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Simplesmente Aconteceu - 1ª Temporada por Cris Lane

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Palavras: 5047
Acessos: 4258   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 23

No Brasil Ana Paula seguia com suas audiências e a busca pelo apartamento, enquanto se dividia entre namorar Gisele e ajudar Isadora a sair da fossa.

 

-- Amiga, onde você está?

 

-- Em casa.

 

-- Isa é sexta-feira, nós precisamos sair.

 

-- E daí? Poderia ser sábado, eu não quero sair.

 

-- Isadora, você não pode ficar trancada ai a vida inteira.

 

-- Aninha, eu vou ficar aqui o tempo que eu precisar, eu estou mal, me deixa curtir essa fossa.

 

-- Se você quer assim tudo bem, mas eu estarei no São Nunca, ai pertinho de você, se você quiser me encontra lá.

 

-- Tudo bem amiga. Qualquer coisa eu te ligo.

 

Ana seguiu com Camila para o bar, no caminho recebeu uma ligação de Gisele.

 

-- Oi Gi.

 

-- Oi meu amor, você está em casa?

 

-- Não, eu estou indo para um bar com Camila.

 

-- Bar? Que bar?

 

-- Em Icaraí.

 

-- Quem está com você? Por que você não me ligou?

 

-- Por que eu te ligaria? Você não viria mesmo, agora voltou a ficar de babá para o idiota do seu marido, se você não quer se divertir eu quero.

 

-- Ana Paula, eu vou para Niteroi, onde é esse bar?

 

-- Nossa eu fiquei até com medo agora, é em Icaraí.

 

-- Daqui a pouco eu chego ai.

 

Desligou o telefone e ficou rindo. 

 

 

-- O que foi Ana Paula?

 

-- Nada não Camila, Gisele contando piada.

 

-- Eu hein, vocês duas.

 

As irmãs seguiram para o bar e encontraram com mais alguns amigos. Elas foram direto para a boate, instalaram-se em uma mesa e pediram um balde de cerveja, o lugar estava relativamente vazio, aos poucos iam chegando outras pessoas, e em um momento que Ana foi ao banheiro encontrou com uma ex-namorada no caminho.

 

 

-- Ana Paula! – a expressão era de surpresa –

 

-- Minha nossa! Lívia! – sentiu seu coração acelerar—

 

-- Quanto tempo. – abraçou a loira e beijou seu rosto –

 

-- Muito tempo mesmo! – seu olhar se perdia naquele rosto tão conhecido --

 

Ana Paula sentiu que a aproximação de Lívia não era segura, seu corpo acendeu com o contato da morena, e já se imaginou em outra situação perigosa entre Gisele e a ex namorada. Lívia conhecia Camila e acabou seguindo Ana Paula ate a mesa onde estavam para falar com a ex cunhada.

 

-- Caramba, Lívia, quanto tempo!

 

-- Oi Camila, muito tempo mesmo, quatro anos?

 

-- Por ai. Por onde você andou menina?

 

-- Eu fui morar em São Paulo, fiquei trabalhando lá e agora fui transferida de volta para o Rio, estou morando em Niteroi novamente.

 

-- Que bom ter você de volta.

 

-- Eu também fiquei feliz de voltar, São Paulo que me desculpe, mas morar no Rio é muito melhor.

 

Lívia disse isso olhando para Ana Paula, pelo visto a loira ainda tinha espaço no coração da ex-namorada. O que a deixou desconcertada, pois conhecia muito bem a garota e sabia quando suas palavras tinham segundas intenções.

 

Lívia acabou ficando junto das meninas, conversando com Ana e matando as saudades.

 

-- E ai Ana, como estão as coisas? Já está advogando?

 

-- Sim, eu tenho um escritório em Itaipu, perto de casa no Multicenter. Estou com várias causas boas, algumas empresas.

 

-- Que bom, fico feliz por você.

 

-- E como está o trabalho na multinacional?

 

-- Ah, não é a mesma coisa de estar nos tribunais defendendo casos, mas oferece um bom salário.

 

-- Entendi, e no mais, casou, tem filhos?

 

-- riu -- Não, depois que terminamos não me envolvi com mais ninguém, apenas casos passageiros, a verdade é que eu nunca te esqueci. – o olhar de Lívia era sedutor --

 

Ana não sabia o que dizer, mais uma para confundir os seus sentidos. Gisele, Adriana e agora a volta de Lívia.

 

-- Não sei o que dizer Lívia. – olhou para outro lado --

 

-- Não precisa, eu sei que você não gostava mais de mim quando eu parti foi só um alivio para você não ter que terminar comigo me dizendo que não me amava mais.

 

-- Lívia, não foi assim, eu sofri com a sua partida, eu estava em um momento ruim e acabei me distanciando de você, mas eu ainda te amava sim.

 

-- Isso é o que você diz, mas não foi o que eu vi, mas tudo bem, isso é passado, mas confesso que voltar para o Rio me deixou feliz, eu vi a chance de te reencontrar, eu senti muito a sua falta.

 

Lívia segurou a mão de Ana nesse momento, Camila assistindo a tudo perto das duas já pensava no rolo que isso ia dar. Ana instintivamente soltou a mão de Lívia, pois sentiu que a proximidade entre as duas não seria sensata.

 

Revivendo o passado:

 

As duas foram namoradas na época da faculdade, quando Ana Paula se descobrira lésbica. Ela conheceu Lívia na aula de Direito Administrativo, no 4º período, Ana ficou encantada com a mulher alta, vestida em um terninho cinza chumbo e scarpin preto nos pés, os cabelos pretos curtos bem finos caindo em seu rosto, o perfume amadeirado invadiu a sala de aula e embriagou a loira que sentava na terceira fileira, aquela mulher intrigante entrando pela sala de aula parecia em câmera lenta, o corpo marcado pela roupa justa fez Ana viajar, sem saber o porquê dessa atração toda, viu a morena se apresentar como sua professora.

 

Ao longo dos meses, as duas encontraram na matéria o ponto em comum, ambas eram fascinadas pelo assunto e Lívia já trabalhava nessa multinacional atuando em algumas causas, até ser contratada para trabalhar em exclusividade e ser transferida para São Paulo. Criou-se uma amizade que aos poucos virou intimidade, que os outros alunos implicavam dizendo que Ana se aproximara da professora para conseguir pontos para passar. Ao que um dia na saída da aula, elas se esbarraram no corredor, Lívia ia para o estacionamento e carregava vários livros, Ana se ofereceu para ajudar, chegando ao carro:

 

-- Ana, você quer uma carona? – abria a porta do carro --

 

-- Você mora no Rio, não precisa, eu vou pegar o ônibus ali no terminal.

 

-- Eu te levo, entra ai. – pegava os livros das mãos da aluna --

 

-- Mas é longe, e não é o seu caminho.

 

-- Eu já disse que eu te levo. Entra ai e não reclama.

 

-- Tudo bem, já que é assim, você quem manda. – levantava as mãos rendida --

 

Ana entrou no veículo, estava sem carro aquela semana, chegando a seu condomínio, Ana agradeceu a carona, mas Lívia não deixou a loira sair do carro.

 

-- Obrigada Lívia, Vai com cuidado, essa hora é perigoso.

 

-- Ana, eu preciso falar com você. – segurou o braço da loira impedindo de sair do carro--

 

-- O que foi?

 

-- Eu não sei o que está acontecendo, mas eu gosto muito de você, sabe. – olhava em seus olhos --

 

-- Bom, eu também gosto muito de você Lívia eu te admiro muito, você é uma mulher muito interessante.

 

Nessa hora Lívia segurou o rosto de Ana e deu um beijo na aluna, foi o primeiro beijo de Ana Paula em uma mulher, ela ficou atônita sem saber o que fazer, quando se afastaram, ela estava com cara de quem havia visto um fantasma.

 

-- Desculpe Ana, eu não devia ter feito isso. – virou o rosto para o painel do carro --

 

-- Lívia o que você fez?

 

-- Eu sei que não devia ter misturado as coisas.

 

-- Eu não podia imaginar. – colocou a mão na boca –

 

Vendo Ana tão atordoada Lívia caiu em si -- Você nunca havia beijado outra mulher?

 

-- Não.

 

-- Minha nossa, o que eu fui fazer? – passava as mãos nos cabelos -- Desculpe Ana. Eu preciso ir embora.

 

-- Agora você vai ficar e me dizer o que está acontecendo Lívia, por que você me beijou?

 

-- Ana, eu também não sei o que está acontecendo comigo, eu sou lésbica  mas eu nunca me envolvi com uma aluna, só que eu estou apaixonada por você, essa é a verdade, eu entenderei se não quiser mais se aproximar de mim. – olhava a rua pelo para brisa -- 

 

-- Ei, calma ai. Não é assim também, é uma experiência nova para mim, mas eu te confesso que desde a primeira vez em que eu te vi, entrando na sala para se apresentar como professora eu senti algo em você que me atraiu demais, e eu não sabia explicar o que seria até sentir o seu beijo.

 

Lívia olhou para Ana tentando assimilar o que a garota dizia.

 

-- Eu não quero que você se afaste, ao contrario, me ajuda a descobrir o que eu sinto. – colocou sua mão na coxa de Lívia-- 

 

Lívia tomou o rosto de Ana novamente e o beijo se repetiu, a partir daí o romance das duas tomou força mas ficou escondido até o fim do semestre quando Lívia pediu para sair da faculdade para não criar problemas para Ana Paula. Elas namoraram por quase três anos, quando a empresa que Lívia trabalha ofereceu a proposta de exclusividade para que ela fosse supervisionar a filial de São Paulo e o relacionamento delas teve fim, pois Ana não quis sair do Rio, ela estava estagiando e prestes a montar o seu próprio escritório, escolheu a profissão ao relacionamento.

 

De volta ao presente, aquele reencontro ainda iria promover muita confusão na vida de Ana Paula.

 

-- E você Ana, encontrou alguém que te fizesse feliz?

 

-- Eu perambulei um tempo depois que nos separamos também, até que eu encontrei alguém mas é uma historia muito longa e complicada.

 

-- Podemos tomar um café qualquer dia e você me conta.

 

-- Pode ser. Anota meu número e me liga.

 

Lívia gravou o telefone de Ana no celular e prometeu ligar para se encontrarem. Toda hora ela chegava bem perto do ouvido de Ana para falar alguma coisa e encostava os lábios no pescoço da loira para provoca-la e esse jogo de sedução estava dando certo, Ana sentia o seu corpo reagindo aos toques do seu antigo amor.

 

Já era madrugada quando o celular de Ana Paula vibrou em seu bolso, ela pegou e viu no visor uma mensagem de Gisele, dizendo que estava em Niterói procurando a Boate, ao que Ana respondeu indicando o local.

 

 

-- Lívia, o meu caso complicado está chegando eu prefiro que ela não me encontre com você, ela é muito problemática.

 

-- Eu entendi, eu vou voltar para a mesa dos meus amigos, eu te ligo para nos encontrarmos.

 

-- Tudo bem, fica com Deus.

 

Ao se despedirem, Lívia beijou Ana no rosto, e deixou o canto da boca encostar-se à boca de Ana que ficou com gostinho de quero mais, ela ficou olhando Lívia se afastar e admirando aquela mulher linda que ela tanto amou no passado, e que continuava a hipnotizando como a primeira vez que a viu.

 

Gisele chegou à boate e percebeu Ana olhando para a direção do banheiro e assustou a loira.

 

-- Procurando alguém?

 

-- Ai Gi, que susto, não faz isso.

 

-- Está devendo meu amor?

 

-- Não, eu estava distraída.

 

-- Eu vi, o que tem de tão interessante naquele lado ali?

 

Ana olhou na direção que Gisele apontava e deu de cara com Lívia a encarando, rapidamente ela desviou o olhar, tentando despistar Gisele.

 

-- Nada, Só o banheiro, eu estou com vontade de ir mas estava com preguiça de sair daqui.

 

-- Entendi, vai lá ué, quer que eu vá com você?

 

-- Não precisa, fica aqui, eu já volto.

 

Ana foi ao banheiro e deixou Gisele na mesa, Camila a cumprimentou por educação e já virou de costas deixando-a sozinha sentada em uma das cadeiras que haviam sobrado. Gisele acompanhou o deslocamento de Ana até o banheiro e percebeu que uma morena a seguiu logo que ela passou por algumas pessoas que estavam em outra mesa, como é muito ciumenta, resolveu ir atrás.

 

Ana passou por Lívia e olhou rapidamente para sua ex, notou o olhar de desejo que ela lhe lançara e desviou o olhar indo diretamente para o banheiro, Lívia a seguiu e esperou Ana sair da cabine.

 

-- Você foi mais rápida do que eu.

 

-- O que você está fazendo aqui? Gisele não pode nos ver de maneira nenhuma.

 

-- Por quê? Estamos apenas conversando.

 

Lívia chegava cada vez mais perto, deixando Ana nervosa com a proximidade entre as duas e a presença de Gisele na boate.

 

-- Você não conhece a Gisele, ela é muito ciumenta.

 

Nesse momento, Gisele entra no banheiro e já começa a estressar Ana Paula.

 

-- Quem é muito ciumenta? E quem é essa mulher Ana Paula?

 

-- Fodeu.—pensava no seu intimo --

 

-- O que está acontecendo aqui? – colocava as mãos na cintura --

 

-- Não tem nada acontecendo, eu apenas encontrei uma ex-aluna e estava a cumprimentando. – apontava para Ana -- Algum problema quanto a isso? – seu olhar era de deboche --

 

-- Ex-aluna? – não acreditava --

 

-- Gisele, essa é Lívia, estudei direito empresarial com ela na faculdade, foi uma coincidência nos encontrarmos aqui hoje.

 

-- Tudo bem Gisele? – estendeu a mão --

 

-- Sim. – ignorou o cumprimento da professora --

 

-- Gi vai com calma, é só minha professora. – Ana sussurrava ao chegar perto da namorada --

 

-- Foi ótimo te ver Ana, linda como sempre, -- deu o seu sorriso mais largo e sedutor -- fico feliz que você esteja bem. Agora eu vou voltar para a mesa. Foi um prazer, Gisele não é?

 

-- Isso.

 

-- Eu sempre tenho problemas com nomes, até mais.

 

Lívia saiu do banheiro debochando de Gisele o que deixou Ana Paula incomodada com a reação da namorada, esperava um escândalo ali mesmo.

 

-- Ana Paula quem é essa debochada? – cruzou os braços --

 

-- Eu já te falei, ela foi minha professora na faculdade, eu tive uma matéria com ela. Como eu sempre gostei muito de direito administrativo, nós conversávamos muito, ela que conseguiu o meu primeiro estágio, ela foi muito importante para minha carreira.

 

-- Só para a carreira?

 

-- Gisele, esquece isso, não complica as coisas, você está vendo chifre em cabeça de cavalo.

 

-- Não, eu estou vendo chifre na minha cabeça. – apontava para a testa-- Eu espero que isso não aconteça.

 

-- Vamos sair daqui, eu não aguento mais esse banheiro.

 

La fora Gisele saiu primeiro, e ao passar por Lívia novamente esta passou a mão nos cabelos de Ana Paula que arrepiou com o contato. Ela olhou para trás e fez uma cara de mal para Lívia que riu da situação.

 

Gisele que não gostava de nada não ficou meia hora na boate reclamou tanto que Ana resolveu ir embora com ela.

 

-- Vamos embora Ana, esse lugar é horrível.

 

-- Ai Gisele, como você é chata, você não gosta de nada, eu não sei o que você vem fazer atrás de mim se você não gosta de nada do que eu faço.

 

-- Eu gosto sim, é que esse lugar não me agradou.

 

-- Esse lugar, o Bar do Meio, metade das boates de Niteroi, nem no Rio você gosta de nenhum lugar, só quer comer pizza.

 

-- Eu não gosto muito de baladas.

 

-- Vamos embora então, mas o dia que eu sair, você fica em casa com o seu marido, e me esquece.

 

Foi até sua irmã para se despedir.

 

-- Camila, eu vou embora, tenta não chegar tão tarde.

 

-- Eu vou ficar só mais um pouco, conheci um carinha que eu quero ficar com ele hoje.

 

-- Tudo bem, mas cuidado quando voltar.

 

Camila concordou com a cabeça e Ana saiu com Gisele, ainda olhou pela boate e encontrou o olhar de Lívia a fitando, esta lhe mandou um beijo pelo ar e sorriu, Ana ficou sem graça e sorriu discretamente de volta enquanto caminhava para a saída.

 

O caminho para casa foi moldado pelo silencio, Ana estava com a cabeça mais confusa do que antes, reencontrar seu primeiro amor feminino foi como voltar a viver aquele tempo onde ela experimentara um namoro simples e tranquilo, coisa que com Gisele isso nunca existia, e ficou imaginando o que poderia ter acontecido caso ela tivesse aceitado a proposta de Lívia para acompanha-la em São Paulo, o que a deixou com uma ponta de arrependimento por escolher outro caminho.

 

Chegando em casa, Ana já foi logo entrando no banho e trancou a porta para Gisele não ir atrás dela.

 

-- Ana Paula, por que você trancou a porta?

 

-- Porque eu estou tomando banho.

 

-- Eu sei, mas você nunca tranca a porta para mim, eu queria entrar com você.

 

-- Eu esqueci, agora eu estou molhada, espera eu sair.

 

Gisele ficou contrariada mas sentou na poltrona no canto do quarto, quando Ana saiu do banheiro ela já estava de pijama, o que deixou a namorada irritada.

 

--Você já está de pijamas, nem para sair só de lingerie. Já vi que você vai me evitar hoje.

 

-- Não, vai tomar banho Gi, eu senti frio quando saí do chuveiro.

 

Gisele levantou batendo o pé, e foi tomar o seu banho, Ana Paula tratou de deitar em sua cama e ligou a Tv, a loira demorou um pouco a sair do banheiro o que deu tempo para Ana pegar no sono, Gisele encontrou a cena e ficou desanimada.

 

-- Amor acabei.

 

...

 

-- Ana. Você está dormindo? Ela dormiu, eu não acredito, eu vou ficar na seca.

 

Gisele deitou irritada ao lado da namorada e adormeceu resmungando.

 

 

*******

 

 

Ana Paula acordou de manhã e sentiu Gisele ao seu lado, abriu os olhos e ficou olhando a janela que mostrava um dia nublado assim como estavam os seus pensamentos, Ana já desistira de procurar apartamento, percebeu que Gisele nunca gostaria de nenhum para não se separar do marido. Farta dos joguinhos de Gisele, ela resolveu que daria um ponto final naquela situação e não passaria desse domingo.

 

Levantou, colocou um robe e desceu até a cozinha para comer alguma coisa, sábado e domingo a assistente da casa não trabalhava, ela resolveu passar um café bem forte para dar disposição, e enquanto assistia o funcionamento da cafeteira lembrou-se do dia em que dormiu na casa de Adriana e descobriu que a morena não tinha café em casa, sentiu uma saudade insana dentro do peito, se estivesse com o celular na mão teria ligado para a contadora. 

 

Pegou uma xicara de café e algumas torradas e sentou-se na sala, ligou a TV e zapeava os canais sem se interessar por nenhum. Desligou o aparelho e resolveu subir, ainda com o café. Passou pelo quarto de Camila e viu a irmã dormindo, ficou aliviada por encontra-la em casa.

 

 

No quarto, Gisele ainda dormia, ela sentou na poltrona e ficou observando a outra loira deitada em sua cama, entendeu que não nutria mais o mesmo sentimento por Gisele, ela voltou a namora-la imaginando que ainda a amava, mas no fundo percebeu que tudo não passou de perda de tempo.

 

Lembrou-se do encontro com Lívia, o que a fez sorrir, sentiu saudades do tempo em que passaram juntas, do namoro que foi o responsável por abrir o seu horizonte para conhecer as mulheres. Lívia é uma pessoa maravilhosa, carinhosa e autentica, nunca fazia rodeios, nem joguinhos, era tudo limpo e bem resolvido. 

 

Voltou para cama para dormir mais um pouco, com uma pontinha de nostalgia, com saudade daquele tempo em que só queria ser feliz.

 

*********************************

 

Adriana ainda estava confusa com as sensações provocadas pela noite de amor com Viviane, ela sentia falta de Ana, não só pelo amor, mas pela amizade também, mas sabia que precisava seguir em frente, pois a loira estava feliz com a outra, pelo menos era o que ela achava.

 

Viviane passou a semana inteira ausente, sempre encontrava algo para fazer depois das aulas, deixando Adriana sozinha no quarto. A morena não entendia a reação da amiga, depois da noite de amor entre as duas, e a conversa quando acordaram, Vivi estava distante, não tocou mais no assunto e isso a deixou preocupada.

 

-- Viviane, você vai sair de novo?

 

-- Eu vou, as meninas vão estudar no quarto da Sara.

 

-- Vivi, senta aqui, -- batia com a palma da mão no colchão -- Fala comigo, eu não aguento mais essa sua fuga. O que esta acontecendo?

 

-- Que fuga? Do que você está falando?

 

-- Viviane para com isso, desde o fim de semana que você está me evitando, o que aconteceu? Você se arrependeu?

 

-- Não, quer dizer, não, não mesmo. – balançava a cabeça --

 

-- Eu não estou entendendo. O que você está falando?

 

-- Nós precisamos mesmo ter essa conversa?

 

-- Claro! Viviane eu preciso saber.

 

-- Por que você é assim? – gesticulava -- Tem que saber de tudo?

 

-- Porque é assim que tem que ser, eu não faço jogos, comigo tem que ser às claras.

 

-- Puta que pariu.

 

-- Viviane! O que está acontecendo?

 

-- Porr* eu não consigo esquecer o que aconteceu e eu estou evitando estar com você pois eu quero sentir tudo novamente e eu acho que eu corro o risco de me viciar em você, isso se eu não me viciei.

 

Depois de despejar as palavras emboladas Viviane ficou esperando uma reação de Adriana. A morena olhava para a amiga assustada com a quantidade de informações que acabara de receber, e pensou que poderia fazer aquilo, na verdade ela queria se dar essa chance, mas estava receosa por ser Viviane. 

 

Esqueceu-se da razão e atendeu aos apelos do seu corpo levantou em um rompante e segurou Viviane em seus braços e beijou-a com paixão, a garota não resistiu e se entregou aos encantos da morena que estava enfeitiçando os seus pensamentos. O desejo que unia as duas foi maior que as dúvidas.

 

As mão habilidosas de Adriana passeavam pelo corpo quente de Viviane, ela beijava sua boca com volúpia, quase uma fome de sentir aqueles lábios. Adriana retirou a blusa de Vivi, e alcançou seus seios que estavam sem a proteção do sutien, com seus lábios alcançou um dos mamilos durinhos e lambeu deixando a garota enfeitiçada, com a outra mão acariciava o outro seio e sentia o corpo inteiro queimar. – Ah! -- Adriana enlaçou Vivi pela cintura e colou seus corpos, andava em direção da cama da amiga e a fez deitar, ela parou de beijá-la e por um momento admirava o colo desnudo da ruiva que retribuía o olhar de desejo. 

 

Adriana beijava a pele arrepiada de Viviane descendo pela sua barriga até chegar a sua calça retirando a peça, quando ela voltou para retirar a calcinha, Adriana parou as investidas, ficou olhando para Viviane que percebendo a falta de movimentação levantou e se apoiou nos cotovelos.

 

-- O que foi? Por que você parou?

 

-- Viviane, que calcinha é essa?

 

Adriana se referia à uma calcinha azul com uma marca de cerveja e a seguinte frase: “Essa é boa! Eu sou melhor ainda!”.

 

Viviane ficou vermelha e Adriana não se conteve e caiu na gargalhada.

 

-- Ai Dri, era a única limpa.

 

-- Que corta onda!

 

Viviane caiu na gargalhada junto com Adriana. As duas se olharam, e Viviane retirou a peça que tanto incomodou com o pé. Ela se empolgou tanto que acabou lançando o pedaço de pano pela janela.

 

-- Pronto agora eu não tenho nenhuma calcinha limpa. – Viviane dizia com os olhos arregalados-.

 

Outra crise de risos até Adriana retomar de onde haviam parado.

 

-- Eu tenho calcinhas novas, e eu te dou uma. Agora podemos voltar de onde paramos? Senão vou ficar rindo até amanhã.

 

-- Não podemos ir lá embaixo pegar a minha calcinha?

 

-- Não Vivi, é melhor assim. 

 

Adriana voltou o seu olhar mais sensual para Viviane que se derreteu por inteiro, conseguiu até esquecer que algum colega encontraria sua calcinha perdida pelo campus.

 

Novamente se entregaram ao desejo, o prazer era incontestável, já sem roupas, as duas viajaram em seus corpos desnudos, a morena passeava suas mãos pelo corpo de Viviane, esta encaixava sua coxa entre as pernas da amiga pressionando o seu sex*, Adriana levantou e se colocou sentada na cama, beijava a boca de Vivi e pediu.

 

-- Senta pra mim.

 

Viviane olhou para ela e sorriu, apoiou-se nos joelhos e Adriana a penetrou com dois dedos, Vivi pôs-se a rebol*r, e movimentando-se para cima e para baixo, sentiu uma nova forma de sentir prazer com uma mulher, descobria que não tinha visto de tudo, gozou de forma passional nas mãos de Adriana, que com a posição alcançava os seus seios e os beijava deixando a ruiva louca de prazer.

 

Ainda sentindo o prazer que a morena a proporcionara, Viviane abriu os olhos e olhava Adriana com a respiração ofegante, jogou o peso do seu corpo para que a outra deitasse de costas, e beijou toda a extensão de seu colo, descendo pela barriga, e quando chegou a sua virilha, encontrou seu sex* molhado de tanto desejo, ela se deliciou com o néctar que sua parceira estava lhe oferecendo.

 

Com um dedo, penetrou em seu sex* enquanto beijava seu clit*ris, com o vai e vem deixando Adriana louca, se contorcendo e a ruiva penetrou outro dedo, o que deixou Adriana mais extasiada. Com esse misto de sensações, Drica explodiu em um orgasmo absurdo, ficando quase sem fôlego.

 

Deitadas na cama, abraçadas enquanto descansavam, ambas pensavam no caminho a percorrer dali em diante, qual escolha fazer.

 

-- Adriana.

 

-- Oi.

 

-- Eu não sei o que fazer, eu me viciei em você.

 

-- Vivi, eu não sei o que falar, mas eu também tenho me contido muito para não te agarrar quando você dorme, ou quando você deixa a toalha cair para me provocar, eu sei que você faz de propósito.

 

Viviane riu e virou de frente para Adriana.

 

-- Desculpe, eu sou uma menina muito má.

 

-- Eu sei, muito má. – riu e beijou sua boca --

 

Viviane ficou séria, ela realmente estava preocupada com o que estava sentindo. Era algo novo e inesperado que ela não sabia o que lhe reservava, logo ela que sempre foi louca pelos homens, perdeu a virgindade cedo, e nunca pensara que algum dia poderia se interessar por outra mulher, relacionamentos então, nunca foi o seu forte.

 

 

-- Agora que nós trans*mos de novo, o que nós somos Dri?

 

-- Eu sou Adriana, contadora de vinte e quatro anos, e você é Viviane minha colega de quarto maluca que eu aprendi a gostar, ruiva e muito engraçada. – passou o dedo na ponta do nariz da ruiva -- O que aconteceu entre nós não nos modifica, somos só eu e você, e não nos torna namoradas, a não ser que você e eu tenhamos esse desejo.

 

-- Adorei isso. Mas eu me sinto sua agora.

 

-- Vamos deixar acontecer, se nossa vontade for maior que nossa razão então nós pensamos em compromisso. 

 

-- Por mim tudo bem, eu estou confusa com isso tudo, mas estar com você está me fazendo um bem tão grande. – fazia um carinho no braço de Adriana --

 

-- Amiga, não misture gratidão com os seus sentimentos, eu não quero que você se iluda e se confunda porque eu te protegi ou te ajudei aqui.

 

-- Não é isso. Eu realmente te admiro pelo seu apoio, mas o que eu sinto é mais do que isso.

 

-- Entendo, Vivi, você é linda e eu te desejo demais, mas por favor, não posso mentir para você, meu coração ainda está preso no Rio.

 

-- Eu sei, eu não estou criando expectativas, eu só quero viver esse momento, eu sou muito volátil você sabe, eu também não quero te magoar, mas eu sou assim, uma hora eu gosto e na outra eu desgosto, por isso meu medo, você é muito especial para eu te tratar como eu sempre tratei os caras com quem eu namorei.

 

-- Então faremos o seguinte, não vamos colocar a carroça na frente dos bois. Vamos viver o momento, e ver o que acontece, deixa o desejo aflorar, e quem sabe o sentimento também cresce dentro de nós.

 

-- Perfeito. Sem compromissos e nem cobranças.

 

-- Por mim tudo bem.

 

Com esse pacto as duas selaram um acordo de cavalheiros onde não existiam pressões de um relacionamento ou cobranças de corações apaixonados, apenas sex* sem compromisso, insensível talvez, mas honesto de ambas as partes, sem mascaras, apenas a simplicidade de uma decisão tomada por duas mulheres adultas. Em contra partida, não se sabe o tamanho do estrago se uma se apaixonar e a outra não. Mas ninguém quis pensar nisso naquele momento.

 

Fim do capítulo

Notas finais:

Boa leitura!


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Comentários para 23 - Capítulo 23:
Lea
Lea

Em: 25/01/2023

A Ana Paula é um tanto doida, não sabe para que lado olhar. Agora mais essa,um antigo amor. A Lívia parece ser gostar de provocar.

 

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