Capítulo 5. O peso da culpa.
-- Maldita hora em que deixei você ir para a Força Tática, maldizia a si mesma. Por quê? Gritou. Foi tudo minha culpa, se eu tivesse sido mais radical, você não estaria morta, falou lembrando-se da discussão que haviam tido há tempos atrás quando Celina pediu transferência para a Força Tática.
-- Celina, você não vai para a Força Tática!
-- E porque não, você vai me impedir?
-- Sim vou e enquanto eu puder vou boicotar essa sua ideia maluca de ir para lá. Eu não aceito essa decisão!
-- E posso saber o porquê disso capitã Mantovanni?
-- Pode sim, porque o comandante de lá não vale nada, não passa de um crápula que se esconde atrás de uma farda!-- Celina, por favor, não me tira do sério, você não sabe do que eu sou capaz.
-- Nossa tudo isso porque o comandante é o major Pires Paiva, seu inimigo?
-- É por isso e por outras coisas mais, ele sabe que você é minha esposa?
-- Claro que sabe, afinal sou a senhora Mantovanni, esposa da capitã Mantovanni e nora do tenente coronel Giuseppe Mantovanni que por acaso é seu pai e comanda o regimento. -- E não se fala mais nisso, vou para lá e está encerrado o assunto.
Márcia não conseguiu impedir que Celina fosse para a Força Tática. Isso quase causou a separação das duas. Porém, o amor dela por Celina era tão imenso que não teve alternativa a não ser aceitar a decisão da esposa. Detestava discutir com Celina, isso a deixava muito mal.
Agora não tinha a resposta, não naquele momento.
Saiu do quarto e avisou a todos que Celina havia falecido. A tristeza foi geral, abraçou o pai dizendo:
-- A culpa é toda minha, eu não deveria tê-la deixado ir para a Força Tática sabendo que aquele traste comanda aquela unidade, eu deveria ter sido mais radical, chorava copiosamente nos braços do velho Giuseppe. Agora ela se foi, o que eu faço pai?
-- Tenha calma filha, você não poderia deduzir ou adivinhar que isso iria acontecer. Lembre-se, essa é a nossa profissão. Assim como ela qualquer um de nós poderia passar pela mesma coisa.
O sogro passara mal e teve de ser medicado prontamente. O cunhado que também era policial estava presente e abraçou a cunhada e amiga. Há muito não se viam, mas era por falta de tempo, pois o sargento Vaz Amorim trabalhava no interior e a comunicação somente se dava por e-mail ou telefone.
Saíram do hospital para providenciar os documentos para o sepultamento que aconteceria na manhã seguinte no Mausoléu no cemitério do Araçá.
Fim do capítulo
A major perdeu o amor de sua vida. O que o futuro reserva para essa mulher que perdeu o chão com a morte da esposa?
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