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DESTINO INCERTO por veruskasouza

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Notas iniciais:

A dura realidade bate a porta...

Capítulo 12 Ciumes e Decepção

12 CIUMES E DECEPÇÃO

Carolina escalou lentamente aquele corpo imóvel, quase desfalecido pelo intenso exercício sexual realizado. Sentia a respiração da loira se tranquilizar, aos poucos. Seus olhos mergulhavam-se naquele corpo suado, por vezes, tremulo e languido, sem deixar de sorrir ao arrepio causado a cada toque proposital, erógeno, delicado e sensual, enquanto deslizava os dedos vagarosamente durante aquele delicioso percurso ate finalmente encontrar seu objetivo, a boca vermelha que a esperava, quase ansiosa.

Beijaram-se como fossem consumir-se até a inexistência. Os gostos se misturavam com a saliva e o néctar daquele orgasmo maravilhoso, que impregnava o quarto com o cheiro mais perfeito feito de amor.

-- Você é maravilhosa...

Carol sussurrou deixando-se recostar no seio daquela mulher perfeita e silenciosa. Em sua mente, ainda letárgica, ela conseguia dar sequencia aos sentimentos até então descobertos, a paixão avassaladora que a tornava refém de si mesma, uma vez que já não tinha mais controle quando o assunto era Carolina. Aquela explosão de desejo que a deixava tão insegura, os milhares de questionamentos sobre os rumos que tomaram seu casamento e a redescoberta da sexualidade, enfim, uma diversidade de assuntos que a deixavam cada vez mais inquieta e pensativa.

-- Tá tudo bem?

A arquiteta perguntou receosa do que poderia vir pela frente.

-- Está tudo bem, sim...eu só estou preocupada com os demais...bem...é que subimos cedo...talvez...eles possam estar questionando sobre esse nosso sumiço repentino...

Helena respondeu de forma calma enquanto acariciava as os cabelos da morena que demonstrava sono, totalmente relaxada sobre si.

-- Entendo...de repente, eu até posso descer pra ver como esta a situação ...

-- Mas não precisa ir se não quiser...

A loira tentou disfarçar a insegurança quando lembrou que Clarissa poderia ainda estar com os demais. Sabia que aquilo seria uma espécie de ciúmes e que não queria ter mais problemas com a arquiteta, ao menos aquela noite. Do outro lado, Carol abriu um sorriso e fechou os olhos constatando a mudança de comportamento de Helena, mais receptiva e carinhosa, embora demonstrando parte dos anseios e dúvidas através daquela vigília silenciosa. Acabou sendo vencida pela preguiça e, pouco depois, adormecera completamente entregue naqueles braços.  

 O dia dava sinais de amanhecer quando Carolina despertara do seu sonho mais bonito. Constatou que permanecera na mesma posição a noite toda, ou seja, totalmente colada ao corpo macio e quente de Helena. Os flashes de memória a fizeram ruborizar quando pensou em como conseguira se entregar daquela maneira tão eloquente e sem limites, parecia não acreditar no que fizera. Balançou a cabeça em negação total aquilo tudo, mas sorriu internamente. Pouco depois, lembrou-se do compromisso com Clarissa, todavia sequer tinha coragem de sair daquela posição tão confortável. Seu coração queria mantê-la ali, mas, infelizmente, após uma luta desigual em relação aos seus dois amores, a loira e o esporte, levantou-se lentamente até ficar sentada na cama. A loira que dormia serenamente parecia ter sentido aquele movimento. Despertou no mesmo instante como se tivesse perdida e procurando por algo.

-- Carol?

-- Sim...

-- Esta tudo bem?

-- Hum hum.

-- Nem amanheceu direito...porque se levantou tão cedo?

-- Eu me programei para escalar hoje de manhã.

-- Sei...mas, você vai assim...?

Carol de repente voltou seu olhar para a moça que tinha no semblante a expectativa de fazê-la desistir da ideia, pois em sua cabeça já imaginava um monte de coisas, principalmente, sobre quem seria a companhia durante aquele passeio.

--Você quer que eu fique?

A arquiteta perguntou como se quisesse ouvir um sinal positivo da outra, que não evitou um sorriso sapeca e pretencioso de quem queria dizer algo secreto. Baixou a cabeça demonstrando certa timidez pela própria iniciativa, mas depois levantou os olhos e falou decidida, sussurrando sensualmente.

-- Fica...

Naquele instante, foi assistindo os primeiros raios de sol invadirem o quarto, que as amantes se encontraram novamente num beijo calmo e tranquilo, com gosto de terra molhada. E assim, lentamente se entregaram ao desejo que tomara conta de si quando os olhares famintos e apaixonados se cruzaram. Fizeram amor de cara limpa, da forma que deveria ter sido todas as outras vezes, onde não haveriam mais desculpas e sim a realidade de ambas.

-- Seu corpo é tão macio e gostoso...estou apaixonada pelo seu cheiro... tão doce...não sei se conseguirei sair desse quarto...hoje...

Carol sorriu, parecia embriagada ao sussurrar próxima da boca vermelha e molhada, entre um beijo e outro. Estavam unidas e entrelaçadas. Os corpos suados se movimentavam lentamente como se exigissem mais daquela sensação maravilhosa que estava ocorrendo, a sincronia parecia perfeita.

-- É incrível como nossos corpos se entendem...

Helena falou enquanto mordia o pescoço da outra que gem*u, mas fez questão de esclarecer as coisas.

-- A gente se entendeu desde o primeiro dia, na maioria do tempo...com exceção dos últimos dois dias...

Carol sorria lembrando das discussões, ciúmes e alguns fatos ligados aquele sentimento novo que havia surgido entre elas.

-- Hum hum...

--Mas agora o importante é que estamos...assim...juntas...

-- Sim, vamos pensar somente nisso, no agora...

E assim Helena fez expurgar seus fantasmas e se entregou novamente a mais um beijo quente onde os corpos continuaram se buscando mutuamente, se entregando aquela sede de carinho, paixão e desejo que parecia não acabar mais. Carolina desceu percorrendo cada centímetro daquele corpo com beijos e mordidas suaves até chegar ao ventre que estremeceu. Não se fez de rogada ao beijar toda aquela região até se deparar com o sex* já encharcado. Sua boca encheu-se d’agua ao contemplar a fenda e o liquido transparente que transbordava pela lateral interna das coxas. Não se fez de rogada e se deixou explorar aquele lugar com suavidade e intensidade. Helena arfou, gem*u, mordeu os próprios lábios ao ver o que sua amante tornava a fazer em si. Uma vontade louca de retribuir a encorajou.

-- Também quero...

Ela deixou escapar junto ao gemido que saiu forte pela ch*pada gostosa no clit*ris inchado. Carol parou o que estava fazendo para contemplar aquele rosto de expressão suplicante. Entendeu o que a loira não conseguira detalhar. E assim, apenas virou-se de lado, ficando ao inverso, onde lentamente encaixou seu quadril entre o rosto da mulher que parecia não acreditar naquele movimento. Helena ergueu as duas mãos agarrando aquele bumbum macio e curvilíneo para depois se apossar do sex* entregue e completamente molhado sobre sua boca. Sugou com delicadeza e intensidade. E assim, ambas se entregaram novamente aquela fome de desejo, luxuria e paixão. E nessa loucura passaram duas horas se amando, ininterruptamente, conforme a imaginação e a vontade exigia, satisfazendo todos os instintos e curiosidades possíveis até que completamente exaustas deixaram-se tomar pelo sono.

Algumas batidas na porta e:

-- Meninas, tudo bem por ai? É a Paty!

Carol foi a primeira a despertar.

-- Acho que tem alguém batendo na porta...

A morena avisou enquanto a outra apenas resmungou, agarrava sua cintura e com a cabeça deitada sobre seus ombros.

-- Meu bem, eu preciso ir até a porta ver o que está acontecendo...

-- Humm...me deixa descansar um pouco mais querida, estou exausta, deixe chamar...

Carolina riu e tentou se desvencilhar dos braços finos e delicados que insistiam em prende-la cada vez mais junto de si. De repente, ambos os celulares começaram a tocar insistentemente. Helena foi obrigada a despertar com o barulho insistente e acabou recuperando sua lucidez.

-- Nossos celulares...

-- Deve ser algo importante, vou atender...

-- Onde está o meu celular...?

--Ali do outro lado.

As mulheres, enfim, deixaram-se por um instante e levantaram para procurar os aparelhos. Carolina foi a primeira a atender a ligação.

-- Carol o que tá acontecendo?

-- Oi Paty, não tá acontecendo nada...tá tudo bem. Acabamos de acordar...

Carol respondeu ainda sonolenta.

-- Nossa, eu já bati nessa porta horrores...a Clarissa me ligou um milhão de vezes pra saber se você iria com ela...eu tô super sem graça, acabei falando pra ela ir sem você, senão ficaria tarde.

-- Nossa, que mancada!

-- Pois, é!

-- Depois eu me desculpo com ela.

-- Acho bom, viu! E seja lá o que vocês tenham aprontado essa noite...melhor saírem desse quarto pra não dar na cara, já que vocês praticamente foram dormir cedo ontem. Ainda bem que o povo já estava alegre por causa da bebida, mas Clarissa ficou o tempo inteiro no meu pé perguntando sobre você e Helena, acho que ela sacou alguma coisa.

-- Nossa, vou tomar um banho rápido e descer. Depois ligo pra Clarissa.

-- Tá!

Antes de desligar o telefone Carol se depara com o semblante questionador de Helena, que parecia ter ouvido parte da conversa.

-- Tudo bem, Carol?

-- Era somente a Paty pra me lembrar que eu furei a escalada da Pedra.

-- Hum, mas...você parece um tanto preocupada com isso, estou certa?

-- Na verdade, não existe problema, a não ser a falta de educação em não avisar sobre a minha desistência. Não é legal, mas e você, o que era?

-- Não era nada, só uma ligação da minha mãe. Retornei, mas ela não me atendeu.

A loira parecia tímida e pensativa, na verdade ficara chateada por ter mentido sobre a ligação do marido. Enfim, não teve coragem de atende-lo naquele instante. Preferiu omitir para depois fazer a ligação quando estivesse com mais privacidade.

-- Talvez seja melhor descermos, acordamos tarde e ontem fomos dormir antes dos demais.

-- Realmente, melhor evitarmos...qualquer especulações.

Helena parecia distante quando se dirigiu ao banheiro a fim de se apressar. Carol não desistiu e seguiu no seu encalço, entrando no boxe, surpreendendo a loira.

-- Tem certeza de que dormiu comigo ontem? Eu talvez mereça um bom dia...talvez um oi...

Falou carinhosa ao abraçar a moça por traz e que fechara os olhos com aquele contato suave.

-- Bom dia... 

Helena havia cedido novamente ao responder com suavidade. Virou-se para encontrar o rosto meigo da outra.

-- Por favor, Carol vamos agilizar esse banho...não faz isso...

Ela mordia os lábios e sussurrava enquanto a morena sugava-lhe o pescoço e ensaboava lhe as costas com a esponja.

-- Quero te dar um banho especial...deixa...

Carol beijou sua amante mordendo os lábios inferiores e sugando com sensualidade.

-- Mas não podemos demorar...

Helena sentiu a umidade aumentar no baixo ventre e o calor conhecido se apossar de si novamente, como uma brasa incandescente. Enfim, havia perdido o controle.

-- Prometo que irei ser rápida...

Carol disse suavemente ao pegar a esponja e massagear os ombros, pescoço, seios da loira, enfim, toda a extensão dos braços e costas suavemente, provocando-a ao máximo. A cada movimento mais ousado, aquele chiado gostoso da loira puxando o ar, revelando parte do tesão que apossara dentro de si. As mãos agora circulavam o bumbum, entrando vez ou outra entre as abas perfeitas. Depois, a inspeção nas partes íntimas, que não podia ser muito demorada para não acelerar o processo. O olhar de Helena era de uma felina no cio que parecia querer pular em cima de Carolina. A arquiteta desceu pelas coxas, vagarosamente, admirando todos os detalhes daquele corpo perfeito. Então ela se ergueu e empurrou a loira pra dentro do chuveiro, ajudando a espuma descer, sem descolar seus olhos nos da outra que mordia os lábios suplicando por mais beijos, mais carícias, por outro tipo de contato.

Carolina resolveu ceder aquelas suplicas beijando sua amante com desejo e paixão, unindo os corpos, levando-a para traz até encostar suas costas no azulejo frio. De repente, soergueu uma das pernas da loira incentivando-a a prender-se em seu quadril, fazendo com que um arrepio mútuo tomasse conta dos corpos febris. E assim ela buscou o sex* com dois dedos, massageando ao redor do clit*ris inchado, fazendo Helena suspirar e gem*r ao mesmo tempo. Carol ficara ali torturando aquela mulher completamente excitada, que movimentava seu quadril vagarosamente, mordia e sugava seus lábios com delicadeza, beijava sua face e, por fim, sussurrava:

-- Você me faz sentir a mulher mais perfeita e gostosa desse mundo e... eu não consigo imaginar algo tão intenso, tão especial, que me completasse tanto quanto o seu toque...suas caricias...seus beijos...sua fome...sua sede... de mim!

Helena confessou entre dentes, quase sussurrando, fazendo a arquiteta sorrir e responder da mesma maneira:

-- Mas você é minha perfeição, minha gostosa...deliciosa...eu te quero muito, muito, Helena...

E assim a morena penetrou profundamente aquele corpo quente, fazendo Helena gem*r alto e agarra-la firme, cravando as unhas nas costas de Carolina. A respiração ofegante e o batimento cardíaco acelerado pareciam aumentar a cada lenta estocada, na qual Helena se contorcia e deixava-se penetrar, ser possuída, ser comida por aqueles dedos insistentes e firmes. O toque era profundo e intenso. Depois de algum tempo ganhara mais velocidade, seguindo a cadência respiratória de ambas. Carolina descobria os pontos mais erógenos daquela região, a cada movimento, fazendo Helena delirar e morder seus ombros quando enfim acertava o local mais sensível, insistindo ali, buscando, às vezes, mover-se levemente, outras vezes mais profundamente. Pouco tempo depois, os movimentos se intensificam e Helena daria sinais que iria alcançar o clímax quando de repente se afastara do beijo, segurando a nuca da amante para ver suas reações e deflagrar todo seu encantamento ao observar aqueles olhos hipnotizantes se tornarem mais escuros, a respiração ofegante atingir a sua que também tinha a mesma velocidade. Dessa maneira, se permitiram descobrir intimamente, olhos nos olhos, face na face, observando-se, mutuamente, cada nuance do prazer esculpido e desenhado pelo orgasmo profundo e intenso que alcançaram, fazendo-as deslizarem lentamente parede abaixo com a perda total das energias, que pareciam se esvair ao deixa-las sentadas e quase estiradas no box, com a água a cair sobre si.     

Carolina não cabia em si de tanta felicidade ao sair daquele banheiro. Ouvir aquelas palavras de sua amada trouxe uma satisfação imensa, principalmente, porque Helena era uma mulher discreta demais e, tomando pelos outros momentos de amor quase silenciosos, a não ser pelos gemidos e respirações ofegantes, ela pouco a ouvira se manifestar e aquela confissão seria algo de fato sensacional ao seu entendimento.

Abraçou sua amante por traz quando a mesma terminava de pentear-se em frente ao espelho. Helena ficara imóvel ao se encarar sendo abraçada pela mulher por quem estaria apaixonada. Aquela intimidade refletida no espelho a deixara um pouco constrangida, embora seu peito tivesse inflado de calor ao receber o carinho, todavia, sentia-se estranha estando ao lado de alguém que não Paulo. As lembranças do marido a fez ficar inquieta e com a consciência pesada. O semblante mudara em questão de segundos. Carolina percebeu tudo, parecendo entender o que se passava. Afastou-se sem dizer nada, decidindo dar o tempo que a outra precisava.

-- Eu vou descer primeiro, se não se importa.

A arquiteta sorriu com certo esforço, todavia, deixando a certeza de que se incomodara com aquela mudança de comportamento evidente.

-- Eu descerei em seguida, Carol.

Antes de sair, a morena esperou por um segundo qualquer tipo de atitude da loira, um abraço, um beijo, qualquer demonstração de carinho. Como percebeu que naquele instante aquilo não seria possível, suspirou fundo e se deixou levar porta a fora.

 Apesar de tudo, havia muita felicidade dentro de si para que um fato isolado como aquele a deixasse triste, resolveu não dar trégua ao sofrimento, abriu um sorriso para si mesma antes de seguir em frente, ainda precisava sentir o clima de toda aquela situação.

-- Olha a bela adormecida aí!

Tatiana olhou para Ricardo que parecia um pouco sério antes de cumprimentar Carolina.

-- E a dor de cabeça amiga, como está?

Patrícia sugeriu rapidamente, recebendo um olhar de compreensão da amiga que havia sacado o estratagema formulado.

-- Pois é, eu estou melhorando. Acho que peguei muito sol na trilha, estava desacostumada.

-- Nossa, você não passou bem, Carolzinha?

Ricardo falou preocupado e recebeu um olhar de desanimo da prima que parecia não ter acreditado na historia, mas preferiu se silenciar.

-- Nada tão sério, estou bem melhor agora, obrigada.

Carolina se dirigiu a cozinha para não dar mais assunto aqueles dois. Sentiu que poderia entrar em terreno perigoso, mas resolveu se distanciar, não por si, mas por Helena que com certeza ficaria chateada por quaisquer insinuações.

Não foi muito diferente com Helena que demonstrou parte do seu constrangimento ao tentar se livrar das insinuações de Tatiana e sua língua ferina. Acabara ficando completamente chateada com aquela intervenção.

-- Nossa Helena, você sumiu com Carolina! Ficaram presas naquele quarto a noite inteira. Estávamos com saudades.

-- Bem...na verdade...

-- Ela estava cuidando de mim, Tatiana, é óbvio!

Carolina chegou bem na hora, olhando com seriedade para a moça que acabou fechando o sorriso irônico ao sentir um certo tom de ameaça no ar.

-- É mesmo, você já tinha dito isso, né, Carol!

-- Pois é, a Carol passou mal a noite e eu acabei ficando ao lado da minha amiga.

Helena sorriu e abraçou voluntariamente Carolina, como se nada tivesse acontecendo deixando a incomodada com aquela aproximação ensaiada.

-- Que bom.

A loira maliciosa respondeu sem graça.

-- Vou tomar um ar... essa noite não foi nada fácil.

Carol se desvencilhou dos braços de Helena demonstrando certa frieza e em seguida foi para varanda onde Patrícia e kelly conversavam animadamente junto a Gustavo e Luciana. Odiava mentir e aquilo tudo estava tirando-a do sério. Pra ela não teria que dar satisfação a ninguém, mas por Helena se sentia obrigada a deixar tudo rigorosamente ensaiado e falseado como a ocasião pedia.

E a manhã terminou assim, com os grupos divididos, sobretudo, Carol e Helena que pareciam ter se distanciado ainda mais, uma da outra. Um pouco mais cedo a advogada se esquivou de todos para fazer a tão esperada ligação ao marido. Conversaram rapidamente. Ela disse que estava feliz pelo passeio. Paulo gostou da resposta da esposa incentivando-a a essa nova fase, para que se divertisse um pouco, o que por sinal seria importante para sua recuperação no processo de fertilização, caso viesse novamente a ocorrer. Helena, pela primeira vez em tempos sentiu seu coração diferente ao falar sobre aquele assunto, parecia que o mesmo já não tinha tanta importância como antes para si. Um questionamento estranho havia passado pela sua cabeça naquele instante.

No final da tarde, todos pareciam animados com a proposta de Luciana em ir pra cidade aproveitar a noite. Helena não estava tão disposta, preferia aquele continuar sobre aquele céu estrelado e curtir um pouco mais o clima gostoso, mas não contrariou as expectativas dos demais. Carolina simplesmente concordou mecanicamente, pra ela esse distanciamento forçado de Helena a deixava um pouco triste e incomodada, mas sabia que deveria, ao menos, naquele instante preservar o que estava acontecendo.

-- Você não quer subir pra gente se arrumar agora, Carol?

Pela primeira naquele dia, Helena pareceu preocupar-se um pouco sobre a opinião da morena ou tentado uma aproximação, mesmo que só por algum tipo de conveniência. A arquiteta observou aquele fato descontente, mas manteve a pose e sorriu pra loira respondendo prestativa:

-- Vamos sim, Helena. Preciso tomar um banho relaxar uma meia hora antes de sair pra aguentar ficar acordada.

-- Eu também estou um pouco cansada.

Assim, elas se despediram de alguns e subiram para o quarto silenciosamente, uma após a outra. Carolina foi a ultima a entrar e fechou a porta, tendo o cuidado de tranca-la caso algo ocorresse novamente. Dentro de si, prometeu para si mesma que iria esperar o tempo de Helena, alguma atitude em relação a elas, pois fora ela quem sempre buscava a outra, quem iniciava todos os contatos. Tudo bem que a loira sempre a correspondia, de todas as formas, mas as iniciativas sempre foram da arquiteta.

Helena foi ao banheiro fazendo toda sua higiene pessoal demoradamente e Carol a esperou paciente enquanto escolhia o que iria vestir. Quando Helena saiu do banheiro Carol já tinha nas mãos a toalha e as roupas escolhidas. Os olhares cruzaram-se confusos, mas ambas preferiram seguir no que estavam fazendo a ter que parar para iniciar algum dialogo.  Um estranho silêncio se fez. A arquiteta viu que a loira realmente não a procuraria e então resolveu que faria da mesma maneira.

Quando saiu do banho, já vestida, Carolina se deparou com o quarto vazio novamente. Aquilo a fez ficar incrivelmente magoada, a fuga e o silêncio de Helena, assim como sua total falta de iniciativa a estava magoando sobremaneira. Tudo bem que ambas estava passando por um processo difícil de aceitação e mudança, mas a ausência de dialogo e, ao menos uma mísera tentativa de aproximação deveria ter sido feita por ambas e não somente por Carolina.

-- “Como poderei viver correndo atrás de alguém que mal está falando comigo.”

Pensou desanimada, antes de terminar a maquiagem e admirar o resultado da produção. Conseguiu sorrir aprovando sua escolha.  

Ao menos sua autoestima ficara um pouco inflada diante da manifestação geral sobre o seu visual. Carolina havia ficado linda aos olhos de todos, principalmente ao de Helena que de longe observava a mulher vestida um pouco mais sexy que o de costume. A loira também estava extremamente bonita, embora estivesse mais discreta. Os olhares de ambas se cruzaram e novamente elas pareciam se reconhecer em fogo e brasa. Helena rapidamente desviou sua atenção como se quisesse ignorar aquela presença que tanto a perturbava. Ela só queria fugir daquele turbilhão de sentimentos que se apossara de si. Desejava demais Carolina e mal conseguia se controlar ao seu lado.  Não queria aquela loucura toda pra si, queria paz, tranquilidade, mas seu mundo parecia ter virado de cabeça pra baixo depois daqueles últimos dias. Estava perdida sem a menor noção de como agir, falar, dizer. Carolina ficara triste de repente e seu sorriso tão reluzente murchara ao perceber que Helena a evitava novamente. Patrícia percebeu toda a situação e logo tratou de chamar a turma para seguir. E como não poderia ser diferente, Helena preferiu seguir com Patrícia e Kelly deixando Gustavo e Luciana acompanharem no carro de Carolina.

O restaurante escolhido era bonito e sofisticado e o clima geral era descontraído. As amantes fizeram questão de sentar-se o mais distante possível, todavia, deixaram-se envolver com os demais presentes e por alguns minutos não se viam mais naquela situação desagradável. Algum tempo depois do jantar, adentra ao recinto, um homem alto, loiro, de porte atlético incrivelmente bem vestido acompanhado de outro de igual aparência. Patrícia arregala os olhos e cutuca a amiga.

-- Você não sabe quem acaba de entrar no restaurante?

-- O que foi, Paty? Quem en....?

Carolina não conseguira terminar a fala, apenas congelou ficando branca como papel. Jorge Toledo de Alcântara, o homem mais bonito da face da terra, canalha, mulherengo e, sobretudo, ex-noivo, mentiroso compulsivo, que a chifrara com muitas amigas e desconhecidas, que entrara no recinto todo sorridente.

-- Tem como eu me esconder debaixo da mesa?

Ela falava com os dentes trincados sem mexer a boca.

-- Acho que não, ele já te viu.

Patrícia respondeu da mesma maneira.

Como fosse um imã, o homem desviou seu trajeto, seguindo em direção a mesa da mulher que agora tremia, prometendo a Deus se comportar por toda uma vida desde que aquele não se tornasse o pior dia de sua vida.

-- Meu amor, quanto tempo!

Ele ergue a morena como se tivesse meio quilo, a qual acabara ficando com rosto rubro de vergonha. Jorge a abraçou longamente demonstrando uma grande intimidade até para os presentes, enquanto a moça revirara os olhos pedindo paciência aos céus ou a quem quer que fosse.

-- Meu primo, Iago, lembra-se dele, honey!

-- Sim, lembro. Como vai, Iago?

Ela cumprimentou o rapaz aos olhos de toda uma mesa silenciosa.

-- Pare de me chamar de honey, Jorge!

Ela falou entre dentes, com o olhar crispado e o rapaz que parecia entender, forçou ainda mais a cara de pau:

-- É o costume, querida, afinal de contas nem faz tanto tempo que ...

-- Como vão os negócios, Jorge?

Patrícia entrou na conversa, tentando evitar o pior, salvando a amiga de uma discussão feia.

-- Melhor impossível, estou indo pra Nova York na segunda, muitos negócios por lá!

-- “E muitas mulheres, também!”

Carolina fechou a cara ao rapaz para ver se o mesmo se tocava e dava no pé, mas ele não se despedia.

-- Bem, e os seus amigos? O mesmo falou descontraído.

Não havendo alternativa Carolina o apresentou a todos.

-- Este é...bem... um amigo e seu primo Iago.

Falou sem motivação.

-- Não seja tão discreta, querida. Boa noite, eu sou o noivo..

-- Ex- noivo, Jorge.

Carolina cortou o rapaz de maneira firme, quase perdendo a paciência.

-- Essa palavra “ex” me incomoda tanto, melhor você dizer, um amigo especial de longa data, não é honey! Soa mais bonito.

E assim, depois de muito toma lá da cá e nenhum convite para sentar, Jorge acabou seguindo para outra mesa com o parente, mas de longe seus olhos não saiam de Carolina e ela sabia estar sendo observada por ele e por outras pessoas que nada haviam gostado do rapaz abusado. Helena mantinha-se distante e pensativa, preferiu não beber mais e rezava para que aquele passeio ali terminasse. Em algum momento Carolina e Patrícia foram ao banheiro retocar a maquiagem e aproveitar para conversar um pouco sobre o que acontecia.

 -- Eu quero matar o Jorge!

-- Eu também iria querer, mas que cara de pau, Carol! Tudo bem que o homem parece que foi desenhado à mão, mas...gente do céu, ele se supera a cada dia!

-- Você viu a audácia, Paty! Se auto chamar de noivo...aiiiii...que raiva!

-- Amiga, pelo amor de Deus, vamos evitar o bafão, esquece desse homem!

-- Vou tentar ficar calma, eu mereço ficar calma!

-- Aff, a Helena tá com uma cara! Você viu?

-- Quer saber, to me lixando pra cara dela, ela não tá nem ai pra mim mesmo. Eu tô preocupada é com aquele calhorda, dele aprontar comigo novamente!

Carolina parecia nervosa.

-- Não se preocupe, acho que não ira fazer mais nada.

-- Como não, irá pregar no meu pé, você sabe que ele me persegue!

-- Acalme-se que nós estamos numa turma grande...ele não fará nada.

-- Eu tenho medo...as vezes ele é violento, você sabe...

-- Mas ele não fará nada, tenho certeza, só se for burro. Vou sair e vamos pedir a conta.

-- Por favor, amiga, senão nem sei o que aquele louco é capaz de fazer.

-- Não se preocupe, vamos!

Chegando na mesa elas pediram a conta. Cinco minutos depois estariam saindo. Carolina enfim havia pedido a Helena que a esperasse um minuto quando fora abordada por Jorge que tinha o olhar diferente, deixando a arquiteta trêmula e insegura.  Gustavo e Luciano acreditando tratar-se de uma tentativa de aproximação do ex noivo saíram rapidamente em direção de Patrícia e Kelly, onde decidiram pegar uma carona.

-- Carol, eu tenho tanta coisa pra lhe dizer, por favor, me dá uma chance!

O rapaz choroso implorava na frente de uma Helena boquiaberta.

-- Prefiro deixa-los, vou com a Patrícia.

-- Não vá Helena, por favor! Jorge eu tenho que ir, conversamos num outro dia.

Carolina respondeu aflita tentando tirar as enormes mãos que insistiam prender as suas.

-- Eu estou arrependido, querida, você não tem ideia do quanto mudei.

-- Que bom, fico imensamente feliz em saber disso, mas eu preciso mesmo ir, Jorge...

E a arquiteta seguia em direção ao carro com o homem a tira colo de um lado e a loira de braços cruzado e emburrada do outro.

-- A gente se ama, Carol, desde que éramos adolescentes, íamos nos casar...

-- Pare com isso, Jorge, foi você quem estragou tudo, por favor, entenda, não damos mais certo!.

Ela parou no meio da rua falando alto e gesticulando sem paciência.

-- Você não sabe o que está dizendo!

O homem tinha lágrimas escorrendo por todo o rosto.

-- Pra mim já deu, vá resolver sua vida com seu namorado, Carol, que eu vou com a Paty!

O ciúmes de Helena era tanto que ela não pode ver o olhar de medo e tensão nos olhos de Carolina que praticamente pedia socorro.

-- Por favor, Helena vamos comigo, não me deixe!

Ela implorou, mas Helena deu as costas e se foi.

-- Eu preciso falar com você, Carol. Vamos sentar ali no bar mesmo, por favor.

Foi a ultima coisa que Helena escutou até alcançar o carro que já estava partindo.

-- Me esperem, vou com vocês!

A loira chegava um pouco ofegante após caminhar apressada para não perdera a carona.

-- Perai, cadê a Carol?

-- Ah, ela ficou lá com aquele chato do noivo ou sei lá o que dela. Me desculpem, mas eu não consegui ficar ouvindo aquele homem chorando e implorando...

Ela falava com a voz contrariada.

-- Mas você não devia, Helena!

Patrícia quase gritou dentro do carro, deixando todos mudos com aquela atitude.

-- O que houve Paty?

Kelly questionou a namorada pela rispidez na resposta.

-- Ele é perigoso, não aceitou o fim do relacionamento. Perseguiu Carol por muito tempo, ameaçou. Pelo amor de Deus, ela não podia ficar sozinha com aquele homem! Kelly acelera e vamos lá, antes que o pior aconteça!

-- Meu Deus, vamos!

Kelly acelerou o carro e de longe via Carolina empurrar o homem que agora a prendia pelos braços e tentava entrar junto com ela dentro do carro. Carolina chutava e lutava bravamente, enquanto chorava e pedia para ele parar.

-- Vai embora, sai da minha vida, pelo amor de Deus!!! Alguém me ajuda, por favor!!!

Ela gritava e pedia por socorro, mas o local era um pouco afastado e ninguém estava passando naquele momento. Uma freada brusca foi ouvida e Gustavo e Patrícia desceram do carro tentando conter o brutamontes que após atingi-los com o braço preferiu ir embora depois de ser ameaçado pelo grupo. Helena vira tudo aquilo transtornada e apática, parecia ter entrado em transe.

-- Desculpa, amiga, eu não devia tê-la deixado sozinha com aquele louco!

-- Paty, ele é doente. Eu pensei que fosse me matar ou fazer sei lá o que!

Elas se abraçaram emocionadas.

-- Você quer ir a delegacia, amiga?

-- Não, eu só quero ir embora daqui, apenas isso! Vou pensar melhor e depois vejo o que faço.

-- Tudo bem, então. Gustavo, por favor, leve o carro de Carol, ela não tem condições de dirigir.

Patrícia falou ao homem tremulo que assentiu com a cabeça antes de entrar no veículo e seguir rapidamente rumo a chácara.

-- Por favor, Luciana, vá na frente que eu irei com Carol, aqui atrás.

Luciana sentou no banco da frente e Carolina entrou no carro com os olhos vermelhos, sentando-se ao lado de Helena que estava pálida. Olharam-se, mas dessa vez foi Carol quem desviou o olhar, baixando a cabeça e encostado nos ombros de Patrícia que parecia não acreditar no que havia acontecido. Um silêncio constrangedor tomara conta daquele ambiente. Ao chegar na chácara, a arquiteta seguiu direto para o quarto, pediu licença, agradeceu  a amiga e a namorada, mas preferiu subir, queria esquecer daquela noite. Entrou no banheiro e trancou a porta, pois iria desabafar sozinha depois de tudo. Chorou por Jorge, por Helena, por não conseguir encontrar alguém que realmente a amasse, respeitasse e a valorizasse como pessoa.

Ela vestia uma pequena peça de dormir quando saiu do banheiro onde parecia ter deixado parte da alma. Estava séria e compenetrada. Helena permanecera sentada na cama o tempo inteiro, esperando que a porta do banheiro se abrisse. Pela primeira vez, Carolina não reagiu ao cruzamento dos olhares. Helena vira um vazio tão profundo e triste que a fizera constranger-se e embargar a voz que estranhamento não conseguia sair. Além da culpa emocional por não dar aquela menina o amor que tanto ela precisava, ainda tinha o egoísmo por quase deixar acontecer uma tragédia com a mesma. Simplesmente sentia-se mal com tudo aquilo.

-- Pode usar o banheiro, desculpe a demora.

Carolina falou antes de se deitar do outro lado da cama. Helena tentou, mas a voz continuou presa. Não disse uma única palavra e seguiu rumo ao banheiro onde também teve seu momento de desabafo. Ao retornar observou a moça que ressonava com semblante sério, quase pesado. As lágrimas rolaram novamente quando deitou-se para descansar do outro lado da cama. Tinha vergonha, medo, insegurança e muitos outros sentimentos que a deixavam por vezes incrivelmente triste. Carolina poderia ter se ferido verdadeiramente com a sua atitude e isso era inconcebível. Só de imaginar em perder a moça sentia o estomago revirar. Aquela mulher forte que tanto a encantara estava sofrendo tanto e muito daquilo era por sua causa. As lágrimas continuavam a cair e o soluço se fez presente, o suficiente para acordar a moça que, apesar da pouca luz do abajur, virou-se até encontrar aqueles olhos verdes lindos inchados de tanto chorar.

-- Por que está chorando?

Carolina demonstrou preocupação ao perguntar. Aproximou-se mais da moça.

-- Helena, você está bem? O que tá acontecendo?

A loira não respondia, simplesmente passou a chorar copiosamente. As mãos de Carolina seguiram vagarosamente até o rosto da loira que fechou os olhos sentindo aquele toque doce, que agora amparava suas lágrimas. Helena não conseguiu mais resistir, praticamente se jogou num abraço apertado junto ao corpo da arquiteta.

-- Me perdoa, me perdoa, por favor...eu sinto tanto, Carol...não queria que isso tivesse acontecido!

-- Calma, querida, tá tudo bem agora, foi só um susto!

-- Não, não está nada bem. A gente tá ficando juntas, fizemos amor e eu estou praticamente fazendo você sofrer com minhas dúvidas, meus medos... você não merece isso, Carol, merece alguém que te ame e te faça feliz de verdade!

-- Não diga isso! Eu quero você na minha vida, Helena! Por favor entenda...

-- O que sentimos é muito forte, eu sei, e é recíproco, sim, mas isso tem que acabar, senão vamos sofrer demais.

-- Porque não diz a verdade, que ama seu marido e que eu fui apenas um momento de carência!

Carolina parecia irritar-se por ter sido novamente dispensada pela loira.

-- Eu não sei mais o que sinto pelo meu marido há muito tempo...mas isso não significa que não temos mais um casamento sólido e que eu deva me divorciar assim, do nada.

-- Sólido no papel, você quer dizer! Bom, não sou eu quem vai mudar sua cabeça. Estou disposta a tudo pra te ter ao meu lado, mas tá doendo demais e eu não vou mais implorar... você tem razão, eu não preciso sofrer tanto!

Carol se desvencilhou daqueles braços completamente arrasada. Dentro de si, uma dor profunda, uma magoa, enfim, muitas coisas que a fizeram chorar novamente e virar-se de costas para a outra. A loira tocou os ombros da moça que empurrou a mão, interpelando aquele contato. Helena insistiu e logo forçou o abraço por traz, permanecendo na posição de concha, ouvindo o soluço e sentindo o coração disparado da arquiteta que acabou se deixando abraçar pela outra.

-- Meu coração está se despedaçando nesse instante, pois o amor que eu sinto não poderá superar a realidade que tenho... a que devo viver. Espero que um dia você possa entender e me perdoar por ser tão insegura...covarde... mas saiba que jamais irei me esquecer quando eu fui mais feliz na vida e, em todos os momentos, terei a nítida certeza que foram ao seu lado...você pode não acreditar mas...eu te amo, Carolina!

 

Ela sussurrou fazendo com que a arquiteta quase cometesse uma loucura, mas enfim, estava ciente que não poderia fazer mais nada e implorar ou pedir estava fora de cogitação, Helena jamais largaria aquele casamento de conveniência, aquela vida pequena e cheia de regras que se convertia no seu mundo.   

Fim do capítulo

Notas finais:

Olá.

Hoje está sendo um dia particularmente difícil e por azar ainda entrei na vibe deste capítulo, que como vocês já devem ter visto...ficou um pouco triste...entao ja viu, juntou a TPM e o meu estado de humor...aff!

Adoro rodar a esmos de carro escutando músicas dos anos 80 quando isso acontece, mas hoje em especial...nada parece estar...resolvendo...

Enfim, boa semana a todos!


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Comentários para 12 - Capítulo 12 Ciumes e Decepção:
Josiane Gomes
Josiane Gomes

Em: 03/09/2019

Ansiosa, pela continuação ????

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Mille
Mille

Em: 31/12/2017

Ola Verusca tudo bem?

“A aventura da vida renova a cada 365 dias e só desejo que os próximos sejam os melhores de sempre.“

Que você tenha inspiração e continue nos proporcionando a alegria de histórias maravilhosas personagens cativantes.  

 

Feliz Ano Novo!

Aguardo seu retorno

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Mille
Mille

Em: 25/07/2017

Hoje é o dia do escritor desejo muita inspiração, alegria e sucesso a ti. Tem uma frase muito linda que vi hoje pena que o site não aceita anexar figura.


"As melhores viagens da minha vida eu fiz sem sair do lugar". 


Já viajei muito por lugares, conhecimentos de culturas e sentimentos, a torcida por os personagens queridos, ou vilões para ver sua queda.


Obrigada por sempre nos presentear com belissimas histórias.

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Mille
Mille

Em: 31/12/2015

Ola Veruska tudo bem?

Nesse Ano Novo te desejo:

Felizes momentos que permaneçam ternos por toda a tua vida.

Estrelas brilhantes que irradiem luz deixando que todos vejam, como é intenso o seu brilho.

Liberdade para voar e alcançar os seus mais lindos sonhos.

Incrível visão do certo e errado.

Compreensão e sabedoria presentes em todos os seus momentos.

Igual respeito ao outro assim como o outro a ti.

Dádiva de viver da maneira mais íntegra possível.

Amor puro e verdadeiro.

Desejo de lutar sempre pelo melhor.

Esperança como chave da tua sabedoria.

Saúde para viver intensamente.

Feliz Ano Novo!

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veruskasouza
veruskasouza Autora da história

Em: 26/11/2015

Bom dia amores,

Então nesse instante só digo que poderei postar semana que vem...realmente,profissionalmente nao vai dar essa semana...meu Projeto EMPORIO FEMNINO: FINOS ACORDES DA NOITE CUIABANA está lançando um CD e o site num show de abertura da ZELIA DUNCAN, VANGUART E ORQUESTRA SINFORNICA DE MATO GROSSO : TOCA RAUL!!! Torçam por mim!!

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Angeloliveira
Angeloliveira

Em: 24/11/2015

oi como você está? 

espero que esteja bem...que tenha colocado seus devidos pontos e vírgula no lugar...

eatamos aqui flor....sentindo sua falta flor

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Maggie
Maggie

Em: 16/11/2015

Olá !!!

 

Como sempre adorei o capítulo .... a última parte foi forte ... mas a Helena tem q escutar umas verdades né ... 

Torço pelas duas ... espero que a Carol não sofra tanto ... ( mais ainda né )

Quanto ao que falou ... pode ter certeza que te entendo ... independente do problema ... juntou a TPM .. e ai se faz o estrago ... 

Mas graças a deus que você conseguiu escrever ... eu já não tive esta sorte ... nem isso tenho conseguido :(

Independente de tudo .. o conto continua ótimo !!! já é um dos meus favoritos !!!

Espero que tudo se resolva da melhor forma em sua vida !!! tenha fé !!!

 

bjos


Resposta do autor:

Ola Maggie

Pois entao, a historia deverá entrar numa fase diferente, acho...Helena vai ter que rever total seus conceitos e prioridades...principalmente no que diz respeito a busca pela felicidade...

Quanto a mim, ...bem isso que você falou..mas vamos firme e fortes nessa caminhada...

Obrigada por comentar querida, beijos!!

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Angeloliveira
Angeloliveira

Em: 15/11/2015

como sempre, nos surpreende, acho que esta dose de TPM serviu para deixar o conto com um Q a mais. kkkkkk,

Helena esta em uma encrusilhada...de um lado o amor mais puro e singelo que ela já sentiu, e este vem de uma mulher, sua amiga..do outro tem seu casamento, até mesmo o julgamento que a pessoas possam fazer no qual ela ainda da muita imortancia ..isso fará com que as duas sofram, ou seja ja estão sofrendo bastante...Helena precisará descobrir que o que ela sente pela carol é mais que uma aventura, um desejo carnal...por mais que ela tenha falado que ama a carol, ela não conhece o poder deste sentimento ainda.. e carol, a linda carol, terá que ser forte....mais acredito que isso ela já é, forte e madura....saberá conduzir a situação com sabedoria,..

acredito que será melhor a carol se afastar um pouco da Helena neste momento para que esta sinta a falta de estar, sentir, desejar e ser desejada, do cuidar,do conforto....algo que só senti nos braços da morena....

 

ps: não dei atenção a sua merecida história antes  pois tive que vim pra SP a trabalho, e a loucura desta cidade junto com tudo que tenho a fazer me consome...mais amanhã se deus quiser volto para casa  e terei um merecido tempo pra mim...

.....

Peça ao céu um pouco de silencio e procure conversar com a noite

Faça de cada ilusão uma promessa, e pense que, o que passou passou.

Lá fora o ar pode estar pesado, mas o desejo de seguir, de lutar, é maior. Então liberte-se dos preconceitos e saia por ai. Vá passear, ironize essa amargura e faça dela uma sombra fértil de amor.

Não sinta receio de nada. A vida é assim, tudo é eterno recomeço. Sempre existe um amanhã de saida, que pode ser feito de boas venturas e aventuras.

Olhe-se no espelho e sorria, e coloque nesse sorriso tudo de bom que você tem para dar, as coisas que viu, ouviu, adorou e amou...

Afirme-se em um só pensamento de que seus desejos sempre serão de alguma maneira realizados. Tudo é natural, tudo de bom parte de dentro de você.

E lembre-se que em algum lugar existe alguém que lembra de você, sentiu saudades, as vezes até te amou, e isso é muito bom.

Vibre com a lua, mas contra a tempestade. Fique feliz por ainda saber sorrir...

Vá! Levante a cabeça, coloque no rosto uma expressão feliz, tudo vai lhe parecer mais facil.

Notou? Abra a janela e preste atenção nos passaros brancos, que voam no ceú, se eles não estiverem lá voando, ainda assim tem um infinito céu azul e lindo, só pra você!...............

 

                                                                                               autor desconhecido


Resposta do autor:

Olá Angel,

 

Primeiramente, obrigada por comentar...seus comentários são sempre muito valorosos e importantes pra mim...

Realmente, Helena vive sob muitos conflitos internos, mas ela é uma pessoa que tem sua vida traçada de acordo com o meio em que ela vive, então, certas mudanças drásticas não são aceitas nem mesmo por ela mesma, ou seja, acho que se esse sentimento for mesmo muito forte e tiver criado raizes, primeiro ela devera aceitá-lo, depois lutar por aquilo que acredita. Pra Carol, a situação pode até ser mais facil, afinal de contas, ela é solteira, dona da própria vida, tem uma boa cabeça...ao meu ver, isso é até mais conveniente...

Sobre o que vc escreveu...algumas coisas me fizeram refletir, alias esse periodo sabatico...foi meio que reflexão, sabe! Sei lá, eu tenho que me encontrar...aff...superar perdas...

...beijos obrigada! 

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Silvia Moura
Silvia Moura

Em: 15/11/2015

Olá linda, fica triste não, se alegre, pois você está sendo divina, magistral em sua escrita, você meche com todos os sentimentos... faça como chico chavier dizia: tudo passa na vida... um beijão autora...


Resposta do autor:

Silvia,

 

Muitissimo obrigada pelo incentivo, é muito importante e uma motivação a mais para continuarmos a escrever...então...nem tudo as vezes são como planejamos...mas a arte da conquista está no crescimento que alcançamos a cada tropeço...bem isso... acho!

beijos

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Eva Mendes
Eva Mendes

Em: 15/11/2015

Olá Veruska estou muito feliz por vc ter voltado a publicar, adoro seus romances,sua escrita é maravilhosamente perfeita,me envolve de uma maneira que não sei explicar,também através dessas histórias e de seus personagens viajo bastante acho que se pudesse ficaria dias lendo tudo que vc escreve obs.(meio obsecada rsrsrs)gostaria de te agradecer por me proporcionar momentos maravilhosos através de suas historias.

Capitulo triste mais preciso,acho que em algum momento passamos por essas fases complicadas e Carol tem que ser forte e paciente para ter Helena de um vez.

Veruska não fica triste linda afinal nada é pra sempre tudo um dia por mais demorado que seja vai passar,te desejo sorte e saiba que te desejo coisas maravilhosas,coloca um sorriso no rosto que tudo vai melhorar abraço de urso.


Resposta do autor:

Olá Eva,

 

Nossa, fico extremamente lisonjeada com o seu comentário, viu! Realmente eu nao estou numa boa semana...deve ser a lua e a TPM, o calor, rsrsr...enfim, vamos melhorando aos poucos e é sempre bom ouvir incentivos como os seus...uma motivação a mais! muito obrigada pelo carinho

 

 

beijos

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