Capítulo 6
Eve observava Sam coçar a cabeça, franzir a testa e achou sensual o jeito que ela mordia a ponta da caneta. Sorria disso, quando Sam levantou os olhos pegando-a em flagrante.
- O que foi? Perguntou Sam.
- Amo você. Sabia? Respondeu Eve.
Sam sorriu e ficou olhando as pernas nuas de Eve sobre o sofá. Sem falar nada se levantou e começou a se despir. A respiração de Eve se acelerou diante da visão do corpo bronzeado de Sam.
Sam puxou a camiseta de Eve para cima revelando uma barriga definida e seios pequenos. Retirou a camiseta e se deitou sobre o corpo quente que a esperava.
O amor foi selvagem tamanha era a ânsia para se satisfazerem. Sam explorou o corpo de Eve com as mãos e língua. Encontrou a fonte de prazer molhada e quente e a tocou até ouvir Eve gem*r alto. Deitou-se novamente sobre o corpo dela e se beijaram.
As respirações foram serenando aos poucos e ficaram mais alguns minutos abraçadas.
- Vou fazer um café, enquanto você termina suas contas. Propôs Eve.
- Está bem. Sam beijou-a e se levantou, vestindo as roupas.
Eve vestiu a camiseta e foi para a cozinha.
No escritório, Sam acendeu um cigarro e virou a cadeira para a vidraça e ficou olhando o jardim, pensativa. Precisava contar para Eve a visita de Carla, mas não sabia com Eve reagiria.
Eve entrou naquele momento trazendo duas canecas de café e colocou sobre a mesa. Sam se virou e agradeceu pegando uma e tomando um gole. Eve acendeu um cigarro para si e sentou-se em uma cadeira em frente da escrivaninha.
- O que houve meu amor? Você está tão preocupada. Observou Eve.
- É a primeira vez que não sei como resolver uma questão. Começou Sam.
- O que a preocupa tanto?
- A Carla me ligou avisando que irá me visitar no quiosque esta noite.
A mão de Eve tremeu e para não derrubar o café colocou-a sobre a mesa.
- Então é isso que a fez ficar com raiva.
- Sim, meu amor. Eu não a quero perto de você.
- Eu também não quero. Só que não posso ficar me escondendo ou fugindo. Mais cedo ou mais tarde terei que enfrentar essa situação, mas morro de medo o que ela possa fazer. Ela é insana. Disse Eve começando a chorar.
Sam levantou da cadeira e abraçou Eve.
- Fique calma. Vou resolver essa situação da melhor forma possível.
- Eu sei.
- Prometo que nada vai acontecer com você. Nunca mais ela vai te magoar.
- Sei disso também.
- Vou te levar em casa. Depois termino a contabilidade.
Foram se trocar.
Estavam de saída quando o telefone tocou. Sam atendeu.
- Sim. É ela.
Sam escutou e falou.
- Tudo bem. Obrigada por avisar. Boa tarde.
Sam bateu o telefone e suspirou. Eve a encarava.
- Era a secretaria da Carla avisando que não poderá vir. Está embarcando para o Rio de Janeiro a trabalho.
- Puxa que alivio! Exclamou Eve.
- O melhor é pensar em nossas vidas e tentarmos esquecer o assunto.
- Concordo.
Sam levou Eve para casa e instantes depois chegou em sua casa e foi terminar as contas.
Naquela noite trabalharam normalmente e depois foram dar um passeio. Antes do sol nascer estavam dormindo.
Gil estava se preparando para ir embora, quando o interfone tocou.
- Gil? Sou eu, Fernanda. Falou alguém.
Gil acionou o portão e abriu a porta.
Uma moça que era a copia de Sam saiu do carro e abraçou-a carinhosamente.
- Como você está? Perguntou Fernanda.
- Estou bem. Vejo que você também e mais bonita. Respondeu Gil sorrindo. Vamos entrar.
- Sam já levantou?
- Ainda não. Sobe lá que já estou de saída. Beijos, querida. Falou Gil se despedindo.
Fernanda subiu as escadas correndo e entrou no primeiro quarto. Deliciou-se com a visão do corpo seminu adormecido de Andy. Fechou a porta sorrindo e entrou na porta ao lado.
Abriu as cortinas deixando os raios de sol iluminar totalmente o quarto.
- Droga, Gil! Aonde é o incêndio? Resmungou Sam cobrindo a cabeça.
- Acorda bicho preguiça. Vem me dar um beijo.
Sam descobriu a cabeça e piscou diversas vezes para acostumar os olhos na claridade. Quando eles se acostumaram, sorriu feliz ao ver a irmã parada no meio do quarto de braços cruzados. Pulou da cama e abraçou a irmã.
Beijou-a varias vezes no rosto e depois voltou a abraçá-la.
- Quando chegou? Quis saber Sam feliz.
- Há duas horas. Beijei o pessoal e vim correndo te ver. Como está? Respondeu Fernanda.
- Estou ótima. E você?
- Muito bem e feliz por estar em casa.
- E o trabalho?
- Me tornei uma cigana. O Andrew me manda para todos os lugares mais lindos do mundo. Cheguei semana passada da Indonésia.
- Que bom. E Victoria está bem?
- Victoria foi um furacão que passou na minha vida. Ela deve estar bem. Está em Israel.
- Vocês terminaram?
- Faz alguns meses. Ela começou a exigir coisas que no momento eu não podia oferecer. Explicou Fernanda.
- Vocês se amavam tanto. Sinto muito. Lamentou Sam.
- Nada dura para sempre. Mas vamos esquecer o que passou. Agora me conta. Está com alguém? Quis saber Fernanda.
- Conheci uma mulher sensacional. Ela me faz sentir viva e muito feliz.
- É mais velha que Carol?
- Não, mais nova. Eve está com 24 anos.
- Ultimamente você só se interessa por garotinhas.
- Ora, não chateie! Retrucou Sam rindo.
- Vá tomar banho que estou faminta.
Sam foi para o banheiro e Fernanda a acompanhou. Sentou-se na tampa do vaso sanitário e falou.
- Quando subiu, entrei sem querer no quarto da Andy. Gente ela está linda e deliciosa.
Sam abriu a porta do Box e encarou a irmã.
- Não deixe ela saber que você a viu dormir, pois ficará uma fera. Ela voltou para a Niki.
- Fico feliz com isso. A última vez que a vi estava muito triste.
- É verdade. O importante que está feliz agora.
Sam terminou o banho e falou.
- Estou sentindo você triste. O que está acontecendo?
- Estou me sentindo muito sozinha desde que Victoria e eu terminamos.
- Logo você encontra alguém que queira as mesmas coisas que você.
Fernanda suspirou e voltou a sorrir.
Instantes depois as duas sentaram-se à mesa e tomaram café conversando sobre o quiosque.
Após o banho Eve foi até a cozinha e encontrou a mãe e Ana preparando o café.
- Bom dia, mamãe. Bom dia, Ba. Cumprimentou ela beijando-as.
- Bom dia, amor. Cumprimentou Amanda.
Ba sorriu para ela.
- É muito cedo ainda.
- Eu vou para a praia.
- O que aconteceu? Amanheceu triste hoje? Você e a Sam brigaram?
- Não. A Sam é um poço de gentilezas. As coisas estão acontecendo muito rápidas. Faz apenas duas semanas que nos conhecemos e parece que se passaram anos. Não pensei que amaria alguém em tão pouco tempo e com tanta loucura. Tenho medo de sofrer e fazer Sam sofrer. Tenho necessidade de estar com ela o tempo todo, ouvir sua voz, sentir seu cheiro, me aninhar em seus braços que me fazem sentir segura. Mas não posso ficar fantasiando um relacionamento tão novo. Já fiz isso com a Carla e olha o que aconteceu. Pensei até em voltar para casa e ter certeza que é mesmo amor ou apenas paixão. Desabafou Eve.
- Realmente tudo aconteceu rápido, mas não quer dizer que não dará certo. A Sam é bem mais velha que a Carla, sabe o que quer e pelo o que pude observar ela também te ama com loucura. Tenho certeza que vocês serão felizes juntas. Tire da cabeça essa idéia de voltar para casa, não daria certo. Conheço você como ninguém e sei que não agüentaria ficar lá em casa sozinha, pois seu coração e pensamentos estariam aqui com ela. Não tenha medo de arriscar, meu amor. Viva com intensidade essa amor por que ele não será um amor de verão. Falou Amanda abraçando a filha. – Anime-se. Agora se sente para tomar seu café.
Instantes depois, Eve saiu para a praia.
Sentou-se sob um guarda-sol e acendeu um cigarro. Ficou olhando para o mar na esperança que ele levasse todas as suas incertezas e seus medos para bem longe.
Tomou sol, caminhou pela água e depois deu um mergulho. Quando saiu se sentiu renovada.
Voltou para casa e no corredor ouviu a algazarra dentro do apartamento.
A sala estava cheia de malas e gente. Seu tio Pedro, irmão de sua mãe, sua esposa Michelle e seus primos, Vitor, Valeria e Giovanna acabavam de chegar.
O almoço foi em clima festivo. Logo depois os pais foram tirar um cochilo. Evelyn e Rafhael saíram. Joshua e Vitor foram assistir filmes e as meninas foram para o terraço colocar as fofocas em dia.
Giovanna tinha os cabelos tingidos de vermelho, olhos cor de mel e corpo na media. Valeria era morena, olhos verdes e um corpo escultural, sua boca era carnuda e sensual. Giovanna contava sobre a casa em Los Angeles que moravam. Ela falou mais um pouco e depois foi tomar banho e descansar. Eve durante a conversa observou que Valeria estava calada e apenas concordava com tudo o que a irmã fala. Quando ficaram sozinhas, Eve se sentou perto dela e perguntou.
- O que está acontecendo com você?
- Nada. Respondeu Valeria.
- Como nada? Indagou-a. – Por que o Bill não veio com vocês com ficou combinado?
- Terminei com ele há dois meses. Li no jornal na semana passada que ele anunciou o casamento com a filha do embaixador brasileiro que reside em Los Angeles.
- Sinto muito, Val. Se precisar de qualquer coisa, eu estou aqui. Falou Eve penalizada.
- Obrigada, Eve. No momento quero curtir as festas com vocês e se pintar alguém vou aproveitar.
- É assim que se fala. Fora tristeza. Descanse que a noite vou te apresentar uma pessoa especial que conheci.
- Mesmo? Conta-me. Pediu Valeria mais animada.
Eve contou sobre Sam e depois Valeria foi descansar.
Sozinha no apartamento, Eve resolveu sair um pouco.
Andou pela orla marítima sem destino e acabou em uma sorveteria. Lá encontrou Evelyn e Rafhael. Pediu um Sundae e ficaram conversando.
À noite antes de ir para o quiosque, Sam ligou para Eve.
- Como você está meu amor? Perguntou Sam.
- Estava com um pequeno mal estar. Acho que foi muito sol. Mas estou melhor agora.
- Passo mais tarde para te ver.
- Não, meu amor. Eu vou até o quiosque. Vou comer alguma coisa e depois desço.
- Estarei te esperando. Beijos.
- Beijos.
Sam desligou o celular e correu para o carro, onde Andy a esperava, Nike já havia ido para casa tomar banho.
Eve ficou sentada na cama com o celular na mão, quando escutou uma discreta batida na porta.
- Atrapalho? Perguntou Valeria colocando a cabeça para dentro do quarto.
- Claro que não.
- Como estamos sozinhas, pedi para a Ba fazer uma salada e uns filés. Está bom para você?
- Está ótimo.
- Então vamos abrir um vinho. Convidou Valeria.
As duas se sentaram na sala e Valeria serviu o vinho. Conversaram sobre a faculdade de enfermagem que Valeria estava fazendo e sobre a loja de Eve. Instante depois Ana chamou-as para jantar e continuaram a conversa.
Às nove horas elas se arrumaram e foram para o quiosque.
Assim que Sam viu Eve seu coração acelerou. Foi recebê-la e se beijaram.
- Senti saudades. Falou Eve.
- Eu também. Só que achei você estranha quando nos falamos agora a pouco. Aconteceu alguma coisa? Quis saber Sam.
- Antes quero te apresentar minha prima Valeria.
- Muito prazer. Falou Valeria.
- O prazer é meu. Venham se sentar.
Sam levou-as para uma mesa e foi atender uma mesa.
- Depois quero saber o que está acontecendo. Disse ela.
- Está bem, meu amor. Concordou Eve.
Algum tempo depois os pais e tios de Eve chegaram ao quiosque. O restante da família chegou depois. Zezinho colocou mais mesas extras e anotou o pedido. Nike estava com eles.
- Nossa, que mulher linda é aquela loira! Exclamou Vitor.
- É a Andy, minha namorada. Disse Nike.
- Parabéns pelo bom gosto.
- Obrigada, Vitor.
Sam ainda não tivera tempo de cumprimentar as pessoas que estavam na mesa com Eve, pois o movimento estava intenso.
Algum tempo depois, uma moto parou e uma moça sem tirar o capacete entrou no quiosque. Abraçou e beijou Andy e ficaram conversando. Ela estava de costas, por isso Eve não pode ser seu rosto. Quando Sam voltou, elas se abraçaram e se beijaram. Eve com relutância desviou os olhos, mas Valeria notou seu nervosismo.
- O que houve? Perguntou.
- Nada.
Quando Eve levantou os olhos novamente viu Sam se aproximando. Ricardo fez as apresentações e pediu mais duas garrafas de vinho.
- Quero também apresentar alguém para vocês. Disse ela olhando ao redor. – Fernanda. Chamou.
A moça que estava de costas atendeu o chamado e se aproximou. Era a copia de Sam. Ela chegou sorrindo e Sam falou.
- Minha irmã, Fernanda.
- Olá. Cumprimentou ela.
Todos responderam sorrindo. Ricardo a convidou para se juntar a eles e ela aceitou com prazer.
Num instante, Fernanda já estava entrosada com eles.
- Poderíamos combinar um passeio de barco. O que acham?
- Seria muito bom. Concordou Amanda.
- Podemos ir antes do Natal. Ligo combinando. Vou descansar, pois ainda estou no fuso horário da Europa. Foi um prazer imenso conhecer vocês. Divirtam-se e boa noite. Falou ela olhando intensamente para Valeria.
Eve percebeu o olhar e fui intrigada.
Fernanda voltou para o balcão se despediu de todos e foi embora.
O quiosque foi fechado às quatro horas da manhã. A família de Eve há muito tempo fora para casa. Nike levara Andy também para casa, Eve e Sam estavam sentadas na mureta da praia tomando vinho e fumando. Sam perguntou servindo mais vinho.
- Vai me contar agora o que está acontecendo? Por que sua voz estava estranha ao telefone?
- Estive conversando com minha mãe e contei que as coisas entre nós estão acontecendo muito rápido e isto me assusta. Pensei até em voltar para casa para me afastar um pouco de você, mas percebi que já não posso viver sem você. Lembra quando te pedi para ter paciência comigo?
- Lembro sim. Falou Sam.
- Então, meu amor. Fiquei muito assustada com a intensidade dos nossos sentimentos.
- É melhor você se acostumar em me ter sempre por perto, pois vou te querer pelo resto da minha vida. Aceita?
- Aceito, desde que você nunca me deixe sozinha.
- Nunca vou te deixar.
Beijaram-se e terminaram o vinho em silencio.
As festas de fim de ano se aproximavam. Duas semanas antes do Natal. Eve e Nike viajaram para a capital, a fim de ajudarem na loja por causa do movimento intenso.
Eve conversava com Sam todas as noites, pois evitou sair à noite com medo de um novo encontro com Carla. A saudade era enorme, mas a distancia estava fortalecendo o relacionamento delas.
Nike e Eve voltaram na quarta-feira da semana seguinte. Na quinta-feira foram passear de barco e voltaram no começo da noite.
Após terem feito amor, mas Eve continuava aninhada nos braços de Sam quando falou.
- Amor, tenho uma duvida.
- Qual? Indagou Sam olhando-a.
- Sua irmã também gosta de meninas?
- Gosta sim. Por quê?
- Desde que a conheci venho notando alguns olhares dirigidos para minha prima Valeria. Será que ela está interessada?
- Eu também notei. Sua prima é muito linda e é o tipo de mulher que Fernanda gosta.
- O problema é que Valeria se interessa por homens.
- Eu sei. Conhecendo minha irmã como conheço, tenho certeza que ela vai cercar sua prima de todas as maneiras com elogios e pode ter certeza que vai conseguir conquistá-la. Explicou Sam.
- Tenho minhas duvidas. A Valeria terminou um relacionamento há pouco tempo. Pegou o namorado na cama com outra e isso acabou com ela. Tenho medo que ela se magoe novamente.
- Não se preocupe. A Fernanda jamais faria algo para magoar alguém. Prometo se ela passar dos limites, eu mesma falo com ela.
- Obrigada.
Ficaram em silencio e logo depois estavam dormindo.
Na sexta-feira pela manhã Chris ligou para Amanda e convidou toda a família para um churrasco em sua casa. Aproveitando assim para todos se conhecerem.
Na tarde do churrasco, outros familiares de Sam chegaram. Mais carnes foram preparadas e mais cervejas foram colocadas para gelar. A festa só terminou a noite.
No caminho de volta, Sam convidou Eve para passar a noite com ela já que não iria abrir o quiosque.
- Vou adorar. Disse Eve.
- Quero passar uma noite tranqüila com você.
Já em casa Eve sentou-se no sofá, enquanto Sam abria um vinho. Niki e Andy recusaram o convite e foram para o quarto.
- Achei sua irmã um pouco triste hoje. O que aconteceu? Perguntou Eve quando Sam sentou-se ao seu lado.
- Ela recebeu um telefonema do dono do jornal em que trabalha. Ela terá que voltar antes da data prevista e também ela terminou um relacionamento de três anos alguns meses atrás.
- Que pena! Gosto muito dela.
- E ela de você.
- Sabia que vocês se parecem muito, não só fisicamente.
- Em que?
- Vocês são carismáticas, gentis, atenciosas e têm bom humor.
- Obrigada. Você só errou em uma coisa. A Fernanda tem um humor de cão quando fica doente. Diferente de mim. Eu só quero atenção 24 horas.
- Se precisar, minha atenção será toda sua. Disse Eve beijando seus lábios.
Sam serviu o vinho e o saborearam em silencio.
Naquele momento o telefone tocou. Sam esticou o braço e pegou o aparelho.
- Alô, mamãe! Aconteceu alguma coisa?Indagou Sam.
- Aconteceu que minha casa está cheia e não tenho mais lugar para seus primos e sua irmã dormirem. Seu tio Carlos e família acabaram de chegar, então pensei que você poderia acomodá-los por aí. Explicou Chris.
- Não terá problema. Os dois quartos foram limpos ontem até parece que eu estava adivinhado. Falou Sam. Só preciso colocar lençóis limpos e toalhas.
- Então vou mandá-los. Obrigada filha. Boa noite.
- Boa noite, mamãe.
Sam desligou o telefone e suspirou.
- Aconteceu algo? Perguntou Eve.
- Teremos que deixar novo vinho para depois. Minha irmã e meus primos estão vindo para cá. A casa de mamãe lotou com a chegada do outro irmão dela.
- Precisa de ajuda? Ofereceu Eve.
- Preciso. Obrigada.
As duas subiram ajeitaram os quartos e voltaram para a sala no momento que o interfone tocou. Sam acionou o portão e foi destrancar a porta.
Foram mais beijos e apresentações e num instante estavam sozinhas novamente.
- Vamos para o quarto. Convidou Sam.
Após um banho, Eve foi para a cama e tomou um gole do vinho, enquanto Sam foi trancar a porta.
Eve olhou interrogativamente para Sam.
- Precaução. Disse ela simplesmente.
Eve achou graça e sem dizer nada abriu os braços para Sam se deitar ao seu lado.
As mãos procuraram os pontos mais sensíveis. Eve se deitou sobre o corpo de Sam, beijando o pescoço e ombro. Foi descendo o corpo e sua língua deixava um rastro de fogo na pele de Sam. Demorou a caricia no umbigo e virilha. Sam agarrou seus cabelos e gem*u, quando Eve encontrou sua fonte de prazer molhada e quente. Para provocar, Eve acelerava os movimentos e quando sentia que Sam estava chegando a ápice do prazer, parava de repente e Sam gemia frustrada. Eve soltava um risinho e voltava às caricias para instantes depois parar outra vez.
- Não faça isso. Eve. É frustrante. Reclamou Sam.
- Fique quietinha e sinta.
Eve voltou a tocá-la com mais intensidade levando dessa vez Sam ao orgasmo supremo que a deixou tremula.
Eve deitou a cabeça na barriga de Sam e suspirou longamente.
Sam puxou para cima e introduziu a mão entre suas pernas tocando-a e dessa vez foi Eve que estremeceu quando alcançou o prazer.
Dormiram abraçadas.
Quando Gil chegou na manhã seguinte encontrou um bilhete de Sam avisando que a casa estava cheia, por isso foi preparar o café da manhã antes de fazer qualquer outra tarefa.
Assim que todos levantaram, tomaram café e foram para a praia. Apenas Fernanda ficou na casa lendo o jornal no escritório.
Algum tempo depois, Gil informou Fernanda que Valeria, prima de Eve, estava na sala.
-Vou até lá. Obrigada Gil.
Fernanda terminou de ler a reportagem e se levantou.
- Olá. Cumprimentou Fernanda.
- Oi. A Gil me informou que Eve não está. Disse Valeria.
- Todos saíram cedo para a praia. Aceita tomar alguma coisa enquanto espera? Talvez elas não demorem a voltar.
- Não quero te atrapalhar.
- De jeito nenhum. Que tal uma taça de vinho?
- Aceito.
Fernanda foi buscar o vinho e logo voltou com duas taças. Estendeu uma para Valeria e se sentou na poltrona.
- Você mora em São Paulo como a Eve? Quis saber Fernanda.
- Não. Há muito anos moramos pelo mundo. Respondeu valeria tomando seu vinho.
- Como assim pelo mundo? Indagou Fernanda.
Valeria riu antes de responder.
- Desculpa se me expressei mal. Minha família e eu nos mudamos muito de país por causa da profissão do meu pai. Ele é diplomata.
- Ah, sim! Em que país vocês estão no momento?
- Em Los Angeles.
- Eu também viajo muito, mas tenho residência fixa na Itália. Trabalho em uma emissora de televisão de lá, sou correspondente internacional.
- Com certeza é mais interessante trabalhar com repórter do que ser filha de diplomata.
- Por que diz isso?
- Não gosto muito de ficar mudando sempre de país e não ter um lugar fixo. Você sempre deixa pessoas queridas para trás. Nunca pode se apegar demais.
- Conhece a Itália? Perguntou Fernanda.
- Ainda não.
- É um lugar lindo, mágico. Pena que depois de janeiro vou para Israel cobrir a guerra.
- Não está com medo?
- Medo a gente sempre tem, mas foi a profissão que escolhi e sabia de todos os riscos. E você em que trabalha?
- Estou terminando a faculdade de enfermagem.
- Que legal!
O silencio caiu sobre elas fazendo-as se encararem. Fernanda percorreu os olhos pelo rosto de Valeria e gostou o que via.
- Por que me olhas tão intensamente? Indagou Valeria.
- Acho você linda. Foi a resposta simples de Fernanda.
Valeria ficou corada com o elogio e para fugir daquela sensação estranha que estava sentindo se levantou e disse.
- Elas estão demorando, vou embora.
Fernanda também ficou em pé e se aproximou dela.
- Desculpa se encabulei você, não era a minha intenção.
Valeria encarou Fernanda e um frio subiu em suas costas fazendo-a estremecer.
Fernanda percebeu o tremor em seus lábios e segurou seu braço perguntando.
- Você está sentindo alguma coisa?
- Não, estou bem.
- Então porque você está tremendo? Quis saber Fernanda preocupada.
- Não sei.
Fernanda notou um brilho intenso nos olhos de Valeria fazendo sua respiração se acelerar. Colocou a mão embaixo dos cabelos e acariciou sua nuca. Devagar puxou sua cabeça e beijou seus lábios suavemente.
No momento Valeria ficou sem ação e mesmo sem querer gostou do beijo, mas quando raciocinou direito colocou as mãos no peito de Fernanda e empurrou-a.
- Desculpe-me, Valeria. Gem*u Fernanda arrependida se afastando.
Valeria não disse nada, pegou a bolsa sobre o sofá e correu para a porta quase derrubando Sam na entrada.
- Desculpe-me, Sam.
Sam ficou apenas olhando Valeria sair pelo portão que se fechava. Depois encarou a irmã e perguntou zangada.
- O que você fez com ela?
- Fui uma idiota. Eu a beijei. Respondeu Fernanda passando a mão pelos cabelos.
- Não acredito que fez isso. O nosso mundo não é o mundo dela, Fernanda.
- Eu sei disso. Sinto muito.
- A Valeria acabou de romper um noivado de dois anos desgastante, está muito frágil e magoada.
- Você sabe que eu seria incapaz de magoar alguém deliberadamente.
- Eu sei minha irmã. Por favor, fique longe dela, por enquanto.
- Está bem.
Sam se sentou no sofá e acendeu um cigarro.
- Quer um vinho? Ofereceu Fernanda.
- Quero sim.
Fernanda foi pegar outra taça e mais uma garrafa de vinho.
Fim do capítulo
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