busque seus olhos.
        -Eu vou cuidar...

Sinto uma lágrima começar a escapar trilhando um caminho suave por minha face e com uma desculpa qualquer me afasto dos dois, dou apenas alguns passos até sentir sua mão puxar meu braço, seus olhos umidos como os meus, num pedido calido de desculpas.
Ternamente eu a puxo para meus braços sentindo o tão conhecido cheiro do perfume que muitas vezes ficava preso as minhas roupas, como eu queria agora não ter reclamado tanto quando isso acontecia.

-Eu pensei que você nunca viria.
        -Eu tambem pensei...

Sorrimos fraco na nossa despedida, no momento que nos separamos naquele ultimo abraço eu percebi que havia a perdido.
Assim é o amor se você perde tempo demais tentando entende-lo ele simplesmente se vai sem que você perceba.

Fim do capítulo