Capítulo 21
Capítulo 21
-- Que alegria, alegria, alegria sapinha! - Jorge como sempre era só exageros.
-- Jorge menos. Assim você vai derrubar ela da cadeira - Claudia puxou o rapaz pela camisa - Deixa que eu empurre - beijou a cabeça de Eduarda e tomou o lugar dele.
Os funcionários do hospital fizeram uma despedida emocionante para Eduarda. Foram mais de sessenta dias internada e nesse tempo a menina ganhou muitos amigos, pessoas que de alguma maneira colaboraram para a rápida e inesperada recuperação da loirinha.
Todos fizeram questão de dar um beijo na garota e desejar toda felicidade do mundo. Eduarda prometeu voltar assim que estivesse completamente recuperada.
Assim que passaram pela porta de saída do hospital todos os amigos saíram correndo em sua direção fazendo a maior festa. Até Hund correu junto. O cachorro lambia a sua dona tão desesperadamente que precisaram arrasta-lo para longe.
Eduarda chorava de alegria, era bom demais estar de volta à vida, a liberdade, as ruas. Fechou os olhos e ergueu a cabeça em direção ao sol. Como era gostoso aquele calor, como sentiu a falta desse astro.
-- Dú - Rafaela ajoelhou-se em frente à cadeira de rodas - Tudo bem?
-- Rafa me leva pra ver o mar. Pode ser no Leblon mesmo - a morena passou a mão pelo rosto pálido da menina.
-- Claro amor - falou carinhosa - Jorge ajuda a coloca-la no carro.
-- Mas Rafa a gente preparou uma festa na mansão - Claudia havia se empenhado muito nessa recepção.
-- Vocês vão direto para lá, eu e o Jorge levamos ela na praia e logo em seguida vamos para a mansão.
-- Então vamos - Jorge ajudou Eduarda a entrar no carro.
Rafaela percorria a orla da praia, Eduarda estava sentada no banco do carona e olhava pela janela com os olhos brilhando. A arquiteta chegava a ver o azul do mar refletindo nos verdes dos seus olhos. Nas areias da praia além dos banhistas que estavam ali papeando e se bronzeando havia uma grande quantidade de pessoas praticando seu esporte preferido tais como: o vôlei, futevôlei, futebol e outros mais. No seu belo calçadão muitas pessoas faziam suas caminhadas ou praticavam o Cooper, na ciclovia várias pessoas passeavam de bicicleta.
Passaram em um ponto da praia aonde algumas pessoas praticavam o surf. Rafaela observou que Eduarda sorriu nesse momento.
-- Com saudades do surf? - A arquiteta perguntou mesmo já sabendo qual seria a resposta que ela daria.
-- Do surf, do mar, da praia e do sol - falou sorrindo - Podemos parar?
-- Hoje você pode tudo - falou, mas logo se arrependeu quando viu a cara de safada que ela fez.
-- Tudo mesmo? - perguntou empolgada - Olha que eu sou a Duda sem vergonha esqueceu?
-- Estava demorando pra baixar o espirito da tarada loira, né sapinha? - Jorge riu.
-- Eduarda, o retorno parte um - a morena sorriu abertamente - Vamos dar uma parada rápida aqui. Pode ser?
-- Está ótimo - Eduarda ajeitou-se ansiosa.
Rafaela estacionou em um trecho tranquilo da praia. Jorge ficou no carro, Eduarda apoiou-se em Rafaela para chegar até a areia e sentar-se.
"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma gota".
-- Que lindo Eduarda.
-- Gostou? A autora é a Madre Teresa de Calcutá - Eduarda brincava na areia - Gosto mais quando você me chama de Dú.
-- Me parece muito intimo - Rafaela estava sem jeito, usara esse apelido em momentos delicados e no calor da emoção, agora lhe parecia impróprio.
-- Você ainda não se sente a vontade na minha presença não é?
-- Digamos que não nos conhecemos o suficiente para essas intimidades - a loirinha tinha os olhos verdes fixos nos dela -- Eduarda acho melhor irmos embora - queria fugir de assuntos mais íntimos. Eduarda não perdia uma cantada - Você nem deveria estar aqui - levantou e deu as mãos para ajuda-la a levantar, mas a garota a puxou e as duas deitaram na areia. Rafaela ainda ficou alguns segundos sobre Eduarda até voltar à realidade - Agora você vai ficar aí - Rafaela saiu brava.
-- O que aconteceu mona? Onde está a Duda? - Jorge estava encostado no carro.
-- Sua amiguinha está deitada lá na areia se bronzeando - a morena estava indignada, tratou-a com tanto carinho e ela só pensando em se aproveitar da situação - Vai busca-la - entrou no carro e bateu a porta. Jorge saiu correndo.
-- Duda você está bem? - estava todo preocupado, mas quando chegou perto viu que a garota estava rolando na areia de tanto rir - Sua maluca, você ainda está em recuperação sabia? Seu pai vai me matar.
-- Então me ajuda aí - o rapaz levantou a amiga e deu o ombro para ela se apoiar. Andaram lentamente até o carro - Deixa eu te limpar, você está cheia de areia.
Rafaela observava a cena, por um instante arrependeu-se de tê-la deixado lá.
-- O que te deu na cabeça? - Jorge agora tirava a areia dos cabelos.
-- Eu precisava tocar nela nem que fosse só um pouquinho. Estou a dias sendo beijada e acariciada por ela, você nem imagina a vontade que eu estou de agarra-la e dar um beijão naquela boca deliciosa.
-- Já percebi que você não tem amor à vida mesmo né Duda. Rafaela não é disso. Te orienta criatura.
-- Vão ficar aí se arretando muito tempo? - Rafaela berrou sem paciência.
-- Senta aí e se comporta Eduarda - Jorge fechou a porta.
Rafaela olhou feio para Eduarda que fazia cara de inocente.
-- O que vocês fizeram com a minha filha? - Eduardo saiu da mansão e fui em direção ao carro que acabará de estacionar.
-- Ela pediu para parar na praia e nós paramos - Jorge a colocou na cadeira de rodas.
-- Vocês são loucos o que? Ela precisa descansar, está muito debilitada - Eduardo examinava a filha que fazia a maior cara de coitadinha.
Rafaela olhava para Eduardo todo preocupado com a garota. Tem pai que é cego mesmo.
A mansão dos Jeser era linda com sua decoração moderna; o jardim magnífico, a piscina enorme e quadra esportiva. Estavam sentados a beira da piscina bebendo e conversando. Eduarda sentada na cadeira, mas com a cabeça no colo de Aline.
-- Acho melhor você ir descansar Dudinha - Aline fazia carinho nos cabelos da loirinha.
-- Não quero ficar lá sozinha - Eduarda fez bico.
-- Que manha né garota - Jorge abaixou-se a sua frente - Tá dodói? -- percebeu a menina quieta demais.
-- Tonta e com náuseas - mal levantou a cabeça do colo de Aline.
Rafaela estava achando uma grande irresponsabilidade deixar uma pessoa que acabou de sair do hospital, ficar por tanto tempo sentada em uma cadeira de rodas. Não aguentou, teve que tomar uma atitude.
-- Jorge, vamos levar ela lá para dentro - falou séria e Jorge nem questionou.
-- Eu não quero entrar - Eduarda cruzou os braços emburrada.
-- Vamos Jorge - Rafaela fez que nem ouviu. Eduarda se deu por vencida, não tinha forças para discutir com aquela gata mandona.
Todos se olharam admirados. Rafaela mandava e desmandava na loirinha.
O quarto de Eduarda era de deixar qualquer arquiteto e decorador com água na boca.
A estética era jovial. Com base neutra (com tonalidades de cinza, branco e preto), mas com o colorido nos objetos decorativos. Itens como mesa lateral, poltrona e criado-mudo de tons mais fortes. Grafites, adesivos, painéis e quadros em apenas uma parede do ambiente. Mas que não tinham um visual poluído. Dois grandes painéis: Um de Eduarda criança, o outro dela surfando no Arpoador.
Para regular os pontos de luz e trazer cenários ao ambiente foram usados dimmers, luzes indiretas, luminárias de mesa e spots.
Bárbara foi à frente dos três e preparou a cama para Eduarda deitar.
-- Pronto. Pode deitar Dudinha - Jorge ajudou a garota.
Eduarda não reclamou, não fez piada, não deu nenhuma cantada. Coisa rara na garota. Somente deitou na cama de lado e fechou os olhos.
-- Vou indo meu amor - Jorge a beijou na testa e saiu.
Rafaela sentou ao lado dela na cama, queria fazer um carinho nela, mas Eduarda sempre levava para o outro lado por isso evitou.
-- Você está sentindo alguma dor? - estava preocupada.
-- Estou bem, só um pouquinho de náuseas - sentou na cama.
-- Você abusou. Desse jeito vai ter que voltar para o hospital.
-- Vou cuidar - prometeu - Rafaela onde está o seu namorado?
Rafaela pensou um pouco antes de responder.
-- Nós terminamos, ou melhor, ele foi embora para Manaus, então, fomos obrigados a nos separarmos.
-- Então você ainda o ama né? - encostou-se na cabeceira da cama.
-- Mais ou menos - Rafaela sentia-se incomodada com o assunto.
-- Como é amar mais ou menos?
-- Percebeu quantas perguntas você fez em tão pouco tempo?
-- Tá certo. Percebi que você não quer falar sobre esse assunto, então... Quando eu melhorar vou te levar em um lugar bem legal - Eduarda deixava Rafaela nua com aquele olhar esverdeado.
-- Que lugar seria esse? - colocou um travesseiro em cima da perna.
-- Ver o por do sol no Arpoador - sentou mais próxima de Rafaela - Você fica muito bem de vestido sábia?
-- Sábia. É por isso que sempre estou de vestido - levantou da cama - Eduarda agora é melhor você deitar - empurrou a garota e a cobriu.
-- Quando te vejo de novo? - Eduarda sentou novamente.
-- Talvez na virada. Seu pai nos convidou para o Réveillon em Copacabana. Até lá se comporta Dú - passou a mão no rosto da garota.
-- Me dá um beijo - fez biquinho e fechou os olhos.
-- Claro que dou... - e a beijou no rosto deixando Eduarda só na vontade.
-- Sem graça isso sabia? - jogou-se de volta na cama e cobriu a cabeça.
Rafaela só riu. Eduarda apesar de safada era muito fofa com aquele jeitinho de menina levada.
Roberta chegou em casa bem mais cedo que os nos dias anteriores. Rafaela estava na sacada com o celular na mão e parecia preocupada.
-- Já em casa Beta. Colocou o seu bebe pra dormir mais cedo hoje? - Rafaela saiu em direção à cozinha, sendo seguida por Roberta.
-- Não fala assim da Duda. Ela está dando duro nas sessões de fisioterapia para estar bem na festa da virada - Roberta abriu a geladeira e pegou um suco - Vou tomar um banho.
-- Vai sair?
-- A Fabi me convidou pra ir a um barzinho em Copacabana - tomou um copo de suco
-- Tem um tempinho para conversarmos? É sério - Rafaela sentou em uma cadeira.
-- Hí, pepino é? Roberta previa problemas.
-- Papai ligou. Estão vindo passar o Réveillon conosco, inclusive... - fez suspense - Rogério.
-- Não - fez cara de desespero - Aquele pivete vai infernizar a gente Rafa.
-- Eu sei. Você mandou dinheiro para eles Beta?
-- Claro que não. Quem sempre faz isso é você. Eu não vou perder a oportunidade de passar o ano ao lado da galera no Copacabana Beach com vista frontal para a queima de fogos mais famosa do mundo, pra ficar aqui fazendo sala pra três malas.
-- Acho que vocês ganharam um bolão da mega sena e só eu não participei. Está todo mundo cheio da grana, viajando, abrindo negócio... - abriu os braços desanimada - Você fica Beta, eu vou. É a primeira vez que Eduardo me convida, não posso perder.
-- Nem morta. Vou dar um jeito. Amanhã falo com a Duda e ela resolve pra mim - sorriu confiante, para Eduarda tudo tinha solução.
-- O que você vai pedir para ela? Não inventa arte hein Beta.
-- Não esquenta. Quando eles chegam? - levantou para ir tomar banho.
-- Amanhã à noite. De avião e tudo. Chique né?
-- Sinistro isso sim - Roberta olhou no relógio - Agora preciso ir - e foi para o banho.
Eduarda acordou cedo para mais uma sessão de fisioterapia.
-- Vamos ao trabalho - a fisioterapeuta sorriu animada -- Hoje começaremos com treino de marcha. Para isso usaremos as barras paralelas - ajudou Eduarda a posicionar-se - tenta colocar mais peso em suas pernas - segurava Eduarda por trás.
Eduarda virou e ficou frente a frente com ela... Cara a cara... Chegou bem pertinho da boca da moça e disse: -- Tenho sonhado com você sábia? - passou a mão pelo rosto corado da fisioterapeuta.
-- Sério? - a profissional não recusou o contato, então Eduarda sentiu-se segura em continuar.
-- Hum, hum -- suas mãos escorregavam para os seios da moça.
-- Com que frequência? - deu o pescoço para Eduarda mordiscar.
-- O tempo todo -- apertou com volúpia aquela bunda linda e gostosa.
-- Estou aqui... você pode fazer o que quiser comigo amorzinho!!! O que você sonhou... pode fazer. Vem... - ela disse gem*ndo.
Eduarda deu o maior beijo naquela boca macia, brincava com a língua e mordia seus lábios.
A fisioterapeuta levantou a blusa e empurrou a cabeça da loirinha contra os seus peitos a fazendo ch*par aqueles biquinhos lindos... Ela mordia, brincava com eles, passava a língua e ela gemia, chamava de amorzinho e mandava Eduarda ch*par... mais e mais!!!
--Nossa como eles são lindos, gostosinhos, grandes. Deixa mamar neles??? - Eduarda suplicou. -- Claro! Mama bem gostoso ta?Ch*pa bem gostosinho Duda... Assim... Aiii... Morde eles morde!!! Ela ch*pava e fazia a festa nos seios... Foi descendo e tirando a calça fusô preta que a moça vestia...
-- Pronto... - Roberta olhou no relógio - Acabou a sessão - bateu palminhas - Não pago hora extra.
Eduarda e a fisioterapeuta ficaram paralisadas. Não estavam acreditando.
-- Vamos, vamos - falou para a moça - minha chefinha já fez os exercícios com as mãos. Agora ela vai continuar os exercícios com a fonoaudióloga. Não gosto nem de pensar quais serão os exercícios.
A fisioterapeuta abaixou a blusa e saiu bufando.
-- Além de chegar uma hora atrasada ainda vem pra empatar foda é?
-- Não gozou é meu amor? - Roberta para provocar passou os braços em volta do pescoço de Eduarda e colocou uma das pernas em sua cintura.
-- Pode ser contigo mesmo - com uma mão puxou a secretária pela cintura e com a outra segurou a perna.
-- Não posso. Estou te criando pra minha irmã - soltou-se de Eduarda e saiu rebol*ndo com um vestidinho curto deixando a garota babando.
-- Você sabe a quanto tempo que eu não transo? Podia ter deixado ao menos eu terminar o que estava fazendo - falou indignada.
-- Não vai faltar oportunidade. Agora preciso te pedir um favor - sentou na poltrona e cruzou as pernas.
-- Qualquer coisa que me pedir - sentou ao lado da morena e passou a mão em suas pernas.
-- Qualquer coisa? - falou dengosa próxima a boca da loirinha.
-- Qualquer coisa. Pode falar - subiu um pouco mais as mãos.
-- Meus pais estão vindo de Florianópolis para o Réveillon, gostaria de leva-los juntos com a gente no Copacabana Beach - sussurrou no ouvido da menina.
-- Pode leva-los hoje se quiser - Eduarda respondeu enquanto mordia o pescoço de Roberta.
A secretária deu um selinho na loira e levantou ajeitando o vestido.
-- Você é um tesãozinho sabia? - passou a mão na boca da garota - Não baba. Vou chamar a fono pra você - e saiu achando graça de como era fácil conseguir algo com Eduarda, era só ter pernas bonitas.
Fim do capítulo
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Em: 11/10/2015
Roberta safada! kkkk Deixa a Rafaela saber dessa gracinha da irmã com a Dú....kkk vai ter DR familiar.
Como é safada essa Duda, quero só ver quando Rafaela pegar ela com a fisioterapeuta...kkk
Quando será que Rafa perceberá que está a fim da Dú?
Beijos e bom domingo!
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