Capítulo 8
-- Eu sempre sonhei ouvir isso da sua boca, é uma pena que não seja o meu rosto que você está visualizando. Nanda saiu do seu devaneio, ao ouvir a voz diferente da que ela imaginava.
A mulher estava tendo espasmos e ela sentia seu sex* tremer nos seus dedos, a sensação de satisfazer uma mulher era a mais gostosa que ela conhecia, e nada, nem aquele momento fez ela se animar, Bruna tentou retribuir as caricias e foi cortada por Nanda que deixou bem claro que não estava com vontade.
--Quer conversar comigo? eu não sirvo só pra te relembrar que você sabe satisfazer uma mulher.
-- Não desculpa mas não quero conversar, só precisava te ver.
-- Eu estou aqui. Você sabe que sempre estarei, eu sei que um dia você vai conseguir amar alguém da forma certa, vai querer uma família, uma pessoa pra todas as horas, pra te fazer feliz. Eu queria muito que fosse eu mas pelo visto... -Bruna abaixou a cabeça de forma triste, e foi abraçada pela empresária.
O telefone de Fernanda começou a vibrar freneticamente, --pode atender pra me, e dizer que eu morri, - ela nem quis saber quem era, como não conhecia o número, não faria diferença.
-- Alo!
A voz era diferente, e Maria Luiza se perguntava se tinha discado o número correto que foi passado pelo amigo Gabriel. - posso falar com a Fernanda por favor?
-- Ela não pode atender, quer deixar recado?
-- Sim, diga que a Maria Luiza ligou. Em seguida a morena desligou o telefone.
-- Quer saber quem é?
-- Não, só preciso dormir, posso ficar aqui? Já esta tarde e eu estou sem saco para dirigir.
-- Lógico que pode minha linda.
A noite passou e Fernanda não tirava os olhos do teto, Bruna dormia no seus braços, e vez ou outra ela acariciava a mulher, sempre que essa cena se repetia ela adorava olhar o contraste da luz batendo no cabelo de Bruna.
A noite da Luiza foi bem mais triste, ela chorava o luto do fim do casamento, algumas vezes ouvia o casal no quarto do lado, Cecilia e Gabriel estavam curtindo o início da relação e toda hora era hora, já estava sendo incomodo ouvir gemidos e balanços da cama.
-- Bom dia amiga!
-- Bom dia cecy, bom dia Gabriel. E ai o que houve com a ruiva? Ela vai mesmo me processar?
-- Tomara que não amiga, já chega de problemas, e ai como foi a noite?
-- Você está sem a aliança? - Observou Gabriel.
-- Longa história, - a morena contou quase todos os detalhes da noite passada, e os amigos ouviram atentos a todos os detalhes, eles estavam felizes por ver que aparentemente a decisão era definitiva. Finalmente a amiga tinha caído em si, Rafaela parecia estar no passado e segundo a morena começaria a partir daquele dia uma nova vida.
-- Eu conheço uma boa advogada, vou te passar o número dela, ela trabalha com a Fernanda, por falar nela, preciso saber como ela está - Disse o médico pegando o telefone e indo em direção a varanda da casa.
-- Eu liguei para a Fernanda depois que sai da casa da Rafaela, uma mulher atendeu e disse que passaria meu recado- dizia a Malu.
-- Deve ser algum dos seus casos, amiga sai fora, a Nanda é linda sim, mas é um problema, o tipo de pessoa que não se deve confiar, ela brinca com as mulheres, não curte relacionamentos e deixa isso bem claro.
-- Eu tenho mesmo o dedo podre, tenho outra impressão dela, parece tão zelosa, e é tão delicada, sei lá, alguma coisa nela me deixa confortável e segura.
-- Dedo pobre mesmo, amiga, ela não é nada disso o único conforto que ela pode te oferecer é de uma boa cama em algum hotel caro, e no outro dia você vai acordar sozinha.
-- Ok, também nem estou interessada, prometi que não me envolveria com ninguém até está pronta, e quer saber marquei uma consulta com o doutor Alberto, vou voltar a fazer o tratamento, eu estagnei a minha vida depois da briga com a Rafaela, e agora isso vai mudar, esse era um desejo meu e eu não preciso dela para continuar, amanhã recomeço a minha vida.
Cecilia estava muito feliz em saber que a amiga estava seguindo em frente. Gabriel voltava decepcionado por não conseguir falar com a amiga, ela não atendeu as suas insistentes ligações.
Xxxxx
-- Algum momento da noite esses olhos se fecharam? Dizia Bruna se levantando dos braços da Fernanda.
-- Nem percebi que amanheceu.
-- Você precisa falar com a Maria Luiza. - Fernanda procurava entender como a Bruninha sabia da existência de Luiza.
-- Foi ela que ligou ontem à noite, e pediu pra você retornar, eu apenas juntei as coisas.
--Ainda bem que não me disse, só ia me deixar pior, iria ficar imaginando o que a loira fez com ela desse vez, espero que ela esteja sofrendo muito, pra deixar de ser burra.
-- Nossa quanto rancor, o que essa mulher fez com você? E porque esta desejando tanto o mal dela desse jeito.
-- Eu não estou desejando o mal dela, só que não consigo entender porque ela prefere sofrer por uma relação que não faz bem, ela é triste, seus olhos parecem estar chorando sempre, é nítido o sofrimento dela e mesmo assim a esposa chama e ela vai.
-- Se envolveu com uma mulher casada? Nossa que carma, sabe o que eu acho, que você está pagando o que fez com as milhares de mulheres que você rejeitou nesses anos. Bem irônico você se apaixonar por uma mulher que não te quer.
-- Está ajudando muito!
-- Brincadeira, mas falando sério, se a loira tem influência sobre a sua paixão, então lute por ela, vai atrás e conquiste essa mulher, use o charme dos Aragões, e mostre pra ela que ela precisa de alguém como você pra ser feliz, e me responda uma coisa: você quer ter um relacionamento com ela?
Um silencio se fez após a pergunta, e elas se olhavam, Bruna começou a rir e disse:
-- Você está mesmo apaixonada, nem disse que casamentos são para os fracos, mesmo não me respondendo eu sei que no fundo você quer.
--Eu não disse que quero, e vamos com calma, relacionamento já é muito até pra ela. - Nanda tentava acreditar nas suas palavras, ela estava sendo traída pelo seu coração e sim, queria alguma coisa com Malu, mas não ia dar o gosto de perder sua fama de pegadora.
O dia passou rápido, Fernanda chegou em casa e começou a ler alguns relatórios, a empresa estava prestes a fechar um grande negócio, uma nova filial seria aberta, dessa vez no Japão. A reunião para assinatura dos contratos seria na sexta feira, e ela estava ansiosa para a chegada da data.
A semana se passou e as meninas trabalhavam duro, Luiza estava decidida a realizar alguns sonhos pessoais, e no meio da semana se pegou várias vezes pensando no beijo que tinha dado em Fernanda, e também lembrava da amiga falando o quanto ela era inconstante.
A semana de Nanda foi voltada para o trabalho, ela estava envolvida com o novo negócio, por vezes pensava em Malu e no que faria para mostrar a morena que ela era a mulher certa, e em seguida lembrava que ela não era a mulher certa pra ninguém. E que Luiza preferia estar com a loira.
Na sexta feira depois de uma reunião cansativa que levou quase toda a manhã a assinatura do contrato foi realizada, ela tinha conseguido duplicar o valor de mercado da sua empresa, se o pai estivesse vivo teria muito orgulho do que a filha tinha feito.
Seus funcionários tinham preparado uma pequena comemoração Nanda se conteve apenas com o brinde, algumas palavras de motivação e agradecimento para a equipe, ela sabia bem pra quem queria contar a novidade, pediu um carro frisando para o seu chefe de segurança que queria o modelo mais simples que a empresa possuísse.
Nanda em um gol bolo 2010 partiu em direção ao outro lada da cidade, chegando a uma comunidade, ela não sabia a direção do posto de saúde, mas com informações de algumas senhoras que estavam sentadas na frente de uma pequena casa conseguiu chegar.
A recepção lhe indicou uma pequena sala, na porta tinha um lindo painel com uma enfermeira e algumas crianças sendo consultadas feitos de E.V.A, um trabalho artesanal maravilhoso ela deu risada e só no fato da enfermeirinha usar um estetoscópio rosa ser moreninha e ter cabelos cacheados, mesmo que não estivesse o nome: enfermeira Maria Luiza, ela suporia que aquela era a sala dela, bateu na porta e ouviu a voz da sua morena que mandou entrar.
-- FERNANDA? Se assustou a enfermeira com a visita da mulher, o que faz aqui? O Gabriel foi fazer uma visita, ele deve estar chegando.
-- Não vim falar com ele, queria falar com você.
A morena ficou um pouco sem graça com a frase pronunciada pela empresaria.
-- Então? Aconteceu alguma coisa?
-- Na verdade fechei um grande negócio na empresa e queria te chamar pra almoçar em comemoração comigo.
-- Que legal, parabéns! bom agora não posso, tenho duas visitas pra fazer, - a expressão da empresária nitidamente no momento ficou chateada-bom mas se você me esperar eu posso ir com você, depois das visitas estou livre, você pode me esperar aqui no posto ou ir comigo.
-- Eu quero ir com você, quero saber qual a razão pra você e o Gabriel serem tão encantados por essa favela.
-- comunidade Fernanda, comunidade.
Fim do capítulo
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Nana2014
Em: 13/11/2015
Ai que eu so apaixonada com a Nanda... Se faz de indiferente mais ta caidinha pela Malu kkkk linda história Clarinha.... Da aquele gostinho de quero mais kkkk que tal dose dupla hoje heim... Bjs
Resposta do autor:
Pode deixar que vou caprichar pra você!
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