Elisa acordou próximo das dez da manhã, não dormiu bem ficava pensando em Carol, pensando em besteiras do tipo que Carol poderia ter saído para se divertir e encontrado alguém, estas coisas. Até que decidiu tomar uma taça de vinho, várias, e foi dormir. Assim que acordou foi atrás de seu celular e viu a mensagem de Carol, parecia que um peso de 100 quilos tinha sido tirado do seu peito. Sabia que estava errada, não tinham nada e Carol também não era parecida nem um pouco com seu ex.

- Nem uma semana que estamos ficando e a besta do apocalipse da insegurança já baixou.

Mensagem:

Elisa: Oi Cá, bom dia claro que se estende para hoje sim! quando estiver livre me avisa .... bjos

                Elisa respondeu a mensagem e imaginou que Carol estivesse descansando, portanto foi fazer suas coisas.

                Horas depois Elisa já tinha deixado o celular de lado, pegou sua bicicleta e foi dar uma volta no parque que tinha perto da sua casa, ligou seu ipod e foi só que tinha um problema, pois toda música que tocava lembrava Carol, desde Incubus, passando por The Fray, Muse, indo por Maroon 5, arctic monkeys, chegando em Jason Marz, Damien Rice e por ai vai, tudo a fazia lembrar. Parou perto de uma árvore e sentou para descansar um pouco, geralmente era o passeio de sábado de Elisa e sempre sozinha, olhou as pessoas passando, admirava sempre as famílias que saiam juntas e pareciam de propaganda de margarina, sonhava em no futuro ter uma família assim, onde pudesse passar uma tarde no parque fazendo de tudo e sem cobranças ou problemas. Voltou para casa e antes de tudo pegou o celular, nada de Carol.

- Fala amoré – Guto.

- Guto, vão fazer o que hoje? – Elisa depois que não teve mais notícias de Carol ligou para Guto.

- Oi, estamos bem e você? – Guto ironizou.

- Desculpa Guto, só cansei de ficar sozinha em casa.

- Báhhh, mas to falando com a Elisa mesmo? Elisa cansou de ficar em casa sozinha? Que milagre é este? – Guto sentiu algo estranho. – Cadê a Carol?

- Não sei Guto, ontem ela teve cirurgia até tarde me respondeu quando chegou de madrugada do hospital, já hoje não deu sinal de vida.

- Entendi, deve estar dormindo – Guto fez sinal pro Bernardo e falou só mexendo os lábios –Liga pra Carol! – Bom, vamos em uma baladinha de noite, quer ir?

- Sim, quer dizer não, mas é o que tem não é, e não quero ficar em casa pensando mais besteiras, odeio ser assim!

- Calma Li, tenha mais fé na Carol, ela não é seu passado!

- Eu sei, só estou com medo, eu ... ela é tão linda, tão carinhosa, inteligente, tem paciência comigo, ri das minhas piadas e tagarelices, cuida de mim, se preocupa, conversa comigo sobre tudo, ai Guto gosto tanto dela e agora que descubro isso que me dou uma chance ....

- Não aconteceu nada sua louca! Calma! – Guto ria do desespero de Elisa – Continue se dando uma chance e dê uma chance pra Carol também. Tem uma semana isso, pode parecer mais, tenha paciência ligeirinha! – riram.

- Eu sei, é que como sempre me dei mal, e agora indo tão bem eu meio que acelerei. Prometo me conter.

- Então se até de noite ela não responder, você liga e se ela não te atender você vai mandar uma mensagem dizendo onde vai estar e que quer vê-la. Caso ela não for e não tiver uma boa desculpa, ai sim você pode surtar e eu estarei do seu lado. Fora isso, vai fazer suas coisas, fique bem linda que 23:30 passaremos ai.

- Ai Guto, não sei o que seria de mim sem você!

- Você não seria nada – riram. – Até mais tarde, beijos.

- Beijos.

 

                Já eram 23:15, Elisa estava se olhando mais uma vez no espelho, tinha feito tudo que o Guto falou e nem sinal de Carol ainda, estava triste mas tinha certeza que não tinha feito nada de errado para afastar ela, portanto tentava ficar tranquila.

- Desce amoré, chegamos!

- To descendo!

                Elisa desceu e adorou a cara de bobo que os dois estavam, sempre se vestia casual por causa de seu trabalho, isso não quer dizer que não sabia se vestir. E também nunca subestime uma mulher bem vestida, e brava. Elisa estava usando uma saia um pouco à cima dos joelhos com estampa étnica, uma blusa de mangas curta colada ao corpo por dentro da saia com um decote que deixava seu colo a mostra, e para combinar um sapato preto meia pata, finalizando com uma maquiagem que destacava seus olhos. Bolsa e casaco.

- Moça, você poderia chamar a Elisa? Deve ser sua vizinha! – Bernardo falou sorrindo- Gata, você está GATA!

- Obrigada – Elisa disse já ficando vermelha, toda sua confiança se esvaindo.

- Pode tirar este vermelho do rosto, e continue como aquela Elisa que desceu as escadas agora! – Guto disse. – Tá linda!

- Obrigada meus amores!

- Então vamos, que esta noite promete! – Bernardo.

                Um pouco longe dali, uma Carol extremamente irritada ainda estava no hospital, acordaram ela pelas dez horas da manhã também, a chamando com urgência pois o seu paciente da noite anterior teve uma hemorragia interna, e com isso teriam que realizar outra cirurgia mas como ela tinha realizado a cirurgia para colocar o fêmur no local correto, acreditavam que a veia femoral tivesse rompido. Portanto, foram horas e horas no centro cirúrgico, e quando conseguiu sair ainda tinha toda a papelada e várias ligações e mensagens no seu celular, quando ira falar com Elisa seu celular tocou e era seu pai pedindo uma consulta no mesmo hospital para um paciente dele, Carol não teve como dizer não.

- Dr.Osvaldo, boa noite! – Carol e seu pai se tratavam formalmente no hospital.

- Boa noite Dr. Carolina. poderia me dar uma consulta em relação a este paciente?

                Carol ficou mais duas horas debatendo o caso até decidirem o melhor para o paciente, quando olhou seu relógio já eram dez horas, e foi ai que conseguiu ler todas as mensagens, primeiro as de Elisa em seguida de Letícia e Bê. Decidiu que iria para casa tomar um banho e encontrar com eles, precisava falar com Elisa, mesmo cansada e além de precisar falar com Elisa, queria muito vê-la. Mas infelizmente o dia de Carol ainda não tinha terminado.

- Doutora, ainda aqui?- Carol escutou Geórgia e saiu andando sem dar atenção, parou para esperar o elevador.

- Você não tem mais ninguém para atormentar Geórgia? – Carol, apertou mais vezes o botão do elevador, tentando em vão que ele chegasse mais rápido.

- Só te fiz uma pergunta Carol, não precisa me atacar assim. – Carol, ignorou e entrou no elevador que acabou de chegar. – Boas lembranças, tarde da noite e nós duas no elevador sozinhas.

- Pesadelos, isso sim. Droga de elevador lerdo! – Carol ficou bem perto da porta de costas para Geórgia.

- Você não achava ruim, até pedia para eu travar o elevador. – Geórgia falou se aproximando e ficando praticamente colada nas costas de Carol.

                Carol fechou os olhos, respirou fundo e rezou para o elevador logo parar em qualquer andar que fosse. Ela sabia que Geórgia era conquistadora, e que estava fazendo de tudo para que Carol caísse outra vez na sua lábia.

- Hum...continua com o mesmo shampoo – Geórgia falou segurando uma mecha do cabelo de Carol que estava solto. 

- Se afasta Geórgia, não sou suas vagabundas!

- Não, você é minha mulher!

- Há há há, não me faça rir Geórgia, não sou nada sua! Quer dizer, infelizmente sou sua colega de trabalho e só, me deixe em paz, senão na próxima vez irei ao RH reclamar de assédio. – a porta do elevador se abriu e Carol saiu.

- Não vou desistir!

- Pois desista, porque estou com alguém e jamais faria algo para magoá-la! Se afasta de mim! Caso contrário irei ver com a Letícia e o RH do hospital o que fazer em relação a isso! – Carol gritou esta última frase e a recepção toda escutou e olhou para Geórgia que apertou o botão de qualquer andar e sumiu. Carol pegou suas coisas e correu para casa.

                Tentou ligar para Elisa e nada, se arrumou e foi encontrar com ela e os amigos. Carol acabou de parar o carro em frente à balada e mandou mensagem para o Bernardo, pois mandou várias para Elisa e ela não respondeu. Bernardo respondeu para ela entrar logo, pois achava que Elisa estava bebendo um pouco demais. Carol percebeu que precisava mesmo conversar com Elisa, pois ela se abriu com Carol falando de tudo, todos os medos e receios, os problemas do passado, e que até hoje a atrapalhavam e além de tudo Carol disse que tentaria fazer de tudo para ajudar. Mas também sabia que não tinha culpa por não poder falar com ela e não a responder, o trabalho a consumiu e também com Geórgia a atormentando ela ficou nervosa e praticamente fez tudo no automático.

                Carol entrou e foi direto para o lado direito do local onde Bernardo disse que estariam, procurou um pouco e os avistou. Foi chegando perto quando viu Elisa e parou, piscou algumas vezes para ver se estava vendo direito e ficou de boca aberta.

- Nossa, estou perdida! – pensou.

                Segui até eles ainda surpresa, encontrou primeiro com Guto que estava no mesmo nível alcoólico que Elisa parecia estar,alto. Em seguida, com Bernardo que por causa do som alto falou em seu ouvido:

- Para de babar! – riu – E é melhor você ir logo perto dela antes que alguém consiga passar por cima da tampinha da Lê, ela está tentando afastar às atiradinhas e se sentindo mal porque não é a que está chamando atenção. – riram.

- Obrigada Bê, ela já bebeu muito? Ela está bem? – Carol falou isso já olhando Elisa e esta já tinha notado sua presença.

- Bebeu o normal de todos nós, só que ela é fraca para bebida, estamos com um pessoal em uma mesa lá em cima, vou levar o Guto um pouco lá e você agora cuide dela.

- Pode deixar, daqui a pouco subimos.

                Carol entrou mais no meio da multidão, e se aproximou de Letícia e Elisa.

- Graças a deus amiga! Toma conta dela ai que não aguento mais achar que estão olhando pra mim e é pra ela, credo! Fora as que vem falar comigo querendo saber dela! Fui! – Letícia falou isso quando abraçou Carol e foi andando no meio das pessoas dançando.

                Carol se aproximou mais de Elisa, e as duas ficaram paradas no meio da pista se olhando, estavam próximas e Elisa viu a hora que uma “doida” tentou pegar na mão de Carol, e ai logo esboçou uma reação. Afastou a “doida”, para o espanto de Carol que só ficou olhando, e puxou Carol para o canto do salão perto da parede.

- Lisa, você... – Carol nem teve tempo de falar, Elisa já a empurrou para a parede grudando seus corpos e a beijando. De início Carol ficou surpresa, mas no segundo seguinte já estava respondendo a Elisa, os lábios se procuravam cada vez mais afoitos Elisa puxou o rosto de Carol para mais perto quase as sufocando e Carol fez o mesmo com a cintura de Elisa, pararam ofegantes se olhando quando Elisa não aguentou e deu uma leve mordida no lábio inferior de Carol.

- Não faz isso ... – Carol.

- Por que não? – Elisa perguntou já mordiscando outra vez Carol.

- Porque senão te levo agora daqui... – Carol sentiu que Elisa ficou parada com a boca bem próxima a dela, como se estivesse pensando no que fazer, sorriu e voltou a beijar Elisa, de início só movia lentamente seus lábios sobre os dela e Elisa acompanhava, até que Carol acariciou os lábios de Elisa com sua língua e aprofundou o beijo, se soltaram somente quando o ar faltou e Elisa ofegante disse:

- Preciso tomar algo, muito quente aqui. – falou pegando a mão de Carol e a puxando para a escada indo em direção ao bar. Carol se surpreendeu com Elisa a pegando pela mão, não sabia que ela gostava disso, entrelaçou os dedos na mão dela e sorriu.

- Ca, vai beber o que? – Elisa perguntou quando estavam no balcão.

- Cerveja?

- Eu também! Tá calor aqui acho que o ar condicionado deles deve estar quebrado. – Elisa falou inocente, mas Carol riu entendo qual era o calor de Elisa. As cervejas chegaram e elas tomaram, Carol queria muito falar com Elisa sobre tudo, mas no momento estava se divertindo e adorando a Elisa despreocupada e sorridente.

- Você está linda! Mais do que o normal – Carol falou e reparou que Elisa mais uma vez ficou vermelha. Ela tomou um gole da cerveja e olhou descaradamente para Carol.

- Você também, muito mesmo, tanto que mal chegou e já iriam te puxar – riram.

- É mas o que fiquei sabendo foi que você contou com uma guarda costas, porque senão metade da festa se aproximaria.

- Ah até parece, claro que não – sorriu para Carol.

- Sei, e não adianta dar este sorriso lindo pra mim que não vou esquecer o que nossos amigos falaram – riu – Agora não desgrudo mais, vai que alguém se aproxime .... – e apertou mais forte a mão de Elisa, estavam até agora juntas.

- Mesmo que se aproxime, eu só quero ficar com você – apertou a mão de Carol e foi com ela em direção a mesa dos amigos.

- Ótimo escutar isso, eu também, só quero você – Carol falou no ouvido de Elisa que estava na frente dela passando pelas pessoas para chegar a mesa.

                Chegaram sorridentes na mesa dos amigos e aproveitaram a noite, beberam, dançaram, riram, conversaram. E a todo o momento Carol e Elisa ficaram próximas, ou de mãos dadas ou sentadas lado a lado, o que fez Carol se surpreender foi que Elisa não tinha problema algum em demonstrar em público que estavam juntas, em meio às conversas dos amigos uma hora concordaram e quando Carol olhou sorrindo para Elisa ela lhe deu um selinho que deixou Carol surpresa.

- Desculpa – Elisa falou vendo a surpresa de Carol.

- Não! – a beijou também – nunca peça desculpas por isso! Só me surpreendi só isso.

- Hum...ok

- É que achei que fosse chegar aqui hoje e você mal olhar na minha cara, sei que sumiu mas não foi de propósito eu...

- Você é médica Carol, sei que emergências acontecem, imprevistos também. Confesso que entre ontem e hoje eu fiquei um pouco”maluca”, mas porque eu pensei como a Elisa antiga. – riram – Depois de três doses de tequila e escutar algumas coisas de três doidos comecei a pensar. Algumas vezes preciso tomar umas broncas para acordar. Sei que preciso mudar muito ainda, mas ninguém nunca me tratou como você me trata, portanto preciso ter um pouco mais de paciência e discernimento.

- Meu Deus, quem é você? O que fez com a Lisa? – Carol falou rindo e Elisa deu um tapa no ombro dela. – Que bom! Mas prometo que amanhã sem as tequilas e as cervejas, te conto tudo ok?

                Elisa fez que sim com a cabeça e voltaram a conversar com os amigos. Bernardo e Guto estavam já pensando em ir embora, tentaram achar Letícia, mas desistiram. Quando todos estavam se despedindo depois de pagarem as comandas, Letícia apareceu.

- Iriam me deixar aqui?- falou olhando para trás como se alguém estivesse atrás dela – Vamos embora então?

- Você some e não atende o celular – Carol falou, mas achou estranho a todo o momento Letícia olhar para trás. – Que foi Lê? O que você aprontou?

- Nada! Eu hein, sempre acham que aprontei algo...

- Sabe aquele ditado: seu passado te condena... – falou Bernardo também achando estranho.

- Tá!!! Vamos logo...

- O que você fez? – Bernardo perguntou já sério.

- Fala Lê! – Carol.

- Eu ... eu fiquei com uma guria mas ela estava com a namorada, só que eu não sabia e a guria também não falou nada, agora a namorada quer me pegar e sabe-se lá fazer o que, então se ainda querem ter advogada de graça e amiga, vamos embora! – Letícia saiu arrastando os amigos em direção ao estacionamento, estes que riam do desespero da menor.

- Ela é sempre assim? – Elisa.

- Sempre Lisa, se eu te contar metade das coisas que esta nanica já aprontou você não acredita. – riram.

- Carol, nós levamos a fugitiva – riram – Você leva a Li? – Guto perguntou.

- Nossa Guto...

- Claro! Iria sugerir isso. – falou antes que Elisa brigasse com o amigo por ele nem ter perguntado a elas sobre isso. – Tudo bem?

- Claro Ca. – Elisa assentiu – Já que meu amigo já me dispensou.

- Para de drama! Até parece que prefere ir comigo do que com a “Cá” – imitou Elisa falando.

- Sai daqui logo – falou tímida, mas rindo – antes que eu chame o “Bezinho”! – Elisa usou o apelido que Guto usava com o Bernardo quando fazia manha.

                Despediram-se e foram para os carros, Letícia já estava encolhida no banco de trás do carro dos meninos morrendo de medo de apanhar. Carol seguiu com Elisa para a casa dela, conversaram sobre a noite que tiveram e sempre que possível ficavam de mãos dadas enquanto Carol dirigia.

- Para ali Carol. Que sorte ter vaga bem em frente ao prédio, deve ser o horário.- Elisa já estava tirando o cinto e abrindo a porta, Carol achou estranho e falou.

- Nossa nem vai me dar boa noite direito?-e fez bico.

- Ah você faz bico – riu – pensei que como está tarde, você poderia ficar, e ir embora mais tarde...- Elisa percebeu que Carol ficou parada e falou – mas não tem problema se não quiser, foi só uma ideia...

- Claro que quero, só fiquei surpresa - Beijou Elisa e foi sair do carro também.

                Entraram no apartamento e pela primeira vez Elisa viu Carol sem graça, o que a fez sorrir, mas ela não comentou nada e foi indo em direção ao quarto.

- Ca, fica a vontade vou pegar uma roupa pra você ficar mais confortável.

- Obrigada Lisa, vou tomar água e já venho. – Carol foi para a cozinha tomar água, e colocar as ideias em ordem, pois sua vontade era ir até o quarto e agarrar Elisa, mas sabia que se fizesse isso, com certeza seria ótimo, mas Elisa ficaria distante depois e Carol também não queria pressa, queria fazer tudo certinho e ir devagar.

                Carol foi até o quarto e encontrou Elisa saindo do banheiro com os cabelos bagunçados para um lado, e com um pijama, de shorts com estampa dos raios do The Flash  e blusinha de alcinha cinza, parou e ficou olhando segurando o riso.

- Pode rir! Mas eu adoro super heróis e adoro dormir confortável! – disse rindo de si mesma e indo em direção a poltrona perto da porta. – Toma, não é de super heróis – riu – mas acho que não vai ficar tão grande em você.

- Não estou rindo de você e sim porque combina perfeitamente com você, parece uma menininha – se aproximou e beijou Elisa – Obrigada pela roupa, e com certeza irá ficar certinha, pois só você acha que usa o manequim maior que o meu. – Carol foi se trocar.

                Elisa ficou pensando no que Carol disse, foi em direção a cama e se ajeitou para deitar, ficou sentada já coberta e mudando a TV de canais, Carol saiu do banheiro e apagou as luzes.

- Então...eu...

- Deita aqui comigo, você já dormiu comigo e eu estou viva – riu – então está tudo bem. – Elisa.

- Hum... – Carol riu e deitou, quando virou de frente para Elisa falou – Olha, na cama com você, só imagino que irei te deixar bem viva e bem feliz. – gargalhou da cara que Elisa fez.

- Você adora fazer isso né! – Elisa falou e beliscou Carol.

- Ai!!! Isso dói!!!- fez bico outra vez.

- Ai que bico lindo – riu e deu selinho em Carol, e antes de se afastar Carol a beijou devidamente, ficando um pouco por cima de seu corpo.

                Carol não resistiu, começou a beijar Elisa com o corpo por cima com uma de suas pernas entre as dela e começou a passar uma de suas mãos no braço de Elisa e foi descendo até sua cintura e apertou do lado a puxando. Escutou um gemido de Elisa, sorriu entre o beijo, e continuou levando sua mão até a coxa dela, onde ficou acariciando e voltou com a mão até em cima torturando Elisa que estava com uma mão na nuca de Carol e a outra nas costas dela.

-Ca... – Elisa chamou quando Carol parou de beija-la e foi beijar seu pescoço – acho que...

- Acho...que...é...melhor...pararmos...- falou entre beijos no pescoço.- Eu sei, só não resisti – tinha tirado seu rosto do pescoço de Elisa e a estava olhando – É que é difícil só dormir com você, a sorte é que estamos super cansadas – riu.

- Sim...desculpa... – falou sem olhar nos olhos de Carol.

- Hey, sem timidez, adoro seu jeito tímido e envergonhado mas aqui só tem nós duas,e estamos sendo bem sinceras no que sentimos uma com a outra, então aqui é o local que não quero ver a Elisa tímida, ok? – falou já ficando ao lado de Elisa deitando no travesseiro.

- Ok, prometo que vou tentar. – passou a mão no rosto de Carol e disse – Eu costumo dormir com música, você se importa? Coloco bem baixinho e a playlist logo acaba.

- Tudo bem Lisa, também gosto mas geralmente estou tão cansada que nem lembro de ligar nada – riram, Elisa tinha se virado para o outro lado para ligar a música e Carol se aproximou mais dela.

- Hum...que gostoso dormir assim

- Então já sei de mais uma coisa que você gosta, bom saber que gosta de dormir de conchinha – beijou a nuca de Elisa e sentiu que ela tremeu.

-Cá!!! Não judia!!! E sim gosto de dormir assim, mas sempre falei dormir de coala – riram.

- Coala? – Carol continuava rindo.

- Sim, bem apertadinho, conchinha não fica apertadinho. – Carol riu e apertou mais Elisa que segurou “apertadinho” também o braço de Carol que estava em sua cintura.

                Continuaram conversando sobre a diferença de conchinha e coala, até que Elisa sentiu que Carol tinha dormido, continuou escutando sua música e logo pegou no sono sorrindo.

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo