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Os Anjos Vestem Branco por Vandinha

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Palavras: 3332
Acessos: 5913   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 43

Os Anjos Vestem Branco - Capítulo 43

 

Victória caminhou com Leticia no colo. Estava tão assustada e nervosa que quando se deu conta, já estava sentada à frente da juíza, como chegou até ali? Nem ela sabia responder.

-- Estou decepcionada -- a juíza falou com certa tristeza -- Esperava muito mais da doutora Bruna. Pelo que percebo ela desistiu de lutar...

-- Poderia desistir de qualquer coisa, menos de quem amo - Bruna falou da porta.

A juíza Mendonça virou a cabeça em direção a voz e sorriu com o que viu...

-- MANA!!! -- os três meninos que acompanhavam Bruna, saíram correndo até aonde Victória estava sentada e começaram a beijar a menina que estava em seu colo.

Os três estavam vestidos elegantemente, calça jeans, camisa social e sapato. Os cabelos penteados como homenzinhos e pareciam muito bem orientados, pois sabiam exatamente o que falar.

-- Você é a Bic? -- o menininho deu um toquezinho na perna da morena chamando a sua atenção.

Victória olhou para Bruna e sorriu emocionada. Ela realmente é uma pessoa maravilhosa. Pensou.

-- Sim, meu amor, eu sou a Vic.

-- Sou o Lubinho -- falou apontando para si mesmo.

-- Ele é o Rubinho -- falou o mais velho -- Eu sou o Renan e esse é o Rafael -- puxou o menorzinho para junto deles.

-- Oi, vocês são lindos, sabiam? -- Victória deu um beijo na face de cada um.

A Doutora Mendonça observava tudo em silêncio.

-- A gente estava com muita saudade do neném -- Renan passou a mãozinha pelo rosto da irmã -- Você vai ser a nossa mãe? -- nesse instante todos os olhinhos caíram sobre Victória.

Doutora Mendonça interviu antes que ela respondesse.

-- O que vocês acham disso? -- perguntou olhando para os três.

-- Ora, se a Bruna é a nossa mãe, ela também vai ser -- Renan falou como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo.

Bruna abaixou a cabeça e sorriu.

-- A Bruna é a mãe de vocês? -- a juíza apoiou os dois cotovelos sobre a mesa e os encarou.

-- Ela é - Renan deu um passinho a frente como se fosse contar um segredo para a doutora -- A mulher lá de longe ia levar o Rafa embora e ela não deixou -- olhou para Bruna e sorriu -- Ela disse que nós vamos crescer todos juntos.

-- O latão... -- Rubinho puxou na camisa de Renan.

-- O Ratão também.

-- Quem é o Ratão? -- Mendonça olhou-os curiosa.

-- O nosso cachorro. Agora ele se chama Ratão. Ele está lá fora, quer ver?

-- Claro que sim. Depois vamos todos lá fora ver o ratão -- Mendonça fez um gesto para que Bruna sentasse ao lado de Victória.

-- Quando eu falei para me surpreender, não imaginei que multiplicaria por três.

-- Eu não me perdoaria meritíssima, se as crianças fossem separadas uma das outras, sem ter feito de tudo para impedir.

-- Você é esperta doutora. Tenho que reconhecer -- sorriu -- E você o que acha de tudo isso? -- dirigiu-se a Victória -- Essa garota é louca, quatro crianças, não vai ser nada fácil.

-- A Bruna é uma louca adorável, meritíssima -- olhou para a garota com olhos apaixonados -- E quanto as crianças, vou ama-los como se fossem meus. Temos uma família maravilhosa, nunca faltará amor, carinho e proteção para elas.

-- Doutora Dulce -- a juíza pediu que a advogada se aproximasse -- Por favor doutora queira apresentar o pedido formal para análise.

-- Claro meritíssima.

 Dulce posicionou-se de frente para a juíza.

-- É intuitivo que os irmãos devem ficar juntos. Se as crianças vão sair de sua família de origem, será mais fácil enfrentarem o desconhecido juntas. E a instituição de acolhimento é o desconhecido para estas crianças. Esse irmão está na mesma situação, tem os mesmos medos e inseguranças. Sofreu idêntica situação de abandono. Chorou junto nas noites de abandono, teve o mesmo pavor quando levado para a instituição.

Se os irmãos vão para adoção, ocorrerão muitas mudanças radicais: crianças vão perder definitivamente todos os laços com familiares e o ambiente onde cresciam, e vão enfrentar um desconhecido ainda maior: uma nova família. Eles vão ter medos e inseguranças. O irmão é o único laço que os liga ao mundo que conhecem até então, o último afeto que lhes restou.

O que fazer? O que a lei diz sobre este tema? Ora, é intuitivo que irmãos não devem ser separados. Nem precisava a lei dizer. Mas ela hoje diz claramente.

O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) desde sempre colocou isso como princípio, no artigo 92, V. As instituições de acolhimento (e hoje também as famílias de acolhimento) estão obrigadas a seguir o princípio do não desmembramento de grupos de irmãos. Mas não havia no ECA uma regra expressa quanto à adoção de irmãos, nada se falava sobre a obrigação de manter os irmãos juntos na mesma família adotiva. Hoje há essa regra.

 

A Lei 12.010/2009 introduziu esse texto expresso no §4º do artigo 28: "Os grupos de irmãos serão colocados sob adoção, tutela ou guarda da mesma família substituta, ressalvada a comprovada existência de risco de abuso ou outra situação que justifique plenamente a excepcionalidade de solução diversa, procurando-se, em qualquer caso, evitar o rompimento definitivo dos vínculos fraternais. "Não devem ser separados os irmãos na adoção, e hoje isso é mais do que um princípio a seguir, é uma obrigação expressa na lei".

A juíza sorriu. Desde o início estava torcendo por elas.

-- Assim que a Bruna soube que Vinicius havia entregue as crianças para adoção, ela foi a Vara da Infância e se inscreveu como candidata a adoção. Lá ela recebeu as informações iniciais a respeito dos documentos necessários para dar continuidade ao processo. Após análise e aprovação da documentação, ela participou de entrevistas com a equipe técnica, composta por profissionais da área da psicologia e do serviço social.

Como na fila de espera não existia ninguém aguardando quatro crianças da mesma família, Bruna foi chamada de imediato.

-- Não me surpreendo com isso - Mendonça deu uma gargalhada.

-- Por isso meritíssima solicitamos a guarda permanente das quatros crianças até que sejam atendidos os tramites legais para a adoção.

A juíza olhou para Bruna e Victória com o semblante fechado.

-- Tenho apenas uma objeção.

As duas olharam assustadas para Mendonça.

-- Esse casório sai ou não sai? - Riu alto - Só assino esse papel se me garantirem que sai.

Bruna rapidamente ajoelhou-se em frente a Victória. Todos riram quando os três meninos se ajoelharam juntos com ela.

-- Eu te juro que vou te dar o melhor de mim.... Vou te amar de dia, de tarde, de noite e até nos feriados e nas horas vagas também. E se possível eu inventaria algumas horas a mais no relógio só para poder te amar um pouco mais. Vou te cuidar agora, amanhã e depois. Sou infantil? Chata? Egoísta? Boba? Maluca? É eu sei.  Então briga, pode brigar. GRITA! Me xinga, me bate. Mas no fim do dia volta. Volta para mim, diz que me ama, diz que me quer, porque apenas essas palavras saindo da tua boca me farão acordar, voltar para a terra, entrar em orbita, me farão colocar os pés no chão e a cabeça no lugar. Eu só funciono direito, quando estou com você. Casa comigo?

Victória estava com os olhos cheios de lágrimas.

-- Te amo. Com todas as letras, palavras e pronúncias. Em todas as línguas e sotaques. Em todos os sentidos e jeitos. Com todas as circunstâncias e motivos. Simplesmente, amo-te. Você é a luz que ilumina a minha vida. Aceito, mil vezes aceito.

Bruna comemorou e os meninos também.

-- Mãe Buna - Rubens puxou a blusa de Bruna - Sovete.

-- Claro meu amor - pegou o garoto no colo - Agora nós vamos sair para comemorar com muito sorvete.

A juíza levantou-se.

-- A audiência está encerrada. Fico aguardando o convite para a festa - sorriu -- Parabéns e sejam felizes - A juíza saiu da sala com a certeza de que aquelas crianças haviam encontrado um lar digno e feliz.

 

No lado de fora do prédio.

 

-- Elas estão demorando demais - Priscilla andava de um lado para o outro.

-- Gostaria de saber de onde esse cachorro arruma tanto xixi para fazer - o cachorro ia de árvore em árvore levantando a pata. 

-- Credo Sabrina, a gente aqui preocupada com a audiência e você reclamando do xixi do Ratão.

-- Você não percebeu, mas ele por diversas vezes levantou a patinha para fazer xixi na sua perna, eu que não deixei.

-- Calma filha, vai dar tudo certo - Débora apertava a mão de Pedro - A Bruninha fez tudo dentro da lei. Não tem como não dar certo.

-- É isso aí sogra - Sabrina saiu arrastando o Ratão.

Débora só revirou os olhos.

-- Esses dois se completam...

-- Olhem lá - Pedro apontou para a porta do prédio - eles estão saindo.

Andaram rápidos ao encontro da família que não escondiam a alegria.

-- Então como foi? - Priscilla foi a primeira a chegar - Fala Bruna, fala...

-- Fala logo - Débora pegou Rubinho no colo e o beijou.

-- Fala aí Rubinho - Bruna estava com Rafael no colo.

-- Mamãe Buna, mamãe Bic.

-- Sério? - Priscilla misturava choro com sorriso.

-- Sério mana. Te apresento os mais novos Sontag - Bruna passou a mão na cabeça de cada um.

-- Estou tão feliz mana, por você, pela Vic e por todos nós.

-- A felicidade está nas pequenas coisas, como por exemplo em um pote de... - Bruna começou.

-- SORVETE!!! - A garotada completou.

 

 

Mais tarde em uma sorveteria da Barra.

-- Hó cebolinha, fala Ratão.

-- Latão.

-- Fala Brina.

-- Bina.

-- Fala Bruna.

-- Buna.

-- Fala Vic

-- Bic.

-- Sabrina, fala: Vou levar um tapa no meio do nariz - Priscilla perdeu a paciência com a namorada.

-- Priscilla você anda muito nervosinha, meu amor - colocou Rubinho no colo - Só estava brincando com ele.

-- Sabrina, qual a época mais difícil para se comprar uma passagem para a Lua?

-- Não sei, Bruna.

-- Quando a Lua está cheia.

-- Sem graça - Sabrina sacudia o menino no colo - Bruna, a primeira coisa que você deve fazer é dar um vermífugo para esses meninos. Olha só a barriga do Rubinho - Sabrina apertava e o menino ria muito.

-- Brina, por acaso você está chamando os meus filhos de barriga de bicha?

Sabrina e Bruna se entreolharam.

-- Amanhã eu vejo isso - Bruna encerrou o assunto.

-- Amor, essas crianças vão ter uma intoxicação - Victória sentou ao lado de Bruna e a abraçou.

-- Deixa eles amor. Eles esperavam pelo picolé de gelo que estavam acostumados a ganhar. Quando provaram esse sorvete, ficaram malucos.

-- Bruninha, Priscilla - Débora sentou ao lado das duas filhas - Minhas filhas, tenho algo a comunicar a vocês.

Fez suspense por alguns segundos.

-- Eu e o Pedro decidimos que já é o momento de morarmos juntos. Ele está levando as coisas dele para o apartamento e a partir de amanhã ficará em definitivo - falou com um sorriso nos lábios, mostrando toda a felicidade que estava sentindo.

Priscilla olhou para Bruna. Sabia que agora teria que sair do apartamento da mãe.

-- Que legal mãe. Eu e a Bruna estamos muito felizes. Não é mesmo Bruna?

-- Muito, muito. Você merece toda a felicidade do mundo, mãe - Bruna foi até a mãe e a beijou.

-- Parabéns Débora - Victória falou sincera - O Pedro é uma pessoa maravilhosa e com certeza vai te fazer muito feliz.

-- Obrigada Vic - Ela estava se sentido completa, feliz como nunca pensara que poderia ser, tinha certeza absoluta que finalmente havia encontrado o amor de sua vida.

 

 

No Apartamento de Nestor...

 

O médico atendia a mais uma das inúmeras ligações do seu ex funcionário.

-- Desculpe eu ligar a essa hora, patrão, mas é que eu realmente estou precisando. A grana acabou e eu só tenho o doutor para me socorrer.

Nestor estava a ponto de enlouquecer. Borges ligava várias vezes por dia inclusive de madrugada. O médico já havia entregue a ele uma verdadeira fortuna, mas nada contentava o homem.

-- Borges, eu dei dinheiro para você não faz cinco dias. Impossível você já ter gasto tudo -- caminhava nervoso, impaciente, irritado, concluiu que que essa tortura não teria fim.

-- O patrão está me negando ajuda? Quanta ingratidão, hein doutor.

-- Não estou negando, estou apenas achando que você está gastando demais -- tentou controlar-se para não piorar ainda mais a situação. Respirou fundo e continuou -- Tudo bem Borges. Vou ver o que posso fazer.

-- Sabia que podia confiar no doutor.

-- Olha, evita ligar para mim. O delegado Cícero não larga do meu pé, vai que eles grampeiem as minhas ligações -- sentou na cama e passou a mão pelos cabelos -- Ligo assim que tiver algo para você.

-- Mas não demora doutor. O senhor sabe o que um homem desesperado é capaz de fazer, não é mesmo?

Nestor desligou o celular, jogou-se de costas na cama e cobriu o rosto. Teria que tomar uma providência o mais rápido possível, essa chantagem vai ter que acabar.

 

 

 

Mais tarde na casa de Sabrina.

 

-- Brina, eu e a Vic vamos nos casar - abaixou-se, pegou uma pedrinha e jogou para o Ratão buscar.

-- Você está apressadinha hein. Quatro filhos, casamento... - Sabrina pegou a pedrinha que Ratão trouxe e jogou novamente.

-- Vou vender meu apartamento e comprar uma casa -- ela fechou os olhos e viajou à um lugar distante, perdido em sonhos - Uma casa à beira da praia, aonde as crianças possam brincar à vontade, sem carros passando sobre o viaduto, sem a companhia de marginais. Um jardim enorme para o Ratão correr livre.

-- Essa parte muito me interessou, Bruninha - o cachorro trouxe a pedrinha, Sabrina jogou bem longe e ele foi correndo todo faceiro.

-- E você, Sabrina, vai ficar nesse chove não molha com a mana?

-- É sobre isso que precisamos conversar - passou o braço ao redor do pescoço da amiga -- Estou pensando em chamar a Prí para morar comigo -- sorriu sem graça -- O que você acha? Será que ela vai aceitar?

-- Há uma grande possibilidade que ela aceite. O Pedro está se mudando para o apartamento da mamãe e ela não vai querer continuar lá com eles.

-- Então esse é o momento certo -- chutou uma pedrinha no chão e lembrou do cachorro -- Você viu para aonde foi o Ratão?

As duas olharam ao redor e não viram o vira lata em lugar nenhum.

-- RATÃO -- Sabrina berrou -- Esse cara deve estar inventando arte.

-- RATÃO, VEM CÁ MEU GAROTO -- Bruna colocou as duas mãos ao redor da boca e berrou.

O cachorro apareceu trazendo um pé de tênis na boca e fazendo a maior festa para elas. Ele parou em frente de Sabrina e colocou o calçado sobre o seu pé. A garota pegou o tênis e examinou o buraco que o cachorro havia feito.

-- Bruna, essa ratazana disfarçada de cachorro, roeu o meu tênis importado. Eu juro que vou matar ele.

-- Brina, a paciência é uma virtude que deve ser exercitada para que possamos cada vez mais nos acostumar a situações adversas.

-- Fora daqui você e esse filho de qualquer coisa - Sabrina apontou para o caminho da rua.

-- Sabrina, só mais alguns dias, até eu achar uma casa para comprar -- Bruna pediu, mas a amiga parecia irredutível.

-- NÃO. Esse filho bastardo de uma hiena deprimida não vai ficar nem mais um dia aqui em casa -- cruzou os braços e fechou a cara.

-- Olha para a carinha dele Brina -- abaixou-se e com uma mão levantou a cabeça do animal -- Parece que ele está querendo dizer que te ama.

-- Pois para mim ele parece estar querendo dizer: Haí tia, ou me passa toda a ração, ou te meto o dente. -- abriu os braços -- Ele é um cachorro de rua, Bruninha.

-- Pensa, Brina ele poderia estar roubando comida, estar mordendo, mas está aqui, somente roendo os seus tênis.

-- Pega o seu "aumigo" pivétinho e leva para a Vic, ela vai adorar ver os sapatos de grifes dela todos mordidinhos -- virou-se para entrar em casa.

-- Sabe quem perguntou por você hoje, Brina? -- Bruna abaixou-se para colocar a guia no Ratão.

Sabrina cessou o passo e olhou para cima. Já conhecia aquele tom de voz desde a pré-escola. Lá vem chantagem. Pensou.

-- Quem, Bruna? -- virou no momento em que Bruna levantava-se para sair puxando o Ratão.

-- A ruiva gostosona. Ela disse que adorou o beijo de língua que você deu nela - tinha um sorrisinho amarelo nos lábios.

Sabrina caminhou até eles. Os dois safados estavam com cara de cachorro que caiu da mudança. Estendeu a mão e pegou a guia que Bruna segurava.

-- Os animais, precisam apenas de um pouco de amor e carinho para serem felizes -- deu um sorriso forçado -- Eu amo o Ratão.

-- Tem certeza que quer ficar com ele? Talvez ele roa mais alguns tênis, ou bagunce o seu jardim? Sei lá...

-- Imagina. Pode ir tranquila, minha irmã -- abraçou Bruna e beijou sua cabeça -- Te amo.

-- Também te amo.

 

 

Naquela noite...

 

Bruna estava dormindo um sono agitado. Sonhava com coisas estranhas, um lugar que não conhecia e pessoas que nunca havia visto. Caminhava no meio delas, estava escuro, muito escuro. Ouvia gritos horrendos, pareciam estar sofrendo com algo, Bruna estava com muito medo.

-- Está assustada, meu amor?

Bruna olhou para o único lugar aonde havia claridade.

-- Vovó, é a senhora? -- Sua voz saiu em meio ao choro abafado.

-- Sim, sou eu meu amor - Helena Sontag, tinha um sorriso meigo nos lábios.

-- Vó que saudade! - lágrimas rolaram pelo seu rosto - Que lugar feio é esse? Você está aqui?

-- Não. Eu estou aqui somente para lhe mostrar. Esse é o inferno, ou o purgatório. É a região de sofrimento no mundo espiritual... estados de espirito em tribulação por faltas graves, ou em vias de penitencia regeneradora.

Jesus afirmou dizendo: "Há muitas moradas na casa de meu pai; se assim não fosse eu vo-lo teria dito..." Portanto, existem diversos planos espirituais para onde os espíritos vão quando desencarnam, de acordo com seu grau de evolução espiritual. E são nesses planos que o espirito tem a opção de continuar sua evolução.

-- Não estou entendendo o que quer de mim vovó? -- Sua cabeça estava cheia de dúvidas.

-- Bruna, assim que amanhecer o dia reúna a sua família. Ela é fonte de luz e de amor, capaz até de iluminar um lugar em trevas como esse. Leve-os a casa de seu pai para uma visita. É tudo que peço, é tudo resta...

-- VOVÓ - Bruna chamou, mas era tarde, Helena havia desaparecido.

 

 

No próximo capítulo...

-- Bruna, esse animal sobrevivente da bomba de Hiroshima, vai acabar com a vida do seu João - Sabrina arrastava o Ratão do meio do jardim - Quem falou que o cachorro é o melhor amigo do homem?

-- Brina, você sabe qual o melhor amigo do homem?

-- Não.

-- É o seu próprio pinto! Porque...

... senta em cima dos ovos e não quebra

... vive perto do cu e não come

... quando está duro, nunca pede dinheiro emprestado.

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 43 - Capítulo 43:
rhina
rhina

Em: 15/05/2018

 

Será que existe uma Bruna Real????

Muito bom ....amo....

Parabéns Autora 

Rhina

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mickah
mickah

Em: 24/10/2015

kkk essa bruna é uma figura mesmo. kkkkkk por que será que a vó de bruna quer que ela leve a familía dela pra casa de nestor? so resta esperar pra ver. bjs vandinha na espera aqui kkk 

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