Capítulo 33
Capitulo 33
Na praia de Maracaípe no município de Ipojuca, Pernambuco...
Eduarda e as amigas estavam na recepção da Pousada Chalés de Maracaípe confirmando as reservas.
-- A sua reserva é especial. Fazenda à beira-mar, tratamento personalizado. Piscina, massagem, meditação e bate-papo, animais da fazenda espalhados pela área, restaurante, onde servimos nosso delicioso e farto café da manhã.
Eduarda olhava para a recepcionista tentando achar algum botão liga e desliga.
-- Moça - Eduarda chamava, mas a garota deveria ser um robô tipo aquele do filme O Homem Bicentenário com Robin Williams e estava programada para não ser interrompida, porque continuou sem dar a menor atenção para ela.
-- E ainda... Passeios de buggy ou carro fechado até as praias vizinhas, piscinas naturais de Porto de Galinhas (se quiser dá pra ir a pé, a vila de Porto fica só a 3 km). Instrutores de mergulho para iniciantes e mergulho em áreas de naufrágio para mergulhadores com experiência. Alguma duvida? - finalmente.
-- Não tem aí um quartinho? Só pra eu tomar banho e dormir? - falou baixinho.
-- Credo Dudinha aonde foi parar o seu glamour? - Talita a empurrou e tomou o seu lugar em frente a recepcionista -- Minha amiga está brincando. Queremos tudo do bom e do melhor. Muito champanhe e petiscos. Teremos uma festinha particular essa noite - Talita virou para as amigas e comemoraram com batidinhas na palma da mão.
-- Um funcionário as levará até o chalé - a recepcionista sorriu, imaginando como não seria a tal festinha das quatros adolescentes.
-- Obrigada. Vamos galera - Talita sempre tomava frente no planejamento dos programas, mas a conta quem pagava sempre era a loirinha.
Eduarda dirigiu-se a recepcionista pedindo desesperada:
-- Se você não tem um quarto, pode ser uma rede, uma...
-- Duda vem amor... -- Drica chamou.
Na boate...
-- Nem bem a loirinha viajou e eu já estou com saudades - Jorge suspirava.
-- Mas você é uma bicha exagerada né Jorge. A Duda foi hoje de manhã criatura. Nem a Rafaela que dá pra ela toda a noite deve estar com saudade ainda - Roberta não era nada discreta.
-- Deixa a Rafa saber que você comenta assuntos particulares dela com a gente - Claudia achou o comentário desnecessário.
-- A Rafaela tem mais é que aproveitar essa fase de dar e receber. Vocês lembram como ela vivia cansada pra tudo? - Jorge se colocou pensativo -- Também com um mala como aquele de namorado, quem não viveria cansado? Eu odiava aquele sujeitinho. Homofóbico, besta... Cada vez que falo nele me dá uns dez tipos de nojos - Jorge levantou e saiu da sala.
-- A bicha ficou nervosa - Roberta debochou.
-- Ele sofreu muito nas mãos daquele imbecil. Só continuou frequentando o apartamento da Rafa pelo amor que nutria pela amiga - Claudia lembrava muito bem de como o ex de Rafaela tratava o amigo gay.
-- Isso porque eu não estava por perto. Se não... - fingiu estar dando um golpe de jiu-jítsu.
-- Sai Sergio Moraes (campeão mundial de jiu-jítsu) de vestido - risos.
-- Claudia que tal se a gente saísse pra jantar hoje. Depois a gente vem aqui pra boate - Roberta estava decidida a investir nessa amizade, quem sabe rolasse algo a mais?
-- Não sei Roberta... Hoje tem tudo pra boate bombar e... - pensou que talvez fosse uma boa - Tá certo acho que seria legal sair um pouco, arejar a cabeça. Busca-me?
-- Claro. Passo as 21h00min - estava feliz por finalmente convencer a advogada a sair com ela.
Na construtora Rafaela se via maluca com tantos projetos esperando a sua aprovação.
-- Camila me ajuda. Estou perdida no meio de tantos papeis - Eduardo havia deixado tudo em suas mãos.
-- Eu não tenho experiência com esses documentos. Quem entende disso é a Débora. Quer que a chame? - Camila estava mais perdida que a arquiteta.
-- Jamais. Vamos resolver sozinhas, nem que levamos uma semana. Aquela bruxa não vai ter esse prazer nunca - risos nervosos.
O celular de Rafaela toca...
-- Meu Deus Dú, o que é dessa vez? Tudo bem amor, assim que chegar em casa eu juro que te ligo. Ok? Beijo.
-- O que foi agora?
-- Não sei Camila. Eduarda parece uma criança que está longe da mãe. Já perdi as contas de quantas vezes ela me ligou só nessa tarde.
-- Estranho. A Duda não é disso - Camila ficou pensativa.
-- Também acho. Escuta o que eu estou te dizendo, tem caroço nesse angu. E eu vou descobrir. Só que agora... vamos nos concentrar nessa pilha de papel. Vamos começar separando por prazos de entrega...
Enquanto isso na Pousada Chalés de Maracaípe Eduarda pensava em uma maneira de fugir da festinha particular promovida pelas amigas.
-- Daqui a pouco as garotas chegam. São lindas e simpáticas Duda, você vai amar - Cintia estava ansiosa, olhava de minuto em minuto no relógio.
-- Imagino o quanto. Vou dar uma volta por aí, logo volto - precisava sair de perto dessas garotas ou iria se complicar.
Mas o que faria? O único lugar que tinha para ficar era esse, todos os outros estavam lotados devido ao circuito de surf.
Sentou na areia e ficou por quase uma hora admirando a praia com suas águas calmas e mornas a paz e a beleza deslumbrante. Mas como estava escurecendo, foi obrigada a retornar.
No chalé tudo parecia estar tranquilo. Sem música alta, sem risadas histéricas da Drica. Tudo em ordem. Eduarda aproveitou e correu para o seu quarto, tomou um banho, colocou um pijama e jogou-se na cama.
Devido ao cansaço do dia agitado logo pegou no sono.
Quando Rafaela conseguiu sair da construtora já eram por volta das 20h00min. Ela e Camila se esforçavam ao máximo na tentativa de colocar tudo em dia, mas devido a pouca experiência levavam horas em cima de um único contrato.
Perdida nesses pensamentos foi que entrou em seu carro e dirigiu com destino ao Leblon.
Pensou também em sua loirinha, como seria bom se pudesse encontra-la ao chegar em casa, passar a noite com ela. Sentiria tanta saudade. Riu de si mesma. Seria no máximo uns cinco dias e ela pensava como se fosse um mês.
Lembrou-se das viagens de Kenedy, de como torcia para que algo desse errado e ele tivesse que prolongar a estadia. Ainda bem que isso já fazia parte do passado. O presente estava bom demais.
Apesar de ser fruto de um acordo maluco, essa relação estava lhe fazendo muito bem. Eduarda estava lhe fazendo muito bem. A menina era atenciosa, carinhosa e o mais incrível: Era fiel. Felizmente contrariando totalmente as suas expectativas.
Dirigia tranquilamente pela orla, velocidade baixa, som auto, sorriso bobo nos lábios, mas do nada uma luz forte refletiu no espelho retrovisor do seu carro a fazendo cegar.
Quando conseguiu focalizar algo, já era tarde, havia um carro praticamente colado ao seu. Acelerou o máximo que pode, mas mesmo assim o seu algoz conseguiu emparelhar. Seguiram lado a lado em alta velocidade por um bom trecho até que Rafaela encontrou a sua frente outro carro e foi obrigada a desviar.
O BMW X4 subiu pela calçada levando tudo que havia pela frente. Por sorte no momento não havia nenhum pedestre ou ciclista passando.
Devido à velocidade em que se encontrava, foi impossível para a morena controlar a direção ou frear e o carro somente parou quando bateu violentamente contra um poste de energia elétrica da Light.
Os minutos seguintes foram de muita confusão. Ambulâncias, carro de bombeiros, policiais e muitos curiosos se aglomeravam no local do acidente.
Na pousada Eduarda sonhava com a sua morena. Estava tão gostoso, chegava a sentir o peso do seu corpo sobre o dela, os seus beijos, o seu toque gostoso pela sua barriga. Ela começa a acariciar seu cabelo quando Eduarda abre os olhos, olha para ela:
-- Péraí, você não é a Rafa - dá um pulo da cama e derruba a garota que estava sentada nua sobre a sua barriga.
-- Calma amor. Não se lembra de mim? - e vai em direção a loirinha que corre ao redor da cama - Sou a mulher mais perigosa que apareceu em sua vida.
-- Você fala isso porque não conhece a minha noiva - beijou a aliança e mostrou para a garota como se fosse um crucifixo, um dente de alho, uma cruz, sabe-se lá, algo que espantasse a vampira, mas não adiantou em nada.
-- Adoro garotas de aliança, me deixam com um tesão enorrrrmeee - correu atrás da menina.
-- Estou apurada preciso ir ao banheiro... - correu e trancou a porta.
-- Dudaaaa... Estou-te esperandooo... -- A louca pelada cantava do lado de fora. Pra desespero da loira.
-- Rafa meu amor o que eu faço? Me ajuda, me ajuda, me ajuda - rezava enquanto procurava uma maneira de fugir dali.
O banheiro era muito bom espaçoso e tinha... HÚ HÚ... Uma Janela grande acima da pia. Restava saber a que altura estava do chão.
Subiu com cuidado na pia e abriu a janela... A doida continuava a cantar lá no quarto...
-- Vou morder todo o seu corpinho... Lá, lá, lá.
-- Já vou amooorrr - berrou do banheiro - Que medo.
Eduarda abriu a janela com dificuldade. Descobriu que não era tão grande como parecia. Agradeceu por estar tão abaixo do peso se não ficaria entalada. Lá fora estava escuro e não dava para enxergar nada, não fazia a mínima ideia de que altura pularia. Rezou para a Santa das meninas fiéis (deve existir, porque existe santo pra tudo), pegou a bombinha e segurou firme, fechou os olhos e jogou-se...
Na emergência do Pronto Socorro - Miguel Couto no Leblon era um corre corre de médicos e enfermeiros para todos os lados. Rafaela foi levada as pressas para a sala de emergência. Iria passar por todos os exames de rotina e feita uma avaliação precisa do seu quadro.
-- Por favor, tente contato com alguém da família ou, alguém conhecido - o socorrista entregou o celular de Rafaela para a atendente.
Buscou por pai e achou o número do celular de Milton. Ligou, comunicou o ocorrido e pediu a presença urgente de algum familiar.
Em questão de minutos Roberta, Claudia, Jorge e Eddie estavam em frente ao balcão de informação.
-- Por favor, moça, preciso saber como está a minha Deusa acidentada - Jorge chorava e só não se jogava no chão porque Eddie o impedia.
-- Calma gente. O médico só estava esperando alguém da família chegar para vir conversar - a atendente simpática sorriu para o grupo desesperado.
-- Eu sou a irmã dela... - Roberta chorava abraçada a Claudia.
-- Ótimo. O médico é aquele ali - apontou para um Senhor grisalho que acabava de chegar à sala. Os quatros correram em sua direção.
-- Boa noite. Sou o Dr. Abreu. Acredito que sejam conhecidos da jovem Rafaela Dumont, não é mesmo? - Perguntou com um sorriso que foi o suficiente para tranquilizar a todos.
-- Boa noite Dr. Sou a irmã e eles amigos - Roberta deu um passo a frente.
-- Bem. Digamos que milagres acontecem. Rafaela está com pequenas escoriações pelo corpo, sente dores na região dorsal devido ao movimento brusco no momento do choque contra o poste, mas de resto tudo normal. Ela está um pouco sonolenta devido às medicações administradas, mas pode receber visitas. Quem de vocês é a Dú? - Perguntou com cara de quem ouviu algo a mais de sua paciente.
-- Ela não está doutor - Jorge quem respondeu.
-- Que pena - sorriso sínico - Então que entre a irmã - virou-se e desapareceu em uma das portas existente no local.
-- Jorge liga para todos e avisa que ela está bem. O pessoal lá de casa já devem até terem arrumado as malas para vir pro Rio - jogou o celular na mão do amigo e saiu apressada.
-- Queria saber qual foi o filho da puta que teve essa ideia? - lembrou-se da recepcionista robô falando: "Fazenda à beira-mar, animais da fazenda espalhados pela área". Quando pulou da janela primeiro caiu dentro de um cocho cheio de comida para os animais, segundo se breou de cocô até a cabeça e terceiro, imaginem um animal possuído correndo atrás de você no escuro. Junte tudo e pensem o que sobrou de Eduarda.
A loirinha caiu na areia exausta. Nunca sentiu tanta saudade de casa. Queria papai, Rafaela e a... Bombinha.
-- Não, não pode ser real... É um pesadelo... - começou a chorar - Minha bombinha...
-- Roberta... - Rafaela falava quase dormindo - Não conta para a Dú... - praticamente sussurrava - Você a conhece, ela vai... - dormiu.
-- Porque você fez isso Jorge? Roberta chegou tarde. Jorge já havia avisado.
-- Achei que ela merecia saber oras - Jorge fez bico - E tem mais, quem atendeu foi a tal da Drica. Ela falou que a Duda estava no banheiro a mais de uma hora, já estavam até preocupadas. Tadinha né amor - olhou triste para Eddie - Ela deve ter o mesmo problema que eu. Não posso ficar nervoso.
-- Sinto muito Duda - Drica contava do acidente para Eduarda.
A menina estava inconsolável, para desespero das amigas.
-- Eu preciso voltar para o Rio agora - chorava e arrumava as coisas em uma mochila.
-- Não dá meu amor. Seria impossível conseguirmos algum voo para hoje - Cintia consolava a garota.
-- Eu pago qualquer coisa. Compra um avião Talita, mas me tira daqui - apelou para Talita. Era a mais decidida das quatro.
-- Lógico. Podemos fretar um jatinho!!! - comemoraram a ideia - Arrumem tudo. Rio aí vamos nós.
-- Cintia preciso da minha bombinha. Pega pra mim? - Eduarda falou soluçando.
-- Claro amor. Onde está?
-- Acho que derrubei alí atrás do chalé no meio dos cocôs...
-- Graças a Deus Rafaela. Do jeito que ficou o seu carro, só por milagre mesmo - Eduardo estava aliviado em ver a futura nora aparentemente bem.
-- Você não imagina o terror que passei - passou as mãos pelo rosto em sinal de desespero.
-- Imagino sim, minha filha. Não vamos esperar nem mais um dia. Amanhã quando sair daqui, já sairá com um segurança - foi firme e Rafaela concordou.
-- Teve noticias de Eduarda? - A morena estava preocupada com a loirinha. Com certeza estaria desesperada.
-- Nenhuma. Se conheço bem a minha filha ela deve estar deixando todo mundo louco lá em Maracaípe.
-- Aquele imbecil - Talita estava indignada.
O piloto recusou voar naquele dia. Era o aniversário da sua filha e não faltaria a festa de jeito nenhum.
Talita olhava para Eduarda e lhe cortava o coração. A garota só chorava e tinha crise de asma. Tinha que fazer algo.
-- Vamos sequestrar o jatinho - Talita falou decidida. Todos arregalaram o olho.
-- Você está maluca hô Mané? - Drica não se acreditou.
-- Eu topo - claro que Eduarda toparia.
-- Não sei não, Talita. Vamos ser presas por isso - Cintia ficou na duvida.
-- E daí já perdi a conta de quantas vezes fomos detidas pela polícia - Talita insistiu.
-- Mas éramos menor de idade. Agora é diferente - Drica retrucou.
-- Quem não quiser ir pode ficar. Eu vou mesmo sozinha - Eduarda empolou o peito e saiu caminhando.
-- Espera loira. Temos que comprar armas - Talita deu um sorrisinho maldoso.
Uma hora depois...
-- Vocês são loucas - Drica choramingava com uma arma na mão.
-- Ele não aceitou ir por bem. Vai por mal - Talita assoprou o cano da arma.
Estavam escondidas dentro do hangar a espera do piloto idiota.
-- Lá vem ele... um...dois...três... - correram e Talita colocou a arma na cabeça do piloto - Quietinho tiozão. Tá a fim de passear com quatro gatas cariocas?
O homem estava tão assustado que mal conseguia caminhar. Preparou o avião, pediu autorização pra decolar, sempre na mira de uma pistola. 357 Mag.
Quando estava tudo pronto subiram no jatinho e decolaram com destino ao Rio.
-- Vocês irão mofar na cadeia suas vagabundas - xingou e levou uma mordida da Drica.
-- Não mata ele agora Drica. Deixa pra eu fazer isso - Eduarda apontou pro meio da testa do piloto - Eu sou do mal mano - precisou usar a bombinha e aí comprometeu toda a sua performance.
Em aproximadamente 02h40min estavam descendo Rio.
-- Falcon 750, prefixo N920CZ, pedindo autorização para pouso - a torre autorizou e o piloto pousou com o jatinho na pista mansamente.
-- Cara foi muito legal voar contigo, mas infelizmente você me fez chorar um bocado sábia? Então você vai pagar por isso - Eduarda apontou a pistola para a cabeça do homem e... Puff... Bandeirinha de Maracaípe. Saíram correndo antes que a polícia chegasse.
No hospital a galera estava toda na recepção aguardando a vez de entrar para visitar a morena.
-- Nada da Duda? - Claudia conversava com Jorge.
-- Nada meu anjo. Estou começando a ficar desesperado.
-- Calma Jorge. Até parece que você não conhece a Duda?
-- Por conhecer é que estou assim...
Nesse momento o caos se instalou no hospital. As quatro garotas entraram correndo vestidas de gari sendo seguidas por um batalhão de policiais.
-- Claudia. Não deixa eles prenderem a gente - Eduarda implorou e as quatro esconderam-se atrás da advogada.
-- Calma aí - Claudia fez sinal para que parassem - Quero um mandato.
-- Não precisamos. Elas foram pegas em flagrante - um dos guardas falou e partiu para cima das garotas.
-- Não, não e não - todos olharam para onde vinha à voz - Eu sou o médico responsável pelo hospital e essa menina está passando mal.
Eduarda usava a bombinha desesperadamente.
-- Elas ficam sobre responsabilidade do hospital até fazerem todos os exames necessários - os policiais olharam-se sem saber o que fazer - Se quiserem podem ficar do lado de fora aguardando - o mais velho fez sinal para os outros e saíram.
O médico tocou no ombro de Claudia e falou: - Fiz o que pude agora corra e faça a sua parte.
- Você é a Dú? - Eduarda fez que sim com a cabeça - Então venha - puxou a garota pela mão.
-- Garotas venham comigo. Temos uma longa conversa - Claudia procurou um lugar retirado e as levou para conversarem.
Roberta, Eddie e Jorge estavam em estado de choque. Ninguém moveu um músculo.
Rafaela dormia tranquilamente quando Eduarda entrou no quarto. A menina caiu em um choro descontrolado quando a viu. Foram horas de tanta adrenalina pela qual tinha passado que não aguentou. Beijou o rosto da morena com tanto desespero que ela acordou assustada.
-- Dú, meu amor. O que houve? - o beijo foi com saudade de um mês.
-- Fiquei com medo de te perder amor - chorava de soluçar - Por isso voltei.
-- Calma. Eu estou bem - tirou o boné de sua cabeça e a bombinha de sua mão - Calma - encostou a cabeça loira em seu peito, afagou os seus cabelos, aos poucos a sua respiração voltou ao normal.
-- Desculpa. Você está bem? Machucou muito? Está doendo? Eles estão te tratando bem porque se não...
-- Shiiiii - colocou o dedo sobre os lábios da loirinha -- Deita aqui - a puxou para a cama - Quero sentir o teu corpo - passou a mão por baixo da camisa laranja da Comlurb - Nunca mais fica tanto tempo longe de mim. Eu não sobrevivo um dia sem sentir o seu corpo. Minha gari linda.
Eduarda aconchegou o seu corpo o mais próximo que pode de sua morena e ficaram alí naquele calorzinho gostoso.
Eduarda sabia que tinha contas a acertar com a polícia, mas e daí? Que se dane a vida lá fora:
"De repente bateu aquela vontade de ficar junto, colado, mão-a-mão, corpo-a-corpo, eu e você. Sem assunto, em silêncio, e permanecer ali pelo resto dos dias".
Breno Botti
E pra quem pensa que Eduarda está arrependida. Ela diria:
-- E se eu pudesse voltar atrás? Ah... eu certamente faria tudo de novo... E de novo, e de novo...
Fim do capítulo
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Em: 20/10/2015
Eu adoro essa história ,essa Eduarda é demais ...
Resposta do autor:
Valeu Jo, pelo comentário. Bjã.
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Sem cadastro
Em: 20/10/2015
Dudinha é apaixonante e doidinha!
Rafa está amando!
Linda as duas!
Resposta do autor:
Bjã Pietra. Até mais garota.
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