Capítulo 22
A proximidade de Adriana e Viviane estava latente, depois do episódio da festa, Viviane passou a se concentrar no curso, deixou de lado a badalação, ainda sentia vergonha pelo que acontecera, ainda sentia culpa por ter caído na conversa do rapaz e acabou se isolando um pouco das outras pessoas, mas Adriana tentava manter a razão da amiga, fazia de tudo para melhorar o seu humor, a ajudava com as aulas e com os trabalhos e assim aquela amizade evoluía cada dia mais.
-- Viviane entrava no quarto -- Oi Vivi, já acabou o trabalho para eu traduzir?
-- Já, eu estou só terminado as anotações para te dar.
-- Eu estou muito orgulhosa de você, seu desempenho melhorou muito, você está focada, estudando de verdade, eu fico muito feliz em ver o seu desenvolvimento. – fazia anotações --
-- É amiga, mas eu precisei chegar ao fundo do poço para cair na real. – procurava as folhas dentro da mochila --
-- Pelo menos você se reergueu, isso que importa.
-- É, mas você é a principal responsável por isso, eu não sei o que eu teria feito se você não ficasse comigo esse tempo todo.
-- Amigos são para essas horas. – um sorriso sem graça--
A ruiva se levantou e levou os papéis com o trabalho para ser traduzido por Adriana, sentou ao seu lado na cama e deu um beijo na bochecha, Adriana ruborizou e a menina percebendo começou a estimular a morena.
-- Ficou vermelha por que?
-- Eu fiquei vermelha? – passava a mão no rosto --
-- Sim, você, está toda vermelha depois que eu te dei o beijo.
-- Impressão sua.
Adriana sentia um desejo enorme pela colega de quarto, depois daquele beijo no banheiro nunca mais aconteceu nada entre elas, mas a proximidade e a intimidade de dividir o quarto com outra pessoa acabam ficando muito intensas, e ambas já ficavam muito a vontade na presença da outra.
-- Não é não, eu te deixei nervosa.
-- Ai Vivi, que coisa, deixa começar isso aqui logo, senão você vai ficar sem trabalho.
A menina voltou para sua cama rindo do desconcerto de Adriana, ela sabia que deixava Adriana nervosa, ela percebia os olhares quando ela saia do banheiro para se trocar dentro do quarto, Adriana não conseguia desviar a atenção quando ela deixava a toalha cair para colocar as roupas ao sair do banho, e Viviane passou a fazer isso sempre apenas para implicar com a amiga. No fundo ela estava com uma vontade louca de experimentar essa aventura de se entregar aos braços de uma mulher, mas ficava com medo de perder a amizade de Adriana.
Com essa indecisão ambas seguiam seu caminho, Adriana sonhando com Ana Paula e Viviane tentando se recompor do trauma sofrido.
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Ana Paula continuava com a busca pelo apartamento perfeito, Gisele nunca gostava de nenhum. A advogada já havia desistido de procurar, e já estava desanimada com o relacionamento novamente, via sinais que Gisele a manipulava o tempo todo, e não havia separação acontecendo.
Isadora estava desolada com o fim do seu relacionamento, e não sabia se Alessandra havia contado para a esposa sobre o caso com Nathalia. Ana conversava com ela, saía com a amiga, algumas noites dormiu no apartamento dela para tentar animá-la, mas era tudo em vão.
Luciana sua irmã já estava preocupada, mas nada podia fazer, sua faculdade de medicina tomava todo o seu tempo livre e ela tentava acompanhar a irmã mas sempre tinha uma prova para estudar ou um trabalho para fazer.
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Na contabilidade tudo seguia normalmente, Paula e Alessandra permaneciam juntas, Nathalia contou para a amante que Isadora descobrira sobre as duas, mas Alessandra não quis contar para Paula, preferiu manter o segredo até Adriana voltar, pois seria complicado para a esposa cuidar sozinha do escritório, visto que ela teria que sair da sociedade.
Elas torciam para Isadora não contar por raiva ou rancor, para que Paula não descobrisse de uma maneira tão rude, mas ela resolveu arriscar.
Por conta do trabalho que o escritório presta para a empresa de Isadora, em algumas ocasiões ela precisava ligar para a contabilidade, e quando isso acontecia Alessandra evitava conversar com ela, sempre passava as ligações para Paula que não desconfiava de nada.
Isadora tentava parecer natural mas sua vontade era de avisar a contadora que ela estava sendo enganada pela esposa, mas acabava desistindo, pois tinha a consciência que Alessandra deveria fazer isso.
Mas Paula já sentia a esposa diferente, sentia que havia algo errado, ela estava distante, não conversava mais como antes, Alessandra sempre foi tagarela, e ultimamente estava quieta e cabisbaixa. Em uma conversa com Adriana pelo Skype ela confidenciou esse sentimento.
-- Amiga, eu acho que Alessandra está com algum problema.
-- Por que Paulinha?
-- Eu não sei, ela esta distante, não conversa muito, você sabe que ela fala muito e só besteira, e isso não tem acontecido.
-- Você já perguntou se ela está com algum problema?
-- Não, ela está fazendo um curso de atualização no sábado, sai cedo e só chega a noite, ai domingo ela diz que esta cansada, não quer sair, até o sex* está escasso, eu acho que ela não gosta mais de mim.
-- Calma amiga deve ser apenas uma fase, da um tempo para ela e tudo vai voltar ao normal.
-- Tomara Drica, pois eu estou com medo, minha intuição está com a luz vermelha acesa, e eu costumo acertar quando desconfio de alguma coisa.
-- Ela está no curso agora?
-- Sim.
-- Houve alguma mudança nas leis de tributos?
-- Que eu saiba não.
-- Relaxa Paulinha, vocês vão se entender.
-- É, tomara, mas me conta de você, como está por ai?
-- Tudo bem, o curso está ótimo, eu estou com papers novos para te mandar.
-- E o seu coração? Encontrou alguém para ocupar ou ainda está com a cabeça aqui no Rio?
-- Honestamente amiga, a minha cabeça e o meu corpo ainda estão ai no Rio, mesmo sabendo que ela está feliz com aquele boneco de Olinda, -- Paula ria da amiga -- eu não consigo esquecer Ana Paula.
-- Amiga, busca outros horizontes, você precisa encontrar alguém.
-- Eu não estou com tempo para namorar, o curso me toma mais da metade do meu dia e ainda tem a fisioterapia, e uma colega de quarto que só me dá trabalho.
Paulinha acabou rindo da amiga, que contava as estripulias de Viviane, inclusive o episodio da festa.
-- E ela está bem?
-- Está sim, está se recuperando.
-- Que bom. Ela é bonita Drica, não rola nada não?
-- Ai Paula eu também acho que a Vivi é muito bonita, mas ela gosta de meninos, não é da nossa praia.
-- Mas ela pode aprender a gostar de meninas, olha para você, ha um ano atrás era apaixonada por um homem, muito cafajeste por sinal, e agora é apaixonada por uma mulher, tão cafajeste quanto ele.
-- Não fala assim dela Paula, o sentimento dela é muito intenso, eu não consegui penetrar, infelizmente ela fez a escolha dela e eu não estou nesse pacote.
-- Ela não sabe o que está perdendo.
No meio da conversa Viviane entrou no quarto arfando como se estivesse correndo.
-- Amiga, nós temos uma festa para ir hoje.
Quando ela viu Adriana no Skype pediu desculpas.
-- Ah desculpa, eu não sabia que você estava com visitas.
Adriana e Paula riram, da menina que chegava assustada.
-- Sem problemas Vivi, mas que festa é essa?
-- Não é daquelas que eu estava indo não, é aniversário de Kate, e ela vai dar uma festa na casa dela.
-- Quem é Kate?
-- Aquela loirinha que senta na ultima fileira da aula de controladoria.
-- Eu sei lá quem é.
-- Você não conhece a menina?
-- Não Paula, ela não conhece ninguém, -- enfiou a cabeça na frente de Adriana -- se não fosse por mim, ela não teria vida social aqui nesse lugar.
-- E se não fosse por mim, -- empurrava a ruiva para fora da cama -- você não teria um curso no final do ano.
-- Isso é só um detalhe.—fez careta --
Viviane sentou ao lado de Adriana na cama empurrando a morena pro canto e ficou na visão de Paula.
-- Oi Viviane, você está bem?
-- Sim, eu estou legal. Eu estou tentando voltar ao meu normal. – sorriu amarelo--
-- Isso não inclui festas Viviane. – Paula repreendeu --
-- Mas se eu não for a algum lugar eu vou morrer entediada! Eu sou assim, Paula, eu sou uma festa. –abria os braços quase acertou Adriana --
-- Isso é mesmo. – desviava da amiga --
-- Vai com ela Drica. Tenta se divertir um pouco.
-- É, escuta a sua amiga, vem comigo.
-- Eu vou, mas é só para te vigiar.
-- Ih você está parecendo minha mãe. – revirava os olhos --
-- Alguém tem que ter responsabilidade por aqui.
-- Isso ai amiga, cuida dessa menina maluquinha ai.
-- Até você Paula? Cadê a Alessandra?
-- Está no curso.
-- Manda um beijo para ela.
-- Você se deu bem com ela, vocês são muito parecidas.
-- É eu também achei.
-- Duas loucas isso sim, eu acho que eu atraio esse tipo de gente, eu deveria ter feito psicologia e aberto uma clinica para internação de malucos.
-- Eu concordo Drica. – ria --
-- Bom o papo está ótimo, mas eu preciso saber se você vai para a festa, pois eu consegui uma carona por causa do seu pé para não irmos de ônibus.
-- Nossa que dedicação, ela é uma fofa Drica.
-- Isso porque você só a encontra vinte minutos por dia, fica vinte e quatro horas para ver como é.
-- Ai, que horror. – deu um tapinha no ombro da amiga --
Paula ria na câmera.
-- E ai, vai ou não vai?
-- Ai, eu vou né, você já arrumou carona e tudo pra mim, eu só preciso tomar um banho.
-- Amiga vai lá, depois nós conversamos, Ale deve estar chegando do curso.
-- Tudo bem, Paulinha, meu amor, se cuida, e relaxa, não deve ser nada demais, ela deve estar cansada, e logo tudo volta ao normal.
-- Tomara que sim, divirta-se. Beijão.
-- Beijo. Manda beijo para ela.
Adriana desligou o Skype e levantou para tomar banho, enquanto ela arrumava sua roupa a colega entrou no chuveiro para adiantar, elas sofriam para lavar os cabelos, o chuveiro era um conta gotas e saia pouca água. Depois de um tempo Viviane já saia do banheiro enrolada na toalha para se vestir. Esta deixou a toalha escapar de propósito para provocar Adriana, que ao passar por ela não conseguiu desviar o olhar, a toalha tapava parte do corpo de Viviane que estava extremamente sensual.
-- Adriana se segura.
Ela sussurrava baixinho para si mesma.
-- Você falou alguma coisa?
-- Não.
Adriana entrou no banho e ligou a ducha fria para se acalmar. Do lado de fora Viviane ria da situação, depois do beijo elas não falaram mais no assunto, mas Vivi estava doida para viajar no corpo de Adriana, que mesmo sem malhar por conta da operação ainda mantinha a forma.
Adriana saiu pronta do banheiro e se deparou com uma visão que tirou o seu fôlego, Viviane usava uma calça justa, branca, dava para perceber a calcinha minúscula que a ruiva usava por baixo, uma blusa de mangas compridas de botão, onde ela deixara o botão sobre os seios aberto, causando um decote de matar qualquer um, e um, sobretudo preto dava o tom que faltava à combinação. Nos pés bota cano longo cobrindo suas pernas até os joelhos. Adriana ficou babando sobre a amiga que estava devidamente perfumada e maquiada.
Viviane também sentiu um calor subir ao ver a morena em uma saia jeans longa e uma blusa branca mais comportada, mas colada em seu corpo, delineando bem os seios de Adriana e a barriga chapada que a morena mantinha, um casaco finalizava a produção, Adriana já não precisava mais usar a bota mas voltou a usar a muleta para apoiar seu caminhar, também não poderia usar salto alto ainda. Estava adepta das sapatilhas e tênis. Nesse caso ela usava uma sapatilha preta com detalhes prateados, o perfume também invadiu o quarto envolvendo os sentidos de Viviane.
Ambas viajaram nos sentimentos confusos que surgiam entre elas com a convivência e a intimidade que crescia cada dia que passava.
-- Nossa, você precisou de quantas pessoas para te enfiar nessa calça? – tentava disfarçar o nervosismo --
-- Só de mim mesmo, por quê? Você queria ter ajudado?
Viviane provocava Adriana que ficava logo vermelha com a situação.
-- Não boba, é só que está muito justa, você consegue respirar?
-- Muito bem, obrigada.
-- Então vamos logo, antes que eu desista de sair daqui.
-- A propósito, senhora perfeitinha, você está linda! – pegava a bolsa na cama --
-- Obrigada, você também está muito bonita, e eu não sou perfeita, para com isso. – deu um tapinha no braço da outra--
-- Vamos.
As meninas saíram e foram ao encontro dos colegas de Viviane, para pegar a carona até a casa de Kate, uma das alunas da Universidade que não morava no campus.
Na festa Adriana conversava com alguns alunos da sua sala, Viviane andava de um lado para outro, ela não parava, conversava com um, pegava cerveja, trazia comida para Adriana, a morena acabava rindo da eletricidade que Viviane tinha naquele corpo, e que corpo! Adriana já estava dando bandeira de tanto olhar para a colega de quarto. Desde que sofrera o acidente Adriana não bebia, estava com vontade de tomar um copo de cerveja.
-- Nossa, eu estou com muita vontade de beber um pouco, você está bebendo cerveja Vivi?
-- Sim, quer?
-- Eu quero, deixa tomar um gole do seu copo.
-- Fica com esse eu vou pegar mais para mim.
Adriana pegou o copo de Viviane e bebeu a cerveja, sentiu saudade do Rio pela primeira vez desde que estava em Harvard, pensou com nostalgia das noites bebendo chope com as amigas, as baladas, e isso a fez relembrar de Ana e por incrível que pareça, ela lembrou da arquiteta Mariana, a forma como ela a comia com os olhos, e por um momento aquela lembrança lhe fez arrepiar, pensou contrariada que deveria ser carência e voltou a prestar atenção no papo com os colegas.
Viviane voltou e as duas continuaram bebendo e conversando muito animadas, algumas pessoas tentavam falar sobre o que aconteceu na festa da fraternidade, mas Adriana quando estava presente sempre desviava o assunto para não deixar Viviane desconfortável.
Viviane sentava perto de Adriana, que muitas vezes traduzia a conversa dela com as americanas, quando ela não entendia o que as meninas falavam, e a sintonia delas estava cada vez mais presente, Vivi colocou a mão na coxa de Adriana para se apoiar e levantar deixando uma corrente elétrica percorrer seu corpo, a morena seguiu os movimentos da amiga e não resistiu ao encanto da ruiva andando pela sala. Pensava em como se concentrar com aquele corpo tão perto.
Já era madrugada quando as duas voltavam para a Universidade. Ambas estavam alteradas pela bebida ingerida na festa, elas pegaram um taxi, pois Adriana queria ir embora e a carona que as levou ainda queria ficar mais na casa de Kate.
-- Será que não vai ter problema para entrarmos no alojamento?
-- Claro que não, é só não fazer barulho. – andava com as sandálias nas mãos --
-- Eu tudo bem, mas você não vai conseguir entrar em silêncio.
-- Aposto o que você quiser.
-- Então veremos.
O taxi as deixou na Universidade, e como estavam um pouco bêbadas, as duas amigas seguiam caminhando de um lado para o outro, elas riam, e Adriana fazia sinal de silêncio para Viviane que ria mais ainda. Conseguiram finalmente chegar ao alojamento, entraram pela porta principal e tentavam não fazer barulho para não chamar atenção dos monitores.
Conseguiram chegar ao quarto sem fazer escândalo. E Viviane se lembrou da aposta feita na entrada do campus.
-- Nós não fizemos barulho, eu ganhei a aposta.
-- Nós nem apostamos nada.
-- Apostamos sim.
-- Eu não escolhi nada. E qual é o prêmio?
Quando Adriana percebeu, Viviane já estava perto dela, a segurou pela cintura girando o corpo de Adriana para ela ficar de frente para si, e sussurrou bem perto de sua boca.
-- Sou eu.
Adriana não sabia o que fazer, aquela mulher tão linda em sua frente, se entregando daquela forma tão transparente, tão intensa, totalmente aberta sem barreiras, ela ficou louca, e os segundos que seguiram pareceram uma eternidade, Adriana sentia a respiração de Viviane em seu rosto, isso a fez arrepiar, uma corrente elétrica percorreu o seu corpo e depois de tanto tempo sem sex*, ela não resistiu e beijou Viviane de uma maneira intensa.
Viviane retribuiu o beijo pois ha muito tempo sentia vontade de sentir aquela sensação novamente, queria viver aquela experiência e tinha que ser com Adriana, a convivência e a proximidade entre as duas a permitiu conhecer mais sobre Adriana e ela criou uma admiração enorme pela morena, a forma como Adriana cuidou dela quando ela precisou a fez enxergar novos horizontes e ter expectativas diferentes sobre a vida.
Ambas se conheciam, exploravam os seus sentidos, tentavam aproveitar o máximo daquele momento, Adriana mais experiente, tomou as rédeas da situação e instintivamente passou a despir Viviane, que se deliciava com a boca gostosa da morena, o sobretudo caiu ao chão e bem devagar, os botões da camisa de Vivi foram abertos, um a um, cada toque suave dos dedos em sua pele a fazia ir às nuvens, retirou a camisa de dentro da calça e deslizando a ponta dos dedos pela barriga de Viviane retirou a peça deixando esta cair, o caminho percorrido arrepiou a pele de Viviane, causando um torpor na ruiva.
Vivi não sabia bem o que fazer, se seguia Adriana, se deixava a outra conduzir tudo, mas ela se sentia ansiosa e queria participar mas estava atrapalhada, afoita, e Drica ia acalmando a menina, fazendo com que ela curtisse o momento.
-- Calma Vivi, não precisa de pressa, nós temos a noite inteira pela frente.
-- Eu estou nervosa.
-- Não fique, confie em mim. – olhava nos olhos da ruiva --
Viviane sorriu e voltou a beijar Adriana que pegou as mãos da outra e levou até o fecho de sua saia, indicando que ela poderia retirá-la. Viviane abriu o fecho e deixou a saia cair ao chão, juntando-se com as outras peças que já estavam por lá. A sensação vivenciada por Viviane estava transcendendo tudo o que ela conhecia sobre sex*. Aos poucos ela percebeu que tudo era bem devagar, e foi se adaptando aos movimentos delicados de Adriana, neste momento a única peça de roupas que restava em Viviane era a calcinha branca pequena que tirou o folego de Adriana quando a viu antes de sair.
As mãos ágeis de Adriana já causavam arrepios e estavam deixando Viviane sem chão, ainda em pé, Adriana a beijava, os beijos desciam pelo seu pescoço seu ombro, até chegar aos seus seios, o que a fez gem*r. Viviane arranhava as costas de Adriana que se sentou na cama e puxou a outra para si, Vivi se encaixou na cintura de Drica deixando os seios na altura da boca quente da morena que se deliciava com aquele corpo macio em seu colo. Viviane gemia baixinho enquanto sentia as mãos firmes que passeavam pelo seu corpo chegando a sua virilha e ao perceber sua calcinha sendo jogada para o lado sentiu os dedos quentes alcançando o seu clit*ris, um calor passeou pelo seu corpo inteiro deixando a garota molhada na mesma hora. Adriana sentiu o néctar escorrer no sex* da sua amante e ficou no mesmo estado que ela.
Adriana girou com Viviane em seu colo deitando-a na cama e tirou o pequeno pedaço de pano que estava atrapalhando seu prazer e retirou o restante de suas roupas ficando completamente nua para o delírio de Viviane.
-- Adriana você é linda. –admirava o corpo sarado da morena --
A morena não perdeu tempo e colou os corpos sedentos de prazer beijando novamente Viviane que já estava quase delirando sem saber se era pela bebida ou pelo prazer que estava sentindo, prontamente Adriana alcançou o sex* molhado de Viviane fazendo movimentos circulares em seu clit*ris levando a ruiva ao delírio, esta posicionou sua coxa entre as pernas da morena pressionando o seu sex* e podia sentir a umidade que emanava dos grandes lábios de Adriana.
Os seios se tocavam, as bocas não se desgrudavam, as mãos se perdiam em seus corpos já suados e loucos de tanto desejo, ambas gemiam e falavam coisas desconexas. Depois de tanta provocação, Viviane já não aguentava mais esperar.
-- Adriana, eu não aguento mais. Ah.
-- Então dá para mim minha gostosa. –sussurrava perto de sua boca --
-- Eu sou toda sua, toma meu corpo.
Sem mais demora Adriana atendeu ao pedido feito por Viviane, entrou com dois dedos em seu sex* molhado fazendo a ruiva se contorcer sob o seu corpo, os movimentos de Viviane também estavam estimulando o seu clit*ris e ela estava inebriada de prazer, os movimentos contínuos e o polegar brincando com o seu clit*ris fizeram Vivi explodir em êxtase, goz*ndo demoradamente para Adriana, que sentiu o orgasmo chegar pouco depois da amante.
As duas ainda ofegantes, Adriana deixou o corpo pousar ao lado de Viviane que mantinha os olhos fechados, parecia que não queria abrir para não acordar do sonho que acabara de ter. Adriana acariciou o seu rosto e ela finalmente abriu os olhos encontrando aquele olhar castanho lhe fitando.
-- Oi.
-- Oi. Adriana o que aconteceu aqui?
-- Não me diga que você já está com amnésia alcoólica?
-- Não, eu lembro direitinho o que aconteceu, só não acredito ainda que eu vivi esse momento agora.
-- Pode acreditar, nossa como eu estava sentindo falta disso.
-- Agora eu entendo sua abstinência.
Adriana riu do comentário da amiga.
-- E agora o que acontece?
-- Eu não sei, deixa rolar.
-- Eu quero mais.
-- Provou e gostou é?
-- Adorei.
Viviane se projetou para ficar por cima de Adriana e mais uma vez elas se amaram, diferente de como era com Ana Paula, foi um sex* intenso, passional, para satisfazer o desejo da carne, mas não tinha amor, assim como Viviane queria descobrir outras formas de prazer, e também não existia sentimento mais forte do que admiração e gratidão pela forma como Adriana estava cuidando dela naquele país.
Ao amanhecer as duas acordaram juntas abraçadas e nuas na cama de Adriana, o que foi estranho para ambas, a ponto de em um devaneio entre o estagio do sono para o despertar, Adriana pensar que estava ao lado de Ana o seu verdadeiro amor, mas deparou-se com os cabelos ruivos da colega de quarto que a satisfez durante a noite.
-- Bom dia.
-- Bom dia. – sorria --
-- Dormiu bem?
-- Muito bem, e você?
-- Oh, noite maravilhosa. – abanou-se com uma das mãos --
Adriana riu da amiga.
-- Adriana eu não sei se eu preciso te pedir desculpas pela maneira que eu conduzi isso tudo, praticamente me atirei em você, mas de qualquer maneira, desculpe.
-- Viviane, não se desculpe, o que aconteceu foi de comum acordo entre nós, mesmo implícito. Se eu não quisesse teria falado na mesma hora.
-- Entendi.
-- A verdade é que eu já havia reparado que você estava me provocando há algum tempo, mas eu tentei evitar para não misturar as coisas, só que ontem eu não resisti.
-- Eu sei, eu fui muito malvada com você não é? – brincava com a ponta do nariz de Drica --
-- É foi sim.
-- Mas que foi bom, isso foi!
-- Vivi, eu só não quero que as coisas saiam do controle, pois como você sabe eu ainda amo outra pessoa, mesmo longe, meu coração ainda não a esqueceu.
-- Amiga, não precisa se preocupar, eu sei dos seus sentimentos e eu não estou pedindo nada a você. O que aconteceu foi maravilhoso, e se houver vontade da nossa parte novamente eu não vou me reprimir, até porque o que foi aquilo, né.
Adriana riu novamente e acabou envergonhada com o elogio. Suas bochechas vermelhas denunciavam sua timidez.
-- Não fica envergonhada, você teve uma performance de profissional, era para ter orgulho.
-- Ai para com isso, que eu fico mais sem graça do que já estou.
-- E mais linda também. – abriu um sorriso maroto --
As duas se olharam e não conseguiram conter o desejo que novamente aflorou com aquela proximidade.
Um beijo surgiu e elevou o calor em seus corpos provocando novamente a combustão da noite anterior levando as duas a mais um momento de prazer pela manhã.
Depois do banho as meninas saíram para almoçar, acordaram tarde, era domingo e não teriam aulas, estavam de folga. Viviane como sempre arrumava algo para fazer com os outros alunos que moram no campus, mas Adriana preferia ficar no quarto estudando ou apenas descansando da semana puxada de aulas e projetos.
Adriana estava deitada no quarto pensando no rumo de sua vida, da saudade de Ana Paula e da ausência dos seus pais, pessoas que ela amava mas que saíram de sua vida sem pedir permissão, a morena começou a chorar e percebeu que se sentia sozinha no mundo, mesmo com suas amigas e seu irmão, ainda faltava algo.
Em seus devaneios ela pensava em Ana Paula e Viviane, sentia falta de uma e não se via envolvida com a outra, duas pessoas tão diferentes, mas que de alguma forma mexiam com ela, o amor de Ana Paula que ainda pulsava em seu coração, contrastava com a atração e o desejo carnal que ela sentia por Viviane, mas ela sabia que esse caminho era arriscado, tinha medo de se apaixonar pela colega de quarto e acabar sofrendo novamente por um amor bandido, considerando que Viviane não se apega a ninguém. Em meio a tantas dúvidas, Adriana adormeceu com uma foto de sua família em sua cama.
Fim do capítulo
Boa leitura!
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