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  • Duas vidas, um amor inesquecível
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Duas vidas, um amor inesquecível por Enny Angelis

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Palavras: 12778
Acessos: 14013   |  Postado em: 00/00/0000

Notas iniciais:

Oi lindas *-*

Espero que gostem!

Capítulo 29

 

 

-- Quem essa doutorazinha pensa que é? -- Carlos andava de um lado para o outro na frente da entrada do hospital, estava furioso. -- Ah mais isso não vai ficar assim. Não vai mesmo! -- Disse e andou na direção da porta, mas foi impedido por outro segurança, este, havia ficado de sobreaviso. Carlos só poderia entrar com ordens de Samantha. -- Me deixa entrar! -- Esbravejou com o homem que o impedia.

-- Desculpe senhor, mas não poderá entrar. -- O homem falou com a voz moderada e automática.

-- Mas que inferno! -- Carlos disse exaltado ao extremo.

-- O senhor tem que se acalmar. -- Fabrício advertiu novamente irritado com o senhor. -- Assim nunca que vai conseguir entrar aí. -- Constatou o olhando sério enquanto apontava a portaria do hospital com um segurança de cada lado.

Carlos olhou novamente para a enorme porta, onde viu também os dois homens sérios e irredutíveis. Sua conclusão foi a de que Fabrício estava coberto de razão. Respirou fundo tentando acalmar-se, precisava agir com cautela, sua desconfiança sobre Samantha surgiu no momento em que ela o enfrentou destemidamente a favor de Eloá e contra seu interesse de leva-la para Florianópolis o quanto antes. E quando a ouviu chamando sua filha de “amor”, essa desconfiança só aumentara fora a decisão da médica em querer levar Eloá para sua casa. Não podia permitir que Eloá fosse. Precisava fazer algumas perguntas e tirar suas dúvidas de uma vez por todas. Há anos vinha com tal desconfiança de que Eloá poderia estar envolvida com alguma outra mulher. Desconfiava de que tais mulheres como Marina e Carol tenham levado sua filha para esse mundo de errados, mundano e de safadezas, isso não poderia permitir, não poderia suportar tamanho desaforo, perversidade... Não queria acreditar que sua filha era uma dessas pessoas, não suportava tais pensamentos ou os afastava imediatamente ou poderia enlouquecer, pensava. Carlos fitou Fabrício que o olhava confuso, alheio a seus pensamentos, passou a avalia-lo também, Fabrício lhe provara que era um bom homem, um profissional excelente, e principalmente um ótimo pai, Natelly não escondia tais sentimentos e elogios sobre o pai que tinha. Mas a dúvida que rondava os pensamentos de Carlos que quanto a Fabricio ser um bom marido, o casamento dele e da filha sempre fora perfeito demais, e Carlos era experiente e sabia que um casamento durava, sim, exemplo era o seu próprio. Mas existiam as brigas, desentendimentos normais de um casal e precisava paciência conversas e amor, respeito, às vezes um pouco de autoridade de um e submissão de outro e muitas das vezes simplesmente deixar no esquecimento tais ações e sentimentos. Já o casamento de Eloá e Fabrício não existia tais questões, pelo menos nunca vira. Fabrício parecia não se importar nem um pouco sobre a mulher andar com Marina e Carol entre outras lésbicas, não se importava de que Eloá fosse para a casa da médica, não se impunha nas decisões muitas das vezes exageradas de Eloá, concordava com tudo, para ele tudo estava perfeito, nunca o vira impor sua autoridade para com Eloá, nem em momentos considerados por Carlos extremamente necessários. Chegou à conclusão de que ou Fabrício era um marido nato, perfeito, que amava e era amado pela filha ou ao contrário de seu casamento com Lúcia. No casamento dele e de Eloá era ele que se submetia a vontades da mulher, passando a ser o submisso da relação e isso não agradara nem um pouco a Carlos, pois como marido, Fabrício era quem devia estar brigando e defendendo tais questões e não ele. Mas como já sabia que o genro não faria tal proeza, caberia a ele mesmo tomar as rédeas de toda a situação.

-- Wow? -- Fabrício o chamava pela terceira vez o tirando do transe de seus pensamentos. -- Está tudo bem?

-- Não, nem um pouco. -- Respondeu ainda irritado. -- Mas vai ficar, vai ter que ficar... -- Declarou sério e depois saiu caminhando pelo lado do hospital.

-- Espera aonde o senhor vai? -- Fabrício começou a andar atrás dele e logo o acompanhou. -- A Eloá me mandou vir atrás de você, ela...

-- Ah então eu estava certo é ela quem manda em você!? -- Carlos disse parando bruscamente e encarando Fabrício num misto de irritação, curiosidade e talvez certo alívio.  

-- Hãn? Como assim? -- Fabrício também parou o indagando confuso.

-- Eu perguntei se é a Eloá que manda em você?

-- Ela não manda em mim, ele pede! -- Fabrício entendeu ao que Carlos se referia. -- É bem diferente e eu faço o que a MINHA MULHER PEDE com maior prazer. Não sou como o senhor que só manda e muito menos a sua filha é assim. -- A paciência de Fabrício havia se exaurido por completo.

-- Pois não é o que parece. A Minha filha manda e você obedece que nem um cachorrinho. -- Carlos proferiu alto, tanto que já estava chamando a atenção de algumas pessoas ali por perto. -- Parece que a minha filha puxou ao pai, pelo menos isso me orgulha. -- Carlos sorriu. -- Então o que mais ela mandou você fazer?

-- Quer saber? Que se exploda você e seu ego inflamado, eu não estou a fim de ficar aqui sendo ofendido injustamente, muito menos por você. -- Fabrício proferiu irritado, mas de forma baixa, somente para Carlos ouvir. -- E a mulher é minha, portanto se EU for mandado ou não, o problema é meu! -- Afirmou e saiu a passos largos se dirigindo a entrada do hospital e logo entrou, porém lembrou-se que Eloá o pedira para ficar com o pai dela e mesmo estando com raiva o homem não podia o deixar sozinho, pois também estava exaltado. Fabrício suspirou forte tentando acalmar-se e saiu novamente na mesma direção em que Carlos tinha ido, sorriu. Talvez o senhor seu sogro tivesse razão, ele era mandado por Eloá? Fabrício riu abertamente dando de ombros, Eloá era sua melhor amiga, ser mandado ou não, não lhe fazia diferença. Lembrou-se de Camila, ela devia mandar nele também, pois sempre vencia, não importava o assunto, a opinião de Camila era a que se sobressaia, embora acreditasse que fora tomada por ambos, pois os dois sentavam e conversavam, seja assuntos da filha, escola, ou alguma coisa entre os dois, entre outras coisas... Alcançou a entrada de emergência da ala do hospital destinada ao público em geral e logo viu Carlos conversando com um rapaz, parecia ser um enfermeiro. Eles pareciam conversar amenos, então resolver ficar um pouco distante, apenas observando se o senhor não faria algo mais ousado.  

Carlos não viu Fabrício chegar e ficar o vigiando, pois sua conversa estava ficando interessante, achara alguém de que poderia arrancar algo sobre a doutora atrevida.

  -- Escuta gosta de trabalhar nesse hospital? -- Carlos sorria tentando ser simpático e impessoal.

-- Gosto sim. Sou novo aqui, trabalho há cinco meses, mas estou amando, o trabalho é ótimo e o salário também. Temos tudo de melhor para fazermos o nosso trabalho, e o senhor acredita que ainda tem gente que reclama? -- O rapaz de aparência bem jovem sorria enquanto falava satisfeito.

-- É mesmo? -- Carlos sorriu, estava conseguindo o que queria. -- Mas por quê? Os donos são muito chatos é? 

-- Chatos? -- O rapaz pareceu indignar-se com a pergunta, mas logo sorriu e continuou. -- Não. Nada disso. São pessoas maravilhosas em minha opinião, principalmente a dona Samantha, ela é exigente sim, mas nada mais justo. Já a dona Alexsandra é mais legal, mais divertida, ela cobra o melhor também, mas ela é mais brincalhona sabe?

-- Sei. -- Carlos sorriu. -- Mas me conta mais sobre essa Samantha... É que eu estou com uma filha internada aí e ela é a médica responsável. Então quero saber se ela é confiável, sabe proteção de pai.

-- Ah sim, eu entendo o senhor. -- Sorriu feliz em poder ajudar. -- Olha não se preocupe sua filha está em ótimas mãos, a doutora Samantha é a melhor que eu conheço, ela é muito ética, profissional e tudo, ela é a dona daqui, e a melhor ortopedias desse hospital quiçá do país. -- Sorriu admirado. -- Sua filha está sendo bem cuidada por acreditar.

-- Hum, muito bom saber, assim eu fico mais tranquilo. -- Carlos já sabia disso, não era bem essa a resposta que queria, queria saber da vida pessoal da Samantha. -- O marido dessa doutora deve ter orgulho dela não? Soube que ela tem uma filhinha, Agatha né? -- Resolveu jogar uma verde para ver o que conseguia como resposta. O rapaz a sua frente riu espontaneamente, parecia que Carlos tinha contado uma piada.

-- Me desculpa seu Carlos... -- Disse depois de controlar-se. -- Mas a dona Samantha não tem marido não, ela é... -- Ele parou indeciso, se revelava algo sobre a chefe.

-- Ela é o que? -- Carlos incentivou, estava curioso.

-- Ah todos sabem mesmo, não vai fazer diferença eu lhe contar. -- Sorriu. -- A doutora Samantha não curte homens não seu Carlos, ela gosta de mulheres.

-- ELA O QUE? -- Carlos indagou desesperado. -- Desculpa é que eu fiquei...

-- Surpreso? -- O rapaz indagou rindo.  -- Normal por aqui. Mas enfim, a dona Samantha é homossexual, ela namora mulher... ah e a filhinha dela é só dela mesmo, eu ouvi dizer que ela fez inseminação in vitro. É lindinha né?

-- Hãn? -- Carlos estava meio desnorteado com a descoberta, na constatação da verdade. -- Ah sim, muito lindinha aquela... Menina. -- Carlos falaria “pestinha”, mas pensou melhor e não disse mesmo contrariado havia gostado da pequena e o rapaz a sua frente parecia ter muita admiração e respeito pela médica e poderia tomar as dores, resolveu deixar de lado.

-- O senhor está bem?

-- Estou sim. -- Carlos forçou um sorriso.

-- Olha eu preciso ir, está tudo bem mesmo? O senhor ficou quieto...

-- Está sim, pode ir. Ah e obrigada, eu estou bem mais... calmo. -- Mentiu.

-- De nada. E pode confiar mesmo, sua filha está em boas mãos. -- Disse e saiu.

-- É esse o meu medo... é esse o meu medo... -- Disse dando passos lentos em direção a umas cadeiras na entrada da emergência, ali perto.

-- Carlos? Está tudo bem? -- Fabrício havia se dado conta da mudança de estado repentina do homem.

-- Está fazendo o que aqui? Não tinha me largado a minutos atrás?

-- Sim, mas como sou bem mandado... -- Fez uma piada e logo riu, mas ao contrário do que pensara. Carlos não arranjou nenhuma reação. -- O que aquele enfermeiro te disse naquela conversa pra ficar assim, abatido?

-- Estava me vigiando? -- Investigou aborrecido.

-- Estava apenas a acercar-se de que não faria mais nenhuma besteira. -- Proferiu o olhando intrigante. -- Então... o que houve? -- Insistiu fitando o senhor sentado e pensativo à sua frente.

-- Nada demais. -- Não quis revelar a descoberta para o genro, ainda estava tentando digeri-la. -- Pedi para ele me ajudar a entrar e ele negou. -- Inventou.

-- O que? Ah eu não acredito nisso. -- Fabrício balançara a cabeça em negação. -- O senhor não tem jeito mesmo.

-- Olha lá como fala comigo rapaz. -- Carlos o censurou.

-- Desculpe... Mas é que o senhor não ajuda. -- Sorriu sentando-se ao lado do senhor. -- Está mais calmo?

-- Depende do ponto de vista... -- Disse perdido em seus pensamentos. Para ele saber que Samantha era “sapatão” lhe era útil, pois agora não existia mais dúvida, porém ao mesmo tempo lhe era ameaçador. Não sabia como agiria de agora em diante, entretanto sabia que precisava fazer algo para impedir Doutora Samantha de cercar-se da filha, precisava descobrir como e acima de tudo atuar com precaução. Não seria a primeira vez a afastar a filha de mulheres como Samantha, Marina.... Marina... refletiu Carlos contrariado, essa voltou a ter amizades com Eloá depois do casamento da filha e o atormenta até hoje.

-- Carlos? -- Fabrício o chamava preocupado. -- Tem certeza que está bem?

-- Estou bem. -- Disse tentando mostrar-se confiante. -- Acho que é a fome. -- Disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

-- Ah deve ser... Também estou com fome. Vamos à lanchonete? -- Indagou e recebeu como resposta um olhar revoltoso do senhor a seu lado. -- Ah é o senhor não pode entrar... -- Fabricio lembrou rindo fraco. -- Vamos, aqui perto tem um restaurante.

-- É vamos... -- Resolveu segui-lo.

 

* * * *

-- Conseguiu amor? -- Julia indagou abraçando a esposa por trás e lhe beijando o ombro com carinho.

-- Não... -- Susan sorriu fechando os olhos e recebendo a esposa com amor, passando a lhe fazer um carinho nos braços que circundavam pela cintura. Estava na varanda do apartamento delas tentado falar com a amiga, mas Samantha não respondia a suas mensagens e muito menos atendia as suas ligações. -- Será que aconteceu algo? -- Indagou virando-se de frente para Julia, estava começando a preocupar-se.

-- Creio que não meu amor. -- Sorriu tentando acalmar a mulher a sua frente. -- Se tivesse acontecido algo de mais grave nós já saberíamos, tenho certeza. Ela deve estar no hospital com a Amanda e nem deve estar lembrando-se de celular. -- Sorriu e deu um selinho em Susan.

-- É deve ser isso mesmo. -- Sorriu em acordo. -- Mas eu estou lingando desde as nove, e já são duas da tarde e nada.

-- Já ligou pra casa da dona Regina?

-- Já e ela me disse que a filha estava no hospital. -- Sorriu lembrando, tinha ligado mais cedo e nem lembrava mais.

-- Então... vai desfaz essas rugas de preocupação da testa. -- Riu.

-- Ah eu não consigo amor. -- Susan abraçou Julia em busca de conforto. -- Não falo com a Sam desde ontem nunca ficamos sem saber uma da outra, ainda mais agora com tudo isso que aconteceu e ainda está acontecendo, ela precisa de mim, a Agatha precisa de mim, eu preciso ver as duas, entende? -- Indagou voltando a fitar a esposa.

-- Entendo sim. -- Sorriu sincera lembrando que assim que conhecera Susan, sentiu muito ciúmes da esposa em relação à Samantha, custara a entender o amor entre elas, à cumplicidade, a amizade linda que existia entre sua esposa e a agora sua também amiga Samantha. -- Já ligou pra Alex?

-- Já. -- Suspirou cansada. -- Essa é outra que não atende o celular. O que deu nessas duas? -- Indagou embraveada. -- Não posso ligar pra dona Regina e perguntar novamente por Samantha, sabe como à senhora é, vai ficar preocupada também... Ah quer saber eu cansei de ficar esperando. -- Susan disse de repente saindo dos braços de Julia.

-- Vai fazer o que? -- Indagou olhando a outra mulher entrar para a sala e foi atrás dela.

-- Vou para o hospital. -- Respondeu começando a calçar o tênis. -- Primeiro eu dou um abraço na Sam, e depois eu mato ela! -- Disse séria enquanto amarrava o calçado. Julia gargalhou com tais palavras da esposa e, esta, a acompanhou também sem conseguir conter-se.

-- Até parece... -- Declarou rindo sentando-se no sofá olhando Susan que a olhou também e fez uma cara confusa. -- O que? -- Indagou Julia.

-- Está esperando o que? -- Susan investigou olhando a esposa que estava despreocupada sentada no sofá e ainda de pijama. -- Vamos Julia não vai trocar de roupa pra irmos? -- Indagou apresando-a.

-- E eu vou? -- Sorriu.

-- É lógico que vai ué! -- Susan percorreu o pequeno espaço entre elas, a fez levantar e a abarcou pela cintura sorrindo. -- Eu quero que vá, desde quando a senhora pensa que eu te deixaria sozinha aqui, podendo te ter a meu lado hein? -- Susan perguntou a beijado no pescoço com carinho e amor.

-- Ah não sei... -- Sorriu arrepiando-se com os beijos da esposa. -- Você disse “eu vou ao hospital”, pensei que iria sozinha. -- Fitou a esposa rindo.

-- Foi modo de dizer amor. -- Disse e beijou Julia. -- Mas eu disse “vou ao hospital”, você errou. -- Sorriu lhe fazendo um carinho no rosto. -- Vamos ruiva da minha vida... -- A beijou novamente. -- Vai se trocar para nós irmos ao hospital. -- Frisou bem o “nós” e ambas riram. -- Vai amor.

-- Ok. Volto rapidola. -- Julia disse já correndo para o quarto.

 

* * * *

 

-- Mãe? -- Agatha chamou por Samantha da entrada da porta que dividia o consultório e sua sala particular.

-- Oi filha? -- Samantha inqueriu olhando a filha. Conversava com Marina e Natelly há instantes.

Depois que as quatro tinham almoçado entre conversas e risos, pediu a filha para que ficasse no quarto ao lado assistindo, para que pudesse conversar com Marina e Natelly. Agatha reclamou, pois segundo a mesma, toda vez a mãe lhe mandava sair dos lugares, todas riram e mais uma vez Natelly explicou que era porque Samantha a amava e que estava cuidando dela e advertiu também que as conversas dos adultos era muito chata. E só então a pequena aceitara entrar para assistir... Samantha contou tudo, a mais nova amiga e enteada, desde quando socorrera Amanda até o presente momento, mas privando-as e muito dos detalhes, claro.

-- Porque que a Marcela tá na televisão? -- Agatha perguntou curiosa.

-- A Marcela está na televisão? -- Samantha indagou surpresa já se levantando para ver tal questão.

-- Está, olha. -- Agatha apontou para a tela e Samantha pode constatar que era verdade. Marcela dava uma entrevista, estava cercada de repórteres.

Marina e Natelly fitaram-se curiosas, riram levantando-se e logo indo ver como era a tal Marcela, pois Samantha comentara um pouco sobre a tal mulher e Marina também vira o relato de Eloá sobre a ex de Samantha em seu diário.

-- Essa aí é a Marcela? -- Marina indagou olhando a tela da televisão.

-- Não. -- Samantha declarou sorrindo. A mulher que Marina se referia era a repórter, pois a entrevista já tinha encerrado. Pelo que Samantha observou, Marcela falava sobre a nova responsabilidade que tinha em mãos, por ser bem jovem e já ter uma enorme empresa para liderar. Era um programa que fazia reportagens de pequenas e grandes empresas e a novidade da vez era a mais bela e jovem nova presidente de uma empresa bem sucedida no mercado, foi como se o outro jornalista se referiu a Marcela no final da reportagem.

-- Ela é milionária hein? -- Natelly indagou ao ver o finalzinho à reportagem.

-- É sim... -- Samantha afirmou, estava feliz pela nova Marcela.

-- Mãe, podemos ver a Amanda agora? -- Agatha perguntou fazendo uma carinha pidona.

-- Podemos minha vida. -- Samantha sorriu sentindo o abraço apertado que recebera da filha que abarcava sua cintura.

-- Bem, vamos então. -- Marina proferiu já saindo do ambiente logo sendo acompanhada pelas outras três. -- Naty eu vou só passar e dar um beijo na Eloá, vou para o hotel tomar um banho e trocar de roupa e talvez dormir um pouco também. -- Riu. Estava com um pouco de sono.

-- Tudo bem madrinha.

-- É engraçado tu chamar ela de madrinha. -- Agatha declarou olhando Natelly sorrindo.

-- Porque filha? -- Samantha indagou a olhando curiosa.

-- Porque sim, eu não chamo a minha tia Susan de madrinha só de tia, titia ou tia Susan.

-- Meu amor, isso é porque você está acostumada a chamar a Susan assim. Só por isso. -- Samantha explicou.

-- Eu sei, mas é engraçado. -- Sorriu.

-- Já eu não sei chama-la de outro jeito. -- Natelly declarou rindo. -- É madrinha e pronto.

-- Vamos? -- Samantha disse abrindo a porta.

-- Vamos. -- Agatha adiantou-se em sair logo sendo seguida das outras mulheres que, riam da pequena.

-- Samantha? -- Natelly a chamou, elas andavam lado a lado. Samantha segurava a mão de Agatha e lhe dava atenção no momento, fitou a jovem que a chamava. -- Será que o vovô já pode entrar? -- Investigou tímida. -- Ele já deve ter se acalmado e se eu bem o conheço ele deve estar lá fora ainda. -- Explicou desviando o olhar passando a fitar o chão.

Samantha fitava a garota a seu lado, sorriu ao vê-la desviar o olhar envergonhada. Natelly parecia muito com a mãe, não somente na aparência, mas também na personalidade, na sensibilidade, no carinho pelas outras pessoas, no olhar meigo, doce e ao mesmo tempo seguro...

-- Então? -- Natelly insistiu voltando a fitar Samantha sorrindo.

Samantha riu notando que o sorriso era o mesmo de Amanda quando queria algo. Percebeu que não poderia negar ao pedido da jovem a seu lado.

-- Pode sim. -- Proferiu e logo viu a garota abrir mais ainda o sorriso contente.

-- Obrigada. -- Agradeceu e olhou Marina que também sorria feliz por ela. -- Eu vou procurar o vovô, já eu volto. -- Declarou e saiu quase correndo em direção ao elevador.

-- Esse senhorzinho tem uma sorte... -- Marina notou sorrindo vendo a afilhada entrar no elevador alegre.

-- Você não vai muito com a cara dele né? -- Samantha perguntou rindo.

-- Deu pra perceber? -- Marina inqueriu e riu alto. -- É... ele não me tem sido fácil... desde os meus dezoito anos que eu sou... ah deixa pra lá. -- Sorriu fitando Samantha.

-- Ofendida!? -- Samantha completou a olhando sentida.

-- Uma palavra fraca, mas deixa pra lá, não vale a pena. -- Observou desviando o olhar para frente. -- Você terá que ser firme, muito firme. Carlos não é fácil e a Eloá ainda não é totalmente imune à submissão que o pai lhe causa. -- Marina advertiu voltando a fitar a morena a seu lado.

-- É eu já pude perceber... -- Samantha lembrou-se mais cedo e suspirou.

-- Olha Samantha. -- Marina parou ficando de frente para ela. Já estavam em frente a porta do quarto de Amanda. -- O Carlos é homofóbico e não esconde. Eu sofri sim esses anos todos nas mãos dele, e só não fiz nada por causa da Eloá, mas te confesso eu cansei, tanto que hoje não me controlei e lhe dei um tapa, não foi o certo eu sei. Contudo, eu não vou mais ficar de braços cruzados e pode ter certeza de que você terá meu apoio caso queira agir dentro da lei, porque de uma coisa eu tenho certeza ele vai te ofender e vai ofender a Eloá.

Samantha escutou a tudo com atenção, percebeu que o pai de Amanda não era simples de lhe dar, mas agora com as palavras de Marina, carregadas de decisão e magoas, ficou verdadeiramente aflita pelo que teria que enfrentar, não por ter medo do homem em questão, mas de toda a situação que ele poderia causar ao descobrir a relação entre ela e Amanda, o amor delas... Entretanto Samantha estava decidida a lutar bravamente para poder ter Amanda a seu lado, sempre.    

-- Obrigada e pode ter certeza de que se eu precisar te informarei. -- Sorriu franca.

-- Manhêee, vamos entrar logo. -- Agatha estava impaciente ao lado da mãe que, segurava a sua mão. -- A Naty tem razão a conversa de vocês é muito chata! -- Notou olhando as duas mulheres e essas gargalharam.

-- Vai meu amor, entra. -- Samantha deixou abrindo a porta para a filha entrar, esta, logo obedeceu.

-- Amanda... -- Samantha e Marina puderam ouvir Agatha dizendo.

-- Mais uma coisa. -- Marina advertiu antes que elas entrassem também.

-- O que? -- Samantha indagou fechando a porta.

-- O Carlos é desconfiado e bisbilhoteiro, muito mesmo. E você além de pegá-lo pelo colarinho e dizer tudo aquilo. -- Riu lembrando. -- Você ainda chamou a Eloá de “amor” vária vezes, e além de rabugento que nós já sabemos. -- Riu novamente e Samantha também. -- O velho é inteligente e pega as coisas no ar, parece sina eu hein. Ou seja, ele deve estar com a pulga atrás da orelha sobre você.

-- Você está querendo dizer que ele já desconfia que sou lésbica e que estou com a Amanda?

-- Que você está com a Eloá eu acho que ainda não, mas que ele desconfia que você é lésbica e que lá na cabeça dele é você quem está rondando a filha dele a querendo levar pro mal caminho, persuadi-la, essas coisas. -- Disse rindo. 

-- Será? -- Samantha estava indecisa.

-- Eu tenho certeza. Olha são anos de experiência. -- Sorriu. -- Fica esperta, o velho é tinhoso e vai investigar... isso se já não o fez... Escuta aqui nesse hospital todos sabem que você é homossexual ou só os íntimos? Sabem sobre você e a Eloá? -- Marina indagou curiosa, pois se lembrou de algo.

-- Bom, que sou lésbica todos devem saber, sabe um conta pra outro que conta pro outro, enfim. -- Riu. -- Mas que estou com a Amanda só minha família, amigos íntimos, aqui do hospital só a Sheila, minha irmã e o Olavo, que confio plenamente, não vão contar.

-- Menos mal, mas...

-- Mas o que?

-- Se alguém perguntar se você é lésbica os funcionários desse hospital vão confirmar?

-- Sei lá. Por mim... -- Samantha deu de ombros.

-- Puta merd*, ele já sabe! -- Marina constatou.

-- Que estou com a Amanda? -- Perguntou entendendo onde Marina queria chegar.

-- Não, isso ainda não. Mas que você é lésbica ele com toda certeza já sabe.

-- Ah que se dane, que venha, eu não vou me acovardar, não mesmo!

-- É isso aí! -- Marina concordou sorrindo. -- Só um minuto. -- Disse ao sentir o celular vibrar e o pegou. -- É a Naty. Oi?

-- Madrinha estou aqui fora com o vovô e o papai e os seguranças não querem deixar ele entrar. -- Explicou. -- Cadê a Samantha?

-- Só um minuto... A Naty está lá fora com o pai e o avô e os seguranças...

-- Ah droga. -- Samantha lembrou que não tinha avisado os mesmo que podiam deixar o senhor entrar. -- Eu me esqueci de avisar. -- Samantha falou indo até um telefone ali mesmo na sala onde estavam, pegou o aparelho e discou apenas dois números. -- Doutora Samantha Cooper, pode liberar a entrada do senhor Carlos... Sim esse mesmo, obrigado. -- Disse e desligou. - Pronto.

-- Naty e aí? -- Marina voltou a falar com a garota.

-- Tudo bem, entramos.

-- Ok, até já. -- Disse e desligou. -- Entraram.

-- Mais uma para o senhor me odiar. -- Samantha observou e Marina gargalhou.

-- Pode ter certeza disso. -- Mariana ria. -- Bem, eu vou só dá um beijo na Eloá e vou pro hotel.

-- Vai voltar?

-- Vou sim. -- Marina olhou a hora. -- Duas e meia. Volto a noite, vou fazer umas ligações, trabalho, eu abandonei tudo. -- Lembrou.

-- Mas hoje é domingo. -- Samantha advertiu.

-- Pois é vou aproveitar a folga do povo. -- Riu. -- Na verdade vou ligar pra uma amiga e ver como estão às coisas, ela ficou de segurar as pontas num relatório, enfim, e depois tranquilizar a milha família também.

-- Ah sim. Vamos, quero dar um abraço na Amanda antes que o pai rabugento dela chegue. -- Disse rindo e abriu a porta. Marina que estava a seu lado gargalhou.

-- Ai eu já sou tua fã! -- Marina disse ainda rindo.

-- Nossa quanta alegria. -- Amanda notou vendo Samantha rindo mais discreta enquanto que Marina ria mais eufórica. -- Porque você já é fã da Sam? -- Investigou fitando a amiga curiosa.

-- Nada demais, é só que ela é... espirituosa! -- Declarou olhando Samantha rindo. -- Vai mulher seu tempo está acabando.

-- Ah é! -- Samantha lembrou. Estava ao lado da cama de Amanda, mas ainda não tinha lhe dado um beijo e nem o abraço que queria. -- Amor me desculpa por ter saído daquele jeito. -- Samantha disse olhando Amanda com amor passando a lhe fazer um carinho no rosto.

-- Me desculpa você Sam, eu fui uma idiota...

-- Aff. Está parecendo àqueles filmes onde está tudo explodindo ao redor e os personagens ainda tem tempo de discursar, se desculpar e isso e aquilo... Beija logo! -- Marina advertiu e todas riram. 

-- Eu vigio a porta! -- Lúcia também se manifestou em incentivo.

-- Vai mãe, Amanda... -- Agatha aconselhou também.

-- Parece que... -- Amanda foi interrompida pelos lábios de Samantha colando os seus em um beijo carinhoso, beijo que retribuiu com a mesma magnitude, mesmo amor. Samantha pediu passagem com a língua e aprofundou mais o contato das bocas, do beijo...

-- Ei tá bom! -- Marina avisou rindo. -- Tem criança no ressinto. -- Disse e todas riram inclusive Amanda e Samantha que interoperam o beijo entre sorrisos.

 

* * * *

 

-- O que vocês ficaram fazendo esse tempo todo? -- Natelly perguntou olhando do pai para o avô. Tinham acabado de entrar no hospital depois que Samantha liberara a passagem de Carlos.

-- Fomos almoçar num restaurante que tem aqui perto e depois ficamos dando um tempo lá. -- Fabrício respondeu olhando a filha a seu lado, ela estava entre ele e Carlos.

-- Todo esse tempo?

-- Foi. Mas ainda fomos a uma farmácia, seu avô não estava bem.

-- O que o senhor tinha vô? -- Indagou parando em frente ao avô o olhando preocupada.

-- Eu estou bem queria, não se preocupe. -- Carlos disse tranquilizando a neta. -- Seu pai que fez questão de me arrastar para a farmácia, porque segundo ele eu devia estar com a pressão alta, eu de pressão alta? -- Sorriu

-- Ah sei lá né? O senhor estava caladão, não comeu direito, ficava só lá pensando e tinha se exaltado ainda mais cedo. -- Explicou olhando o senhor e depois fitou a filha e deu de ombros. -- Eu tinha que fazer alguma coisa. Levei ele na farmácia para verificar a pressão, tomar um remédio, essas coisas. -- Riu ao ver a cara contrariada do sogro.

-- A mulher de lá me mediu de cima a baixo, me fez subir numa balança, pois um troço aqui no meu braço, e fora que custou uma grana e tudo pra que? Pra depois dizer “o senhor está ótimo senhor Carlos”, coisa que eu já sabia. Culpa do seu pai! -- Carlos acusou apontando Fabrício estava um tanto irritado. -- E vamos logo, quero conversar com a Eloá. -- Disse já se antecipando em andar na direção do elevador.

-- Vovô... -- Natelly correu o acompanhado. -- Não vai...

-- Não se preocupe não vou me exaltar, nem brigar, nem ofender ninguém. -- Disse calmo olhando a neta a seu lado e logo fitou Fabrício que os acompanhava também. -- Mas quero conversar com a minha filha a sós, isso aquela médica não pode me negar. Tenho esse direito.

-- Vovô é só o senhor pede com calma, sem brigas. O senhor...

-- Olha, eu sei o que fiz e não me arrependo. -- Carlos disse interrompendo Natelly. -- Mas dessa vez vou pedir com educação, eu já disse não foi?

-- Disse...

-- Então pronto. Vou chegar e dizer que quero conversar com a minha filha e todos tem que sair do quarto e vocês dois tem que me apoiar, não quero mais brigar, só quero falar com a Eloá. -- Explicou olhando genro e neta. -- Posso contar com a ajuda de vocês?

-- Claro vovô. Não é pai? -- Natelly olhou Fabrício o incentivando.

-- Pode sim. -- Fabrício entendia que o homem tinha esse direito, era pai. E ajudaria sim, desde que o mesmo agisse educadamente.

-- Ah vamos de escada mesmo o elevador tá demorando. -- Carlos sugeriu. Eles estavam em frente a porta do elevador o esperando enquanto conversavam.  

-- Calma, ele está vindo. – Fabrício avisou. -- Olha ele aí. -- Disse vendo a porta abrir. -- Olha... Oi. -- Fabrício proferiu simpático ao reconhecer Susan.

-- Oi. -- Susan sorriu espontâneo o cumprimentando. Estava de mãos dada com a esposa e ambas fitavam os três ainda fora do elevador. -- Vão subir?

-- Ah sim, vamos. -- Fabrício sorriu entrando, seguido de Natelly.

-- Vô, vamos, não estava com pressa? -- Natelly disse chamando a atenção de Carlos que estava parado, não pode deixar de ver as duas mulheres de mãos dadas, seus pensamentos era que existia mais gente “assim” em um pequeno ambiente, do que ele poderia suportar. -- Vovô!

-- Ah sim, claro. -- Carlos disse entrando.

-- É... então eu não sei o seu nome, desculpe. -- Fabricio disse olhando Susan sorrindo. -- O meu é Fabrício, essa é minha filha Natelly e Carlos. -- Fabrício falou simpático.

-- Prazer. -- Susan disse os fitando. -- Meu nome é Susan, e essa é minha esposa Julia.

-- Jesus! -- Carlos proferiu baixo, mas ainda assim foi escutado por todos.

-- Vovô! -- Natelly o repreendeu entredentes. Carlos saiu quase correndo assim que a porta se abriu. -- Desculpa. -- Natelly disse envergonhada fitando Susan e Julia enquanto também saiam do elevador.

-- Não se preocupe com isso, já estamos meio que acostumada. -- Susan declarou.

-- Eu já tinha te visto aqui no hospital. -- Fabrício observou. -- São amigas da doutora Samantha, certo?

-- Somos sim. -- Julia quem respondeu sorrindo.

-- Vocês formam um lindo casal. -- Natelly disse simpática.

-- Obrigada. -- Foi Julia quem agradeceu simpática.

-- Você que é a madrinha da Agatha né? Ele vivi falando na tia Susan. -- Natelly disse olhando Susan sorrindo.

-- Sou sim. -- Susan sorriu confirmando. -- E por falar nela, estão aí? Digo Samantha e a Agatha? -- Susan investigou fitando entre Natelly e o pai.

-- Estão sim, no quarto com a mamãe.

-- Ah, você é a filha da Amanda. -- Julia constatou sorrindo.

-- E por falar nisso... Pai o vovô já entrou, vai ver o que ele apronta, por favor. -- Natelly lembrou.

-- Verdade, deixa eu ver. -- Fabrício concordou. -- Foi um prazer moças. -- Fabricio as cumprimentou risonho e entrou.

-- Você parece com a sua mãe. -- Julia observou.

-- Obrigada. Todos dizem isso. -- Sorriu.

-- Podemos entrar também? -- Susan investigou. -- É rapidinho, só um oi. -- Explicou.

-- Claro. Lógico que sim. -- Afirmou rapidamente. -- Vamos a Samantha está lá e a Agatha também. -- Natelly declarou e logo elas entraram.

-- Susan, Julia!? -- Amanda foi a primeira que as viu. Estava surpresa e feliz as olhando.

-- Tia Susan, tia Julia. -- Agatha quase ao mesmo tempo em que Amanda.

-- Que surpresa boa! -- Amanda sorria realmente feliz.

Susan e Julia estavam surpresas com a recepção calorosa da mulher, pois para elas Amanda ainda estava sem a memória recente. Mas sorriram felizes com a mais boa nova. Susan fitou Samantha que, sorria, estava ao lado esquerdo da cama onde Amanda estava com Agatha, estava feliz pela amiga, pelas duas amigas, percorreu o olhar pelo lado direito, notou uma senhora ao lado de Carlos, eles estavam ao lado da cama, deduziu que fosse a mãe de Amanda, ela estava com o braço em volta no do senhor e lhe sorriu, sorriu de volta. Viu Fabricio e Natelly, e sentada no sofá tinha outra mulher, não conhecia, mas sorriu ao vê-la lhe cumprimentar com um aceno de cabeça e um sorriso discreto.

-- Ai vem cá vocês duas, eu quero dá um abraço em vocês. -- Amanda disse contente abrindo os braços as chamando. Susan sorriu e abraçou Amanda com carinho, mas logo deu passagem para Julia que também a abraçou meiguice. -- Que bom que vieram. -- Sorriu. -- Olha deixa eu te apresentar...

Carlos estava irritado, primeiro que quando entrou logo encontrou a médica ao lado da filha, e Agatha na cama com Eloá, a esposa e Marina riam de alguma coisa e logo pararam com sua entrada. Segundo que, assim que entrara, passou a fitar Samantha tentando não transparecer sua raiva, a vontade que tinha era de expulsa-la dali, e para completar a sua impaciência a mulher ainda lhe olhou sorrindo, não teve forças para retribuir, a única coisa que fez foi ir para o lado da esposa e ficar quieto, esperava a melhor oportunidade para falar com a filha a sós, viu tal chance com a entrada de Fabrício que prometera lhe ajudar, mas logo tal pensamento caíra por terra com a entrada das outras duas mulheres e da neta, em um ímpeto angustiado suspirou pesadamente, chegou a dar um passo no intuito de sair do quarto, não bastara o elevador. Mas teve seu braço segurado pela esposa que o olhou séria, resolveu ficar, pois também queria ver onde tudo iria dar. Observou as duas mulheres olharem o quarto e logo ambas abraçarem Eloá a seu pedido. Como sua filha as conhecia? Não entendia como uma pessoa que estava em coma até o dia anterior pudera conhecer tanta gente, pensava. Seu intuito lhe dizia que tinha alguma coisa errada, só não sabia o que, quase nada fazia sentido.

-- Pai? -- Amanda o despertara de seus pensamentos.

-- Oi? -- Disse confuso.

-- Está tudo bem? Está calado. -- Amanda observou o olhando preocupada.

-- Está sim filha. -- Forçou um sorriso. -- Não se preocupe.

-- Certeza?

-- Sim, claro. -- Respondeu sério. -- Filha eu... -- Carlos foi interrompido por duas batidas na porta e logo todos observaram de quem se tratava. Carlos teve vontade de xingar o intruso, mas lembrara que o mesmo talvez lhe podia ser útil, muito útil.

-- Olha só, vejo que nossa paciente está bem amparada. -- Olavo disse sorrindo para todos, ainda da porta.

-- É sim. -- Amanda concordou sorrindo.

-- Como se sente? Teve dores? Tontura? Algum incomodo? -- Olavo investigou aproximando-se de sua paciente. Samantha lhe deu passagem e ele pode ficar bem próximo de Amanda. Estava vestido casualmente e não usava jaleco. Tinha ido ao hospital apenas fazer uma checagem em sua paciente especial.

-- Não tive dores. Estou bem. -- Advertiu alegre.

-- Que ótimo. -- Sorria contente. -- Vieram te aplicar o medicamento depois do almoço? -- Investigou já tirando um objeto do boldo da camisa.

-- Ah, veio uma enfermeira sim, ela me deu um remédio pra tomar e me aplicou outro na veia. -- Amanda declarou.

-- Excelente... Não trocou o curativo?

-- Não isso não. -- Declarou.

-- Tudo bem, façamos agora. -- Advertiu e olhou para Samantha. -- Pode pegar os materiais?

-- Claro. -- Samantha sorriu e saiu.

-- Vejo que gostas de ficar nessa cama em pequena... -- Olavo disse fazendo um carinho nos cabelos de Agatha.

-- É sim. -- Sorriu. -- A Amanda deixa.

-- Claro que sim. -- Notou olhando a mulher em questão e depois voltou a olha a menina. -- Mas o tio Olavo vai precisa que você sai um instantinho só, pode ser?

-- Pode sim. -- Agatha afirmou já descendo da cama. -- Vai fazer o que com isso aí? -- Investigou ao ver Olavo mexendo em uma lanterna.

-- Vou iluminar os olhos de Amanda e ver como estão os reflexos.

-- Isso dói? -- Perguntou curiosa e despertou um sorriso em quase todos.

-- Não meu anjo. Não dói nadinha, apenas um desconforto por causa da luz, mas logo passa. -- Olavo explicou. -- Quer ver como é?

-- Tem certeza que não dói? -- Indagou fazendo uma careta receosa.

-- Tenho sim!

-- Então eu quer ver. -- Afirmou.

-- Muito bem, vem aqui. -- Olavo a pôs sentada na cama. -- Abri bem esses olhos lindos e segue a luz ok?

-- Aram. -- Sorriu.

-- Olha aí, segue, segue, segue... -- Olavo dizia movendo o objeto e Agatha ria olhando. -- O outro, segue, segue, segue... Viu como não dói?

-- É, não dói. -- Constatou. -- Mas agora o senhor tá preto. -- Observou e todos riram.

-- Esse preto, que é o incomodo, mas logo passa.

-- É já tá passando. -- Notou olhando o ambiente.

-- Agora eu vou fazer nela. -- Disse se dirigindo a Amanda e começando a examina-la.

-- Mãe o tio Olavo colocou uma luz nos meus olhos, e nem doeu. -- Agatha revelou assim que viu a mãe entrando.

-- Foi? -- Samantha sorriu. Segurava uma bandeja com vários matérias clínicos.

-- Aram. -- Proferiu olhando o que a mãe segurava. -- Agora isso ai deve doer né? -- Investigou fazendo uma careta e Samantha riu.

-- Não meu amor. Esse aqui também não dói. -- Samantha explicou. -- E então? -- Samantha investigou olhando Olavo ao termino da análise.

-- Ela está ótima, reflexos normais! -- Revelou contente e todos comemoraram. Carlos, internamente, mas um ponto a favor para levar a filha para casa o mais rápido possível. -- Vamos ao curativo. -- Disse pegando a bandeja das mãos de Samantha e a pondo sobre a cama perto de si. Pegou as luvas, colocou e começou a tirar curativo que estava na cabeça de Amanda. Retirou tudo e o descartou no lixo, e depois ficou dando uma olhada avaliadora.

-- Mãe eu quero ver. -- Agatha confessou olhando de Samantha para Amanda que, tinha a cabeça levemente abaixada.

-- Vem cá. -- Samantha a pegou no colo e aproximou-se mais de Amanda, ficando um pouco ao lado de Olavo, para não atrapalhar.

-- Amanda tu está careca! -- Falou exagerada assim que viu uma pequena região raspada. A gargalhada foi geral, até Carlos não conseguiu controlar-se, mas logo se recompôs.

-- Eu já falei que amo essa pequena? -- Marina indagou rindo. -- Pois é, eu AMO essa menina! -- Declarou a olhando sorrindo.

-- Filha ela não está careca. -- Samantha ainda ria. -- Foi só um pedacinho que foi raspado para fazer a cirurgia. Olha, ela está com todo o cabelo ainda, só aquela região que não, mas vai crescer logo.

-- Ah tá... O que é aqueles pontinhos pretos? -- Indagou curiosa.

-- São os pontos. O tio Olavo pôs para fechar o corte que ele fez e não sair mais sangue e a Amanda ficar boa logo. -- Explicou a olhando.

-- Tio Olavo isso aí dói? -- Investigou ao vê-lo fazendo a assepsia do local. -- Dói Amanda?

-- Não meu anjo. -- Amanda respondeu imediatamente a olhando rapidamente.

-- Mas parece que dói. -- Observou olhando. -- Mãe a senhora sabe fazer isso que o tio Olavo tá fazendo? -- Inqueriu a fitando.

-- Sei.

-- Então porque a senhora não faz também?

-- Porque o Olavo já está fazendo.

-- Ajuda ele.

-- Filha se eu for para lá também, eu vou atrapalhar e não ajudar. -- Samantha sorriu vendo a confusão da filha. -- Têm coisas que não dá para duas pessoas fazer ao mesmo tempo. Tipo o curativo da Amanda. O tio Olavo é fera e já está terminado. -- Explicou.

-- Hum. -- Proferiu e voltou a olhar na direção de Amanda e Olavo, este, já colocava a atadura ao redor da cabeça de Amanda. -- Até quando a Amanda vai ter que usar curativo?

-- Até ela ter alta ou uns dias depois. -- Samantha respondeu. -- Não vai demorar, vai ver.

-- Ah, mas ela vai lá pra casa aí a senhora faz, a senhora disse que sabe. -- Sorriu lembrando.

Samantha fitou Carlos automaticamente, este a olhava com um olhar indecifrável para ela. Voltou a olhar Agatha e sorriu.

-- É isso aí! -- Confirmou convicta.

-- Prontinho, moça. -- Olavo advertiu ao termino. -- Curativo novinho. -- Sorriu.

-- Obrigada. -- Amanda agradeceu o olhando sorrindo.

-- Tudo muito bem por aqui. -- Marina levantou-se do sofá e foi até Amanda. -- Eu já me demorei demais. -- Sorriu. -- Amore, vou pro hotel e talvez só volto a noite. Tudo bem? -- Indagou, estava ao lado da amiga.

-- Claro. Pode ir Mary.

-- Ok. -- Marina aproximou-se o suficiente para dar um beijo carinhoso no rosto da amiga. -- Tchau. -- Disse sorrindo e logo fitou Fabricio já tirando um objeto do bolso da calça. -- Pensa rápido Bartô. -- Proferiu jogando a chave do carro para ele que a pegou de reflexo. -- Sorte. -- Riu.

-- Porque não vai no carro? -- Fabricio investigou.

-- Vou de táxi mesmo, vocês vão ficar em maior número, vai que precise. Não vou sair, vou ficar no hotel.

-- Tudo bem.

-- Tchau pessoal... Ah deixa eu dá um beijo nessa fofura. -- Marina a pegou dos braços de Samantha e a abraçou forte lhe dando vários beijos. Agatha ria divertida. -- Tchau meninas, foi um prazer. -- Disse olhando Susan e Julia depois de pôr a pequena no chão. -- Bye Naty, todos e fui. -- Falou e saiu.

-- Como ela está doutor? -- Carlos, finalmente falara algo.

-- Está ótima, reagindo rapidamente ao tratamento.

-- Ah que bom. -- Sorriu sincero fitando a filha. -- Filha eu posso conversar com você? -- Investigou e logo olhou as pessoas a sua volta. -- A sós. -- Advertiu sério.

-- Pai, nós...

-- Por favor, é importante. -- Insistiu e olhou Natelly e depois Fabrício em um pedido de ajuda.

-- Mãe o vovô quer conversar numa boa. -- Natelly interviu pelo avô. -- Deixa vai... -- Pediu olhando a mãe com uma carinha suplica. 

Samantha olhou Amanda que fitava a filha, depois olhou para Carlos e a esposa, esses a olhavam, desviou o olhar viu Fabrício que estava olhando Carlos, e por último fitou suas amigas e viu Susan lhe acenando para saírem, suspirou entendendo a amiga, além de curiosa, Samantha soube que Susan percebeu a tensão do ambiente.

-- Amanda converse com o seu pai. -- Incentivou a olhando serena. Carlos a olhou surpreso, mas Samantha não viu tal ato. -- Eu vou estar lá fora qualquer coisa é só me chamar. -- Sorriu. -- Vamos filha. -- Samantha pegou na mão de Agatha e foram as primeiras a saírem, seguidas de Susan, Julia e Olavo depois Fabrício, Natelly.

-- Juízo em seu Carlos. -- Lúcia advertiu antes de sair.

-- O que o senhor quer pai? -- Amanda investigou assim que a mãe saiu.  

-- Filha me escuta. -- Carlos aproximou-se mais de Amanda a olhando sério. -- Você sabia que a doutora Samantha é sapatão?

-- O QUE? -- Amanda indagou deveras surpresa, mas por saber que o pai já sabia e não pela pergunta em questão que, fora o que Carlos pensara.

-- Não sabia né? -- Carlos sentiu certo alivio no momento. -- Pois é, eu descobri depois que eu sai daqui.

-- Pai o senhor foi investigar a vida da Samantha? -- Amanda perguntou num misto de preocupação e irritação.

-- Mais ou menos.

-- Pai! -- Falou alto o olhando em reprovação.

-- Ah não foi nada demais. Filha ela está dando em cima de você? Está te forçando a algo? Sei lá essas coisas...

Amanda estava extremamente surpresa e começando a indignar-se com tais indagações que Carlos proferia. Não sabia o que responder, não sabia como agir diante da situação, não tinha coragem de revelar tudo ao pai no memento, seus pensamentos estavam em desordem, não conseguia raciocinar direito.

-- Responde filha, essa sapa... mulher tentou algo com você?

-- Não pai! -- Negou em reflexo, estava aflita. -- Não tentou nada disso. -- Procurava palavras para argumentar. -- Pai eu sou casada e a doutora Samantha sabe disso. -- Resolveu fingir-se de indignada com a ocasião incomoda. -- E nem pense em ofendê-la entendeu? -- Advertiu séria.

-- Calma, não precisa se exaltar. -- Advertiu. -- Só queria saber se ela...

-- Não, não e não. Ela não deu em cima de mim, não está me forçando a nada. -- Mentiu convicta. -- E chega desse assunto!

-- Está bem, está bem... -- Carlos deu-se por satisfeito. Pelo que pudera perceber na filha, estava sendo sincera, segundo suas conclusões.

-- Pode ficar tranquilo. -- Resolveu dar por encerrada a conversa. -- E não quero mais falar sobre esse assunto.

-- Tudo bem. Mas...

-- Ótimo! -- Falou o interrompendo. 

-- Filha ela te convidou pra ficar na casa dela. Isso quer dizer que ela quer...

-- Quer o que pai? -- Amanda indagou quase gritando o olhando brava. -- Ela só estava sendo gentil.

-- Tá, se você diz... -- Carlos pensara melhor, percebera a irritação da filha e não podia botar tudo a perder, tinha que agir com cautela. Não vamos falar mais sobre isso. -- Sorriu tentando ser convincente. -- Mas me diga uma coisa... Como você conhece tantas mulheres... é... tipo as duas moças que vieram ainda a pouco e a doutora Samantha...

-- Como eu conheço várias pessoas homossexuais? Fala pai. Homossexuais. O senhor não vai morrer por isso não. -- Amanda já estava sem paciência.

-- Filha você entendeu... Me diga como as conheceu se estava em coma?

Amanda suspirou em busca de calma, precisava pensar nas respostas para não se atrapalhar.  

-- Pai eu as conheci ontem antes de vocês chegarem. -- Mentiu tentando ser convincente. -- Elas são amigas da Samantha e todos, eu disso todos desse hospital foram um amor comigo, cuidaram muito bem de mim. Desde o motorista da ambulância até Samantha e o doutor Olavo. -- Esta parte era verdade, pensara e sorriu. -- Vai me dizer que todos estão cuidando de mim porque estão com segundas intenções? Ah tenha santa paciência... E para de ficar pensando besteira.

-- Filha eu... -- Carlos pensava em tais argumentos. -- Me desculpa, não queria te irritar...

-- Mas irritou e, por favor, chega desse assunto que a minha cabeça já está doendo. -- Mentiu e, estava se atormentando por isso, mas foi o único jeito que encontrou.

-- Está doendo muito? Quer que eu chame o médico? -- Preocupou-se realmente. -- Fala Eloá. Eu chamo? Eu vou chamar. -- Disse já indo em direção a porta, mas fora impedido pela filha que já estava arrependida por ter mentido.

-- Não. Já está passando, não precisa chamar o médico.

-- Tem certeza? -- Investigou voltando para perto dela.

-- Tenho. Eu estou bem, juro. Vou ficar, é vou ficar, não se preocupe. -- Sorriu nervosa.

-- Está bem... É...

-- O que foi agora seu Carlos? -- Perguntou o olhando sorrindo.

-- Filha eu sei que você já disse que iria ficar na casa da doutora lá e ela já até me pegou pelo... enfim. E depois disso tudo aquilo que você ouviu e eu fui expulso...

-- Pai resume! -- Amanda pediu e logo riu, nunca tinha visto o pai enrolar-se com as palavras, isso era inédito, lembrara. Samantha havia mesmo deixado Carlos desconsertado.   

-- Eloá eu não quero que fique na casa dela e antes que diga que é por preconceito, não é. -- Mentira.

-- Pai mentir não vai ajudar! -- Amanda advertiu sério o olhando.

-- Tá bom, eu menti. -- Confessou. -- Não gosto dessas... deixa pra lá. -- Resolveu ficar calado ao ver o olhar de reprovação de Amanda, mas o que ele não percebera foi à dor, o medo, a decepção, tristeza que a filha também tinha nos olhos. -- Temos que retornamos pra Florianópolis Eloá, a empresa precisa de você. A Camila e a Juliana não dão conta, o Fabrício está aqui também, não quis retornar.

-- Pai a empresa e a menor das minhas preocupações no momento. -- Declarou magoada com a insistência do pai em seu retorno. -- Pensei que o senhor queria o meu retorno porque estava preocupado comigo, com a minha saúde, porque queria a minha presença com o senhor, em casa, em família. -- Eloá estava realmente magoada com o pai. -- E não por causa da empresa, é só nisso que o senhor pensa, desde quando eu completei dezoitos anos, me fez casa, assumir a empresa e nem me perguntou se era isso o que eu queria. -- Eloá tinha os olhos marejados, brilhavam de ressentimento, magoa, decepção. -- Poxa eu passei a minha vida inteira me dedicando a aquela empresa, e o senhor só sabe reclamar. Pai caso o senhor não tenha percebido, eu acabei de passar por uma cirurgia e o senhor já quer me arrastar pra trabalhar!? -- Amanda já chorava, deixava as lágrimas caírem sem impedimentos, lágrimas de desgosto, desapontamento. -- O senhor joga tudo pra cima de mim, e ainda me cobra bons resultados. Porque não faz isso com o Felipe também? Ele vive esbanjando o que tem, só sabe ligar e pedi dinheiro e o senhor todo orgulhoso dá, porque ele é isso e aquilo, que pega as mulheres aos montes, que é o seu campeão. -- Amanda riu triste. -- Ele não ganha nem nas competições internas lá da fazenda. Eu monto melhor que ele, a Naty monta melhor que ele. Ele não treina, nunca vai ganhar, vive assim porque o senhor o apoia. Ele é seu campeão em que? De gastar o dinheiro, dinheiro que EU dou duro em conseguir? Eu amo meu irmão, amo todos vocês e muito... Mas tenha a santa paciência viu!? E ela já esgotou! 

-- Filha eu sei que te cobro muito, mas é eu só confio em você o Filipe é do jeito que é. Não tem como eu botá-lo na empresa, ele nem terminou o curso ainda.

-- Pois o faça terminar. Porque eu não vou ficar na empresa pra sempre! -- Amanda percebera tarde o que acabara de dizer, mas não estava nem ligando mais, uma hora o pai iria saber sobre ela e Samantha, mais cedo ou mais tarde, pois Amanda não estava mais interessada em viver as escondidas, não mesmo.

-- Porque está dizendo isso, Eloá? -- Indagou extremamente preocupado a fitando.

-- Pai eu não vou viver pra sempre, alguém tem que seguir com a empresa. -- Disse a primeira coisa que lhe veio à cabeça. -- Não é?

-- É, mas você disse de um jeito... estranho. -- Carlos a olhava desconfiado, mas não sabia ao certo o que pensar.

-- Pai chega desse assunto. Eu quero ficar sozinha, por favor. -- Amanda disse desviando o olhar para a porta a indicando para o pai sair.

-- Mas ainda não terminei, nem falei o...

-- Eu sei o que o senhor quer pai. -- Observou voltando a olhá-lo, estava séria e não chorava mais. -- Quer que volte com o senhor para Florianópolis assim que tiver alta não é?

-- Sim, sim filha! -- Sorriu sincero, pesando que finalmente a filha o entendera e aceitara ir com ele. -- Ah que bom que você entendeu. Estou feliz, na terça vamos todos de ônibus, mas se os outros quiserem ir de avião eles vão, eu vou com você, não se preocupe. -- Olhava a filha eufórico.

Amanda o fitava incrédula, pensava em que momento dissera ou fizera algo para o pai pensar que ela tinha aceitado ir com ele depois da alta médica. Não, não fizera nada, o pai, como sempre estava a persuadi-la, a fazendo se submeter mais uma vez a sua vontade. Pensara em Samantha, está sim, sabia o que queria, na hora que queria, e o buscava sem medo, com maestria e pulso firme, lembrara-se dela dando uma prensa no pai. No momento assustou-se, mas agora percebia que somente assim, Carlos era forçado a ouvir a opinião dos outros. Admirava Samantha, e a amava, muito. Sorriu tomando forças, queria resolver tudo, contar toda a verdade para o pai a família. Tudo que mais queria era poder ser livre para viver com sua amada, ser livre dos medos, dos ressentimentos, do trabalho excessivo, de tudo... Fitou Carlos a seu lado, ele a olhava feliz, sorriu tomando uma decisão, no momento foi a mais sensata que achou e fora uma decisão que tomara por si própria e não por ser a vontade do pai ou de quem quer que fosse.

-- Pai eu ainda não decidi se vou...

-- Como assim não vai? -- Indagou aflito.

-- Calma. -- Amanda sorriu, tinha se acalmado, pensar em Samantha tinha lhe feio bem. -- Posso falar?

-- Pode. -- Suspirou preocupado.

-- Olha como a Samantha tinha me oferecido a casa dela e eu tinha aceitado, nada mais justo eu conversar com ela e explicar que o senhor quer que eu vá logo. Não concorda?

-- É... -- Carlos olhava a filha, tentava decifra-la, mas não conseguia, não mais. -- Você pode ter razão.

-- Eu tenho razão sim. -- Sorriu. -- Pai eu vou conversar com a Samantha, e depois te digo como foi.

-- Mas você vai não é? Essa conversa é só pra dizer a ela que você vai comigo, é isso? -- Investigou preocupado.

Amanda riu, por incrível que pareça, ela estava certa de algo. Não desistira de Samantha, nunca, isso jamais. Mas como sabia que teria que retornar a Florianópolis para resolver várias coisas pendentes, então pensou que quanto mais cedo melhor. E munida de uma coragem, que jamais pensara que teria, coragem de contar tudo assim que chegasse a sua cidade.

 -- Sim pai, eu vou com vocês.

-- A graças a Deus! -- Carlos declarou aliviado e num ímpeto abraçou Amanda com alegria e lhe deu um beijo. -- Sabia que você me escutaria, sempre me escuta, não seria agora que me decepcionaria. -- Disse ainda no abraço.

Amanda aproveitara o momento, era raro o pai faze-lo, embora fosse por estar contente e não por querer o faze-lo pelo simples fato dela ser sua filha, de ama-la... Não, por isso ele não fazia, a não ser que ela cobrasse uma vez ou outra, assim como era com a irmã também. Nádia era tratada da mesma forma, apenas Felipe parecia ser o mais amado, pois era quem o pai mais demonstrava afeto. Refletira que aquele abraço poderia ser o último deles dois, pois já sabia que quando o pai descobrisse a verdade, teria no mínimo aversão em lhe abraçar novamente. Isso entristeceu Amanda e rapidamente seus olhos encheram de lágrimas sentidas, amava o pai, não queria perde-lo, mas ao mesmo tempo, não cogitava a ideia de perder Samantha, isso nunca, pensava.

 

* * * *

 

-- Sam eu não acredito, ela se lembrou de mim, da Jú. -- Susan disse assim que saíram do quarto. -- Ela se lembrou de você, de tudo. Ai que máximo amiga! -- Susan abraçou Samantha, estava feliz pela amiga.

-- Sim tia ela se lembrou da gente. -- Agatha antecipou-se em falar. -- Eu dei o diário pra ela e ela leu e se lembrou de tudo. -- Sorriu feliz.

-- Ah o diário. -- Susan lembrou e sorriu olhando a afilhada. -- Você é bem esperta hein? -- Pronunciou e a pegou no colo. Aproveitando para lhe dar um abraço apertado e vários beijos. Agatha sorria divertida. Julia, Samantha e logo Olavo, Natelly, Fabrício e Lúcia as acompanharam. -- Eu te amo pequena. -- Afirmou a olhando sorrindo. -- Amo muito! -- Disse e a beijou novamente.

-- Também te amo tia. -- Sorriu. -- Você e a tia Julia também. -- Declarou olhando a ruiva ao lado de Susan.

-- Aiii. -- Julia beijou a menina com carinho. -- Eu também te amo minha linda. -- Declarou sorrindo feliz.

-- Ah assim eu fico com ciúmes! -- Samantha declarou fazendo drama e todos riram.

-- Ah mãe eu também te amo muito, muito, muito... -- Agatha estendeu os braços e Samantha a pegou no colo e foi logo sendo presenteada com vários beijos da pequena. -- E eu amo a Amanda também, a vovó, o vovô, o tio Murilo, a tia Sheila a tia Jack a vovó Glorinha e... deixa eu ver quem mais... Ah o tio Olavo, viu tio? -- Disse olhando o senhor sorrindo.

-- Olha eu ganhei meu dia. -- Olavo disse sorrindo.

-- Samantha tua filha é realmente cativante! -- Lúcia advertiu sorrindo. -- Vou adorar conhece-la mais, poder conviver um pouco com você e sua filha.

-- Obrigada dona Lúcia! -- Samantha sorriu tímida.

-- Por favor, só Lúcia... Minha filha será muito feliz contigo, com vocês. -- Lúcia emocionara-se. -- Obrigada... Obrigada mesmo, por tudo. Eloá está em boas mãos.

Lúcia fitava Samantha contente. Susan e Julia olhavam-se confusas.

-- Espera aí. -- Susan não se conteve de curiosidade. -- A senhora sabe sobre a Samantha e a Amanda? -- Indagou e logo fitou os outros dois, Natelly e Fabrício. -- Vocês todos sabem?

-- Sim. -- Todos responderam quase que ao mesmo tempo e riram.

-- Ah eu não acredito, sério mesmo? Você é o marido dela né?

-- Sou. -- Fabricio riu.

-- E aceitou numa boa? -- Indagou incrédula o olhando. -- Cara tu é trocado por uma mulher e tudo bem? 

-- Amor! -- Julia a repreendeu envergonhada enquanto os outros caíram numa gargalhada.

-- Ué? -- Susan proferiu olhando a esposa que riu. -- E eu não estou certa? Isso é raro. Quero entender. -- Falou olhando Fabrício que ria.

-- Olha eu também quero entender essa história aí. -- Sorriu olhando todos. -- Eu ainda não estou inteirado do assunto. -- Fitou Susan e logo Samantha. -- Mas não e preocupe comigo não, estou bem. Meu casamento com a Eloá é apenas conveniência. -- Explicou.

-- Mãe conveniência né aquilo que tem naquele posto de gasolina que a senhora vai? -- Agatha perguntou confusa e todos riram alto novamente. -- É sim, eu li uma vez, eu até demorei, mas consegui. -- Sorriu contente.  

-- Filha são os mesmos nomes sim. Mas nesse caso, a conveniência do posto lá, é uma propriedade aberta ao público, onde as pessoas podem entrar e comprar o que quiser o que lhe necessário. E a conveniência ou conveniente que o Fabrício falou significa que é o mais adequado no momento o mais certo a se fazer. Entendeu?    

-- Ah sim, eu entendi. -- Sorriu, ainda estava nos braços da mãe.

-- Que bom. Agora desce que você pesa moça. -- Disse rindo a colocando no chão.

-- Ok. Mas agora eu quero saber de uma coisa. -- Fabricio fitou a filha e depois Samantha. -- O que realmente existe entre você e a Eloá? É porque pelo que eu sei, ela acordou ontem e já estão todos comemorando como se fosse o casamento. -- Constatou rindo. -- Até a dona Lúcia já sabe que a filha é lésbica, né? -- Indagou e Lúcia confirmou sorrindo. -- Pois é. A Marina me ligou e disse que tinha novidades a Natelly me disse que vocês já estavam namorando. -- Declarou fitando Samantha. -- Eu estou confuso gente, eu pisquei e de repente Puff. -- Disse gesticulando e todos riram. -- Eu sou o marido, de enfeite, mas sou. -- Fez drama e riram novamente.

-- Tá, se o casamento de vocês é de fachada, então quer dizer que você também é gay. -- Susan proferiu o olhando sorrindo. E dessa fez apenas Natelly, Fabricio e Lúcia riram com a observação. -- Que foi?

-- Ai menina do céu, como tu descobristes? -- Fabrício resolveu brincar, sempre fazia isso quando a esposa o indaga se ele não era um gay. -- Eu tentei tanto não dá pinta sabe? -- Ele gesticulava e a filha não parava de rir espontânea a seu lado.

-- Pai para. -- Ria já em lágrimas.

-- Ai credo filha deixa eu me libertar! --Todos riam sinceros.

-- Pa... para, por favor... minha barriga tá doendo. -- Declarou pondo a mão na barriga o olhando tentando recuperar-se.

-- Tá bom. -- Disse normal, mas ainda rindo. -- Olha eu estava brincando. Não sou gay não. -- Advertiu olhando Susan e os demais.

-- Mas você atuou muito bem. -- Julia foi que notou.

-- Obrigada... Eu já brinquei muito com a Eloá sobre isso. Ela sempre me pergunta se eu realmente não sou gay e daqueles afeminados. -- Riu. -- Mas é apenas brincadeira, sou casado. -- Explicou. -- O casado que eu digo é que tenho uma esposa, não sou casado no papel ou igreja, essas coisas. Porque estou casado assim com a Eloá, enfim... Eu tenho uma esposa chamada Camila e uma filha de oito anos com ela.

-- Sério? -- Samantha o olhava surpresa e contente. Amanda era só sua, agora sim, tinha mais certeza de que nada a impediria de ficar com sua amada, nada. -- Muito confusa essa história.

-- É sim, mas você vai entender... A Eloá ainda não te explicou? -- Fabrício perguntou.

-- Ainda não, não tivemos a oportunidade.

-- Ela vai te dizer tudo. O que posso te expor é que sua briga não será comigo, e sim com o pai dela, mas isso você já deve ter notado. -- Sorriu moderado.

-- É... -- Samantha lembrou.  

-- Mas e aí? Eu ainda estou confuso com a rapidez de vocês. -- Fabricio lembrou.

-- Ah. -- Samantha sorriu o olhando. -- Uma história meio longa.

-- Pai a mamãe não estava em coma, ela tinha perdido a memória. -- Natelly declarou.

-- O que? Como assim? -- Indagou surpreso olhando a filha.

-- Eu vou te explicar tudo. -- Afirmou. -- Com licença gente. -- Sorriu para todos. -- Vem pai, vamos aproveitar que o vovô está com a mamãe. -- Sorriu puxando o pai para sentarem logo ali próximo. 

-- Eu vou com vocês. -- Lúcia avisou. -- Samantha você não vai embora não né? -- Indagou antes de seguir os outros dois.

-- Ainda não dona Lúcia. -- Afirmou sorrindo.

-- Ah que bom. -- Sorriu. -- E já falei que pode me chamar de Lúcia, apenas Lúcia. -- Advertiu sorrindo.

-- Tudo bem, Lúcia! -- Samantha aderiu.

-- Sam podemos conversar também? -- Susan indagou ansiosa. -- Quero saber tudo, queremos né amor? -- Perguntou olhando a esposa sorrindo curiosa.

-- Claro Su. -- Samantha aprovou. -- Olavo alguma recomendação especial sobre a Amanda? -- Investigou olhando o amigo.

-- Não, não. Ela está reagindo muito bem... Inclusive ela já poderá ter alta amanhã. -- Sorriu.

-- Jura? -- Samantha ficou contente.

-- Sim, não vejo problemas e nem necessidade dela ficar aqui, ela está bem, precisará de cuidados claro, vai ter que trocar o curativo e tomar os medicamentos, mas isso você pode fazer em casa. -- Sorriu feliz.

-- Claro, claro. -- Estava felicíssima.

-- Mãe a Amanda já vai pra casa, é isso? -- Agatha investigou também contente. 

-- É sim meu amor. -- Samantha confirmou a olhando.

-- Ebaaa. -- Disse comemorando ao lado da mãe e logo olhou na direção onde Natelly, Fabrício e Lúcia estavam sentados ali perto. -- Naty? -- Gritou já correndo na direção dela.

-- Filha? -- Samantha a chamou, mas sem sucesso, riu, também estava feliz. -- E que horas ela pode sair? -- Voltou sua atenção para o amigo a sua frente.

-- Logo pela manhã, sem problemas. -- Avisou.

-- Ah que bom, muito bom!

-- Ficará aqui hoje, apenas precaução minha mesmo. -- Advertiu sincero.

-- Tudo bem... Mas pra quem sairia terça, amanhã já está ótimo, muito mesmo. -- Samantha notou olhando agora do médico para as amigas.

-- Só um minuto. -- Susan disse ao ouvir o seu celular tocando. -- Sam é a Sheila. -- Viu no visor. -- Oi.

-- Susan, sabe me dizer dá Samantha, ela não atende o celular, estou preocupada.

-- Ah Sheila isso me fez lembra que eu tenho que matar a Samantha! -- Advertiu lembrando e riu.

-- Hãn? -- Sheila não entendera nada.

-- Nada. Ela está bem, estou olhando pra ela agora. -- Sorriu. -- Eu também liguei horrores e ela não me atendeu e resolvi vir pro hospital, ela está aqui.

-- Foi o que eu pensei também. Eu liguei pra dona Regina e ela disse que ela devia estar no hospital, porque a filha avisou de manhã, mas sabe como a dona Regina é né? Está preocupada agora, porque pra mim não saber da Samantha é que a coisa deve estar feia. -- Riu sendo acompanhada por Susan. -- Foi o que ela me disse ainda agora.

-- Imagino. -- Disse olhando Samantha que, pedia para falar com Sheila. -- Sheila vou passar pra Sam.

-- Ok.

-- Amor, desculpa é que eu deixei o celular na bolsa e ele está no silencioso. -- Explicou certa de que levaria uma bronca. -- Não vi suas ligações e nem as da Su.

-- Samantha Cristine, eu já estava morrendo de preocupação aqui, te ligando e nada. Agora já preocupei até o povo lá na sua casa que com certeza estão te ligando também. -- Disse séria. -- A Alex está ai também?

-- Não, porque?

-- Essa é outra que não atende o celular, dona Regina está preocupada com ela também, porque eu liguei perguntando por vocês e nem você e nem ela estavam lá. Hoje e domingo, almoço em família e vocês duas não foram, pensei que ela estava ai.

-- Não ela não está aqui.

-- Eu liguei e ela não atendeu a sua mãe disse que ela tinha ligado avisando que não ia. E dona Regina está preocupada porque ligou pra ela e ela também não atendeu.

-- Pois é, ela não está aqui. Ah também não sei, o hospital é grande, mas se tivesse aqui ela com certeza tinha me procurado, não ela não está no hospital. Ligou pro flat dela?

-- Liguei, mas sem sucesso. O portei disse que ela saiu antes das onze.

-- Onde essa mulher se meteu?

-- Não sei... Ah deve estar com os amigos, um namorado, sei lá.   

-- A Alex não falta aos almoços de domingo para sair com amigos e nem com um namorado, Sheila. -- Samantha estava começando a se preocupar com a irmã.

-- Ah não sei Sam... Mas não se preocupa, ela deve estar bem, ela é brincalhona, mas é responsável.

-- Eu sei... E você está aonde?

-- Em casa, acabamos de chegar da casa dos pais do Edu.

-- Hum... Então eu estou bem, não se preocupe.

-- Ótimo e avise sua mãe.

-- Farei isso sim. -- Samantha sorriu.

-- E a Amanda como está?

-- Ah ela está ótima. -- Falou olhando Olavo, Susan e Julia, conversavam amenidades. -- Terá alta amanhã e o melhor de tudo Sheila, ela se lembrou de mim, de nós.

-- Sério? Ah graças a Deus, que ótimo Sam. -- Sheila estava feliz. -- E agora o que vai ser?

-- Ela vai pra minha casa. -- Disse contente. -- Ela ainda vai precisar de cuidados claro, e também não se lembrou de absolutamente tudo, mas já lembrou da gente, de mim, isso que importa.

-- Estou feliz por você minha amiga, muito mesmo!

-- Eu sei amor, obrigada, por tudo!

-- Sempre meu anjo, sempre poderá contar comigo.

-- Claro que sim! -- Samantha sorriu. -- Estou bem, está tudo bem, não se preocupe mais.

-- Fico feliz. Agora ligue para sua mãe. -- Lembrou. -- Se cuida Sam, beijo.

-- Pode deixar, beijo. -- Samantha desligou sorrindo, amava sua amiga, todas, pensava olhando Susan e Julia logo perto e também Olavo. Samantha tinha se afastado um pequeno espaço para conversar com Sheila. Desviou o olhar e viu Agatha sentada na perna de Natelly, todos riam de algo que ela falava, sorriu e voltou sua atenção para o celular discando o número da casa da mãe.

-- Residência dos...

-- É a Samantha. -- Declarou interrompendo a empregada do outro lado da linha.

-- Oi dona Samantha, ainda bem que ligou. -- Avisou. -- Dona Regina está aqui toda preocupada.

-- Chama ela, por favor.

-- Claro, só um instantinho...

-- Samantha filha!? -- Regina proferiu depois de uns instantes. -- Eu estava a te ligar desde cedo.

-- Desculpa mãe, eu deixei meu celular esquecido dentro da bolsa e pra completar ainda estava no silencioso, ainda está na verdade. Estou com o celular da Susan, ela está aqui comigo.

-- Ah sim. Eu já estava preocupada, pensando só besteira aqui.

-- Despreocupe-se dona Regina, está tudo bem, maravilhoso na verdade. -- Lembrou que Amanda teria alta no dia seguinte.

-- Que bom minha filha. E o que te deixou tão alegre? A Amanda lembrou de você, de tudo?

-- Sim mãe, ela lembrou e já vai ter alta amanhã. -- Sorriu feliz. -- Vou leva-la pra casa mãe, ela aceitou.

-- Ah filha que noticia maravilhosa, que bom, Graças ao bom Deus! -- Regina também estava feliz.

-- É sim mãe... Mãe e a Alex?

-- Ah essa é outra que não me atende, ela me ligou de manhã avisando que não vinha até ai tudo bem, mas estava tentando falar com ela ainda agora e ela não atende. Estou preocupada, ela não disse o que ia fazer e muito menos onde e com quem.

-- Não se preocupe mãe, a Alex sabe se cuidar, ela é responsável, às vezes. – Riu. -- Vou ligar pra ela também... Ah eu lembrei, ela deve estar com a Vick, com certeza, ela ia chegar hoje das férias. -- Samantha lembrou-se e sentiu-se aliviada.

-- Ah é, a Alex até tinha comentado isso mesmo. Deve estar na farra com ela, só pode ser.

-- É isso sim. E deve ter esquecido do celular assim como eu. -- Sorriu. -- Não se preocupe, ela está bem.

-- Tudo bem, mas ligue pra ela e me avisa se tiver notícias.

-- Claro que sim. -- Samantha viu que Carlos saiu do quarto e estava indo em direção a esposa, lugar que Agatha também estava. – Mãe, tenho que desligar.

-- Está bem filha, se cuide.

-- Sempre, beijo. -- Disse e logo desligou indo na mesma direção. -- Filha vem com a mamãe. -- Pediu lhe estendendo a mão.

-- Nós já vamos embora mãe? Ah não...

-- Não meu amor não vamos ainda. -- Revelou a tranquilizando. -- Vamos só deixar o senhor Carlos à vontade para conversar com a família dele. -- Avisou olhando o homem que parecia muito feliz para seu gosto.

-- E aí vovô como foi à conversa? Não deixou a mamãe irritada não né? -- Natelly investigou.

-- Não querida. -- Sorriu. -- A conversa até que foi calma no geral, e com excelentes resultados. -- Completou olhando Samantha que por curiosidade havia ficado ouvindo a conversa.

-- Ah que bom. -- Natelly comemorou. -- E sobre o que era a conversa?

-- Sua mãe vai com nós assim que tiver alta. -- Afirmou extremamente feliz.

-- O que? Como assim? Não pode ser... -- Samantha o olhava incrédula, aflita e um tanto irritada com a cara cínica do homem a sua frente. Como a sua amada iria com o pai, elas tinham acertado que ficaria na sua casa, pensava. -- Vem filha. -- Samantha decidira entrar e conversar com Amanda, precisava tirar tal história a limpo.

-- O que você fez em Carlos? -- Lúcia indagou olhando o marido séria.

-- Nada mulher, apenas conversei com a minha filha e ela aceitou ir e pronto. E essa médica não tem nada a ver com as decisões da nossa família e nem da nossa filha. -- Advertiu e olhou na direção que Samantha fora.

-- Sam, o que aconteceu? -- Susan inqueriu vendo a inquietação da amiga.

-- Isso que eu quero entender Susan. -- Declarou olhando Susan, estava num misto de irritação e aflição. -- Filha fica aqui com sua tia Su, a mamãe vai entrar e conversar com a Amanda.

-- Mãe a Amanda vai embora é? -- Perguntou tristinha.

-- Não meu amor, ela não vai! -- Samantha afirmou abaixando-se a altura da filha a olhando com carinho. -- A mamãe não vai deixar!

-- Tá bom. -- Sorriu.

-- Su, fica com ela. -- Falou e entrou para o quarto de Amanda.

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 29 - Capítulo 29:
Lea
Lea

Em: 09/10/2021

Amanda/ Eloá vai viver o resto da vida submissa ao pai,vivendo uma vida de mentira!!

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rhina
rhina

Em: 07/02/2017

 

Oi

então gosto muito desta grande família  que és suas personagens. ......

os momentos de descontração. .....risos...e até os momentos tensos são hilários 

oh.....que pai difícil. ....rústico. .....tradicional legítimo 

parabéns autora 

rhina

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Pipers
Pipers

Em: 13/10/2015

Boa Noite Eni,você é maravilhosa, essa história é Linda, Agatha é a personificação do cupido, Carlos é o próprio porre e Alex e Laila simplesmente maravilhosas. Continue a nos brindar com essa história, linda, intensa Beijos

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Yvonne
Yvonne

Em: 10/10/2015

Adorei o capítulo, mas senti falta da Alex e da Laila.


Resposta do autor:

Que bom que gostou amore. Alex e Laila apareceram logo.

Beijãomuito obrigada pelo carinho e atenção..

^^

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Gabi
Gabi

Em: 10/10/2015

Odiei esse Carlos, e odiei mais ainda a Amanda fazer às vontades desse velho sem noção, espero que ele morra quando descobrir sobre a Amanda e a Samantha.😂 estou ansiosa pelo capítulo onde a Marina e a Marcela irão se encontrar. 👏 amo essa história, já vi que o próximo capítulo promete. 👏😍😘


Resposta do autor:

Vixeeee! kkkk

Morrer???? Nossa que fim trágico para o senhor de idade! kkkk

Marina e Marcela é surpresa. kkk Ainda não idealizei o encontro delas, mas vou escrever logo.

Muito obrigada pelo carinho amore, feliz que esteja gostando!^^

Beijão...

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Bruna
Bruna

Em: 10/10/2015

Ansiosa para saber o que a Amanda vai falar pra Sam....

Esse Carlos não é mole hein


Resposta do autor:

Oie Bruna,

Obrigada por comentar. ^^

Carlos éum chato, mas logo vai ser posto no lugar delee por Amanda.kkk

Beijão linda. :)

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josi08
josi08

Em: 10/10/2015

Nossa sempre a Eloa tem que fazer as vontades desse velho affff...agora fco mais anciosa ainda pelos proximos capitulos...


Resposta do autor:

Olá.

Vejo que a Amanda está deixando as moças com muita raiva. kkkk

 Calma amore, Amanda vai se explicar e essa foi a última vez que ela aceitou fazer o que o pai queria. :)

 Beijão linda.

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