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A JOGADA PERFEITA por Narinharo

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Palavras: 3594
Acessos: 3019   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 15 - Reencontros

Laísa ainda não sabia o que fazer, mas pensaria em algo, talvez a matasse, não isso seria muito suspeito, pensou enquanto dirigia para seu apartamento.


**********
 

Três meses haviam se passado desde o transplante. Júlia se recuperava rapidamente. Já fazia caminhadas ao livre no parque Ibirapuera, claro que com uso de máscara no rosto para evitar contaminação.

A medicação contra rejeição continuava a ser tomada regularmente assim como suas visitas ao hospital para verificar a eficácia do transplante.

Psicologicamente Júlia estava bem. Já aceitava receber visitas e sentia-se bem melhor em relação a sua aparência física.

Laísa desdobrava-se entre o trabalho na promotoria e nos cuidados com Júlia. Até o momento ela nem desconfiava que Veridiana lhe doara o rim.

No início ela até quisera saber, mas Laísa lhe tirou da cabeça a ideia e ela nunca mais tocara no assunto.

A relação das duas estava muito boa e Júlia achava que gostava de Laísa mais do que pensava. Às vezes a esperava com jantares românticos ou a surpreendia no trabalho no meio do dia.

Relações sexuais ainda estavam proibidas, era no mínimo oito semanas até poder ter algum tipo de intimidade.

Mas as duas estavam lidando com isso muito bem. E as trocas de carinho e as atitudes de amor eram cada vez maiores.

Naquela noite Laísa chegou em casa e Júlia já tinha colocado a mesa para o jantar e a aguardava na sala assistindo TV.

-- Oi minha linda como passou o dia? - Laísa a beijou de leve nos lábios enquanto deixava a sua pasta sobre a poltrona junto com seu casaco do terninho cinza que usava.

-- Bem amor, corri no parque e me senti super bem, sem canseira ou mal estar. - Disse Júlia feliz.

-- Tomou seus remédios nos horários? Não pode esquecê-los.

-- Tomei tudo direitinho minha doutora promotora. - Júlia sentou-se no colo de Laísa. - Mas estou com muitas saudades é de você e desse seu corpo gostoso. - Disse com malicia.

-- Não podemos ainda. - Laísa falou com dificuldades diante dos carinhos que sua esposa fazia por seu corpo.

-- Eu estou ótima amor, sente! - Júlia pegou a mão de Laísa e colocou no seu seio sobre a blusa.

-- Júlia!

-- Sente aqui então. - Julia pegou retirou a mão da esposa tirou de sobre seu seio e a colocou por baixo de seu vestido sobre seu sex*.

-- Ah! - Laísa exclamou ao sentir a umidade da esposa.

-- Me come vai! - Pediu Júlia olhos ardentes de desejo.

-- Eu vou tomar um banho depois jantamos ok? - Laísa alevantou-se colocando Júlia no sofá.

-- Laísa, Laísa! - Riu Júlia da força da mulher em resistir aos seus carinhos.

 
********


Quando o avião pousou no aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha Júlia sentiu as pernas tremerem.

Laísa segurou firme sua mão e a conduziu para fora do aeroporto onde um carro já as aguardava.

Desde aquela noite em que Laísa a evitara já se passara dois meses e Júlia estava se sentindo muito bem, podendo até parar de usar a máscara no rosto.

Tiveram de viajar para Porto Alegre, pois Lígia receberia uma homenagem e um prêmio por sua dedicação aos doentes mentais e suas pesquisas para a cura ou mesmo controle do Transtorno de Humor.

Na casa de shows onde aconteceria o evento muitas pessoas chegavam elegantemente vestidas.

Laísa optou por um vestido longo, com as costas de fora na cor verde escuro, com cabelos presos em um coque desfiado. Usava brincos de pérolas lindíssimos e um colar com um pingente que era a letra L juntamente cruzada sobre a letra J, todo em ouro branco com detalhes em brilhantes.

Júlia que voltava a ter sua excelente forma física, já mostrava as suas curvas que começavam a voltar a ter. E em um belíssimo longo na cor lilás, cabelos soltos ela estava deslumbrante.

Acomodadas na primeira fila da plateia, elas trocavam carinhos diante dos insistentes flashes que agora Júlia não temia mais.

Havia se dado conta depois de tudo que passara que o mais importante era o que ela pensava e o que ela sentia. A opinião alheia não lhe incomodava mais.

E junto de Laísa que lhe dava força ela sentia-se muito mais confiante. Até recebera convites para fazer campanhas contra a homofobia, mas ainda estava avaliando as propostas.

A apresentação começou pontualmente as vinte e umas horas como dizia no convite. Elas não puderam ver Lígia que ainda não tinha chegado e quando isso ocorreu ela ficou em um lugar reservado aos homenageados da noite.

Após uma hora de premiações e homenagens a médicos, advogados e pessoas voltadas a doentes, necessitados da capital finalmente foi à vez de Lígia ser homenageada.

Sob fortes aplausos ela que vestia um lindo vestido longo na cor amarelo claro, com uma abertura muito sexy do lado esquerdo do vestido, subiu ao palco. Seus lindos e longos cabelos loiros estavam presos em uma linda trança trabalhada com uma fita de seda preta.

-- Eu hoje gostaria de agradecer sinceramente a todos que me ajudaram nessa pesquisa e neste árduo trabalho com nossos doentes. - Ela dizia emocionada no centro do palco.

-- Minha irmã está tão linda! - Cochichou Laísa no ouvido da esposa.

-- Parece muito com uma gata que eu conheço. - Brincou Júlia beijando de leve os lábios da esposa.

No palco Lígia continuava a discursar animadamente. Ela falou de suas pesquisas e de seus colaboradores.

-- E para terminar quero dedicar este prêmio a duas pessoas em especial que mudaram minha vida e que sem o incentivo delas nada disso seria possível. - Lígia respirou fundo.  - Minha irmã a promotora Laísa Martins, obrigada por tudo, principalmente por custear meus estudos, sou realizada profissionalmente por ser médica psiquiátrica.

Laísa da plateia sorriu feliz.

-- E ao meu grande amor, por entender meus horários e às vezes minhas ausências em nossa casa. - Lígia terminou o discurso e deixou o palco.

As homenagens seguiram por mais uma hora até que todos foram para o salão da recepção onde haveria um coquetel.

-- Vamos logo que quero conhecer minha cunhada. - Disse Laísa assim que acabou as homenagens.

Lígia a mais de meses disse ter encontrado o verdadeiro amor, mas recusava-se a dizer o nome da pessoa.

Ela fora morar com a tal namorada em apenas um mês de namoro e pelos relatos parecia muito feliz e realizada.

-- Deve ser uma deusa essa mulher. - Comentou Júlia seguindo a esposa para o local da recepção. - Quando ela fala dela seus olhos brilham tão intensamente, está muito apaixonada.

-- Está sim. No mês passado quando ela foi nos visitar me confessou que nunca achou que pudesse amar tanto alguém. - Laísa sorriu ao lembrar da expressão feliz da irmã.

-- Fico tão contente. - Júlia olhou a esposa com um olhar sincero. - Estamos finalmente todos felizes.

-- Estamos sim amor. - Laísa beijou a mulher com carinho nos lábios.

-- Ei, ei vamos parar com essa pornografia aqui. - Brincou Lígia que chegava sorridente.

Laísa e Júlia a abraçaram e lhe deram os parabéns pelo prêmio.

-- Minha maninha que saudades! - Laísa a abraçou mais uma vez. - Estava linda lá em cima.

-- Sabe que devo muito a você. - Lígia sorriu. - Como está minha cunhada?

-- A cada dia melhor. - Júlia respondeu feliz.

-- Que bom vocês parecem felizes. - Lígia disse olhando para a irmã e a cunhada que estavam de mãos dadas agora.

-- Aprendi o quanto sua irmã é boa pessoa Lígia. Aprendo a ama-la a cada dia um pouquinho mais. - Júlia falou acariciando o rosto da esposa.

-- Bem mais chega de elogios e declarações de amor, eu quero é conhecer minha cunhada. - Laísa disse olhando a sua volta como se procurasse alguém.

-- Já vai conhecê-la, ela foi buscar meu colírio, minhas lentes de contato estão me irritando. - Lígia falou as conduzindo para uma mesa no interior da recepção. - Vamos nos sentar e beber algo.

As três se sentaram e começaram a conversar sobre diversos assuntos. O garçom trouxe bebidas e um suco para Júlia que evitava beber ainda.

-- Amor eu vou ao toalete. - Disse Júlia à esposa.

-- Quer que eu vá com você? - Perguntou Laísa.

-- Já faz um tempinho que posso ir ao tolete sozinha amor. - Brincou Júlia se retirando para ir ao banheiro.

As irmãs aproveitaram para colocar as fofocas em dia.

Júlia já saia do banheiro quando se chocou com uma mulher que entrava. Ela alevantou o olhar e deparou-se com Veridiana que a olhava tão surpresa quanto à outra.

-- Veridiana?

-- Júlia?

Ambas ficaram apenas se olhando por alguns segundos, até que Veridiana quebrou o silêncio.

-- Vejo que está bem Júlia.

-- Mas não devo isso a você. - Respondeu Júlia amarga.

-- Será? - Veridiana plantou a dúvida.

-- Por favor, você se negou a me doar seu rim, devo o que a você sua doida?

Veridiana apenas balançou a cabeça negativamente enquanto esboçava um sorriso debochado.

-- Está rindo do que? - Júlia explodiu de raiva.

-- Nada Júlia, nada. - Veridiana a olhou e notou o quanto ela estava bonita. Seu rosto estava mais corado e ela parecia que estava recuperando sua antiga forma maravilhosamente definida.

-- O que faz aqui? O Buffet é seu? - Júlia perguntou, mas deu-se conta que ela não estava vestida para chefiar uma cozinha. Afinal ela vestia uma calça social preta justíssima, uma rasteirinha preta, e uma blusinha de um ombro apenas, os cabelos loiros estavam mais crescidos e já caiam na altura dos ombros. Estava realmente linda.

-- Você acha que não posso ir a uma festa sem ser para cozinhar para os outros, não é? - Veridiana parecia visivelmente decepcionada.

-- Não é isso, mas...

-- Garanto que sua promotora gostosa, rica e bem educada pode frequentar lugares como estes sem ser confundida com uma cozinheira.

-- Você não é uma cozinheira, é uma chef! - Júlia a corrigiu sem jeito depois do que dissera.

-- Jura? - Veridiana ironizou.

-- Olha não vou ficar aqui tentando te mostrar seus valores e qualidades, tenho de voltar para a mesa, minha esposa me aguarda e minha cunhada que vai apresentar a companheira. - Júlia disse já se retirando.

-- Boa sorte Júlia. - Veridiana disse quando Júlia já estava fora de sua vista.

 

Quando voltou a mesa Laísa perguntou o porquê da demora da esposa no banheiro.

-- Havia uma imensa fila, só isso amor. - Júlia escondeu que tinha encontrado Veridiana.

-- Tem certeza está pálida? - Laísa estava preocupada com a aparência de sua esposa.

-- A fila estava grande mesmo.

Uma voz se fez ouvir ao fundo e todas se viraram para ver quem falava.

Veridiana com uma taça de vinho na mão as olhava calmamente.

-- Veridiana? O que faz aqui? - Laísa alevantou-se bruscamente a encarando.

-- Laísa, Júlia, está é minha companheira. - Disse Lígia segurando na mão de Veridiana.

-- Mas que palhaçada é está Lígia? - Laísa estava alterada.

-- Não há palhaçada nenhuma minha irmã. - Lígia estava firme e com voz serena. - Eu queria ter tido uma oportunidade melhor dizer isso, mas não ouve. Veridiana e eu nos reencontramos logo após o transplante de Júlia e resolvemos tentar mais uma vez, nos demos uma segunda chance minha irmã, devia ficar feliz por mim, como sabe estou muito feliz!

Laísa nada falou, balançou a cabeça negativamente e saiu andando. Júlia olhou para Veridiana e Lígia e sorriu sem graça indo logo atrás de sua esposa.

A encontrou sentada na frente do clube com as mãos na cabeça fumando um cigarro.

-- Laísa? Está bem? - Júlia perguntou ao aproximar-se.

-- Como posso estar bem linda? Minha irmã está novamente com aquela... - Ela não terminou de dizer sua frase, tragou o cigarro avidamente.

-- Amor? - Júlia sentou-se ao lado da esposa.

-- Júlia ela não pode namorar aquela mulher! Ela já fez minha irmã sofrer tanto.

-- Não concordo também com esse namoro, acho ridículo! - Disse Júlia irritada.

-- Ridículo porque Júlia? Por que é sua ex-esposa? Ou porque está com ciúmes? - Laísa encarou a esposa.

-- Não diga besteiras Laísa, eu apenas... - Júlia não sabia o que dizer.

-- Olha eu vou para casa, estou exausta e está festa já deu o que tinha de dar. - Laísa alevantou-se do banco. - Você vem ou fica? - Perguntou para a esposa.

-- Eu vou com você é claro, mas antes vou me despedir de sua irmã.

-- Vou te esperar no carro. - Laísa disse e saiu em direção à frente da casa de show para pedir ao manobrista que trouxesse o carro.

Júlia voltou ao interior da casa de show procurando Lígia, mas acabou foi encontrando Veridiana.

-- A Lígia onde está? - Júlia perguntou ao ver sua ex sozinha na mesa.

-- Foi procurar sua excelentíssima esposa promotora para tentar se explicar. - Veridiana informou bebendo um gole de espumante.

-- Está bebendo bastante Veridiana. - Observou Júlia ao vê-la bebendo.

-- Sua esposa está lá fora. - Veridiana já tinha a voz pastosa.

-- Você costumava beber quando não estava legal Veri. - Júlia sorriu sem jeito ao ver que ainda lembrava-se dos hábitos da ex-esposa.

-- E o que você tem com isso Júlia? - Veridiana alevantou-se e se desequilibrou.

 Júlia rapidamente a segurou em seus braços, ficando as duas com os rostos bem próximos.

-- Sua boca é linda Júlia. - Veridiana disse olhando-a nos olhos cheia de desejo.

-- Veri não, por favor! - Júlia pedia em um tom de voz quase inaudível.

-- Você ainda me ama Júlia? - Perguntou Veridiana ainda nos braços da ex-esposa.

-- Veri!

-- Responde Jú, ainda me ama?

Júlia não respondeu apenas a colocou sentada na cadeira e saiu às pressas. Mas Veridiana correu atrás dela e a segurou pelo braço.

-- Amanhã lá no nosso apartamento... - Veridiana tinha a voz enrolada. - Vou te esperar para ouvir tua resposta.

-- Você está bêbada, não sabe o que está falando. - Júlia já sentia o coração bater mais rápido.

-- Eu posso estar até bêbada mesmo, mas sei que vou te esperar amanhã o dia todo na nossa casa. - Frisou a "nossa casa".

Se desvencilhando da mão de Veridiana, Júlia saiu correndo encontrando Laísa já no interior do carro.

-- Credo o que ouve? - Laísa assustou-se com o jeito que a esposa entrou no carro.

-- Vamos embora daqui agora. - Pediu Júlia nervosa.
 
-- O que aconteceu Júlia?

-- Vamos embora. AGORA! - Gritou Júlia.

-- Gomes vamos para casa.  - Ordenou Laísa ao motorista.

 

Assim que chegaram à antiga casa de Laísa, elas desceram e entraram na residência. Tudo continuava igual. Lígia mantinha dois empregados tomando conta da casa e conservando-a em perfeito estado.

Júlia assim que desceu do carro entrou na casa correndo e subiu para o quarto antigo de Laísa.

Sem entender nada Laísa sentou-se no sofá da sala e ficou observando o lugar onde vivera por tantos anos.

Parecia vazia, sem Lígia, sem o monte de empregados andando de um lado para o outro. Às vezes sentia falta daquela vida.

Mas agora tinha Júlia e isso era o que importava. Ela era sua vida, sua razão de viver. Amanhã retornariam para São Paulo e suas vidas voltariam ao normal.

Manteria Júlia longe Verdiana e tudo ficaria sob controle.

No quarto Júlia andava de um lado para o outro, pensando no que Veridiana lhe dissera. Não sabia se ela falara sério quando dissera que a esperaria em seu antigo apartamento.

 

************

 

Lígia e Veridiana chegaram a casa em que moravam. Haviam comprado a casa juntas e como quaisquer apaixonados decoraram e mobiliaram a casa juntas. Discutindo e decidindo tudo em comum acordo.

A casa com era muito confortável. Com quatro quartos sendo um uma suíte que era o quarto do casal.

Havia um imenso pátio nos fundos que Veridiana transformou em um pomar e uma horta.

Tinha também um escritório, uma ampla sala de estar e outra de jantar com lugar para doze pessoas. Uma sala de jogos com mesa de sinuca e uma de ping pong que Lígia adorava jogar.

-- Nossa foi uma festa e tanto. - Lígia jogou-se no sofá atirando os sapatos longe. - Estes saltos me matam!

-- Você estava tão linda lá naquele palco. - Veridiana deitou-se por cima de sua mulher no sofá a beijando com desejo.

-- Eu acho é que a senhora bebeu demais. - Disse Lígia empurrando Veridiana para o lado e saindo de baixo dela, ficando de pé ao lado do sofá.

-- Não faz assim Lí. - Falou Veridiana com a voz enrolada. - Eu te quero aqui e agora.

-- "Ve" você está bêbada! - Lígia tentou se afastar.  - Eu não quero assim!

-- Quer sim Lí. - Veridiana começou a beija-la no pescoço, descendo por seu colo e chegando aos seus seios, qual sugou por cima do vestido mesmo.

-- Veridiana não! - Gritou Lígia tentando mais uma vez se afastar.

Mas Veridiana a agarrou mais forte e a empurrou contra a parede, deixando-a sem movimentos, pois prendeu seus braços acima de sua cabeça.

Enlouquecida ela beijava a nuca de Laísa e tocava seu corpo com violência. Com uma das mãos ela ergueu o vestido dela e com um gesto apenas arrancou sua calcinha e sem hesitar penetrou seus dedos por trás de Lígia que gritou com a dor causada.

Sem dó algum Veridiana penetrava Lígia fortemente levando ela as lágrimas, mas seu choro em nada a comovia, ela continuava a possuí-la.

Virou Lígia de frente para ela e a penetrou pela frente com força enquanto mordia seus seios violentamente.

-- Chega, por favor! - Pedia Lígia entre as lágrimas.

-- Você vai ter tudo que merece Júlia! - Veridiana disse sem parar de penetrar Lígia que se desesperou ao ouvir o nome da ex da sua companheira.

A exaustão e o excesso de álcool fizeram Veridiana tirar os dedos do sex* de Lígia que caiu de joelhos ao chão.

Veridiana cambaleou até o sofá onde se deixou cair apagando imediatamente vencida pelo cansaço.

Ainda dolorida Lígia alevantou e praticamente se arrastando foi para o quarto e direto para o banheiro.

No chuveiro ela tentava lavar a humilhação que sua companheira lhe causara. Percebeu que sangue lhe escorria pelas pernas. Estava machucada em seu sex*. Neste momento o pranto lhe tomou conta de novo e ela chorou e chorou muito, misturando suas lágrimas a água do chuveiro.

 

**********

 

O dia chegou e com ele o sol que invadiu a sala acordando Veridiana, que sentia a cabeça doendo muito.

Ela levou as mãos à cabeça tentando afastar a dor e quando as baixou viu que seus dedos estavam sujos de sangue.

Assustada ela correu para o quarto atrás de Lígia, mas não a encontrou. Olhou por toda a casa, mas ela não estava em nenhum lugar.

Ligou para seu celular, mas ele dava na caixa postal. Resolveu então ligar para a clínica dela e soube que lá ela não tinha estado.

Pela casa encontrou marcas de pingos de sangue e a roupa de Lígia, a sua calcinha estava rasgada no chão próximo à sala.

Não se lembrava de nada da noite anterior, mas algo lhe dizia que não tinha sido nada bom.

Já pensava em ligar para a polícia quando Lígia entrou em casa. Vestia uma calça de moletom, tênis e uma camiseta de manga longa, estava de óculos escuros e os cabelos estavam presos em um desalinhado rabo de cavalo.

-- Nossa Lígia eu já ia ligar para a polícia. - Veridiana disse indo abraça-la.

-- Para que chamar a polícia? - Ligia afastou-se do abraço. - Para você mesma?

-- Como? - Veridiana não entendeu o que ela queria dizer.

-- Você não se lembra do que fez ontem, não? - Lígia perguntou olhando-a fixamente.

Veridiana a olhou confusa. Então Lígia começou a se despir no meio da sala.

-- O que é isto? - Veridiana não compreendia sua atitude, mas Lígia continuava a se despir.

-- Agora você se lembra do que fez ontem à noite? - Perguntou Lígia agora completamente nua.

As marcas roxas na pele branca de Lígia logo chamaram a atenção de Veridiana que não acreditava no que via. Eram muitas marcas, ch*pões, arranhões e até mordidas.

-- Meu Deus eu fiz isto? - Veridiana tinha os olhos cheios d'agua.

-- Eu não estava em casa hoje pela manhã, pois uma amiga ginecologista resolveu me atender de emergência.

-- Como, não entendi? - Desolada Veridiana olhava o corpo de sua companheira ainda não acreditando que ela tinha feito tudo aquilo.

-- Eu tive uma micro hemorragia no interior da minha vagin*. - Informou atirando um envelope sobre o sofá. - Aí está a eco transvagin*l que eu fiz e o laudo da médica. - Graças à ação rápida da minha amiga médica o sangramento foi contido com uma cauterização dos vasinhos rompidos.

-- Eu fiz isso contigo? - Veridiana tinha os olhos arregalados.

-- Você me penetrou por trás e pela frente com tanta violência que quase desmaiei de dor. - Contou Lígia seriamente.

O silêncio foi total naquele momento e quando alguém falou foi Lígia.

-- Eu vou passar uns dias na fazenda de Laísa, espero que me respeite e não me procure, eu preciso de um tempo para mim. - Lígia caminhou para o quarto onde fez uma pequena mala.

Quando voltou a sala Veridiana a olhou arrasada.

-- Tente se encontrar Veridiana. - Aconselhou Lígia cheia de mágoa no olhar. - Ontem você chamou pelo nome de sua ex mulher quando me violentava. - Disse e deixou a casa de cabeça baixa.

Veridiana levou as mãos à cabeça desesperada. A que ponto tinha chegado, pensou arrasada.

 

 

***********

 

Júlia acordou e Laísa ainda dormia. Ela alevantou-se com cuidado e foi para a sala de estar.

Estava tão confusa, não sabia se iria até o encontro de Veridiana e resolvia as coisas ou se mais uma vez fugia de seu destino.

 

**********

 

Veridiana por sua vez tomou um banho e resolveu ir ao seu antigo apartamento. Lembra-se de ter convidado Júlia a ir se encontrar com ela. Precisava resolver sua vida de uma vez por todas.

 

***********

 

Júlia tocou a campainha. Após alguns minutos a porta se abriu e ela e Veridiana ficaram frente a frente.

Era chegada a hora de resolverem suas vidas, era a hora da jogada final.

Fim do capítulo


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