Saíram do apartamento de Elisa sem falar nada, entraram no carro no mesmo silencio e só quando estavam na porta da casa dos meninos que:

- Desculpa – disse uma Elisa sem saber o porquê estava pedindo desculpas, se era por ter fugido mais uma vez ou se era porque estava com medo, ou então se era porque também queria aquele beijo, mas, não sabia o que fazer.

Quando Carol estava outra vez se aproximando de Elisa a porta se abriu e um Bernardo espantado já as encheu de perguntas e as deixou entrar. Elisa seguiu até a cozinha atrás de Guto e Carol foi tentar explicar ao Bernardo o porquê delas terem chego juntas.

- Oi Bê, ressaca ainda? – disse Carol abraçando o amigo

- Estou novo em folha e hoje só no vinho, e você?E como chegou aqui com a Elisa? Encontrou com ela ai embaixo?

-Não Bê ... por favor sem alarde ok? E sem a deixar mais tímida do que ela já é. – Carol falou isso se aproximando da mesa e também pegando uma taça de vinho. Contou tudo ao Bê, desde o convite para o almoço, o clima ótimo do almoço, o convite para subir para o apartamento e que no apartamento quase rolou um beijo, não contou da conversa com Elisa.

- Choquei! Você está falando da mesma Elisa que entrou correndo aqui e foi atrás do Guto?’No Way”, mas então rolou um interesse Carolzinha? Me conta isso!

- Ai Bê, ela é linda fisicamente claro não tem quem não veja isso, a não ser ela mesmo, mas ela é linda como pessoa, o pouco que conversei com ela eu já fiquei enfeitiçada. Sei que ela nunca ficou com mulheres, está nítido, mas algo me atrai para ela e acho que não estou sozinha nisso, pois até ficar deitada no meu ombro ela ficou!

-O que?como isso?

- Conversamos o tempo todo no apartamento dela, chegou uma hora que estávamos no sofá em uma conversa mais séria e ela aceitou eu passar o braço sobre os ombros dela e deitou no meu ombro.

-To passado!!! Mas e você?O que você está sentindo?Você vai se arriscar?

- Juro que meu intuito no momento não era me envolver com ninguém, mas não quero me afastar dela. Desde ontem eu só estou com ela na cabeça e querendo saber mais e mais dela e ficar com ela o máximo de tempo que puder. Só não sei se avanço o sinal, ou dou mais tempo.

- Carol, vou ser sincero, ela é uma pessoa incrível e eu não vejo pessoa melhor para estar com você, totalmente diferente da Geórgia. Mas ela está se descobrindo, você terá que ter paciência e ser persistente também pois a Elisa quando se sente acuada ela...

-Ela se fecha no mundo dela, sim, já percebi. Aih Bê, me ajuda, observa depois quando ela voltar e também ela perto de mim só para garantir que não estou vendo coisas demais, mas, acho que ela não é indiferente a mim.

- Ok, pode deixar, falando nisso vou lá à cozinha chamar aqueles dois e você vai dar oi para o povo que está lá na varanda.

Cada um seguiu para seu destino, chegando à cozinha Bê ainda escutou um Guto bravo falando com Elisa, que estava sentada em uma cadeira com a cabeça baixa.

Elisa encontrou com Guto na cozinha fazendo sangria, o ajudou, mas antes disse que precisava muito conversar com ele.

- O que houve? Porque não me atendeu? Fala Elisa tem algo acontecendo? Porque você chegou só agora?-Guto perguntou tudo isso continuando a fazer sua sangria.

- Ai Guto, eu acho que estou ficando louca, ou com sérios problemas, ou os dois. – Elisa falou se servindo de vinho.

- Desembucha, vai guria!

-Almocei com a Carol hoje!

- Carol? Que Carol? – cara de confuso – AH CAROL!!! Mas, pera, como assim? Ontem sei que ela te deixou em casa não foi?O Bê me falou hoje quando acordamos.

- Ontem quando me deixou em casa ela me convidou, e hoje quando acordamos, ela me mandou mensagem confirmando e fui. – Elisa resumiu todo o almoço para o Guto que escutava tudo encostado na pia sem falar nada. – Ai vocês ligaram para virmos para cá. E ela falou que passaria para me dar uma carona para cá, mas ai fui o caminho todo pensando que seria muita folga minha a fazer voltar para casa para depois ir me buscar outra vez. E acabei convidando ela pra esperar dar o horário lá em casa.

- Você fez isso? Você precisa ter ressaca de tequila mais vezes, pois fica corajosa depois. – Guto falou rindo. – Mas e ai?

- Ai que chegamos e ela falou que minha casa era linda, igual à dona da casa. – Elisa parou de falar e olhou para Guto esperando que ele falasse algo.

- Que foi? Continua!

-Não vai falar nada sobre isso?

- Falar o que?Sua casa é linda, e você também. E a Carol é sincera. – Guto falou rindo da cara que Elisa fez.

- Seu idiota – Elisa falou sentando em um banco próximo da bancada da cozinha. – Eu fugi, fui pro quarto pra ver se conseguia pensar e ... – Elisa resumiu tudo para o Guto, sua volta à sala, a conversa que tiveram, onde ela contou muito de sua vida para Carol. – Guto, o único que sabe de tudo aqui é você, nem o Bê sabe de tudo porque o conheço e ele iria parar de ser o Bê que me atormenta e ficaria cheio de não me toques comigo. Mas, com a Carol... – Elisa respirou e tomou mais vinho – Foi tão fácil, como se fosse normal tudo que falei, fora isso ela .. ela me abraçou, me deu carinho – Guto esbugalhou tanto os olhos que parecia que iriam saltar para fora de sua face. – Conversou comigo como se eu fosse normal, até me chamou de teimosa.

- Que convenhamos à senhorita é e muito. Mas pela sua ansiedade tem mais coisa, não?

- Sim, em um momento eu falei que eu era muito idiota e medrosa, e ela falou que não, me elogiou e falou que estava gostando de mim – Elisa ficou olhando para Guto e como ele não falou nada, continuou – e foi se aproximando de mim e ... quase ... que ....rolou algo só que o Bê ligou bem na hora para ela e eu pulei do sofá e fugi pro quarto pra pegar meu celular.

- Uou, calma ... que se bem te conheço você deve estar surtando por dentro.

- SIM! Ai não falamos mais nada e quando chegamos aqui na sua porta eu pedi desculpas para ela, mas nem sei o porque da desculpa, e ela foi se aproximando outra vez, só que o Bê abriu a porta e nos separamos. Eu corri para cá e ela ficou com o Bê. – Elisa tomou todo o vinho de sua taça e Guto colocou mais para os dois.

- Li, calma, primeiro o que você sentiu? Mas antes de tudo, lembra quando te contei do Bê? Eu morrendo de medo de como te falar que sou gay? Você lembra o que me falou?

- Sim ...

- O que você falou mesmo? Diz Li!

- Que independente de tudo, o que importa é o amor. Independente de raça, idade, classe social e até se você ama um homem ou uma mulher ou até os dois, o que importa é o amor e sempre demonstrar isso. Que eu não tinha problema algum com isso, não tenho na realidade. Só que estou confusa, pois sempre vi acontecer com os outros e não comigo e o que houve entre eu e a Carol, esta atração, nunca aconteceu comigo.

- Então você assumi que também está atraída por ela?

- Sim..

- Que também queria beijá-la?E o meu digníssimo namorado interrompeu duas vezes. – disse a última frase rindo.

- Sim ... não ... eu não sei ... eu tenho medo.

- Medo de que criatura?

- De tudo Guto! Mal a conheço ...

- Mas contou tudo de você para ela, ou seja, seu inconsciente sabe o que está fazendo.

- Medo de gostar e em seguida não saber o que fazer, ou de não gostar e também perder uma pessoa espetacular como ela. Medo de ela não gostar também.

- Nossa Elisa, já conheci pessoas inseguras, mas você cansa minha beleza. Filha de Deus pensa um pouco, a Carol é linda e incrível se ela quisesse só um beijo de alguém ou uma noite ela não teria feito o que fez sabendo que até ontem você não sentia nada por mulheres.- Guto pensou: só você não sabe que gosta de mulheres -  Ela não teria perdido o sábado dela com você, ela não teria te consolado e sim feito o que todos fazem de ficar com dózinha e te tratam diferente. Não teria tentado te beijar duas vezes em menos de 24 horas. – Acorda Elisa!

- Você só está me confundindo mais!Pensei que fosse me ajudar!

-Elisa, eu sempre irei te ajudar, mas não posso falar o que você deve ou não fazer! Você não pode voltar a ser aquela Elisa que chegou aqui, e sim a Elisa que se tornou e está em constante mudança. Li, porque será que desde que chegou nenhum homem te atraiu? O Rogério se joga em cima de você todo dia, e você nem se liga nisso, mas, a primeira mulher que você se sente atraída você percebe que está dando em cima de você. Fora outras que se aproximam de você e só você não percebe o que elas querem e as trata como amigas de infância que elas até desistem.

 - Guto ... não é bem assim...

- É sim, para Elisa!Pensa um pouco, para um pouco e comece a pensar desde o dia que chegou aqui. Sabe qual o seu problema? – a partir daí que Bernardo começou a escutar chegando à cozinha – Você acha que todos no mundo serão iguais a aqueles babacas que te magoaram, tanto amigos família ou ex namorados, você se esconde de você mesmo por isso nunca caiu sua ficha de que você não se interessa só por homens, ás vezes nunca se interessou por homens mas como era mais fácil em relação a sua família e amigos, para que te aceitassem, você viveu essa mentira e com isso se magoou em todos os relacionamentos que teve.- Guto se aproximou de Elisa que já deixava algumas lágrimas escorrerem e disse – Estou sendo duro com você porque quero seu bem, porque te amo como a uma irmã. Se você quer mudar como diz, se veio para mudar sua vida, faça isso! Não se prenda ao que os outros te falaram ou o que podem falar para você, a vida é sua e só sua pela primeira vez na vida, então viva! – Guto respirou e pegou a jarra que estava a sangria e antes de sair da cozinha falou – Pensa um pouco, você está brava comigo, sei disso, mas como te conheço bem e sei de sua inteligência, daqui a pouco sua ficha cai e você me desculpa por eu ter gritado com você, mas eu precisava. Vou pra varanda com o pessoal, espero você lá. – antes de sair, já na porta ele falou – Eu te amo maninha.

Guto deixou na cozinha uma Elisa chorando com a cabeça apoiada na bancada, tentando assimilar tudo que seu amigo/irmão disse. Ela sabia que ele tinha razão em tudo, principalmente porque ela sempre se questionava as mesmas coisas, mas tinha medo e sabia que teria que perder este medo se quisesse ser feliz e completa.

Ao sair da cozinha, Guto deu de cara com Bernardo.

- Ai que susto Bê!

- Desculpa amor!Eu ia entrar, mas você estava no meio do seu discurso – riu – você não acha q foi duro com a Li não?

- Fui Bê, mas ela precisa disso, senão ela vai ser infeliz o resto da vida.

- Eu sei, e também sei sobre a Carol, assim que elas chegaram a Carol me puxou e contou tudo. Ela está mesmo gostando da Li.

- Viu? Por isso fui duro, pois percebi desde o bar uma procurando pela outra. E em minha opinião uma faria um bem enorme para a outra. Vamos pra varanda, a Li precisa pensar e se bem conheço minha maninha logo ela estará lá conosco.

- Vamos!

Enquanto Elisa tentava voltar ao normal, Carol estava na varanda escutando Letícia falar da garota que passou a noite, mas não conseguia prestar atenção, seus olhos toda hora procuravam por Elisa sem a encontrar, e isso a deixava cada vez mais angustiada.

Na reuniãozinha de Guto e Bernardo, além de Elisa, Carol e Letícia também estavam Paulo com sua namorada a Kátia, e a Cris, ou seja, o grupinho de sempre.

- Sangria chegou! – disse Guto.

- Ai sim! Delícia! – Lê parou de falar e foi encher seu copo, o que deu espaço para Bernardo ir falar com Carol.

- Cá, ela e o Guto conversaram, ela foi ao banheiro e daqui a pouco está aqui.

- Então ela não foi embora? Como não a vi mais, achei que tivesse ido. Ainda bem que não. – disse sorrindo sem graça para o Bê.

- Não gata, você trouxe então você leva! – Bê piscou para Carol e entrou para colocar uma música.

Ao entrar Bernardo encontrou com Elisa que estava vindo para a sala.

- Oi Bê, nem te dei oi direito, me desculpa – disse abraçando o amigo.

- Tudo bem amore, vamos colocar uma música?

- Vamos! – sorriu Elisa.

Ficaram entretidos  fazendo uma playlist e logo em seguida foram pra sacada onde Letícia, que era uma comédia, estava contando mais uma de suas histórias e todos riam. Elisa se aproximou de Guto e deu um abraço nele falando em seu ouvido:

- Também te amo maninho! Obrigada! – Guto deu um beijo na testa de Elisa.

- Sangria ou vinho? Acho que depois de tudo precisamos beber um pouco.

- Vinho! – disse Elisa já sorrindo.

Iniciaram a noite em meio a conversas, risos, brincadeiras, música e muito vinho. A todo o momento Carol e Elisa se procuravam, Carol queria saber como ela estava e Elisa queria falar com Carol, mas não queria que fosse ao meio de todos. Como esfriou mais ainda, todos foram para dentro do apartamento, Elisa pegou sua taça de vinho e foi lá para fora queria ficar sozinha mais um pouco para ter coragem de falar com a Carol, planejava chamar ela para ir a cozinha pegar algo  e daí conversariam. Mas por sorte, ou destino, Carol foi lá fora e se sentou ao lado de Elisa.

- Está tudo bem? – Carol

- Sim, e você? – Elisa

- Na realidade não – disse rindo – Eu queria conversar com você se você puder ....

- Também quero falar com você – soltou Elisa. – Te pedir desculpas...

- Desculpas outra vez?Por que?Não entendi a primeira vez e não estou entendendo agora.

- Eu não queria te dar a impressão errada sobre mim, quer dizer, nem sei que impressão te dei eu só queria dizer que ... que ...

- Que? – sorriu Carol olhando para Elisa.

- Droga, dou bronca em trezentos funcionários e quando preciso falar algo para uma pessoa eu fico gaguejando. – Tomou o restante de seu vinho em um gole só. – E para de rir de mim!

- Desculpa – disse Carol rindo – é que você fica engraçada toda nervosa, e fica mais linda ainda vermelhinha.- Carol falou isso e colocou atrás da orelha, outra vez, aquela mecha de cabelo de Elisa que insistia em cair perto dos olhos quando ela abaixava a cabeça.

Nesta hora, Elisa segurou a mão de Carol que estava perto de seu rosto, puxou a mão dela e a apoiou em seu rosto. Olhou nos olhos de Carol e disse:

 - Eu .. eu também sinto. Desculpa por fugir, mas ainda estou confusa e com medo, mas queria que soubesse que eu também sinto.

- Não precisa ter medo de mim, jamais faria algo de ruim com você. E isso tudo que acontece desde ontem, nunca me aconteceu também, concordo que está rápido, nos conhecemos ontem. – Carol falou fazendo carinho no rosto de Elisa – Mas não consigo para de olhar para você, de querer estar perto, de puxar assuntos bobos para que pelo menos assim possa conversar com você, de ver você sorrindo.

- Eu sei Carol, eu também sinto isso, eu só queria pedir um pouquinho de paciência para você, só para que eu consiga assimilar tudo isso.

 - Tudo bem! – disse Carol sorrindo e se aproximando mais de Elisa que também se aproximou mais fechando os olhos...

- Amores, tá muito frio, venham pra dentro! – Falou Bernardo saindo de casa e vindo ver onde estavam as duas, quando chegou perto e viu que tinha interrompido, mais uma vez. – Ai, desculpa, finjam que não apareci!

Carol e Elisa já estavam afastadas olhando para Bernardo, e em seguida os três começaram a rir.

- Nossa Bê, você escolhe sempre os melhores momentos não é? – falou Carol já se levantando.

- Ai amiga, mil desculpas, terceira vez que faço isso hoje!!! – Elisa então percebeu que Carol também já tinha comentado com Bernardo sobre as duas outras tentativas.

- Tudo bem Bê, vamos que está frio mesmo e nosso vinho acabou – Disse Elisa sorrindo e entrando na casa junto dos dois.

Lá dentro estava um clima gostoso, muita conversa e vinho. Elisa e Carol já ficavam próximas conversando com todos e sempre se buscando com os olhos e sorrindo. Lá pelas 2:30 da manhã todos decidiram ir embora.

- Vamos também? Te deixo em casa e não vou aceitar não como resposta! – Disse Carol sorrindo para Elisa.

 - Sim, vamos sim! – Elisa sorriu para Carol e foram se despedir dos meninos que sorriam com cara de bobos para elas.

- Avisem quando chegar! – gritou Guto antes do elevador fechar.

- Muito frio? – Carol perguntou.

- Um pouco, dez meses aqui e ainda não me acostumei com estas quedas de temperatura.

- Vem cá – Carol passou o braço pelos ombros de Elisa que se deixou aconchegar apoiando a cabeça no ombro da Carol.

- Seu cheiro é tão gostoso ... – Elisa falou isso e só quando sentiu um beijo em seus cabelos que percebeu que tinha falado em voz alta.

- O seu também, e imagino que depois que disse isso você deve estar parecendo um tomate. – Falou Carol apertando o alarme do carro.

- Sim ... eu pensei alto ... droga ... – falou uma Elisa sem graça entrando no carro.

- Percebi e não resisti em te atormentar – falou Carol já ligando o carro.

- Eu sei, também percebi que gosta de me ver sem graça. – risos

- Só porque você fica mais linda ainda! – Carol falou isso e seguiu para o apartamento de Elisa.

Carol chegou no apartamento de Elisa e parou em frente a entrada, soltou o cinto e olhou para Elisa que também já tinha soltado o cinto e estava olhando para baixo.

- Elisa...

- Carol ... posso te abraçar?- Perguntou olhando para Carol.

- E precisa pedir?Vem cá – Puxou Elisa para perto e se abraçaram, meio desajeitadas por estarem dentro do carro.

Elisa sentiu algo diferente assim que abraçou Carol, como se tivesse encontrado seu lugar no mundo, a apertou forte e Carol retribuiu. Elisa afastou um pouco e deu um beijo no rosto da Carol e olhou para ela. Carol chegou um pouco mais perto e juntou suas testas. Uma sentindo a respiração acelerada da outra, não queriam se soltar. Elisa muito sem jeito mas com uma vontade incontrolável deu um beijo bem rápido nos lábios de Carol e se afastou alguns centímetro para olhar para ela.

- Não é assim – falou Carol.- É assim.

Carol não aguentou mais estar tão perto do que queria e ter perdido a chance de ter por três vezes que antes que algo interrompesse, passou uma de suas mãos pelo rosto de Elisa até chegar em seus cabelos onde enfiou seus dedos segurando a cabeça de Elisa bem próxima a sua e a beijou. De início foi um beijo para conhecer aquela boca que já estava gravada em sua mente, selinhos demorados, e em seguida Elisa deu maior acesso para Carol que aproveitou e a beijou como queria desde a primeira vez e com a fome de três vezes ter sido interrompida.

Elisa não conseguia pensar em mais nada a não ser em Carol, em seu abraço, seu cheiro, seu beijo, se beijarão por alguns minutos e só pararam quando já estavam sem ar. Elisa nunca sentiu na vida o que sentiu com o beijo de Carol, se afastaram olhando uma para outra e antes que Elisa falasse, Carol disse:

- Se você me pedir desculpas por isso, juro que não te beijo mais. – riu

- Ok – uma tímida Elisa disse - Não iria dizer isso – e deu um beijo estalinho em Carol que sorriu mais ainda. – Preciso ir e deixar você ir, está muito tarde e ficarei preocupada em você ir sozinha até sua casa.

- Infelizmente você está certa – Carol disse isso ainda segurando Elisa – Elisa, não foge ok? Farei tudo ao seu tempo.

- Obrigada Carol, prometo não fugir – Elisa disse isso e se aproximou de Carol, tocou em seu rosto e a beijou, alguns outros minutos depois se afastaram e Elisa disse – Boa noite Carol, me avisa quando chegar em casa ok?

- Pode deixar aviso sim – deu um selinho em Elisa antes de ela sair do carro – Boa noite linda.

Fim do capítulo