Nao adianta fugir...
Capítulo 11 Fuga e Atração
11 Fuga e Atração
O dia lançava os primeiros raios de luzes quando os olhos da loira, coberta por uma colcha até a cintura abrira-se lentamente. Aos poucos Helena fora recuperando as lembranças ainda tão confusas e conflitivas dentro de si. No princípio, os flashes levaram-na a uma constatação cheia de insegurança e dúvida. De uma coisa, a certeza, a de que Carolina povoava cada segundo de sua mente, desde os desentendimentos, do ciúme irracional até o beijo, tudo misturado à luxúria e ao desejo que explodira de maneira desenfreada dentro de si. Ela se questionava como fora capaz de tudo aquilo, de se levar pela loucura a qual se submeteu participar. Um milhão de respostas e desculpas se formavam enquanto ela se virou e viu o corpo nu de Carolina adormecido tão sereno em sua direção. Silenciou-se por alguns segundos, em contemplação, mas logo depois, ficara apavorada. Não via outra justificativa para tal ato que não a carência pela falta do marido, o excesso da bebida, todo aquele clima de sedução e até mesmo por ter descoberto o sentimento secreto da amiga, enfim, tudo aquilo poderia ter sido a chave para o seu descontrole, para aquela entrega irracional, a qual preferia mil vezes não ter se submetido. Seus olhos percorreram cada centímetro daquela mulher e ela fora traída pelo próprio corpo ao associar a noite anterior com a figura tão sexy e delicada ao seu lado. Um fogo crescera dentro de si novamente ao observar a arquiteta, totalmente nua e sensual ao seu lado. Lembrou-se das carícias, do beijo e da entrega tão intensa. Automaticamente, revivera as reações que seu corpo sentira no dia anterior. A loira se assustara consigo mesma, pois agora queimava com o calor do desejo que não era pouco. Ela relutou, não aceitaria aquela situação e, se pudesse, sairia correndo dali. Em nenhum momento de sua vida, jamais cogitara algo daquela natureza, afinal de contas, era uma mulher casada, nunca traíra o marido, aliás, nunca teve outro homem na vida. Agora seu olhar de desejo tornava-se mortificado pela culpa
- “Como pode se levar por aquela situação tão vexatória e incomum, como pode ferir seus princípios morais e éticos de uma forma tão sórdida?”
Pensou antes de se levantar desolada e ir em direção ao banheiro.
Quando Carolina levantou-se da cama, esta já estaria vazia e ela se viu só naquele quarto. Um pressentimento a deixara pensativa e triste por alguns instantes. Enfim, Helena havia fugido e isso era um fato. Ela olhava incrédula para a cama e parecia não acreditar no que havia acontecido. Em sua mente, um filme passava rico em detalhes que a fizeram corar, arrancando-lhe um leve sorriso dos lábios. Aquela foi a noite mais importante de sua vida, sem sombra de dúvida. A certeza de que vivera a entrega perfeita, com a pessoa perfeita a deixara leve, feliz e realizada. Mas o medo de não mais ter aquilo novamente chegou deixando um rastro de insegurança, desespero e aflição. Elas teriam que conversar de alguma maneira e Helena iria ouvi-la, quem sabe entender o quanto estavam envolvidas. Na sua cabeça, acreditava que a loira não teria feito nada daquilo se não tivesse verdadeiramente envolvida. Tentaria se aproximar e tentar uma solução para ambas, pois realmente estaria disposta a entender e a viver aquela situação que por horas a completou de uma forma que nunca havia sentido na vida.
Quando desceu pra tomar café, só Augusto e Patrícia ainda estavam na sala. Ela conversou algo sem importância e seguiu em direção a mesa do café. Patrícia a seguiu, sentando-se ao lado, com uma expressão no mínimo curiosa:
-- O que aconteceu, me conta logo!? Aproveita que Kelly as meninas foram até a cidade.
-- Não dá pra falar aqui...
Carolina sussurrou fazendo a amiga arregalar os olhos e abrir a boca levemente.
-- Termina logo esse café e vamos lá pro meu quarto, dona Carolina.
Patrícia praticamente ordenou ansiosa, com milhares de pensamentos que lhe passaram a cabeça naquele instante.
-- Vai lá fazer a sala pro Gustavo que agorinha a gente sobe.
-- Ok.
Depois de alguns minutos, a porta do quarto foi trancada e Patrícia sentou na beirada da cama onde a amiga já estaria aguardando.
-- Amiga, o que houve ontem? Helena subiu e eu falei pra ela te deixar sozinha, mas, enfim...
Carolina baixou os olhos um pouco envergonhada.
-- Eu nem sei como começar a dizer...
-- Não deve ter medo, amiga, seja lá o que for, vou fazer o possível para entender.
Patrícia apertou as mãos da amiga dando-lhe segurança e coragem para iniciar aquele desabafo.
-- Bem, eu não sei mais o que pensar, Paty. Aconteceu algo ontem, na verdade... eu e Helena...bem, a gente acabou ficando...
A arquiteta tinha lágrimas nos olhos ao fazer aquela revelação. Patrícia estava surpresa, mas já suspeitava que o provável acontecera.
-- Ficando, como? Não vai me dizer que vocês...?
A anfitriã abriu a boca impressionada e Carolina meneou a cabeça assentindo o acontecido.
-- Nossa, por essa eu não esperava, muito menos que acontecesse, assim, tão rápido, afinal de contas...vocês são héteros... Então, pode ir me contando os detalhes sórdidos, como foi que isso se deu?.
E assim Carolina narrou parte do que tinha acontecido, muitas vezes ruborizando a face, mas ciente que aquele era um momento especial de desabafo, onde sua amiga poderia ouvi-la sem julga-la, nem repreende-la.
-- Ai, Carol. Pelo que eu to vendo, tudo parece reciproco entre vocês. Essa historia de fiquei porque tava bêbada, porque estava carente é um pouco utopia, sabe, no fundo a gente sabe o que faz e Helena já tinha dado sinais de que estava correspondendo aos seus sentimentos. Agora é esperar a reação dela. Pelo que eu vi hoje de manhã, ela desceu normalmente, seja la o que tinha na cabeça, conseguiu disfarçar muito bem. Agora, você, minha amiga, tá total entregue a situação, é perceptível, tem que disfarçar, viu!
-- Eu sei. Estou, sim, Paty. Desde que acordei parece que to amortecida com toda essa informação. Eu não paro de pensar nela, queria estar perto, conversar...
-- Você está apaixonada, Carol, mais que normal e agora que já provou da fruta só lhe resta verificar até onde isso vai, embora eu acredite que Helena irá fugir, negar pra si mesma e você poderá sofrer. Em todo caso, ambas tem a mesma escolha, assumir ou buscar sua própria fuga, o que no geral, nunca deu certo, é só pra protelar o inevitável. Tome sua decisão e tente ir devagar pra não se machucar.
-- Eu preciso falar com ela, saber o que ela está pensando.
-- Você pode até tentar, mas tem que ter paciência, duvido que ela irá aceitar assim tão facilmente. Amiga, com tanta sapa perdida nesse mundo você foi se descobrir logo com a amiga hetero casada...!
Patrícia estava desanimada, no fundo previa toda a situação que se formara. Sua amiga e chefe poderia sofrer demais com a rejeição da loira.
-- Eu já pensei nisso, mas vou enlouquecer se continuar me questionando. Simplesmente vou falar com ela e ver no que vai dá. Não pretendo me humilhar, mas quero jogar limpo.
Antes do almoço o carro apontava na entrada do chalé, trazendo as moças que desceram alegres, cheias de sacolas, conversando amenidades. Carolina teve seu coração parado por um instante quando observou, vindo em sua direção, a loira de cabelos esvoaçantes, olhar discreto e postura elegante. Helena até tentou, mas não conseguiu desviar sua atenção de Carolina. Os olhares se cruzaram inseguros, mas o reconhecimento trouxe o calor escondido, a necessidade, a dúvida, Helena cumprimentou com um sorriso ensaiado e a arquiteta quase sussurrou parecendo uma garota boba envergonhada. Sentiu o rosto corar, mas logo sua expressão mudou de amorosa para raivosa quando se deparou com Tatiana cheia de dedos para com a sua amada.
-- Eu adorei aquela blusa que você comprou, ficou linda. Aliás, tudo fica perfeito em você, sabia!
Ela disparou na frente de todos. Patrícia pigarreou e a advogada ficara vermelha ao perceber, enfim, as insinuações daquela moça. Mais que depressa desculpou-se e subiu para guardar as pequenas compras que fizera. Carol fez menção de ir ao quarto, mas Patrícia segurou discretamente seu braço, dando a entender que a mesma esperasse um outro momento mais propício. Então a arquiteta assentiu e permaneceu na sala onde pouco depois já engrenava um divertido papo com Luciana.
O dia passou inteiramente, assim, calmo, todavia, com certo distanciamento entre Carol e Helena, esta ultima que parecia fazer questão de estar sempre próxima a qualquer outra pessoa do grupo, evitando uma possível aproximação da arquiteta, cujo sorriso a certa altura já havia diminuído e sua quietude passou a ser observada, inclusive pela própria loira.
-- Desfaz essa carinha triste, Carol, ta todo mundo percebendo. Luciana veio me perguntar porque você estava tão quieta.
-- Desculpe, amiga, eu não disfarçar mesmo quando não estou bem.
-- Deveria aprender um pouco com Helena, sobre como manter a pose. Olha lá, toda cheia de sorrisos e você aqui, nesse velório.
-- Sabe, to precisando mesmo é de um pouco de adrenalina pra melhorar essa tensão, perder as calorias que ganhei nesse fim de semana. Eu tava até pensando em subir a pedra do baú, mas agora a tarde vai ficar difícil, quem sabe amanhã mais cedo.
-- Uma trilha de montain bike seria perfeito, o que acha?
-- To dentro, vou lá me vestir.
Carolina e Patrícia seguiram para uma famosa trilha de montain bike onde passariam a tarde inteira se divertindo. Elas acabaram encontrando no retorno, amigos de Patrícia. Acabaram esticando aquele encontro num lanche descontraído, principalmente pela presença de Clarissa, uma morena linda e divertida que parecia ter se encantado com a arquiteta.
-- Amiga, o que você achou de Clarissa?
Patrícia perguntou quase sussurrando após a morena ter se levantado para pegar algo, deixando Carolina sem jeito.
-- Ah, sei lá, bacana, simpática.
-- Gostosa...
Patrícia completou maliciosa arrancando um olhar arregalado da amiga que ficou sem entender.
-- Amiga, acorda, ela é lésbica e tá dando o maior mole pra você.
-- Tá loca, Paty, aff, to cheia de confusão na vida e você quer me trazer mais.
Carolina revirou os olhos como não acreditasse no absurdo que passara pela cabeça da amiga.
-- Menina, quer dizer que se Helena te der o fora a senhora vai se isolar do mundo?
-- Não, mas também, não preciso adiantar o processo!
-- Olá, meninas, vocês querem mais alguma coisa.
Clarissa sentou ao lado de Carol lançando mão de todo seu charme e educação para impressiona-la.
-- Tá tudo bem, Clarissa, obrigada.
--Então, eu e Carol estávamos conversando, você tem alguma programação pra hoje a noite?
Patricia perguntou a Clarissa, tentando não olhar a face indignada da amiga que tinha uma enorme interrogação na testa.
-- Na verdade, estou tranquila hoje, amanhã vou fazer alpinismo bem cedo.
-- Melhor ainda, a Carol ta querendo subir a Pedra do Baú. Vocês poderiam ir juntas, o que acham?
-- Seria ótimo.
A outra morena respondeu deixando Carol apenas balançando a cabeça positivamente, com certa ansiedade.
-- Então vamos Carol! Vamos aguardá-la pro jantar, Clarissa!
-- Eu estarei lá, Paty, obrigada.
No meio do caminho Carolina ainda não tinha decidido se cortaria amizade com a amiga ou perderia de vez as estribeiras arrancado-lhe todos os fios de cabelo da cabeça.
-- Você perdeu o juízo, Paty! Pelo amor de Deus, não vai começar a arrumar mulher pra mim, ta! Eu estou apaixonada por Helena, o que não quer dizer que eu tenha virado lésbica e queira definitivamente uma mulher em minha vida.
-- Eu sei Carol, mas relaxa, tente se acalmar um pouco. Fizemos uma trilha linda. Depois você ainda vai me agradecer por isso.
-- Sei...
Quando elas chegaram já era noite e boa parte do grupo estava na sala. Carolina viu Helena conversando com Gustavo a beira da lareira. Ela já havia se trocado e estava especialmente bela naquele pulôver verde musgo, calça e botas de couro preta. Não se olharam e a arquiteta preferiu subir a ter que esperar um contato da loira. Meia hora depois e todos já estavam na sala. Carolina apresentava as bochechas vermelhas pelo sol, o que deixava sua pele ainda mais bonita, cheia de vida e, claro, com certa doze de sensualidade. Ricardo foi o primeiro a elogiar e Helena, enfim, deixou acontecer a primeira troca de olhares daquela noite. Ambas silenciaram o sentimento que insistia em se mostrar pelo brilho dos olhos que não diminuiam. Helena tentava esconder de si mesma o quanto Carolina estaria atraente naquele vestido colado de mangas compridas, meia calça e botas longas. A arquiteta teve parte do seu desejo exposto em reconhecimento a sua paixão. Mordeu os lábios quando teve sua mente invadida pelas lembranças da noite anterior. Sua timidez conseguiu abafar aquelas imagens. E assim, pouco tempo havia durado quando ambas se desvencilharam daquela encarada, mudando o foco da sua atenção.
Helena ficou mais uma meia hora conversando com o grupo até que de uma hora pra outra desviou seu olhar para aquela que conversava tranquila com Kelly, ajudando a servir uma garrafa de vinho. Ela apenas sinalizou com os olhos deixando Carolina, quase que beirando ao descontrole. Enfim, teriam a tão aguardada conversa. Foi o que a arquiteta pensou a o ver a loira subir as escadarias indo rumo ao quarto. Logo após, corajosamente fizera o mesmo.
-- Oi.
Carol disse ao abrir a porta e encarar a loira sentada sobre a cama, olhando-a de forma indecifrável. Ela foi andando em sua direção, lentamente, para depois sentar-se ao seu lado. Era uma situação no mínimo constrangedora para ambas.
-- Como eu te chamei, me sinto no dever de iniciar tudo e... peço, por favor, Carol, não me interrompa porque talvez eu não tenha mais forças pra falar sobre isso novamente.
-- Ok.
Carolina sentiu um frio na espinha e uma certa tristeza ao notar a frieza naquela voz que seguia firme e implacável.
-- O que aconteceu ontem não foi certo. Tenho uma vida um pouco mais reservada do que a dos outros, alias, sempre tive, até porque faz parte de quem eu sou verdadeiramente. Me casei certa do que queria, apesar do meu casamento ser visivelmente, complicado, como você mesma já deve ter percebido...mas isso não quer dizer que eu tenha que viver sob impulsos juvenis, ser uma aventureira inconsequente...
-- Mas Helena, isso nunca foi uma aventura!
-- Por favor, não me interrompa, Carol. Não, isso não foi uma aventura pra mim, também, mas foi algo do qual me arrependo profundamente e que não deveria ter acontecido de maneira nenhuma!
Carolina baixou a cabeça. Sentia como se facas saíssem da boca de Helena, a mulher pela qual estava apaixonada e totalmente disposta a fazer o que fosse necessário para ficar ao seu lado. Apesar de tudo, agora tinha isso como certeza e não dúvida.
-- Acho que devemos passar uma borracha sobre o que aconteceu e tentar continuar nossa amizade da forma mais digna e racional possível. Eu não posso e não quero continuar com isso e espero sinceramente que você não insista nessa situação, por favor.
A loira disse convicta, como se verdadeiramente ignorasse tudo o que havia se passado e depois silenciou.
A arquiteta ouvira tudo um tanto transtornada. Helena não deu a menor chance, nada de bom daquela noite parecia ter mudado algo em sua vida. Foi tão fria a maneira com a qual se dirigiu a ela. Com os olhos marejados e parte do orgulho que ainda lhe restara, a morena falou deixando toda sinceridade dentro de si evidente para surpresa da própria Helena.
-- Me desculpa por ter cogitado querer o contrário, mesmo que por alguns segundos. Diferente de você, estou, sim, apaixonada e gostaria muito que fosse diferente a nossa situação. Mas eu não estou aqui pra forçar nada, nem tenho esse direito. Agora, por favor, não me peça pra ficar ao seu lado como se nada estivesse acontecido entre nós. Depois desse fim de semana, prefiro me afastar um pouco até as coisas se normalizarem, quem sabe, daqui uns tempos a gente ainda possa...
-- Você não precisa se afastar...
Helena disse num fio de voz, como se aquilo fosse algo terrível. Sentiu uma pontada forte dentro de si ao imaginar não ter mais a companhia da amiga a seu lado.
-- Eu preciso fazer isso, sim, porque se eu não fizer, nada do que está aqui dentro vai passar, ainda mais depois de tudo que aconteceu ontem. Se não significou nada pra você, como você mesma fez questão de transparecer, pra mim foi exatamente o contrário. Agora sou eu quem te peço, por favor, depois desse fim de semana vamos dar um tempo até as coisas se estabilizarem.
Carolina deixava as lágrimas escorrerem visivelmente.
-- Não precisa ser dessa maneira, Carol...
A loira também tinha os olhos marejados e tentava colocar uma das mãos no braço de Carolina que interpelou aquele contato.
-- Se vamos ser racionais, devemos fazer isso da maneira mais correta. Eu não conseguirei ser sua amiga enquanto estiver sentindo tudo o que tá aqui dentro.
Carolina colocou a mão sobre o peito e depois limpou uma lagrima que caíra involuntária. Em seus olhos o sofrimento dava lugar a uma revolta sem precedentes. Estava chateada e irritada por ter sido tão friamente despachada pela loira. Naquele instante, Helena não passava de uma mulher insensível que em nenhum momento mostrara qualquer tipo de sentimento pelo havia acontecido, fazendo aquela entrega tão especial da noite anterior ser vista como outra qualquer. Na sua cabeça, não iria implorar por algo que pra outra não tivera qualquer importância. Pra ela, aquela Helena sensível agora não passava de uma pessoa pretenciosa e egoísta. Preferiu sair em direção a porta, não iria mais expor seu sofrimento daquela maneira e assim o fez sem pensar duas vezes.
Só depois de meia hora Helena conseguira descer. Ela havia chorado quando Carolina saiu do quarto. Dentro de si um vazio imenso. Nunca pensou que sofreria tanto ao perder uma amiga, aquela pessoa tão especial que nos últimos meses a fizera viver momentos tão felizes. Punia-se internamente por ter se deixado levar pela atração estragando uma amizade tão bonita. E agora, o que o que Carolina estaria pensando de si? Com certeza deveria odiá-la por ter sido tão fria. Para ela a noite passada ficaria apenas na memória, como um sonho bom que jamais deveria ter acontecido. No seu interior ela se forçava a acreditar que aquilo tudo seria parte da confusão de sentimentos que a bebida e a carência provocara em ambas. Após aquele desabafo solitário refez a maquiagem e desceu até a sala onde todos mantinham sua rotina noturna, entre jogos de cartas, bozó e vinho. A partir de então, elas passaram a se evitar todo tempo, mas disfarçando do restante do grupo o que estava acontecendo.
-- Carol, o que tá acontecendo?
-- Tá acontecendo que eu fui uma idiota em acreditar que Helena sentia alguma coisa diferente por mim que não amizade.
Carolina respondeu com certa rispidez, deixando Patrícia preocupada com a amiga.
-- Você está bem, quer conversar, Carol?
-- Não estou bem, mas vou ficar. Melhor a gente disfarçar, amanhã falamos sobre isso, tá!
Carolina responde educadamente tendo o cuidado de olhar para o lado. A amiga apenas balançou a cabeça positivamente para depois sair em direção a cozinha. Alguns minutos depois, uma morena toda malhada e cheia de curvas aponta na sala principal acompanhada por um amigo, deixando partes dos presentes curiosos, principalmente, Ricardo e Tatiana que se entreolharam interessados.
-- Clarissa, que bom que você veio.
-- Oi Paty, obrigada pelo convite. Esse é o meu primo Cláudio.
-- Prazer, sejam bem- vindos, essa é Kelly, minha namorada.
E assim as visitas foram recebidas com alegria pelas anfitriãs e depois apresentados a todo o grupo reunido na sala. Carolina e Luciana que estavam terminando o jantara ouviram o rebuliço na sala e se entreolharam sorrindo. Desligaram as panelas, serviram uma bebida e foram em direção a sala.
-- Boa noite!
A morena abriu um sorriso ao constatar a moça que adentrava o local e aprovando tudo o que via dentro daquele vestido sexy.
-- Oi Clarissa, que bom que você veio.
Um abraço longo e caloroso foi trocado e a recém chegada aproveitou-se da situação ao prolongar aquela situação deixando a arquiteta encabulada e com o rosto avermelhado. A morena parecia encantada com aquela timidez, aquele sorriso meigo que de repente se apossara da face de Carolina.
-- Porque você não mostra a casa pra ela, Carol, daí vocês combinam a escalada de amanhã.
Patrícia falou maliciosa, querendo por lenha na fogueira ao reparar os olhos crispados de uma certa loira que nem se mexiam fixados naquela cena.
-- Eu adoraria.
Clarissa atropelou animada antes de Carolina responder.
-- Bem, então vamos... dar uma volta. Você aceita um vinho?
-- Aceito sim, tá tão gostoso, né. Só não podemos exagerar porque amanhã temos que acordar cedo.
-- Verdade.
Carolina sorriu pra moça alegre e bem disposta. Simplesmente, Clarissa a fizera esquecer por um momento todos os conflitos que vivera. Seguiram em direção a varanda sendo observadas pela loira que estava séria e pensativa.
Clarissa era só sorriso para com a morena que contava fatos sobre os passeios que fizera com os amigos, escaladas, trilhas, corridas. Enfim, descobriram que tinham muito em comum, principalmente em se tratando de esportes radicais. Elas caminhavam pela grama e admiravam a beleza daquele imenso jardim, que ficava ainda mais encantador com a iluminação natural da lua e o infinito de estrelas desenhadas naquele céu perfeito.
-- Adorei tudo, Carol, que lugar lindo! Estou hospedada num hotel da cidade, mas não é a mesma coisa, embora seja muito confortável.
Clarissa não escondia a satisfação por estar ali e principalmente por estar ao lado da arquiteta. Seus olhos pareciam entregar o que estava sentindo, ou seja, aquele pequena atração que nascera instantaneamente naquela tarde, quando se encontraram pela primeira vez. Carol notou o interesse escondido atrás daqueles olhos, sorriu timidamente antes de responder.
-- Eu também gostei bastante daqui, espero vir noutras oportunidades. Bem, o jantar está pronto, melhor voltarmos ou senão irão vir nos buscar pessoalmente.
-- Sim, claro...vamos.
E assim seguiram até o chalé onde a mesa estava quase pronta e todos já se aproximavam ocupando seus lugares. Diferente do outro dia, Carolina se sentou longe de Helena que parecia excessivamente silenciosa ao sentar-se entre Tatiana e Ricardo. Clarissa agora sentava-se ao seu lado e ali ficara dando toda a atenção a moça, que parecia envergonhar-se com aquele flerte, agora exposto a todos, inclusive a Helena, Ricardo e Tatiana que pareciam mais atentos que os demais.
-- Ricardo, acho que você achou uma forte concorrente!
-- Nossa, até eu queria uma dessas!
Tatiana e o primo cochichavam e riram maliciosos, entre uma conversa e outra, na qual observaram as atitudes da morena gostosona ao lado de Carol, deixando Helena totalmente sem graça e pela expressão, irritada com aquilo tudo. Ela mal conseguiu jantar observando a cena daquela mulher dando em cima de Carolina de forma natural, na frente de todos. Não se conformava com aquilo, principalmente com a postura da arquiteta, dando toda liberdade. Na sua cabeça, pensava que não poderia exigir nada, uma vez que já decidira não ter qualquer coisa além de amizade, mas Carolina estava se deixando levar de uma forma fácil por uma estranha e ainda, uma noite depois da que fizeram a...Não se deixou concluir aquele pensamento, estava verdadeiramente assustada com o que se passava dentro de si. Na verdade não queria acreditar, mas o ciúme tomara conta de uma forma estranha, quase que insuportável.
-- Quer mais um pouco de salada, Carol?
A outra se mostrava toda prestativa para a arquiteta que parecia apreciar aquela atenção especial.
Ela sorria de forma receptiva alimentando as expectativas da outra que vez ou outra mordia os lábios e passava as mãos sobre os cabelos, encarando-a com encantamento.
Após o jantar, todos foram para a varanda onde continuaram a se divertir com um pouco de musica e vinho. Clarisse não despregava de Carolina um único instante, conversavam com as anfitriãs e combinavam o passeio do dia seguinte. Carol parecia mais animada, apesar dos pesares. Ricardo apareceu do nada e lançou-se na competição, puxando a arquiteta para uma dança lenta e cheia de segundas intenções.
-- Princesa, você está especialmente maravilhosa essa noite!
Carolina riu da cantada cheia de disposição do rapaz.
-- Obrigada pelo elogio.
Ela respondeu suavemente deixando as coisas fluírem.
-- Por hora estou satisfeito com uma dança, mas saiba, que estarei no páreo junto da morena, viu!
Carolina se assustou com a tranquilidade com a qual Ricardo falara sobre o flerte de Clarissa.
-- Bem...
-- Não se preocupe, confio no meu taco!
E a arquiteta riu de uma forma que jamais pensara em fazer, deixando todos curiosos sobre o que tanto o rapaz lhe falava ao pe do ouvido. Clarissa parecia impaciente e Helena tomada pela raiva. Já Patrícia estava se divertindo como nunca.
-- Isso aí amiga, a diversão é o que conta, seja feliz!
Ela riu com a cena, deixando a namorada intrigada.
-- O que foi que você disse, amor?
-- Nada, não, princesa, só estava pensando em voz alta.
-- Hum...Carol tá disputada hoje, né!
-- Sim, e eu estou feliz por isso, ela merece. É linda, inteligente, uma excelente pessoa, vamos ver quem será o sortudo ou a sortuda a conseguir encantar os olhos da nossa amiga.
-- Pare de bobagens, Paty, isso ta me cheirando a confusão, viu!
-- Não exagere, deixa minha amiga se divertir um pouco.
-- Sei...tomara que seja só diversão mesmo.
Kelly parecia não gostar do que estava vendo, mas deixou as coisas fluírem e não questionar muito a namorada, afinal de contas estavam no inicio do relacionamento e ser a chata naquele momento não seria muito viável.
-- Desculpe-me a intromissão, mas, eu também gostaria de ter a honra de alguns minutos com a moça, seria possível?
Clarissa se adiantou entre o casal, deixando Carol e Ricardo surpresos com aquele ato.
-- Vai devagar com a minha princesa, viu, moça. To de olho na senhorita!
Ele havia levado na esportiva voluntariamente quando entregou a arquiteta nos braços da morena que passou a conduzi-la com habilidade.
-- Viu como sei ser persuasiva?
-- Sim, e como foi...
Carolina riu achando aquilo tudo muito engraçado. Pouco tempo atrás estava chorando por alguém e agora estava refém da disputa de duas pessoas, ao seu ver, interessantíssimas. Permitiu-se sentir a vaidade por alguns instantes.
Elas haviam dançado por algum tempo quando resolveram dar um tempo e parar para tomar um ar. Resolveram andar novamente pelo jardim e ali conversaram animadamente sobre muitas coisas. Clarissa, sempre que podia, deixava seu interesse exposto para a moça que só se desviava do assunto. Carol ate gostara daquela paparicação toda, mas sabia que não iria se envolver com ninguém naquele momento, pois seu coração estaria ainda abalado e partido por uma situação já resolvida. Mesmo assim a arquiteta se soltava e explicava sobre algumas particularidades de sua profissão quando sentiu a aproximação da morena, que tinha os olhos escuros e brilhantes. Ela tocou sua cintura puxando-a, para si, até encaixar-se lentamente. Carol ficara muda diante daquela atitude.
-- Você é simplesmente encantadora, Carolina. Impossível segurar a vontade de te beijar...
A voz da morena estava mais que rouca e ela se aproximou do rosto da arquiteta que permanecia paralisada com aquele contato. De repente elas se desvencilharam assustadas:
-- Carol!
A voz conhecida soou próxima e Carolina se virou até se deparar com a loira que tinha os olhos marejados e uma expressão chateada como jamais vira desde que se conheceram.
-- Hum... o que foi, Helena?
Respondeu sem graça como se fosse culpada por aquele flagra.
-- Me desculpe! Bem ...eu não queria atrapalhar.
A loira respondeu erguendo as mãos em negação e saiu em disparada até o chalé onde subiu as escadas para evitar o constrangimento que teria com todos vendo seu estado emocional abalado apos surpreender Carolina e Clarissa naquela intimidade.
-- Desculpe, Clarissa, eu tenho que ir!
-- Mas ta acontecendo alguma coisa, Carol, eu posso ajudar...?
-- Não se preocupe, tá tudo bem, eu preciso ir mesmo, ta... !
Ela mal se despediu e saiu no encalço da loira que a esta altura já encontrava-se jogada na cama aos prantos, por toda aquela confusão que se formara dentro de si. Carol entrou no quarto e trancou a porta assustando Helena que se ergueu respirando rapidamente.
-- O que você está fazendo aqui?
-- Eu quero saber o que está acontecendo, Helena?
-- Nada, pode voltar pra aquela... aquela mulher!
Helena respondeu furiosa secando as lágrimas com uma das mãos.
-- Que mulher, a Clarissa? Mas não tem nada entre eu e ela!
Carol abriu os braços como se aquilo tudo não fizesse sentido.
-- Essa oferecida, sim, aliás, como você pode acordar falando que está apaixonada por mim e agora está la cheia de amores com ela?
A voz sentida de Helena confundia cada vez mais a arquiteta.
-- Eu não fiz nada, só estou dando atenção e...perai? Foi você quem me dispensou hoje mais cedo! Não estou entendendo mais nada. Você só pode estar querendo me enlouquecer. Diz que isso tudo não passa de uma brincadeira sem graça!
Carolina colocava as mãos sobre a testa descontrolada. Não entendia aquele acesso de ciúmes de Helena, ainda mais depois que fora dispensada com tanta frieza. Não iria se permitir sofrer a mais do que estaria sofrendo.
-- Você está com ciúmes de mim!
A arquiteta falou de uma só vez, assustando Helena.
-- Não estou! Pelo menos, não da forma que você pensa. Eu tenho ciúmes, sim, mas como amiga e isso é absolutamente normal! Não pense algo que não existe!
A loira tentou se desvencilhar, afastando-se até a cabeceira da cama de forma aflita. Carolina resolveu ironizar pra ver no que iria dar. Já que perdera a razão e o controle de tudo, não estaria sozinha naquilo.
-- Ok, tudo bem. Mas você como amiga deveria me dar apoio pra encontrar alguém legal e Clarissa é ótima pessoa! Pensando bem, melhor eu dar uma chance pra ela, ao menos você não tem que se preocupar em sair com uma amiga que te vê com outros olhos. Vou pegar minhas coisas, amanhã eu irei sair pra fazer alpinismo cedo. Não irei te perturbar mais, vou com eles pra cidade ainda hoje.
Helena arregalou os olhos não acreditando no que ouvia.
-- Você está misturando tudo, Carol. Eu já te disse que não podemos ficar juntas, principalmente porque não te correspondo da mesma maneira.
-- Corresponde, sim, porr*!
A alteração da voz fizera ambas se assustarem. Carolina se recompôs e continuou:
-- Você só não aceita. Mas quer saber de uma coisa, que se dane, tá! Eu não suporto mais essa sua bipolaridade. Jura de pé junto que não sente nada, me ignora depois de ter se desmanchado em meus braços na noite passada pra depois vir com esse acesso ridiculo de ciúmes.
Carolina já pegava algumas coisas na mala. Estava completamente irritada, a beira do descontrole total.
-- Eu já disse que não é ciúme!
Helena falou entre dentes e Carolina se voltou indo em direção a advogada que se encolheu percebendo a fúria no olhar, nos gestos e em toda atitude da moça que só parou quando se jogou em cima dela, agarrando seu pescoço e forçando um beijo violento e faminto. Helena se deixou beijar, correspondendo com ganancia aquele ataque, não reconhecendo mais aquela moça antes tão delicada e sensível, que agora a tomava para si de forma quase grosseira.
-- É assim que você não me deseja?
Carolina não esperou resposta e mergulhou novamente na boca vermelha suavizando um pouco o contato dos lábios. Helena gem*u quando teve sua língua sugada deliciosamente. Pra piorar, aquele fogo conhecido tomara conta de si instantaneamente. Carolina mordeu os lábios ao separar- se do beijo em busca de ar. Os olhos de ambas estavam em chamas quando se encontraram novamente.
-- Agora quero ver a desculpa nova que você vai inventar pra esconder esse tesão que eu vejo nos seus olhos quando eu te toco...quando eu te beijo...
Carolina atacou a boca da loira novamente erguendo o pulôver verde da loira com uma facilidade incrível. Helena arfou quando teve seu pescoço sugado e o sutiã arrancado sem muitas cerimônias pela morena ensandecida, que parecia ter perdido completamente a razao. Desceu sua língua assanhada pelo colo, tomando com as mãos os seios enrijecidos. A loira gem*u novamente quando sentiu os lábios atingirem os montes totalmente entregues a mercê dos desejos de Carolina. Ela ch*pava cada um deles, às vezes com raiva, outras com suavidade e ternura, como fosse uma fruta deliciosa. Na sequencia, desceu até o umbigo, beijou e depois mordeu a lateral da cintura fina e delicada, arrancando um pequeno gritinho da loira. Logo se livrou do restante das roupas da advogada e tirou as suas, também, so que lentamente e com muita sensualidade, adorando ver a acara da mulher que tanto lhe negara babando de desejo a cada gesto que fazia. Mal terminou de tirar as botas e a arquiteta sentiu-se puxada por braços ágeis. Agora era ela quem estava sendo dominada. Helena ficara por cima, prendendo seus braços acima da cabeça. Beijou-a com violência, extravasando tudo o que sentira a poucos minutos, o ciúmes, a raiva a descoberta de que estaria, sim, apaixonada pela amiga. Ela sugou a pele marcando o pescoço, o colo e os seios de forma furiosa e controladora.
-- Você é minha, Carolina, só minha...
Ela sussurrou no ouvido da outra antes de morder os lábios da morena com força e desejo. Como uma onça arredia desceu cada centímetro daquele corpo mostrando toda sua fome, arranhando, mordendo, lambendo, sugando até chegar ao ventre, fazendo Carolina se contorcer de tanto prazer. Helena parecia não acreditar no que iria fazer quando vira aquele sex* molhado e instigante a sua frente. Ela nunca havia se sentido assim, tão sexualmente descontrolada e aquele cheiro embriagante a deixava sem rumo, a ponto de perder a noção. A única coisa que passava em sua mente, naquele instante, era o quanto desejava colocar sua boca naquele lugar, sentir todo o prazer de Carolina em sua boca. O tesão novamente falou mais alto, deixando o medo, a insegurança e todos os tabus de lado. Ela se deixou mergulhar naquele mar de desejo, de sabor exótico e viciante até perder a noção do tempo e do espaço, vindo a abrir os olhos ao sentir o aumento do liquido transparente e os espasmos descontrolado do corpo de Carolina que gritou e arqueou o corpo, se desfazendo num orgasmo profundo e visceral, como nunca tivera tido antes.
-- Gostosa... gostosa, gostosa...!
Helena sussurrava e sugava todo aquele mel como fosse a coisa mais saborosa que já tinha provado na vida. Carolina riu daquela mudança de comportamento da outra, daquela mulher recatada e cheia de pudores que dava lugar a uma outra, cheia de luxuria e expressividade. Suspirou entre os espasmos e pelos lábios que não se descolavam do vão entre suas pernas. Não tinha sequer forças pra amenizar aquele ataque.
-- Sente isso...
Helena parecia fora de si quando subiu até encarar os olhos da arquiteta e beija-la sensualmente com a boca coberta pelo mel saído direto da fonte do prazer. Carol simplesmente gem*u de tanto tesão. Seus olhos e seu corpo agora pareciam reacender com mais força e desejo. Rapidamente ela inverteu as posições e sorriu maliciosamente quando virou o corpo da outra de bruços.
-- O que você pensa que esta fazendo?
Helena perguntou excitada e por certo preocupada com a retaliação da morena.
-- Tudo....
Carolina sussurrou próxima ao ouvido fazendo a advogada arrepiar e gem*r simultaneamente. De repente, puxou os cabelos loiros para si e sugou o pescoço arrepiado. Helena nunca pensou que seria completamente dominada daquela maneira em sua vida, era uma intimidade inédita até para sua vida sexual com o marido. A arquiteta beijou e mordeu toda extensão das costas até chegar próxima ao bumbum que arrepiou pelo carinho gostoso feito por uma das mãos. Ela não conteve o suspiro ao sentir aquela sugada profunda naquela região. Carolina se deliciou de todas as maneiras com aquele traseiro perfeito. A loira foi induzida a erguer-se até ficar na posição de quatro, deixando a morena enlouquecida pela visão completa daquele corpo. Sem pudores ela foi direto ao sex* molhado fazendo Helena gem*r alto e tremer com aquele contato sensível por trás. A arquiteta ch*pou aquele pequeno nervo inchado de todas as maneiras e depois penetrou sua entrada o mais profundo possível, com a língua, num movimento de vai e vem enlouquecedor, sentindo sua boca inundar com tanto mel de sua amada. Helena resmungou ao sentir a morena se afastar de si por alguns segundos, mas logo ficara apreensiva quando viu seu cabelo sendo puxado com firmeza e sensualidade pra traz e dois dedos molhados entrarem dentro de si até toca-la profundamente. Ela se contorceu de prazer com aquela postura de submissão. Carolina parecia ter se transformado quando iniciou o movimento de vai e vem lento e profundo. Ela penetrava por traz a loira que já mantinha-se ereta e sentada em suas coxas, enquanto a arquiteta puxava os cabelos, ch*pava e mordia o pescoço arrepiado. Helena empurrava seu corpo violentamente contra os dedos da morena, naquele sobe e desce acelerado até que, dando sinais de gozo, foi virada abruptamente e jogada de costas na cama. Perdeu parte dos sentidos quando sentiu a boca alucinada se movimentar em seu sex* levando-a ao melhor e mais forte orgasmo que já tivera na vida. Simplesmente fechou os olhos e entrou num estado de nirvana impossível de ser descrito.
Fim do capítulo
Final de semana lindo...Helena surtando...e eu tambem...kkkk...beijos amores mio, espero os comentarios novos e, especialmente, os de sempre!
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Ly
Em: 12/11/2015
"Não adianta fugir..." Então..., q capítulo maravilhoso, mega envolvente. Uma "segunda vez" totalmente demais, com todos os ingredientes necessários para uma explosão de prazer e magia, selvagem, quente, dolorida, bem como, intensa e inesquecível.
Veruska, minha linda, vc escreve divinamente e q dinâmica sensacional tem essa sua história. E ainda, nos faz ficar com o doce desejo de quero mais, até mesmo qdo um corpo como o meu, ardendo em febre,literalmente, pede urgentemente um banho frio... BRAVO!
Resposta do autor:
Oi Li Castro,
Confesso que tambem tomei varios banhos durante a construção desse capítulo e fico radiante por estar agradando...enfim, sou suspeita pra falar o quanto amo Carol e Helena e tenho apostado totalmente na sintonia entre estes personagens.
Não posso deixar de falar que este seu comentário simplesmente deixou meu dia mais bonito e mais alegre...muitissimo obrigada!
beijos
Angeloliveira
Em: 11/11/2015
fiquei assimm........................................................................................................falta me palavras para agradecer...pois um mero obrigado, seria singelo demais para descrever como estou me sentindo agora....
"Durante a nossa vida:
Conhecemos pessoas que vem e que ficam,
Outras que vem e passam.
Existem aquelas que,
Vem, ficam e depois de algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar..."
ENTÃO VENHA ,FIQUE, e permaneça...
Angel
Resposta do autor:
Angel...
Permaneçamos...então. Um lindo dia pra vc!
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Angeloliveira
Em: 10/11/2015
oi minha linda.....
minha flor.
obrigada por cada palavra escrita, você não imagina como esta sendo importante pra mim....
Esta escrevendo e lendo me distrai um pouco. rs.....minha dor não se refere a um relacionamento....mais.......
......bem. .....É que tinha um anjinho crescendo aqui.......
Resposta do autor:
Angel,....
Tens sido uma mulher forte, inteligente e sensata...e...embora nao exista a palavra certa para alguns fatos da vida, posso lhe garantir que existem sentimentos, boas vibracoes, coragem, esperanca e fe...chaves especiais para deixar abrir e levar aquilo que machuca, doi e nos deixam tristes...
Pra vc, mulher especial e de coragem...uma obra do meu favorito...
Vinicius de Moraes
No teu branco seio eu choro.
Minhas lágrimas descem pelo teu ventre
E se embebedam do perfume do teu sexo.
Mulher, que máquina és, que s?me tens desesperado
Confuso, criança para te conter!
Oh, não feches os teus braços sobre a minha tristeza não!
Ah, não abandones a tua boca ?minha inocência, não!
Homem sou belo
Macho sou forte, poeta sou altíssimo
E s?a pureza me ama e ela ?em mim uma cidade e tem mil e uma portas.
Ai! teus cabelos recendem ?flor da murta
Melhor seria morrer ou ver-te morta
E nunca, nunca poder te tocar!
Mas, fauno, sinto o vento do mar roçar-me os braços
Anjo, sinto o calor do vento nas espumas
Passarinho, sinto o ninho nos teus pêlos...
Correi, correi, ?lágrimas saudosas
Afogai-me, tirai-me deste tempo
Levai-me para o campo das estrelas
Entregai-me depressa ?lua cheia
Dai-me o poder vagaroso do soneto, dai-me a iluminação das odes, dai-me o [cântico dos cânticos
Que eu não posso mais, ai!
Que esta mulher me devora!
Que eu quero fugir, quero a minha mãezinha quero o colo de Nossa Senhora!
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Angeloliveira
Em: 10/11/2015
sábias palavras. ..mais, queria eu poder fugir um pouco da realidade no momento. ...ta doendo, ta machucando. ...sei que a dor da perda, nos faz fracos, mais também nos fortalece. ...
um xeru no seu coração. ..
Resposta do autor:
Angel, Angel, Angel,..
Senti, daqui, suas vibrações...(hum, suspirei)..
Dentre os desatinos dessa vida, sobra-nos a coragem, mas essa tem que vir cheia de alicerce e forte, porque até o mais previsivel pode tornar-se um imprevisto doloroso, em se tratando de relações humanas, ou seja, nem tudo pode ser o que parece e os riscos, ah, estes sempre existirão. Mas, a coragem...esta realmente é algo pra poucos...desde que confundida com loucura! Um quê de dejavú que me faz voltar a um passado não muito distante... realmente dói!
beijos
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Angeloliveira
Em: 09/11/2015
Parabéns pelo capítulo.
" preferia eu estar vivendo agora um conto fictício, no qual podemos reescrever nossa própria história, pois, a realidade machuca e não sabemos como será o final."
Angel
Resposta do autor:
Olá,
Rsrsrsr...a fícção é quase uma fuga quando existe ausência de coragem...por mais que doa, por mais que nos machuquemos, quem é que sabe!?..."Conquistas sem riscos são sonhos sem méritos. Ninguém é digno dos sonhos se não usar suas derrotas para cultiráv-los"
beijos
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Luh kelly
Em: 09/11/2015
Olááá Veruska como começar, comentei somente uma única vez aqui foi num capítulo atrás ai, agora estou voltando pra postar regularmamente, AMO seu conto, mas se me perguntar pq de não postar mais vezes então, ñ saberia te responder. Fiquei na moita só acompanhando a distância, mas chegou uma hora q não dava mais.
Helena totalmente confusa ela quer, mas sua "razão" lhe diz que ñ é correto mas, ela também ñ suporta a idéia de vê- la com outra. Carolina então ficou sem chão com aquelas palavras. Mas como a atração é mais forte, elas não resistiram e Helena totalmente diferente daquela polida e recatada gostei de ver.
E isso até a próxima.
Beijossss e abraços, ótimo começo de semana ;)
Resposta do autor:
Oi lUh
Tava na moita mesmo, né! pois é , Helena se rendeu a paixão, mas vive a risca da sua racionalidade. Agora a balança vai pesar, de forma profunda... vamos ver pra qual lado!
beijos obrigada por comentar
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Miss_Belle
Em: 09/11/2015
Ameiiiiiiiiii a explosão do final!!! Cheguei a suar!! Amando a históriaaa!!
Resposta do autor:
OI Miss Belle
Também fiquei empolgada com a cena! Vamos tentar trazer algo parecido novamente,...beijos
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Fatinha Saint
Em: 09/11/2015
Uau, que capítulo incrivel, hot, hot, hot...E agora Helena, qual vai ser a desculpa? Carol, poderosa, arrasando corações. Querida autora, estais cada vez melhor, aguardando o px post roendo as unhas kkkk, boa semana p ti, bacci.
Resposta do autor:
Fatinha...
Hot hot hot ...rsrsrsr...gostei!! Vamos deixar Helena se situar depois de ter experimentado da fruta! kkk
beijos
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preguicella
Em: 08/11/2015
Eita que a coisa tá pegando fogo! Deu até calor! hahaha
Pior que esse vai e vem tá só começando! Helena não vai baixar a guarda assim tão fácil! E a disputa pela Carol tá grande! Quero só ver no que isso vai dar!
Parabens pela excelente escrita moça!
Bjãooo
Resposta do autor:
RSRSRS
VErdade, rrsrsrs... Helena vai ficar emocionalmente abalada com tanta informação...reações fisicas, emocionais que jamais passaria por sua cabeça agora podem se tornar uma constante. bom vamos aguardar o que vai acontecer;...obrigada por acompanhar!!
beijos
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Silvia Moura
Em: 08/11/2015
Faço coro com a colega leitora, capítulo PERFEITO! Me deixou em brasas... socorro esposa...kkkkkk, autora você se supera a cada capitulo, harmonica em sua caminhada de capítulos após capítulos, tudo lindo... ai,ai, até o próximo e muita iluminaçõa, beijão...
Resposta do autor:
Oi Silvia,
Que bom que saimos do trivial...rsrsr...vamos tentar esquentar deixar as coisas mais quentes daqui pra frente!
beijos
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Kim_vilhena
Em: 08/11/2015
Pelo amor de deus não me deixa mais esperando assim que eu nao aguento!
Capítulo PERFEITOOO!
Resposta do autor:
Oi Kim,
Espero poder postar o mais rapido possivel.
beijos obrigada por acompanhar
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