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  • Simplesmente Aconteceu - 1ª Temporada
  • Capítulo 25

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Simplesmente Aconteceu - 1ª Temporada por Cris Lane

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Palavras: 4515
Acessos: 4264   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 25

Adriana e Viviane estavam sentadas no chão encostadas a uma das camas com o notebook no colo, preparavam um exercício para entregar para a aula de auditoria. O Skype estava sempre conectado e de repente viram a janela se abrir com uma chamada de Paula.

 

Prontamente Adriana atendeu a amiga, fazia um bom tempo que elas não se falavam.

 

-- Oi Paulinha.  Eu estava morrendo de saudades, tem um tempão que você não aparece.

 

-- Oi amiga, está muito corrido por aqui. Como vocês estão?

 

-- Tudo bem.

 

Adriana e Vivi falaram juntas.

 

-- Eu estou vendo. Estão afinadas. – ria --

 

-- Bobagem, onde está Alessandra?

 

-- Foi na cozinha fazer pipoca, já está vindo.

 

Nesse momento chega Alessandra e senta ao lado de Paula com um pote cheio de pipoca e dois copos de refrigerante. Seguida de Pitty.

 

-- Oi meninas, segura isso aqui Paula. – entregava os copos para a esposa --

 

-- Caramba, vocês vão ver que filme? Coração Valente? Oi Pitty, que saudades que mamãe está sentindo! – a cachorrinha balançava o rabo e latia –

 

-- Engraçadinha. Você sabe que eu adoro pipoca. – acomodava o balde entre as duas --

 

-- Eu sei, mas isso ai até para você é um exagero, onde você pegou esse pote? Parece um vaso de plantas.

 

Todas riam da situação. Alessandra fazia careta para Adriana.

 

-- Mas vem cá, e o seu curso, já acabou?

 

-- Que curso?

 

-- Ué, o que você está fazendo no sábado. É sobre o que mesmo?

 

Alessandra se engasgou com uma pipoca e começou a tossir, Paula batia em suas costas na intenção de ajuda-la e Adriana e Vivi ficaram apenas observando a reação da amiga para a sua pergunta.

 

Quando finalmente voltou a respirar, ela estava com os olhos vermelhos e o rosto pálido.

 

-- Melhorou?

 

-- Acho que sim.

 

-- Você é muito desastrada Ale, Paula faz um seguro de vida, qualquer hora ela vai empacotar, pelo menos você lucra alguma coisa por ter aturado ela tanto tempo.

 

-- Ai que horror, não fala assim dela. – fazia um carinho --

 

-- É, não fala assim de mim.

 

Alessandra falava com a boca cheia de pipoca, causando uma grande gargalhada entre as meninas.

 

-- O que vocês estão fazendo?

 

-- Estamos preparando um exercício para auditoria. – Vivi levantou algumas folhas --

 

-- Ale, e o seu curso? Você não falou sobre o que é.

 

-- Ah, é uma atualização do simples nacional.

 

-- De novo? Houve alguma alteração na lei do simples?

 

-- Houve algumas inclusões, alterou algumas alíquotas e classificações. – Alessandra mentia sobre o curso --

 

--Entendi. E o escritório? Está tudo bem por ai?

 

-- Sim, tudo certo. Estamos nos virando bem sem você.

 

-- Eu fico feliz em ouvir isso, pois eu quero falar uma coisa para vocês.

 

-- O que foi?

 

-- Eu estou pensando em ficar aqui quando terminar a especialização.

 

-- O que?

 

Foram três vozes em coro fazendo a mesma pergunta, nem Viviane sabia dessa intenção da amiga, Adriana já pensava nisso desde que conversou com Isadora e descobriu sobre a intenção de Ana Paula em comprar um apartamento para ir morar com Gisele.

 

Seus pais continuavam a ignorar suas ligações e suas tentativas de contato, a mulher que ela amava estava feliz com outra, não existia mais motivos concretos que trariam a morena de volta para o Brasil, apenas a saudade do verão.

 

-- Como assim? Que historia é essa de não voltar? Você está bebendo o que ai?

 

-- Eu juro que eu não sei, geralmente quem bebe aqui sou eu. A não ser que ela mantenha uma garrafa de tequila debaixo da cama. – Viviane levantou o lençol e olhou insinuando procurar bebidas debaixo da cama --

 

As meninas riram.

 

-- Calma gente, isso não é nada demais, eu recebi um convite do meu orientador para fazer o mestrado quando eu terminar a pós, e eu achei interessante ficar mais um ano e já voltar com dois diplomas.

 

-- E quando você ia me contar isso?  

 

Dizia Viviane muito contrariada.

 

-- Quando eu resolvesse, eu ainda não decidi, mas eu estou seriamente tentada em aceitar essa oportunidade.

 

-- Amiga, eu acho ótimo isso, significa que o seu esforço foi reconhecido.

 

-- Eu também achei isso. – Ale falava comendo pipoca --

 

-- Mas eu vou ter que voltar para o Brasil sozinha, poxa vida. – Viviane cruzou os braços como criança contrariada-- 

 

-- Ih, eu acho que vocês precisam conversar.

 

-- Depois eu resolvo isso com ela.

 

-- Ela vai chorar.

 

Dizia Alessandra rindo de Viviane.

 

-- Paula, você tem noticias das meninas?

 

-- Quem?

 

-- Isa e Nathalia.

 

Alessandra ficou branca ao ouvir o nome de Nathalia.

 

-- Faz muito tempo que eu não as vejo, mas você não quer saber realmente sobre elas.

 

-- Fala logo.

 

-- Nunca mais eu vi.

 

O clima ficou pesado, Viviane sabia que ela queria saber de Ana Paula e ficou com um pouco de ciúmes, ela demonstrou isso ao fechar a cara quando Adriana perguntou sobre as meninas.

 

-- Amiga, nós vamos deixar você estudar, e nós vamos ver o nosso filme.

 

-- Tudo bem, um beijo nessas bochechas gordas.

 

-- Beijo, nós estamos morrendo de saudades.

 

-- Eu também.

 

-- Beijo Vivi.

 

-- Beijos meninas.

 

E assim elas se despediram e saíram da câmera. Viviane nem deu tempo de desligar o Skype e já foi tirar satisfações com Adriana.

 

-- Você quer mesmo ficar aqui?

 

-- Por que você ficou tão irritada?

 

-- Você não me respondeu.

 

-- E se eu quiser? Mesmo quando voltarmos, você vai para São Paulo e eu volto para o Rio, cada uma seguirá com sua vida.

 

-- Eu sei. – contrariada --

 

 

-- Então. Onde está o problema?

 

-- É que eu não vejo você aqui sem mim.

 

Na verdade, Viviane queria dizer que não se via mais sem a companhia de Adriana.

 

-- Ah, fala sério. Vem cá.

 

Adriana puxou Viviane para perto de si e abraçou a ruiva que ainda permanecia com um bico típico de uma chaleira.

 

-- Ei, tira esse bico da cara. Você está com ciúmes mesmo?

 

-- Eu não, eu com ciúmes de você? – apontava o dedo no peito da morena --

 

-- Sei lá, você ficou estranha depois que eu perguntei da Ana e falei que quero ficar aqui.

 

-- É que eu me preocupo com você aqui sozinha.

 

-- Ah Vivi, é mais fácil eu me preocupar com você sozinha aqui do que o contrário, eu sei me cuidar, pode ficar tranquila. – Adriana fez um carinho em seu rosto --

 

Vivi olhava para um ponto fixo no quarto enquanto Adriana a encarava, ela esperava alguma reação que não veio. Adriana então resolveu quebrar o gelo entre as duas.

 

-- Vem cá, minha menina maluquinha, eu prometo que vou pensar no seu caso, mas se eu resolver ficar eu espero que você se comporte lá em Sampa.

 

Vivi sorriu e olhou para a colega de quarto que devolveu o seu melhor sorriso. Adriana puxou Viviane para um beijo ardente, acendendo suas libidos, Viviane tirou o notebook do colo de Adriana e meio desajeitada tentava acomodar o eletrônico no chão, acabou apertando o botão de chamada do Skype acionando a ultima conversa, o computador discou para Paula e Alessandra que atenderam ao chamado pensando que seria Drica as chamando novamente. 

Quando a janela abriu elas perceberam a cena e ficaram assistindo as meninas namorando, decidiram não fazer barulho até sentirem as caricias ficarem mais quentes e darem um susto nas duas descuidadas. O ângulo mostrava o beijo e parte do tronco das duas.

 

O beijo continuava evoluindo, Viviane se acomodou de frente para Adriana e se encaixou em seu colo, ainda sentadas no chão, as mãos percorriam as costas da ruiva que se arrepiava inteira com o contato, ela segurava os cabelos pretos de Adriana e invadia sua boca como se fosse a ultima carícia.

 

Adriana já estava sem blusa vestia apenas um top pequeno, acariciava a coxa de Vivi, apertando a ruiva que gemia baixinho, ela subiu por baixo da camiseta de Vivi, levantando o pano fino na intenção de retirar do corpo de Viviane, quando as meninas perceberam a movimentação e a garota apenas de soutien, Alessandra não se conteve e assustou as garotas.

 

-- Vocês podem parar com essa pouca vergonha? – comia pipoca --

 

Com a voz de Alessandra ecoando pelo quarto, as duas tomaram um susto que Viviane tentou sair rapidamente do colo de Adriana e se desequilibrou caindo para trás, com as costas em sua cama, Adriana ficou com a camiseta da amiga nas mãos, e com cara de assustada, ofegante olhando as amigas morrendo de rir na tela do computador.

 

-- O que vocês estão fazendo ai?

 

-- Ué, você que nos chamou, nós estávamos assistindo ao filme, mas quando eu vi essa cena ai, percebi que esse filminho estava muito melhor.

 

-- Eu te chamei?

 

Adriana olhou para Viviane em sua frente e lembrou-se da camiseta. Levantou e foi ajudar a amiga.

 

-- Vivi, sua camisa, você está bem? Machucou?

 

-- Ai, eu só bati minhas costas na cama, - passava as mãos nas costas -- nada demais.

 

-- Desculpe.

 

-- Tudo bem. Não foi você, eu que me desequilibrei.

 

Adriana ajudou Viviane a levantar e olhou as costas da amiga para verificar se estava tudo bem mesmo. 

 

-- Ei, nós ainda estamos aqui.

 

-- Oi gente.

 

Vivi voltava já vestida e Adriana não se deu ao trabalho de colocar a camiseta, exibia seu abdômen sarado.

 

-- Amiga, você está malhando?

 

-- Ela faz abdominal todo dia. – dizia Viviane --

 

-- Você está boa hein!

 

-- Alessandra! – Paula repreendia --

 

-- O que foi? – comia pipoca --

 

-- Quer dizer que vocês estão se pegando ai em Harvard? Estudar que é bom, nada né?

 

-- Para com isso Ale, nós estávamos estudando sim.

 

-- Eu vi, tem anatomia no curso de controladoria?  -- risos--

 

-- Boba.

 

-- Desculpem meninas, mas não deu para não assistir, atendemos a chamada e de cara vimos vocês se beijando.

 

-- Tudo bem, eu devo ter apertado algum botão quando eu tirei o note do seu colo. – Viviane dizia encabulada -- 

 

-- É, deve ter sido isso. Vocês são duas empata foda mesmo hein! 

 

-- Que palavreado é esse?

 

Todas riram da situação lembrando da cena no apartamento de Adriana quando elas flagraram Ana e Drica no maior amasso, ainda conversaram um pouco e se despediram. Viviane e Adriana ficaram sem graça com o flagrante e tentaram não falar sobre o que aconteceu.

 

-- Eu vou tomar um banho Vivi, termina o exercício? 

 

-- Pode deixar.

 

E assim, foi selado o silêncio entre as duas, Viviane ainda estava confusa com a decisão de Adriana em ficar em Boston, e Adriana ainda em dúvida sobre sua decisão, mas sendo a escolha de Ana Paula casar com a Gisele, ela não via motivos suficientes para retornar ao Brasil. Já pensava em fixar residência em Boston e trabalhar no exterior. Esqueceria Ana Paula de uma vez por todas.

 

****************************

 

Ana Paula estava em casa, sábado, recebeu uma ligação de Gisele, há muito tempo a loira não falava com a namorada.

 

-- Alo.

 

-- Oi Ana.

 

-- Oi, tudo bem?

 

-- Sim, você sumiu.

 

-- Não, eu estou aqui no mesmo lugar.

 

-- Eu sei, não precisa ser tão agressiva.

 

-- O que foi Gisele? O que você quer?

 

-- Eu estou aqui no seu portão, abre para eu entrar.

 

-- Como você sabe que eu estou em casa?

 

-- Abre logo.

 

Ana desceu e abriu o portão para Gisele entrar, ela estava abatida, com cara de poucos amigos.

 

-- Que cara é essa? Que bicho te mordeu?

 

-- Nenhum, eu estou puta, só isso.

 

-- O que foi?

 

-- Bruno foi transferido, vai para a Bahia. – gesticulava --

 

-- E daí?

 

-- E daí que como eu vou te ver? – jogava a bolsa sobre a cama --

 

-- Gisele, você veio aqui para discutir isso comigo?

 

-- Claro! Nós precisamos acertar os detalhes, quantas vezes nós vamos viajar para nos encontrar, quando você vai.

 

-- Gisele você surtou de vez não é? – fazia movimentos com o dedo indicando devaneios --

 

-- Por quê?

 

-- Você ainda tem coragem de me perguntar por quê?

 

--Ué, eu não estou te entendendo Ana.

 

-- Você não está entendendo mesmo, eu não vou para lugar nenhum, se você vai para a Bahia, boa viagem, eu vou ficar bem quieta aqui, ou você achou que eu vou ficar indo e vindo por sua causa?

 

-- E não vai?

 

-- Claro que não!

 

-- Mas e nós?

 

-- Não tem mais nós, se você não ficar no Rio, será apenas vocês, acabou.

 

-- Não, eu não aceito. – sentou na cama --

 

-- Gisele nosso relacionamento acabou há muito tempo, eu que ainda tentei levar mais um pouco, mas já não existe mais amor, o que existe é seu sentimento de posse que me consome. Segue sua vida e eu vou seguir a minha.

 

-- Ana Paula você está falando besteira. Eu não quero ficar sem você.

 

-- Acabou, vai para sua casa e viaja com o seu marido, me esquece. – Ana apontava para a porta --

 

Gisele já chorava copiosamente, se jogou nos pés de Ana Paula e pedia para a loira ficar com ela.

 

-- Ana vem comigo, vamos embora para Salvador.

 

-- Levanta daí Gi, eu não vou a lugar nenhum, chega de mudanças, ou você fica comigo ou vai embora de vez. – cruzou os braços --

 

Gisele ainda no chão só sabia chorar, depois de um tempo ela levantou e resolveu ir embora.

 

-- Eu vou embora, você não me quer mais, eu vou te deixar em paz.

 

-- Então vai Gisele, não faz esse drama que o que você não quer é perder a mesada que ele te dá, eu não passo de um brinquedo na sua mão, vai para lá e encontra outra trouxa para você enrolar.

 

-- O que me consola Ana é que aquela sonsa nunca mais vai querer você de novo.

 

-- Como você sabe disso?

 

-- Por que eu me encarreguei de avisá-la que você estava muito feliz comigo e ela não passou de sex*.

 

-- Gisele o que você fez?

 

-- Já está feito, se eu não posso ficar com você ela também não vai.

 

-- O que você fez? – segurou a mulher pelos braços --

 

-- Eu só mandei um recado, se ela voltar eu saberei e de onde eu estiver vou fazer a vida dela um inferno caso você fique com ela.

 

-- Gisele vai embora. – empurrou a outra contra a parede --

 

Sem falar mais nada Gisele saiu da casa de Ana batendo o pé, Ana ficou parada pensando o que ela teria feito, esperava que nada tenha acontecido com Adriana e pegou o celular para discar o numero da morena. Cada toque era uma eternidade para Ana Paula.

 

Em Boston, o celular de Adriana tocava insistentemente sobre a escrivaninha, a morena estava no banho ainda e Viviane foi até o aparelho e atendeu sem olhar o visor.

 

-- Alo.

 

Ao ouvir uma voz diferente Ana sentiu um tremor correr seu corpo, já imaginava a amada nos braços de outra mulher. Como não houve resposta, Viviane insistiu.

 

-- Alo, tem alguém ai?

 

E finalmente ao sair do transe, Ana respondeu.

 

-- Oi, esse celular ainda é de Adriana?

 

-- Sim, ela está tomando banho, quem está falando?

 

-- Ana Paula.

 

Viviane sentiu um frio na barriga, é ela, o amor de Adriana, a mulher que a fez sofrer estava tentando voltar para sua vida.

 

-- Quem está falando? –Ana perguntava-

 

-- Viviane, eu sou colega de quarto dela aqui na universidade. – falava secamente --

 

Ana sentiu alivio, ela poderia ser somente sua colega de quarto, não sabia mais o que dizer.

 

-- Você quer esperar para falar com ela?

 

Enquanto Ana pensava, Adriana saiu do banheiro, e viu Viviane sentada na cama com uma expressão irritada e o celular no ouvido.

 

-- É o meu celular? Quem está ai?

 

-- Um momento.

 

Viviane afastou o celular do ouvido e olhou para Adriana.

 

-- Eu atendi sem olhar o visor, é Ana Paula, ela quer falar com você. Você vai atender?

 

Adriana sentiu o coração bater na boca, ouvir o nome de Ana Paula era a ultima coisa que ela imaginava acontecer, aquela ligação foi inesperada. Ela não sabia se queria ouvir a voz da mulher que amava, pois traria várias lembranças e mágoas. 

 

-- Adriana ela está esperando. - Viviane falava com amargura.-

 

-- Eu vou atender.

 

Viviane estendeu o aparelho para a amiga contrariada, mas sabia que ela precisava exorcizar esse fantasma para seguir adiante.

 

Adriana não sabia o que esperar daquela conversa, assim como do outro lado da linha essa espera deixava Ana Paula insegura sobre ter ligado para a morena.

 

 

-- Alo.

 

Ao ouvir a voz de Drica, Ana Paula quase caiu ao chão, faltaram forças nas pernas, seu coração acelerou dando a sensação de sair pela boca. Foi um segundo que pareceu uma eternidade até sua resposta.

 

-- Oi Drica.

 

-- Oi.

 

Adriana ainda estava muito magoada, mas ouvir o seu nome com tanto carinho, dito pela advogada, lhe trouxeram várias lembranças que ativaram os seus sentidos novamente.

 

 

-- Tudo bem?

 

-- Tudo bem sim.

 

Ana não sabia o que dizer, ou como dizer que sentia muito por tudo que acontecera a ela.

 

-- Ana o que você quer?

 

Viviane assistia a conversa, tentando não mostrar o interesse em ouvir o que Adriana falava.

 

Ana Paula sentiu uma dor no peito quando percebeu mágoa na pergunta de Adriana.

 

-- Drica, eu sinto muito. – foi o que conseguiu falar --

 

-- Você sente muito? Eu não acredito que você me ligou depois de tanto tempo só para me dizer que você sente muito. O que houve com toda a sua felicidade? 

 

-- Drica, eu não sei o que Gisele falou para você mas não acredite nela, ela só quer nos afastar.

 

-- Ana Paula, Gisele não me falou nada, nunca mais a encontrei, quem me afastou foi você mesma, ou você já se esqueceu que me pediu para não te procurar mais. Já que eu só atrapalho sua vida, você não deveria ter me telefonado. – seus olhos marejaram --

 

-- Eu nunca te pedi para se afastar, que historia é essa?

 

-- Então por que você nunca me ligou? Por que você sumiu da internet, e nunca mais apareceu para conversar comigo? Até durante a minha recuperação você simplesmente evaporou, o que você quer que eu espere de você? – a voz já estava embargada --

 

-- Adriana me desculpe, eu não tive intenção, foi para te proteger.

 

-- Ana Paula vamos nos poupar, o seu e-mail me disse tudo que eu precisava saber, que você está feliz e realizada, que eu fui apenas um passa tempo e minha presença só atrapalha sua vida com a sua dona, já que eu não passei de sex*, me esquece.

 

-- Adriana, eu não fiz isso.

 

...

 

-- Alo.

 

Ana percebeu que Adriana desligou o celular, depois da conversa viu o quanto Gisele a magoara, pelo que Adriana falou, ela entendeu que Gisele enviou um e-mail através da sua conta pessoal para envenenar o coração da contadora.

 

Em seus pensamentos tentava tomar a melhor decisão, se ligava novamente para Adriana ou se deixava a morena em paz como ela lhe pedira. Não resistiu e discou novamente o número da morena.

 

Adriana viu o celular tocando novamente, mas não quis atender, estava muito magoada, depois de tanto tempo Ana Paula resolve ligar para dizer que sentia muito, o que a fez procura-la depois de tantos meses sem dar nenhuma noticia, depois de pedir para a morena se afastar?

 

-- Você não vai atender? –Perguntava Viviane-

 

-- Não, deixa tocar.

 

Do outro lado da linha, Ana estava angustiada esperando que a morena atendesse sua ligação, percebendo que não houve resposta ela desistiu de rediscar, resolveu enviar um torpedo tentando uma aproximação.

 

Em Boston, o celular da morena tocou novamente, o tom de mensagem, ela pegou para ler e viu que era de Ana Paula, a curiosidade foi mais forte que a vontade de excluir o torpedo.

 

-- “ Adriana, eu não mandei e-mail te pedindo para se afastar, deve ter sido a Gisele que tentou te enganar, eu espero que você possa me perdoar algum dia por todo mal que eu te causei. Ana.”

 

Uma lágrima escorreu pelo rosto de Adriana que sentiu sinceridade nas palavras de Ana Paula, mas ela não estava mais disposta a arriscar com a advogada, ela estava fora dos seus planos.

 

Viviane que assistia a tudo, levantou da cama e abraçou a amiga, tentando consolar algo que ela sabia que só o tempo poderia curar, aquele amor que estava adormecido e que qualquer lembrança o trazia de volta. Adriana se deixou embalar pela colega de quarto e retribuiu o abraço, chorava baixinho, contida, amargurando uma saudade que lhe cortava o coração, que fazia cada pedaço do corpo doer como o inverno congelante dos Estados Unidos. Ouvir a voz de Ana Paula a deixou desorientada sem saber o que fazer.

 

-- Você quer descansar? - Viviane perguntava-

 

-- Sim, depois terminamos os exercícios. – secava os olhos com as costas da mão --

 

Viviane recolheu os papéis que estavam espalhados pelo chão, pegou o notebook e foi para sua cama, sentia pena da amiga, queria embalar o seu sono, mas resolveu deixar que a morena ficasse quieta, sua vontade era de encontrar Ana Paula e falar poucas e boas para a loira. Adriana apenas deitou olhando para parede e deixou a tristeza tomar o seu lugar, se fazer presente onde ha muito tempo a felicidade não passava, onde a muito tempo ela sentia solidão e vazio.

 

**************

 

Ana sentou em sua cama e olhava o aparelho celular em sua mão, esperando alguma resposta que não veio, aos poucos foi se deitando e sozinha em seu quarto pensava no que tinha feito da vida até ali, Gisele finalmente iria deixa-la em paz, finalmente iria se libertar e Adriana estava magoada demais para perdoá-la, pensou se realmente não seria melhor deixar a morena seguir sua vida, já que sua presença a trouxe tantos problemas, talvez a distancia possa ajudar.

 

O som do quarto estava o tempo todo ligado e começou a tocar uma música que definia o sentimento das duas mulheres, por coincidência no quarto de Adriana, a mesma música embalava o ambiente, e deitada na cama, a morena apenas deixava que as lágrimas caíssem silenciosas enquanto escutava aquela melodia que embalava uma letra que definia sua saudade.

 

https://www.youtube.com/watch?v=eM213aMKTHg

 

Need You Now -Lady Antebellun

 

Picture perfect memories,

Scattered all around the floor.

Reaching for the phone 'cause

I can't fight it anymore.

And I wonder if I ever cross your mind

For me it happens all the time.

 

 

It's a quarter after one,

I'm all alone and I need you now.

Said I wouldn't call

but I lost all control and I need you now.

And I don't know how I can do without,

I just need you now.

 

 

Another shot of whisky,

can't stop looking at the door.

Wishing you'd come sweeping

in the way you did before.

And I wonder if I ever cross your mind.

For me it happens all the time.

 

 

It's a quarter after one,

I'm a little drunk,

And I need you now.

Said I wouldn't call

but I lost all control and I need you now.

And I don't know how I can do without,

I just need you now.

 

 

oh ohh...

 

 

Yes, I'd rather hurt than feel nothing at all.

It's a quarter after one,

I'm all alone and I need you now.

And I said I wouldn't call

but I'm a little drunk and I need you now.

And I don't know how I can do without,

I just need you now,

I just need you now.

Oh, baby I need you now.

 

 

Preciso de Você Agora

 

Imagem de memórias perfeitas

Espalhadas por todo o chão

Alcançando o telefone porque

Eu não consigo lutar mais.

E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente

Para mim isso acontece o tempo todo

 

 

São uma e quinze,

Estou completamente só e preciso de você agora.

Disse que eu não ligaria

Mas perdi todo o controle e preciso de você agora.

E eu não sei como sobreviver,

Eu só preciso de você agora.

 

 

Outra dose de uísque,

Não consigo parar de olhar para a porta.

Desejando que você entrasse arrebentando

Da maneira que fazia antes.

E eu me pergunto se eu já passei pela sua mente.

Para mim isso acontece o tempo todo.

 

 

São uma e quinze ,

Estou meio embriagado

E eu preciso de você agora.

Disse que eu não ligaria

Mas perdi todo o controle eu preciso de você agora.

E eu não sei como sobreviver,

Eu só preciso de você agora.

 

 

Oh ohh...

 

 

Sim, eu prefiro sentir dor do que nada.

São uma e quinze,

Estou completamente só e preciso de você agora.

E eu disse que não ligaria

Mas estou um pouco bêbado e eu preciso de você agora.

E eu não sei como sobreviver,

Eu só preciso de você agora,

Eu só preciso de você agora,

Oh, amor eu preciso de você agora.

 

 

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa Leitura!


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Comentários para 25 - Capítulo 25:
Lea
Lea

Em: 25/01/2023

A Ana Paula perdeu tanto,com a Gisele no seu encalço.

* 

Quero muito que a Alessandra e a Nathalia sejam descoberta pela Paula. O engraçado é que,a Alessandra cobrou tanto da Ana Paula,e é tão sem caráter quanto a Gisele. 

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