Capítulo 32
Capitulo 32
Na mansão Eduarda já estava toda empolgada, contando uma de suas piadas.
-- Quatro bichas morreram num acidente de carro. Quando chegaram ao céu, já começou o preconceito. São Pedro falou: -- Vamos lá façam uma fila. Bicha 1, Bicha 2, Bicha 3 e Bicha 4. Depois de formada a fila, com as bichas na devida ordem, São Pedro começou a perguntar os pecados das bichas. -- Bicha 1, qual e o seu pecado? --Eu coloquei a mão no pinto de um homem --Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada. Bicha 2, qual e o seu pecado? -- Eu coloquei as duas mãos no pinto de um homem -- Tudo bem, lava a mão naquela água ali e tá perdoada. De repente, as outras duas bichas começaram a brigar: -- Quem vai à frente sou eu, não, sou eu quem vai, não, quem vai sou eu e por ai vai. -- São Pedro falou: Parem de brigar, o que esta havendo Bicha 4, por que você quer passar a frente? Ai a Bicha 4 responde: -- Eu não vou gargarejar de jeito nenhum na água que ela vai lavar a bunda
Risos de todos. Menos Jorge.
-- Você só conta piada de bicha Duda, tá na hora de começar a contar de lésbicas também - Jorge estava bicudo.
-- Nós somos maioria Jorge, nem inventa - Roberta se preparava para dar um mergulho na piscina.
Jorge fez bico.
-- Porque a Rafa está emburrada Duda? - Claudia sentou ao lado da loirinha na espreguiçadeira.
-- Contei pra ela da viajem para Maracaípe. Ela não reclamou, mas também não falou mais comigo.
-- Esse lado possessivo da Rafa eu ainda não conhecia - Claudia riu da amiga.
-- Pois eu conheço muito bem. Ela vai fazer greve de sex* até eu me ajoelhar, pedir perdão e prometer que da próxima vez vou pedir permissão. Ela é terrível.
-- Quando vai ser a viajem?
-- Vou na quarta-feira, mas só entro na água pra competir no sábado. O campeonato está só começando, a morena gostosa ainda vai fazer muita greve de sex* - risos.
-- Onde está o seu guarda costas Rafaela - Eduardo parou ao lado da arquiteta na porta da mansão.
-- Começa semana que vem. Olha, não é por nada não Eduardo, mas será que nessa empresa não tinha alguém menos feio pra fazer a minha segurança?
Eduardo engoliu em seco. O que diria para a nora? Para felicidade do homem, nesse momento estaciona um carro em frente à mansão e dele saem três garotas, todas aparentando terem mais ou menos a mesma idade que Eduarda. Estavam vestidas com Shortinho Saint Tropez e com somente a parte de cima do biquíni. No bagageiro do carro pranchas de surf.
-- Quem são as meninas? - Rafaela não gostou nada, nada disso.
-- Amigas de colégio da Dudinha - Eduardo sorriu e acenou para as meninas.
Eduarda assim que viu as garotas correu até ela e as abraçou. Rafaela ficou observando a sua loirinha junto às meninas. Aquela era a sua tribo, garotas da sua idade, patricinhas, surfistas e amantes da natureza como ela. Rafaela sentiu-se intrusa naquele mundo que tinha gosto de aventura. Sentiu-se triste por querer priva-la do surf, sua maior paixão, somente por causa de sua insegurança. Não tinha esse direito. Entrou na mansão e foi atrás do opa. Precisava conversar.
O alemão contava piadas e sorria alegremente. Eduarda era tão parecida com o avô que chegava a dar graça.
-- Rindo sozinha minha enkelin (neta) adotiva? - o alemão a abraçou e beijou sua cabeça.
-- Rindo de como a Dú é parecida com você opa - abraçou o altão pela cintura.
-- Nem tanto. Minha enkelin é linda e eu sou um branquelo feioso - deu uma gargalhada gostosa.
-- Não seja tão humilde opa, ainda és um gatão - foi sincera. Opa realmente era um senhor charmoso e quando sorria ficava ainda mais bonito.
-- Fala baixo, se a velha escuta vai ficar com ciúmes - risos.
-- Opa... - hesitou - Estou confusa...
-- Venha comigo - pegou na mão de Rafaela e a conduziu até o escritório - Sente-se aqui - indicou uma poltrona.
Rafaela sentou e ficou olhando o senhor caminhar tranquilamente até o bar, preparar uma bebida e entregar para ela.
-- Jägermeister é uma bebida...
Rafaela virou a o copo de Jägermeister de uma vez.
- JESUS - saíram lágrimas de seus olhos.
-- Continuando ... Alcoólica produzida na Alemanha desde 1935. É o nono destilado mais consumido no mundo - colocou as duas mãos sobre a boca assustado.
-- Agora é tarde né opa. Meu Deus isso deve ter me causado uma queimadura grave no esôfago - abanou-se.
-- Não deu tempo - ainda assustado.
-- Eu sobrevivo... Bem o que eu queria falar é sobre eu e a Dú. Estou insegura opa. Ela está lá fora com um bando de menininhas na maior festa, provavelmente combinando o que vão fazer em Maracaípe.
-- O ciúme faz as pessoas verem coisas que não existem.
-- Não é ciúme opa é medo de no dia seguinte virar chacota em todos os jornais. Eu tenho um nome a preservar - levantou e foi servir-se de um Dry Martini.
-- Rafa, Rafa. Como dizia Eliardo Alves: "O pior cego não é aquele que não vê, e sim aquele que finge não enxergar, o pior surdo é o que finge não ouvir, o pior mudo, o que não admite, e a pior mentira é enganar a si próprio".
Rafaela ficou ainda mais confusa.
-- O que faço opa? - queria ouvir algo que lhe arrancasse essa dor do peito.
-- Faz o seguinte: De um voto de confiança pra minha enkelin. Duda nunca mente, é carinhosa, meiga, infantil eu sei, mas por nossa culpa e eu assumo a minha parcela. Mas fazer o que? Ela sempre foi o nosso bebê - sorria ao falar da neta - Se eu estiver errado, serei o primeiro a puxar a orelha dela - fingiu cara de bravo.
Rafaela o abraçou carinhosamente. Aceitaria o conselho do alemão.
Batidas na porta...
-- Estou atrapalhando? - Eduarda entrou trazendo consigo o trio de belas garotas.
-- Entra meu amor - opa sempre carinhoso.
-- Amor, quero te apresentar as minhas amigas - puxou a morena pela mão - Meninas essa é a minha noiva. Ela não é a morena mais linda e gostosa do mundo? - Rafaela queria morrer de vergonha da naturalidade da garota ao falar sobre ela. Opa só ria.
-- Você tinha razão quando falou dela pra gente - as meninas se apresentaram com beijinhos no rosto de Rafaela.
-- Vem com a gente amor - deu um selinho na morena - Vou apresentar elas para o pessoal - puxou Rafaela pela mão com tanto carinho que a arquiteta até esqueceu que estava zangada com ela.
As meninas logo foram embora. Como Rafaela desconfiava, elas iriam juntas para a 1ª etapa do CIRCUITO BRASILEIRO DE SURF em Maracaípe, Ipojuca, Pernambuco. Achou as meninas meio que louquinhas, todas tipo Duda, mas tentaria manter a calma. Cumpriria a promessa que fez ao opa.
O restante do dia transcorreu tranquilo. O almoço foi divertido. Com opa Sven e Eduarda juntos até assunto triste tornava-se engraçado.
No final da tarde Roberta foi levar Claudia em casa e Eduarda foi levar Rafaela.
-- Posso subir? - Eduarda estacionou o carro em frente ao prédio.
-- Depende das suas intenções - a arquiteta abriu a porta e saiu. Eduarda foi atrás.
-- São as melhores possíveis: Transar e dormir - falou brincando e levou um beliscão - Aiii Rafa.
-- Não tinha apanhado hoje ainda né? Pediu - saiu em direção à portaria do prédio.
-- Espera amor - chamou e foi atrás -- Posso ou não?
-- NÃO - e voltou a andar.
Eduarda voltou triste para o carro. Rafaela virou e falou para ela:
-- Onde está a Duda chata e insistente? - sorriu para a garota.
-- HÚ, HÚ - entrou no carro e estacionou na garagem do prédio.
-- Dú - Rafaela passava a unha pela barriga da loirinha.
-- Hum - Eduarda estava com os olhos fechados curtindo aquele carinho gostoso.
-- Promete que vai se comportar lá em Maracaípe - pronto, falou o que estava lhe tirando o sossego.
-- Não precisa nem pedir meu amor - beijou a cabeça da morena que estava sobre o seu peito -- "Confiar é uma prova de coragem e ser fiel uma prova de força" (Marie Von Ebner-Eschenbach).
Rafaela virou-se e ficou em cima de Eduarda.
-- Meu bebê tá crescendo - beijou a boca da loirinha.
-- Logo faço dezenove amor - passou as mãos pelas costas da arquiteta.
-- Meu Deus tudo isso? - mordeu o pescoço da garota.
Eduarda abraçou Rafaela tão apertada que ela ficou sem ar.
-- Adoro quando você me abraça - disse no pé do ouvido a fazendo arrepiar.
A loira trocou de posição e ficou por cima da arquiteta. Começou a beija-la por todo o corpo. Ch*pava o bico dos seus seios. Rafaela adorava! Eduarda Lambia e mordiscava lentamente os biquinhos, tirando dela gemidos e sussurros, que davam ainda mais tesão na loirinha. Passeava a língua por toda a sua barriguinha, metia em seu umbigo.
Rafaela agilmente trocou de posição novamente, ficando sentada sobre Eduarda. Segurou seus pulsos acima da cabeça. Elas estavam completamente nuas. Rafaela começou a excitá-la intensamente beijando seu pescoço.
Eduarda suspirava e tentava se segurar para não agarrar a morena e morde-la todinha. Ela ainda se esfregava sobre Eduarda, sabendo que a loira estava realmente excitada, mas mesmo assim não parava de beijar e morder e lamber...
-- Eu acho que já estou farta de preliminares... - a garota sussurrou maliciosa.
-- Sou eu quem decide quando -- disse ignorando Eduarda, continuando a distribuir beijos entre a orelha e a nuca dela.
-- Deixa eu te beijar todinha...
-- Sou eu quem manda - apertou os pulsos de Eduarda com tanta força que chegaram a doer - Quem manda?
-- A Rafaela manda... - obedeceu.
-- Adoro quando você passa a mão desse jeito -- Pegou a mão dela e passou sobre os seios -- Faz assim... -- mostrou -- Estou toda molhadinha.
-- Você é um tesão... Deixa comer você todinha deixa? - Eduarda pediu.
-- Implora... Pede por favor...
-- Por favor Rafa, deixa... - suplicou.
O prazer foi vagarosamente tomando conta de todo o seu corpo, até que não suportou mais e permitiu.
-- Me come todinha... Sou todinha tua! Faz de mim o que quiser...
Eduarda sorriu com expressão cafajeste e fez tudinho como a morena pediu a levando a goz*r como nunca havia goz*do...
-- KKKKK. Pijama de bichinho - Roberta ria de Eduarda.
-- Não é bichinho Beta. É o Madimbu - falou brava.
-- E quem é o Madimbu coisinha gostosa? - Roberta sentou no colo da loirinha.
-- O maior vilão que Goku e sua turma tiveram que destruir em Dragonball Z - falou empolgada.
-- Poxa que interessante Dudinha - mordeu a pontinha da orelha da loirinha.
-- Roberta respeito é bom e eu gosto - Rafaela terminava de arrumar a mesa para o café - Dá pra gente tomar café como pessoas civilizadas ao menos uma vez.
-- Hí amor, tá de mau humor? - deu um selinho na morena.
-- Com sono Dú - reclamou.
-- Quando está lá no bem bom garanto que não fala: Com sono Dú - Roberta imitou a irmã.
-- Não liga pra ela amor é pura inveja - mostrou a língua para a cunhada.
-- Hum que língua gostosa - provocou.
-- Posso contar uma piada? - As duas fizeram que sim com a cabeça.
-- Um homem chega à balada e encontra uma mulher e então dá um garfo a ela. E ela pergunta: para quê o garfo, e ele responde: é por que eu tô dando sopa, e ela diz: mas sopa se come de colher, e ele responde: é que eu sou difícil...
-- Sem graça - as duas saíram e deixaram a garota sozinha.
-- SUAS CATARINENSES MAL HUMORADAS - berrou da cozinha.
Rafaela entrou em sua sala e Camila entrou logo em seguida.
-- Bom dia. O Zum, zum, zum está grande hoje, madame Jeser - Camila sentou-se a sua frente na mesa.
-- Bom dia Camila. Conhece aquela musica do Jair Rodrigues?
Deixa que digam
Que pensem
Que falem...
-- Pois é coloca no som ambiente e deixa rodando o dia inteiro - falou séria - Meu nível espiritual, intelectual e financeiro está muito acima de tudo isso. Agora quanto ao nível de humor está abaixo de zero - parou para respirar - Pode falar pelos corredores, que se alguém quiser testar em que grau está o meu poder aqui dentro é só me olhar atravessado - Camila a olhava com os olhos arregalados.
-- Vou passar a sua agenda - O dia prometia. Pensou Camila.
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Na quarta à noite Eduarda despediu-se de Rafaela e na quinta pela manhã, junto com as três amigas, voaram rumo a Maracaípe no município de Ipojuca, Pernambuco...
-- Cara quanto tempo à gente não viaja juntas -- Cintia a mais velha das três nem se acreditava.
-- Vamos tirar o atrasado - Talita esfregou as mãos.
-- Eu sou comprometida - Eduarda mostrou a aliança -- Tô fora.
-- Mas não mesmo. Convidei umas gatas amigas de São Paulo para ficarem com a gente lá na pousada. Não tem como fugir - Adriana espalhou o cabelo da garota.
-- Por que não me avisaram? Teria me hospedado bem longe de vocês.
-- Agora é tarde loirinha - risos debochados de quem vão aprontar.
Fim do capítulo
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