Capítulo 7
Elisa chegou em casa arrumou algo para comer e desistiu da academia, afinal era segunda feira, segunda feira é o dia do desânimo. Checou seus emails, anotou o endereço de onde iria amanhã e já arrumou suas coisas. Em seguida foi para o quarto tomou um banho e quando ligou a TV para ver algo antes de dormir resolveu parar de enrolar e ligou para Carol.
- Oi, pensei que tinha me esquecido – Carol disse um pouco manhosa.
- Oi Carol, claro que não, só estava me organizando para amanhã e não vi a hora. – E enrolando por receio de ligar antes e parecer mega ansiosa.
- Entendi, e foi tudo bem no restante do seu dia?
- Foi sim, tudo tranquilo e você?
- Alguns pacientes, depois estudei o caso pra cirurgia de amanhã, acabei de organizar tudo também.
- Entendi, está tudo bem? Mesmo?
- Está Linda, tive um probleminha no hospital agora a pouco, mas já estou melhor, assim que vi que era você me ligando eu já melhorei.
- Que bom, Carol saiba que pode conversar sobre tudo comigo ok? De verdade!
- Uhum, eu sei e espero que você também saiba disso – Carol fez uma pausa e se arriscou – Elisa, se amanhã você não ficar presa no trabalho e nem eu ficar presa no trabalho, vamos jantar?
- Sim – Elisa falou sorrindo, mas Carol por receio de estar sendo muito rápida continuou falando e nem escutou o Sim.
- Sei que falei que não iria acelerar, que iria dar o seu tempo, mas quero muito te ver ... Espera ... você disse SIM?- Carol falou.
- Disse sim – Elisa voltou a dizer rindo de Carol – Acho que minha ansiedade está passando para você.
- Ai...eu também acho – riu – que ótimo, espero que dê tudo certo então para que possamos nos ver amanhã.
- Eu também, que horas é sua cirurgia?
- Preciso estar no hospital as 05:30, cirurgia começa as 07:00. E provavelmente termine umas 09:30, ai vou para a clínica.
- Entendi, então vou parar de tagarelar – riu –pois já são quase meia noite e você precisa descansar.
- Ah...queria falar mais, mas você está certa, se não fosse a cirurgia eu ficaria horas aqui falando com você.
- Eu também Ca, é muito bom falar com você, quando percebo já estou tagarelando – riu
- Adoro que fique tagarelando, porque eu adoro falar e adoro te escutar – Carol adorou que Elisa a chamou de Ca, mas não comentou, pois sabia que ela ficaria hiper tímida. – Linda, vou desligar tá bom? Durma bem, e até amanhã, bons sonhos. BEIJO.
- Tá bom Ca, durma bem, e boa sorte amanhã! Que tudo corra muito bem!!! E até amanhã BEIJO.
Desligaram e uma pensando na outra pegaram no sono, mal sabiam elas que no outro dia “sem querer” iriam se encontrar.
Carol acordou muito bem para sua cirurgia, chegou no hospital e tentou a todo custo não ter o mesmo encontro que teve na noite anterior quando foi pegar os exames de seu paciente para dar uma última olhada.
Na noite anterior, Carol foi até o hospital pegar os exames e conversar com o anestesista sobre o paciente que eles iriam fazer a cirurgia. Assim que saiu do centro cirúrgico deu de cara com Geórgia.
- Oi Carol, linda como sempre – se aproximou mais de Carol que estava esperando o elevador – cheirosa, sinto sua falta. Acho que já deu tempo de você parar com esta frescura e voltarmos né?
- Ai Geórgia, me deixa em paz! – se afastou – Nem que passassem anos eu voltaria para você, já te disse antes e vou te dizer outra vez, ACABOU, segue sua vida e me deixa.
- Tá tensa em Carol, você sabe que isso é falta né ... falta de como eu te deixava – Geórgia tentou outra vez se aproximar.
- Geórgia, pela última vez, já que temos que trabalhar no mesmo hospital, pelo menos seja ética e leve a sério seu trabalho, e não se aproxime de mim – Carol empurrou Geórgia e foi em direção das escadas.
- Mais dia menos dia você vai voltar para mim, como sempre fez – falou mais alto – vou estar esperando!
- Sonha!!! – Carol falou já descendo as escadas – Puta que pariu, esse Demônio para me atazanar!!!
Carol chegou no centro cirúrgico e antes de entrar na sala fez sua oração, iniciou a cirurgia e tudo estava dando certo. Depois de duas horas a cirurgia já tinha acabado e Carol já poderia avisar o acompanhante de que a cirurgia foi bem sucedida. Depois dos tramites hospitalares, que eram rotina, seguiu para a Clínica.
Enquanto isso, Elisa foi até a Alcântara Andrade Construções para autorizar um projeto e em seguida iria fazer o orçamento que o Guto pediu da clínica.
- Elisa, o Guto falou que você vai na Clínica Montes fazer o projeto e orçamento, quer que eu vá com você? Na realidade acho melhor eu ir também porque você ainda está sem carro, fica mais cômodo eu ir com você que ai te dou uma carona. – Elisa não queria de forma alguma a companhia do Rogério, estava cansada das investidas dele, já tinha dito com todas as letras que não estava afim mas ele continuava insistindo, porém, desta vez ela pensou um pouco, pois se ele fosse o “babaca” que está superfaturando os orçamentos, ele tentaria fazer isso no da clínica e ela descobriria.
- Então Rogério, não tem necessidade, mas se você insisti, eu aceito a carona sim. – fez força pra sorrir para ele, nunca gostou dele, e não era de fazer tipinho se não gostasse de alguém ela não era falsa não, simplesmente nem olhava pra pessoa, mas neste caso teve que se esforçar.
- Ótimo, vou pegar minhas coisas e podemos ir!
- Ok, te espero no estacionamento. – Elisa bufou e saiu em direção ao estacionamento. – Droga, ter que aguentar este babaca o dia todo.
Seguiram até a Clínica Montes, e lá entraram procurando pelo Dr. Carlos, aguardaram alguns minutos por ele.
Enquanto isso Elisa pensava – Nossa, quem fez a decoração daqui tem muito bom gosto, clima ficou suave para uma clínica, sensação de bem estar e não de pressão por exames e notícias ruins.
- Os senhores podem me acompanhar? – disse a recepcionista que nos levaria até o Dr. Carlos já no segundo andar.
- Dr. Carlos, Estes são os Engenheiros que o Sr. Guto mandou.
- Ah sim, obrigada Débora. – Bom dia, prazer conhecê-los!
- Prazer, sou Elisa e este é o Rogério.
- Prazer. – disse Rogério.
- Bom, algumas máquinas irão chegar e queremos organizar melhor o andar e para isso precisamos mudar algumas salar, e puxar alguns pontos de eletricidade, telefone e internet. – Dr. Carlos saiu andando falando e mostrando o que queria enquanto Elisa e Rogério prestavam atenção e anotavam tudo.
Elisa algumas vezes olhava pra o Dr. Carlos com impressão de que já o conhecia, a cor dos olhos, bem pretos, o cabelo também e a pele clara, e as covinhas ao sorrir lembravam alguém, ela só não conseguia lembrar quem.
- Ah, queria uma ajuda de vocês também, pois estamos com um vazamento no nosso jardim e acreditamos ser alguma tubulação de água, mas o pessoal da manutenção não conseguiu resolver, será que poderiam dar uma olhada e mandar alguém para resolver?
- Claro, o Guto nos disse para resolvermos tudo o que o senhor precisar, provavelmente deva ser algum cano e hoje mesmo consigo mandar alguém para arrumar, mas antes melhor olhar, onde fica? – Elisa perguntou e seguiu o Dr. Carlos até lá, aproveitou e deixou Rogério terminando de medir as salas que ai o projeto dele estaria mais completo e Elisa iria precisar a todo momento consultar a ele e as suas tabelas.
- Ainda bem que você não está de salto – ele riu – pois senão teríamos que chamar seu amigo.
- O Rogério? E o Sr. Acha que o Engenheiro dos sapatos caros iria pisar no barro? – riu – Por isso que em vistoria prefiro vir de bota, pois nunca sabemos o que nos espera, e não ligo para barro não, os melhores trabalhos que tive foram no meio do canteiro de obra.
- Que ótimo, pelo que percebo gosta muito do que faz.
- Sim, adoro! Por mais que me deixe louca! – riram e chegaram ao jardim que ficava atrás da Clínica, tinha um caminho de pedras que dava para uma outra parte da clínica onde ficava o refeitório e vestiários dos funcionários.
- Dr. Carlos – Débora a recepcionista chamou. – O paciente do senhor já chegou.
Na hora que Débora falou isso, Elisa olhou em sua direção também, e atrás dela estava o prédio da clínica e por alguns segundos Elisa achou que a médica que passou pela porta era a Carol, lembrava muito ela.
- Elisa, tudo o que preciso de vocês é isso, caso precisem vir olhar mais coisas, ou até trazer alguém para verificar este encanamento fiquem a vontade que depois acerto tudo com o Guto ok?
- Tudo bem Dr. Carlos, fique a vontade, irei olhar isso aqui e depois irei com o Rogério para a construtora e assim que tivermos os projetos entramos em contato. – se despediram, e Elisa foi pisando no barro até próximo ao muro para ver melhor de onde estava vindo a água, foi seguindo a tubulação até perto do refeitório – Era só o que me faltava, agora além de pensar nela eu fico vendo pessoas que lembram a Carol e achando que é ela, to ficando doida mesmo! – continuou andando naquele barro e tentando não escorregar, por final foi o que ela pensava, o jardineiro deve ter forçado para plantar algo e na hora de cavar furou o cano que vinha do refeitório, ligou para a construtora e falou para mandar alguém com urgência ir arrumar isso pois era muito desperdício de água. Elisa foi saindo do barro e indo até o caminho de pedras, foi quando escutou:
- Elisa?
Tomou um susto tão grande, que não viu onde pisava, virou o pé e caiu de bunda no barro se sujando toda, olhou pra cima e viu Carol tentando segurar o riso e ao mesmo tempo vindo em sua direção para ajudar a se levantar.
- Carol? ... mas como ... então eu não estava vendo coisas ... era você mesmo – Elisa disse olhando para cima e depois para si mesmo vendo o estrago que tinha feito. – Ah mais que droga! – não resistiu e começou a rir, Carol não aguentou e riu junto com ela.
- Em tão pouco tempo e já caindo a meus pés?- Carol ofereceu a mão para tentar ajudar Elisa a levantar – Desculpa Linda, mas você está bem? Machucou?- Puxou a mão de Elisa e a levantou.
- Está tudo bem Ca, virei o pé, mas só um gelo quando chegar em casa e fica tudo bem, tirando que estou toda suja de barro, está tudo certo – falou rindo.
- Torceu o pé? Vamos ver isso, por acaso você está em uma clínica e eu sou ortopedista, esqueceu? – falou sorrindo e escorando Elisa para dentro da Clínica.
- Não precisa Ca, está tudo bem! – Elisa falou mancando – E outra vou sujar tudo.
- Espera aqui. – Carol entrou na clínica pegou toalhas e pediu para Débora avisar o Raio X que logo levaria Elisa até lá. Estava voltando para perto de Elisa quando escutou ela falando sozinha e ao mesmo tempo tentando olhar o estrago que fez em suas roupas.
- Isso Elisa, parabéns, primeiro acha que a viu, ai se acha louca porque não poderia ser ela, ai escuta a voz dela se assusta e cai, daqui a pouco o Guto te interna no manicômio! – Levantou o rosto e deu de cara com Carol segurando toalhas e rindo de seu monólogo.- Ótimo, você deve ter escutado tudo – Carol fez que sim com a cabeça – Tudo bem, você já deve estar se acostumando até, parece que perto de você fico ainda mais doida – ficou vermelha – claro que também falei isso em voz alta...puta que pariu, acho que preciso de um exame na cabeça!
- Vem Lisa – Carol falou rindo e colocando uma toalha nas suas costas e dando outra para ela. – Vamos até o raio x, consegue andar?
- Tá doendo só um pouco Ca, não precisa de raio x, um gelo em casa e está tudo bem.
- Lisa, não vou deixar você sair daqui sem eu olhar este tornozelo, você pode ir comigo, ou peço para me ajudarem a te arrastar até lá – Carol disse brava e depois riu da cara de espanto de Elisa – Ótimo, boa escolha, vamos! – Carol foi escorando Elisa até o Raio X que era no segundo andar.
Saíram do elevador e deram de cara com o Dr. Carlos e Rogério conversando, os dois pararam de falar e olharam para Elisa com cara de interrogação, Rogério então decidiu se aproximar segurando o braço de Elisa.
- Nossa Elisa, o que houve? Você se machucou?Precisa de algo? – Falou olhando para o pé de Elisa que estava apoiando só a ponta no chão.
- Não Rogério, obrigada – Falou soltando seu braço das mãos de Rogério – Terminou os croquis? Mediu e anotou tudo? – Ele fez que sim – Então pode voltar para a construtora e amanhã elaboramos o projeto, assim que a Dr. me examinar e liberar eu vou para casa.
- Não, eu te trouxe, e você está machucada, eu espero e te levo até sua casa.
- Não, obrigada Rogério, mas eu me viro, pode voltar para construtora. – Elisa tinha até receio de olhar para Carol pois desde que Rogério se aproximou ela fechou a cara e apertava um pouco sua mão que estava ajudando para que Elisa não caísse ao andar.
- Vou avisar o Sr. Guto e ficarei aqui esperando. – Rogério falou já pegando o celular.
- Acredito que a Elisa já disse mais de uma vez que não precisa que a espere. – Carol disse isso olhando para Rogério que teve que olhar para cima para falar com Carol, Carol tinha aproximadamente 1,76 e com salto ficava mais alta ainda.
- Dra. sou amigo da Elisa, irei esperar. – Rogério falou encarando Carol.
- Bom, eu também sou amiga da Elisa, portanto assim que eu ver que está tudo bem irei leva-la pessoalmente até em casa. – sorriu para ele e puxou Elisa – Vamos!
- Elisa...
- Rogério, já disse que não preciso que fique aqui, por favor, nos vemos amanhã a Dra. precisa ver meu tornozelo – disse sendo puxada por Carol. – Obrigada, e pode deixar que já vou ligar para o Guto. Tchau.
Carol me levou até o raio –x e passando pelo Dr. Carlos observei que ele estava rindo da situação e disse:
- Se eu soubesse que um cano estourado iria gerar um tornozelo ruim, teria esperado, me desculpe Elisa. A propósito, Rogério só deve ser bom atrás de uma mesa porque até usando uma trena ele se enrola. – falou rindo para Elisa e segurando o outro braço para ajudar a chegar no raio x.
- Então você que pediu para Elisa ir lá atrás naquele barro todo ver o cano? Ótimo Carlos, parabéns.
- Calma Carol, eu apenas sugeri, achei que o Rogério seria cavalheiro e iria até lá, mas parece um tonto, tanto que você falou mais alto e ele quase correu de medo.
- Vocês são irmãos!!!!! É claro, desde que vi o senhor hoje eu sabia que lembrava alguém!!! – Elisa exclamou parando na porta do raio x.
- Sim, Dra. Carol mal humorada é minha irmã mais nova. – Falou Carlos rindo e abrindo a porta do raio x.
- Vem Elisa, senta aqui para tirar o raio x, porque esse meu irmão é um folgado, porque se era só um cano e ele sempre dizia isso porque não foi lá olhar? – falou olhando para Carlos.
- Shiii...tá brava hein, vou deixar vocês aqui – se virou para Elisa e disse – Muito prazer em conhecê-la, me desculpe pelo tombo, e espero que não tenha sido nada mais grave do que uma torção e espero pelos projetos.
- Tudo bem Dr. acidentes acontecem, assim que os projetos estiverem prontos eu ligo. – apertaram as mãos e Carlos saiu da sala.
- Já volto Lisa, não mexe o pé ok?
-Ok.
Carol foi para o fundo da sala onde acionou o raio x, em seguida fez o procedimento e em seguida veio com o raio x em mãos e ajudou Elisa a sair da mesa para irem para a sala dela. Chegando na sala, sentou Elisa no sofá que tinha encostado na parede da sala e apoiou o pé dela em uma almofada, Elisa protestou pois estava toda suja e Carol explicou que com a toalha não iria sujar nada. Foi até o outro canto da sala e olhou o raio x.
Enquanto olhava o raio x Elisa sentada com o pé apoiado, observou Carol, que estava linda toda de branco e de jaleco, com um sapato preto de salto, e o cabelo preso em um rabo de cavalo. Antes de olhar o raio x ela pegou um óculos de grau que estava em cima de sua mesa, depois de olhar virou para Elisa, e antes de falar pegou Elisa olhando fixamente para ela e quando Elisa viu que Carol tinha virado ficou vermelha e olhou para o pé.
- Teve sorte Lisa, só foi uma torção mesmo, vai ficar dolorido mas vou passar um analgésico e um anti inflamatório, ficar de repouso hoje e amanhã e colocar gelo de duas em duas horas por vinte minutos. – Elisa fez aquela cara de que: eu não falei que era só uma torção. – em minha opinião te deixaria três dias de repouso, mas sei que é teimosa e não vai ficar. – Carol seguiu para sua mesa e começou a fazer o atestado e as receitas.
- Tudo bem então Carol, obrigada. – Elisa estranhou que Carol não se aproximou mais e também falou super séria com ela.
- Ca?- Elisa disse uns minutos depois já que Carol não disse nada e continuava a escrever sem ao menos a olhar.
- Oi? – Carol levantou os olhos e falou para Elisa.
- O que foi?
- Nada.- Carol estava tentando lidar com aquela sentimento de ciúmes que veio tão forte apenas pelo fato do Rogério tocar em Elisa. Tentando colocar a cabeça em ordem ela acabou se fechando um pouco e não querendo fazer papel de boba meio que ignorou Elisa.
- Hum, ok. – Carol voltou a fazer anotações agora em seu computador e Elisa irritada e sem graça pelo tratamento começou a se levantar pegou sua bolsa e a bota e estava indo mancando até a porta.
-Onde você pensa que vai? – Carol falou séria.
- Embora, a Dra. já me atendeu, já sei o que tenho e irei até a recepção acertar o atendimento e também pedir um táxi. – Se Carol podia ser mal humorada, Elisa também sabia ser.
- Eu disse que iria te levar – Carol falou se levantando e andando até Elisa.
- Antes de ficar de mal humor, sendo que nem sei porque – Elisa falou mancando um pouco mais para perto da porta. – porque a única coisa que fiz de errado foi cair igual mamão murcho no barro. - Elisa falou gesticulando para o chão.- E pra ajudar me machucar. – Elisa estava brava, pois odiava não saber o que fez para que uma pessoa mudasse com ela, e mais brava ainda por ser a Carol, nisso seu celular tocou.
- ALO! – atendeu irritada se apoiando na porta.
- Nossa, só queria saber se estava bem, o Rogério chegou aqui falando que você caiu e uma doutora mal humorada que disse ser sua amiga iria te levar, mas disse que era bom eu te ligar. – Guto falou rindo, pois já imaginava o mal humor de Elisa.
- Oi Guto, sim eu cai, torci o tornozelo, a Carol já me liberou e estou indo para casa... – Antes que Elisa terminasse de falar Carol pegou o celular da mão dela.
- Oi Guto, é a Carol, então a Elisa caiu, porque meu irmão é um babaca, torceu o pé, mas não é grave, tenho as amostras dos remédios que ela precisa tomar, vou pegar e levar ela pra casa ok? Pode ficar tranquilo, só que ela está de atestado amanhã.- Elisa estava olhando Carol ainda com a mão perto do rosto onde estava segurando o celular anteriormente.
- Tá bom Guto, falo sim, bjos. – Carol entregou o celular para Elisa e ligou para a recepção pedindo uma cadeira de rodas para a sua sala. – Vou pegar as amostras enquanto a cadeira chega, melhor não forçar se quiser voltar logo ao trabalho. Eu disse que iria te levar, então vou te levar e pronto, ok?- Elisa de cara fechada só balançou a cabeça concordando.
Quando Carol voltou com os remédios e tirava seu jaleco pegando sua bolsa, bateram na porta e era a recepcionista com a cadeira de rodas, ajudou Elisa a sentar e seguiram as três até o estacionamento, em silêncio. Chegando ao estacionamento ajudaram Elisa a entrar no carro, agradeceram a recepcionista e Carol entrou no carro.
- Você não almoçou não é? – perguntou Carol.
- Não, em casa como algo. – Elisa falou sem olhar para Carol.
- Você se importa se fizemos uma parada antes de irmos para sua casa?
- Não claro que não – Elisa não conseguia ser fria e dura com Carol, nunca alguém se importou com ela como Carol em tão pouco tempo estava fazendo. - Obrigada Ca, pela consulta e pela carona.
- Você sabe que não precisa agradecer – disse Carol dirigindo, mas sempre tentando olhar para Elisa. – É aqui, já volto. – Carol voltou depois de uns 15 minutos com duas sacolas que estavam com um cheiro delicioso. – Nosso almoço. – sorriu para Elisa e seguiram.
- Não precisava Carol, eu faria algo em casa.
- Mas quem disse que é só para você? Estou morrendo de fome também – falou sorrindo para Elisa acabando de estacionar o carro. – Agora vamos você segura em mim ok?
- Pode deixar, desculpa o peso – e sorriu sem graça por achava que estava fazendo muito peso para Carol.
- Ai Elisa, você e isso de peso, vamos!
Atravessaram a rua, chegaram no prédio subiram e enquanto Elisa abria a porta Carol falou que a deixaria no sofá e iria até o carro pegar sua bolsa e as sacolas com o almoço.
- Tudo bem Ca.
- Já volto.
Elisa deu graças a deus que no domingo arrumou um pouco sua casa, não esperava receber ninguém muito menos a Carol.
- Voltei, Lisa você quer tomar um banho por causa deste barro ou prefere comer primeiro?
- Prefiro um banho, você pode me ajudar chegar até o quarto?
-Claro.
Carol segurou na cintura de Elisa enquanto ela passava seu braço sobre os ombros de Carol para usá-la como muleta. Chegaram ao quarto e Carol sorriu, pensou: jeito Elisa, adorou a decoração e os detalhes do quarto, tudo a ver com a personalidade dela. Ajudou ela a chegar no banheiro.
- Pronto, qualquer coisa você chama que venho ok? – Carol ainda segurava a cintura de Elisa, falou isso e com a outra mão fez um carinho no rosto dela. – Até suja de barro e careta de dor, continua linda. – se aproximou mais.
- Até mal humorada e brava comigo sem eu saber o motivo – Elisa riu – você é a mulher mais linda que eu já vi.
Sorriram uma para outra, Elisa se apoiou em Carol passando os braços pelos ombros dela e a abraçou forte, beijou seus rosto em seguida olhou naqueles olhos negros que estavam brilhando em expectativa, e tomou a iniciativa a beijando, de início um beijo doce, lento, em seguida ganhando intensidade, os corpos se apertavam as mãos buscavam onde tocar os beijos foram ficando mais famintos as respirações mais agitadas até que em consenso foram diminuindo o ritmo até se separarem e se fitarem. Carol deu um beijo na testa de Elisa e disse:
- Enquanto você toma um banho, posso bagunçar sua cozinha e arrumar a mesa para almoçarmos? – disse sorrindo e roubando um beijo rápido de Elisa.
- Claro Ca, como tenho poucas coisas na cozinha fica fácil – deu outro beijo na Carol e disse- Obrigada.
- Para de me agradecer, já agradeceu uma vez, então pronto, ok? – Carol já estava se soltando de Elisa para ir até a cozinha quando escutou:
- Ok, desculpa!
- Ai Lisa você não existe mesmo – e saiu em direção à cozinha.
Elisa se olhou no espelho e estava um trapo, logo pensou: se estou horrível assim e ela me beijou desta forma, não quero nem pensar depois que eu tiver tomada banho! – riu. Foi tomar seu banho com cuidado para não cair e enquanto isso uma Carol sorridente estava arrumando a mesa para o almoço, alguns minutos depois Elisa estava vindo para a sala e Carol zapeando a TV esperando ela. Quando Carol olhou para o corredor e viu Elisa de shorts jeans curto, camiseta justa ao corpo, cabelos molhados e sorrindo, ficou sem o que dizer, só olhando igual boba, Elisa até mesmo com roupas simples de ficar em casa era linda, e que pernas.
- Ca? Tá tudo bem? – Elisa se sentiu a última bolacha do pacote, ficou pensando em que roupa colocar, mas optou por ser ela mesma, e percebeu que acertou.
- Cla..claro...vamos almoçar? – falou levantando e indo em direção a Elisa para ajudar ela. A ajudou a sentar e serviu Elisa. – Espero que goste geralmente eu peço comida neste lugar quando estou na clínica. – começaram a comer.
- Hum, muito bom Ca. – sorriu – Desse jeito você me mostrando ótimos locais para comer assim, irei engordar.
- Falando nisso – Carol parou de comer e segurou a mão de Elisa – Independente se você vai engordar ou não, se você se acha gordinha ou não, eu gosto de você da Elisa que conheci a poucos dias e já caiu aos meus pés – falou rindo da cara dela.
- Isso, pode zoar sei que ainda vai falar muito isso, mas Ca eu falo isso pois a vida toda fui gordinha, e agora que “melhorei” não quero perder o foco – falou olhando para a mesa.
- Lisa, pelo que percebi você faz atividade física não faz? – Elisa concordou com a cabeça – Então pronto, e prometo que não te encherei de besteiras somente comida saudável! E uma besteirinha ou outra de fim de semana porque não sou de ferro.
- Você come besteira? Duvido! – Elisa falou – Olha seu corpo, é perfeito. Parece aquelas jogadoras de vôlei gostoson....- Elisa deu um tapa na testa quando viu Carol rindo alto – Puta que pariu, eu falei alto...pow! preciso de um médico!- errado outra vez – quer dizer um médico de cabeça um neuro, devo ter caído feio quando era pequena e só agora está se manifestando. – Falou e apoiou a cabeça nas mãos escondendo o rosto de Carol que gargalhava.
- Ai Lisa, acho que nunca ri tanto em tão pouco tempo – falou enxugando as lágrimas de tanto rir. – Obrigada pelo elogio, e eu jogava vôlei, então deve ser por isso, não me acho “gostosona” mas estou satisfeita. E agora mais ainda depois que você me achou “gostosona” – e riu outra vez.
- Aham – e continua escondendo o rosto. Elas estavam sentadas uma do lado da outra na mesa, Carol se virou mais para Elisa segurou suas mãos tirando de seu rosto e quando Elisa enfim olhou para ela, Carol ficou alguns segundos olhando aqueles olhos azuis e em seguida baixou o olhar para aquela boca que ela já estava viciada e beijou Elisa.
- Nunca, jamais, em hipótese alguma mude quem você é Lisa. – Carol falou com a testa encostada na de Elisa.
- Sério que você jogava vôlei? – as duas riram e voltaram ao almoço.
Fim do capítulo
Oiiii,
OBRIGADA!!! a todas que estão elogiando a história e gostando. Espero atender as expectativas de vocês.
Eu respondo todos os comentários, e adoro que comentem tbm porque adoro conversar rsrsrs
E meu ( eu falo "meu" desculpa, sou de São Paulo e é um vício rs ) nunca pensei que teria tantos acessos, obrigada.
Espero continuar melhorando e que vocês gostem cada vez mais destas duas doidas rs ...
Boa leitura !!! e comentem !!!
BJOSSSSSS
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Angeloliveira
Em: 28/10/2015
Olá autora, sou uma fã de contos, e sempre passava por este e não lia, não sei, não me chamava a atenção. ..mais, hoje do nada comecei a ler, e confesso que gostei muito, mais muito mesmo que parrei pra ler durante o trabalho, kkkkk, maluca eu sei, lidero uma pequena equipe no meu setor e ao invés de dar o exemplo eu fui chamada a atenção por um funcionário de tão envolvida que estava na história. kkkkk....mais lir todos e le dou os parabéns...sua história é cativante, a carol e a elisa são fofas..nos envolve gostoso. ..ja estou ansiosa pelo próximo.
boa sorte! !!!
Resposta do autor:
Oiiii Angeloliveira, tudo bem ???
Pelo amor de Deus rs toma cuidado em ler no trabalho, tá difícil arranjar emprego rsrsrs pior que com Elisa e Carol você deve ter rido, ou seja, sua equipe te achado um pouco doida rs ...
Adorei seu comentário, menos o fato de você ter tomado chamada do funcionário rs ...
Espero que agora que gostou do conto você acompanhe e continue comentando e dando pitacos rs ...
Obrigadaaaaaa mesmo mesmo mesmo !!!!
bjossss
Luh kelly
Em: 28/10/2015
Morro de rir com a Lisa, ela é hilária demais. esse Rogério é um intrometido mesmo levou logo um chega pra lá. Que fofa a Carol com ciúmes da Lisa, ela é a namorada perfeita. E o almoço foi incrivel super descontraido, adoro o papo delas e os beijos também, Carol ñ perde tempo ñ pede logo ela em namoro, pode estar cedo demais bom é o q eu faria.kkk.
E essa ex - Encosto heim. Afffff. Volta pro mar oferenda.
PS: Adorei o apelido, achei q combina mais com ela mesmo. ( e ñ eu ñ leio pensamentos.kkkkk) tenho mania de abreviar os nomes mesmo.
Beijão Maggie Amando demais viu e até o próximo.
Resposta do autor:
Oi Luh, tudo bem ?
A Lisa é sensacional rs ... ( eu escrevo depois releio antes de colocar aqui, ai começo a rir sozinha e me perguntou de onde tirei o que escrevi rsrs )
Eu faria o mesmo rs ... já pediria logo em namoro pq o negócio tá feio rs ... tá difícil encontrar alguém pra debater GOT rsrsrs MASSS Carol já percebeu que com a Lisa o negócio é mais complicado ... bom ... quem sabe rsrsrs ...
Respondendo ao PS rsrsrs ... faço o mesmo rs ... ou então invento algum apelido pra pessoa se o nome ficar estranho abreviado rs ... não bato muito bem né rs ...
A noite tem mais !!!
bjosss :)
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NayGomez
Em: 28/10/2015
Kkkkkkkkkkkk essa Lisa nao cansa de ser fofa *-* to me vissiando no conto bjs e obtigada por mais um cap.
Resposta do autor:
Olá NayGomez, tudo bem?
Lisa doidinha e Carol ciumentinha rsrs
Torço pro vício continuar até o final rsrs
Hoje a noite tem mais !!!
bjos
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