O último adeus.
Capítulo 6. : A despedida.
Na manhã seguinte lá estavam às capitãs Mantovanni e Monteiro, o major Tavares, o tenente coronel Magalhães, o cabo Prado, os familiares de Celina e outros. Muitos policiais estavam por lá inclusive do Corpo de Bombeiros, pois, muitos conheciam Márcia e Celina.
O major Pires Paiva também estava por lá acompanhado de uma moça que Márcia não soube deduzir quem era.
A capitã Mantovanni encarou o major de cima a baixo e disse quando ele se aproximou dela para dar-lhe os sentimentos pela morte de Celina:
-- Veio rir da minha desgraça major? Eu ainda acabo com você Paiva, pode esperar seu crápula miserável! -- Tenho certeza que tem dedo seu nessa história e eu vou descobrir.
-- Por que não segurou a sua esposa ao seu lado capitã. Quem sabe ela estaria viva!
Isso foi o suficiente para a capitã Mantovanni partir para cima do major e agredi-lo com um soco. Os dois começaram a rolar no chão e foi preciso a intervenção dos amigos e do pai.
A capitã Cláudia Monteiro juntamente com major Tavares seguraram Márcia enquanto o tenente coronel Magalhães e outros seguravam o major Pires Paiva.
-- Me larga Monteiro, eu vou mostrar para esse vadio o que é não segurar a esposa ao seu lado.
-- Deixa esse traste prá lá Mantovanni, ele não vale o sal do batismo.
O pai entrou na briga e afastou a filha dizendo ao major:
-- Afaste-se da minha filha major, ou eu é que não responderei por mim!
-- Eu ainda acabo com você capitã Mantovanni, pode esperar. E virando as costas se retirou. Mas a moça que estava com ele ficou observando meio de longe a capitã. Era a tenente Andressa filha do major.
-- Eu estarei esperando por você Paiva, tenha certeza disso, leve o tempo que levar! Falou Márcia ao major.
A partir daquele dia, a guerra estava declarada. Porém, mal sabia Márcia que em sua vida surgiria aquela que a faria renascer das cinzas anos depois, a capitã Andressa Pires Paiva, filha daquele que seria o seu maior inimigo por anos.
Com todos reunidos no Mausoléu da Polícia Militar para acompanhar o enterro da tenente Celina Vaz Amorim Mantovanni a cerimônia começou.
Após algumas palavras proferidas pelo Coronel Vaz Amorim, a capitã Mantovanni tomou a palavra e em seguida, foi à vez do capelão que fez uma linda oração e ao fim dela, após uma salva de vinte e um tiros em homenagem ao heroísmo da tenente, ela foi sepultada.
Era uma manhã cinzenta de um sábado de abril de 2002. Na lápide junto à foto estava escrito:
TENENTE PM
CELINA VAZ AMORIM MANTOVANNI
*12/08/1968
+06/04/2002
MORTA NO CUMPRIMENTO
DO DEVER
SAUDADES DOS AMIGOS,
FAMILIARES E ESPOSA.
Após o sepultamento todos se retiraram menos a capitã Mantovanni que ficou alguns instantes conversando com a esposa.
-- Celina o que eu faço agora? Por quê? Perguntava-se chorando copiosamente.
A ainda capitã Monteiro abaixou-se ao lado da amiga e disse:
-- Vem Márcia, acabou amiga. Deixe que ela siga o seu caminho. Somente o tempo vai te mostrar o que aconteceu e um dia você vai entender, tenha calma.
-- Mas ela foi embora Cláudia e a culpa é minha. O que eu fiz de errado major Monteiro? Diga-me que eu não entendo. Eu amo essa mulher ela era a minha vida e agora? O que vai ser de mim, o que me resta nesse momento?
-- Calma amiga ninguém teve culpa, aconteceu e não tem volta. Você poderia até ter prendido a Celina em casa, mas nem assim impediria o que aconteceu. E respondendo a sua pergunta, vai restar a dor da saudade, os bons momentos, mas como eu te disse, o tempo vai se encarregar de cuidar dessa ferida em seu coração. Agora vamos que a chuva começou e você precisa se cuidar.
Esse tempo duraria pouco mais de cinco anos. Mas a presença de Andressa daria outro rumo à vida da capitã e então futura major Mantovanni.
Fim do capítulo
Aonde isso vai dar?
Quem é a moça que está junto com o major Pires Paiva?
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