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Os Anjos Vestem Branco por Vandinha

Ver comentários: 1

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Palavras: 3362
Acessos: 6348   |  Postado em: 00/00/0000

Capítulo 17

Os Anjos Vestem Branco - Capítulo 17

 

Segunda-feira no Hospital da Barra...

A técnica de enfermagem entrou no consultório de Bruna com uma pilha de fichas na mão.

-- Doutora esses pacientes já estão todos triados - colocou a pilha sobre a mesa - A maioria deles estão aí aguardando há horas. Estávamos sem médicos durante a noite.

-- Então, mãos à obra - Bruna levantou e pegou a ficha da vez - Quando que a nossa saúde pública vai sair da UTI?

Estava se encaminhando para a porta quando ouviu berros vindo da recepção. Correu apressada para ver o que estava acontecendo e ao chegar lá, deparou-se com uma cena que jamais esqueceria e a perturbaria pelo resto de seus dias.

Vinicius estava com seu filho nos braços, o homem chorava desesperado.

-- Doutora, meu filhinho - correu até Bruna e praticamente jogou a criança em seu colo - Me ajuda doutora, meu filho... Meu filhinho...

Bruna apertou o bebê pálido e sem vida contra o peito. A médica sabia que não tinha mais nada o que fazer, mas mesmo assim levou a criança para examinar.

Colocou o corpinho sobre a maca da sala de emergência e verificou os sinais.

-- Vinicius, sinto muito... -- olhou para o homem com uma expressão de lamento.

-- Salva ele, você é doutora - sacudia Bruna pelo jaleco - Eu sei que consegue.

Bruna chorava diante da sua incapacidade de ajudar.  A morte de uma criança é talvez a perda mais difícil de suportar. Como pode alguém estar preparado para o choque de perder um filho? Queria dizer algo que ajudasse a diminuir a sua dor, mas o silêncio é a palavra mais significativa que se pode falar diante da morte.

Tocou no ombro daquele homem simples, dizendo em um gesto milhões de palavras.

Após algum tempo chorando sobre o pequeno anjinho, Vinicius entendeu a realidade, passou a mão pelo rosto secando as lágrimas que caiam. Respirou fundo e usando um tom de revolta na voz, relatou o ocorrido.

-- Eu trouxe ele aqui hoje mais cedo doutora. Uma moça falou que três médicos deveriam estar aqui, mas não havia nenhum. Perguntei pela doutora e me falaram que começava mais tarde. Não tinha como levar a outro hospital. Resolvi esperar amanhecer, mas já era tarde. Ele morreu... - completou em um fio de voz.

Bruna se aproximou do bebê e tocou-lhe a face sem vida.

-- Crianças não morrem Vinicius... Só vão para o céu.

 

Vinicius foi encaminhado até a sala da assistente social. Bruna foi para sua sala, trancou a porta, sentou no chão e abraçada as próprias pernas, chorou baixinho.

 

 

Mais tarde no Leblon...

-- Papai ligou pedindo para que eu ficasse em casa hoje à noite - Priscila tomava café, enquanto Sabrina brincava de rolar a xícara de um lado para o outro sobre a mesa - Até que enfim criou vergonha na cara.

-- Estou prevendo uma noite nebulosa. Tomara que a Bruna saiba lidar com tudo isso.

-- Vai ser uma grande decepção, isso sim - Priscila terminou de tomar o seu café e levantou.

-- Priscila, queria que você fosse comigo até a concessionária - Sabrina falou receosa.

-- Hum. Vai comprar um carro novo?

-- Vou. Gostaria que você me ajudasse a escolher um modelo bem legal - sorriu tímida.

-- Claro que vou Sabrina. Vai ser legal. Programa diferente. Só vou pegar a minha bolsa e podemos ir. Já volto - saiu correndo.

Sabrina ficou com cara de boba. Ela havia topado... Isso era incrível!!!

 

 

Bruna chegou em casa parecendo trazer consigo toda a tristeza do mundo. O apartamento estava aparentemente vazio, o que causou um mal estar ainda maior. Por ela, teria ido direto para a Barra da Tijuca, o colo de Victória era tudo que mais queria no momento, mas o pai havia solicitado a sua presença naquela noite. Segundo ele, tinha um assunto muito importante a conversar com todos.

Foi até a cozinha e encontrou Margarete preparando o jantar.

-- Marga, tem alguém em casa?

-- A dona Débora está na sala de vídeo - falou sem deixar de mexer nas panelas - A Priscila saiu com a Sabrina pela manhã e até agora não voltou.

-- Obrigada Marga. Vou lá com minha mãe.

Desde criança Bruna preferia buscar o aconchego dos braços da irmã ao da mãe. Débora sempre foi uma mulher muito ocupada com o trabalho por isso as irmãs criaram um vínculo de amizade e dividiam seus segredos, tristezas e alegrias.

Bateu na porta e entrou. Débora assistia um programa qualquer na televisão.

-- Mãe posso falar contigo? - perguntou encostada na porta.

-- Claro Bruninha. Senta aqui - indicou um lugar ao seu lado no sofá.

-- Estou tão triste mãe... - deitou a cabeça no colo da médica.

-- O que aconteceu Bruninha? - pegou o controle e desligou a televisão.

Bruna relatou chorando o ocorrido com Vinicius e o filhinho.

-- Meu amor, a palavra morte frequentemente associa-se ao sentimento de dor. No tocante aos médicos, formados para salvar e curar, associa-se à sensação de fracasso ou erro. Aprender a aceitar e conviver com a morte e o morrer é essencial para a formação dos profissionais de saúde - passou a mão pelos cabelos loiros da filha - Sei que é difícil Bruninha, eu mesma com tantos anos de profissão ainda não consigo encarar a morte com naturalidade. É necessário que o médico reconheça que não há mais nada a fazer e saiba mudar a conduta, passando da luta contra a morte para a provisão do conforto aos que ficam. Entendeu?

-- Entendi mãe - foi o que Bruna conseguiu dizer.

Débora tinha razão. Não poderia trazer o filhinho de Vinicius de volta, mas poderia ajuda-lo de alguma forma, afinal de contas ele ainda tinha outros filhos que precisavam de cuidados.

Com esse pensamento, sentiu-se mais confortada e dormiu no colo da mãe.

 

Priscila chegou e estranhou o silêncio no apartamento. Todos os carros estavam na garagem, inclusive o de Nestor. Chamou Margarete que, atendeu prontamente.

-- Estão todos na sala de vídeo Priscila.

Priscila suspirou fundo e se dirigiu para onde todos estavam. Girou a maçaneta e empurrou a porta devagar.

-- O que está acontecendo?

Nestor estava ajoelhado ao lado do sofá, passando a mão no rosto da filha que dormia no colo de Débora.

-- Sua irmã, não está muito bem - Débora beijou o topo da cabeça da menina - Acho que nossa conversa terá que ser adiada mais uma vez.

-- Eu bem que tentei - Nestor levantou e encarou Priscila - Cuida da sua irmã, tenho que conversar com a Débora.

Nestor e Débora saíram da sala deixando uma Priscila decepcionada e triste. Achava que finalmente dariam um basta naquela farsa que era o casamento dos pais. Olhou para a irmã que tinha um sono agitado. O que havia acontecido com ela? Buscou uma manta e a cobriu. Sentou em um sofá menor e dormiu alí mesmo.

 

No café da manhã...

-- O bebezinho tinha apenas 28 dias Pri - Bruna contava sobre a morte do bebê.

-- Que tristeza para essa família Bruna. Qual foi a causa da morte?

-- Ainda não temos certeza, mas arrisco em dizer que foi dengue. Ao menos os sintomas me levam a crer nisso.

-- Aquela é uma região de alto risco já houveram centenas de casos por lá.

-- Ele estava com a camisa do Fluminense que eu havia dado de presente - seus olhos se encheram de lágrimas.

-- A vida não é um conto de fadas mana - Priscila suspirou entristecida.

Silêncio...

-- O que será que o papai queria com a gente Prí?

Priscila suspirou fundo, como gostaria de contar para a irmã que o papai dela, há dois anos tem uma amante ex funcionária do hospital Sontag, mas, engoliu a verdade indigesta.

-- Não deve ser nada de importante, se não, ele teria te chamado - Priscila levantou - Vou pegar minha bolsa, preciso ir até o hospital. Mamãe quer falar comigo. Mal posso esperar para saber o que ela quer.

-- Também estou indo até o hospital, vem comigo?

-- Pode ser. Vai fazer o que no Sontag?

-- Ric me chamou. Até imagino o que seja - virou a xícara de café - Vamos então.

 

 

Na Barra.

-- Fui chamada para uma entrevista de trabalho Thiago - Victória lavava a louça do café.

-- Que bom gaúcha. As coisas agora parecem estar se encaminhando - Thiago secava a louça para Victória - Aonde vai ser a entrevista?

-- Em uma clínica particular em Botafogo. O salário é bom, talvez não seja possível continuar nesse apartamento, mas, vou ter que me virar não é mesmo?

-- O meu apartamento é um ovo, mas se você precisar, pode ficar lá por uns tempos.

-- Obrigado meu amigo. Acho que vou precisar, a partir de amanhã não quero mais nada que venha do Mô - deu um sorriso confiante - Vou me dedicar tão somente a minha relação com a Bruna. Ela merece e eu também mereço.

-- Isso mesmo mona. Você tem que ir à luta, por mais que no início tudo pareça difícil, as coisas vão acontecendo... as pessoas se vão, ou deixam de nos amar, ou não ... Vai pintar aqueles dias em que tudo parece errado e você se sentirá como se nada mais fosse dar certo. Aí você terá a Bruna e eu, que sempre estaremos com você.

-- Eu sei Thiago. A vida é feita de batalhas, tenho uma vida para viver e muita coisa ainda está por vir -- colocou um sorriso nos lábios - Mas bah tchê, não tenho medo não, tô mais tranquila que cozinheira de hospício.

-- Será que esse estrupício não vai fugir da conversa de novo.

-- Ele me garantiu que virá. E tem outra; se ele não vir, termino por telefone mesmo - falou decidida.

Thiago bateu palminhas animado.

-- Assim é que se fala.

 

 

No Hospital Helena Sontag...

-- Então Bruna vai querer fazer os plantões no Samu? - Ricardo questiona levantando um pouco a cabeça olhando para Bruna, aguardando uma resposta afirmativa.

Bruna dá um sorriso, se inclina e fala bem baixinho para o médico:

-- Quero, mas, não fala nada para a mamãe Sontag.

-- Deus me livre ser portador dessa notícia. Ela me colocaria na rua no dia seguinte -ajustou os punhos da manga fazendo cara de desespero.

-- Também não é para tanto, você tem as costas quente - riu internamente, que frase mais bicha.

-- Só que é para amanhã à noite. Algum problema? - batucava com a caneta na mesa.

-- Por mim tudo bem, não tenho plantão no hospital da Barra... Está me deixando nervosa, fala logo o que está lhe afligindo.

Ricardo parecia ansioso com algo.

-- Ainda bem que percebeu. Preciso muito contar para alguém.

-- Impossível não perceber né Ric - Bruna fez cara de eu mereço.

-- Convidei o Thiago para passar o fim de semana comigo em Angra. Só nós dois, no maior romantismo.

-- E ele?

-- Ficou de me dar a resposta ainda hoje - jogou-se no encosto da cadeira - Estou achando que ele vai recusar o convite - O que você acha?

-- Eu acho o Thiago um covardão inseguro, mas numa dessa quem sabe até tope. O máximo que posso fazer é te desejar boa sorte. Ele gosta de você cara, não desiste.

-- Não vou desistir Bruninha, você me conhece - pegou um papel sobre a mesa e entregou a garota - Esse é o endereço e o nome do médico responsável. Você vai trabalhar na USA.

As ambulâncias do SAMU são divididas em viaturas:

USA - Unidades de Suporte Avançado (UTIs móveis), usadas em casos mais graves.

USB - Unidades de Suporte Básico.

-- Com você estarão na viatura mais um médico, um enfermeiro, um técnico de enfermagem e um condutor. Você gostará da experiência.

-- Tenho certeza que sim Ric - levantou para sair - Priscila já deve ter terminado a conversa com a mamãe. Hoje à noite vou até a Barra da Tijuca, se ver o Thiago por lá, dou uma forcinha para você - assoprou um beijo.

-- Por favor amiga, faça isso - retribuiu o beijo.

 

 

A noite na Barra da Tijuca.

Bruna foi recepcionada com um beijo na boca. Aquele beijo gostoso, beijo intenso, molhado, forte, cheio de desejo.

-- Estava louca de saudade amor - Bruna Ficou admirando Victória e louca para beija-la novamente.

-- Também estava Bruninha -- enroscou-se pelo pescoço da loira.

Bruna a segurou pela cintura levantando-a do chão.

-- Eu te amo muito, minha gostosa! - rodopiou com ela pela sala.

-- Eu te amo, com todo o meu corpo, com toda a minha alma. Se uma certeza eu tenho na vida, é que nós fomos feitos na mesma forma, nós nos completamos, nós somos uma só. Você é o meu bem maior.

Bruna estava radiante com a declaração.

-- Ter você, é caminhar pela vida confiante... Sem medo de errar, mesmo errando, sem medo de me entregar, já entregue. Andar pelas flores, mesmo com arranhões...Ter você é querer ser melhor, é querer dar o melhor de mim, é ver as coisas de uma melhor forma, é ter força para lutar, crer, vencer. É poder te olhar nos olhos a cada chegada, ficar com saudades a cada ida...Ir com você! Ter você é ter a mim mesma.... É olhar no meu coração e ver, nele pulsa minha vida, pulsa você! Te amo Vic!

Victória passou a mão no rosto dela e lhe deu um beijo muito carinhoso.

-- Não consigo mais ficar longe de você - Bruna confessou -- Nem um segundo.

-- Eu também meu amor - a morena a puxou pela mão até o sofá - Amanhã à noite estarei livre para vivermos o nosso amor, sem medidas e sem reservas.

-- Não vejo a hora de você estar livre só para mim. Essa situação está me matando, sabia?

-- Eu entendo...

-- Estou indo embora agora, por favor não implora, porque homem não chora.

Estou indo embora agora, a mala já está lá fora, porque homem não chora... - Thiago entrou na sala cantando.

-- Desculpe-me meninas - deu uma voltinha delicada e ia saindo da sala.

-- Espera Thiago. Pode ficar - Victória chamou o amigo de volta para a sala - Vamos devorar uns dois potes de sorvete?

-- Demorou gaúcha. Vou buscar - saiu em direção a cozinha.

-- Precisamos convencer o Thiago a passar o final de semana com o Ric. Ele está sonhando com esse passeio.

-- Hí, Thiago é complicado, mas, não custa tentarmos.

Thiago voltou da cozinha com um pote de sorvete e três colheres na mão.

-- Eu seguro o pote - sentou no meio das duas - Só para garantir.

Victória e Bruna olharam-se com ternura. Thiago é uma pessoa maravilhosa que Bruna aprendia a admirar e a gostar cada dia um pouquinho mais.

 

 

Dia seguinte no Leblon...

-- Você está provocando a sua mãe Bruna. Quando ela souber vai ficar uma fera - Sabrina servia-se de café.

-- Não entendo essa cisma da minha mãe. Vai ser uma experiência muito boa esses plantões no Samu.

-- Eu até entendo a preocupação dela, o Samu tem que subir os morros, favelas e lá é perigoso.

-- Isso é verdade - Bruna concordou - Mas mesmo assim vou fazer. Está decidido.

-- Teimosa - desistiu de fazer a garota mudar de ideia - E o seu pai?

-- Não falei para ninguém. Somente para você e o Ric. Você não faz café em casa? - mudou de assunto.

-- Pra que? Se posso tomar aqui - deu de ombros - A Priscila?

-- Saiu cedo. Ela e a mamãe estão cheias de segredinhos - terminou o café e levantou.

-- Essa é uma mistura perigosa Bruna, tome cuidado.

Bruna deu uma gargalhada gostosa.

-- A minha mãe até pode ser, mas a Priscila?

-- Olha, a sua mãe pode ser bem convincente as vezes.

Bruna que falava toda animada, de repente mudou o semblante, ficou séria e pensativa. Sabrina não deixava de ter razão. Era estranha essa aproximação repentina delas e esse interesse de Priscila pelo Hospital Sontag.

 

A Noite na Barra da Tijuca...

Há mais de meia hora Victória estava ali sentada no sofá, aguardando, ansiosa a porta ser aberta e o amante entrar. Tremia de nervosismo. Existe forma correta para terminar um relacionamento? Claro que não existe fórmula, regras ou receita. O máximo que pode-se fazer nesse momento é ser sincera e conduzir tudo com respeito, se o outro não entender, aí, já não é problema seu!

Levantou e arrumou o vestido, deu alguns passos pela sala, esfregou as mãos e voltou a sentar.

Estava tão distraída lendo as mensagens de Bruna no celular que deu um salto no sofá quando ouviu a chave girar na fechadura da porta de entrada.

Após alguns segundos de angustia, sentiu os passos do amante caminhando até o sofá...

 

 

Na Base do Samu...

-- Então é isso Bruna - doutor Valdomiro acabava de mostrar as dependências da base do Samu da Barra da Tijuca - Não é o que sonhamos, mas é o que temos. Agora só nos resta aguardar o médico regulador nos passar alguma ocorrência para eu te mostrar na prática qual é o nosso verdadeiro trabalho junto à comunidade.

-- Tudo bem doutor Valdomiro. Vou ficar por aqui mesmo - Bruna sentou em uma poltrona no conforto médico.

-- Ok. Qualquer coisa te chamo.

Bruna pegou o seu celular e ficou encarando-o, pensando em como Victória estava se saindo diante daquela situação tão delicada. Queria tanto estar junto a ela, apoiando, defendendo, mas não podia. Esse era o momento dela, era o momento de ser forte e dar um basta em seu mundo de faz de conta.

Passaram-se alguns minutos, que lhe pareceram longas horas. Doutor Valdomiro entrou sério na sala.

-- Bruna vamos salvar uma vida?

A equipe saiu correndo em direção a ambulância que já estava com a sirene ligada.

 

 

No Apartamento de Victória...

Era extremamente difícil para Victória achar as palavras certas para dizer à ele.

-- Eu não te amo mais... Sinto muito - falou baixinho.

-- O amor não acaba assim - o homem não aceitava a separação.

-- O amor acaba sim, o difícil é aceitar. Por favor, não torne as coisas mais complicadas para mim.

-- Eu sei que não sou a pessoa que você sonhou, mas eu posso mudar. Vamos morar juntos, formar uma família...

-- Pára, chega... Será que você não percebe que é tarde demais? Nada que você diga, prometa, vai mudar a minha decisão - suspirou fundo antes completar - Acabou, não sinto mais nada por você.

-- Não quero perder a mulher que mais amo no mundo... Estou deixando a minha família por você - falou chorando.

-- Se você não a ama mais, aconselho a separar-se, será melhor para os dois, mas, não faça isso por minha causa, porque não me verá mais - abriu a porta e fez um gesto com a cabeça indicando que saísse - Amanhã mesmo desocuparei o apartamento e deixarei a chave com o porteiro.

-- Não faça isso por favor meu amor - implorou.

Victória permaneceu firme na decisão e encostada na porta fez de conta que não ouviu.

O homem em um gesto desesperado colocou a mão no próprio peito sentindo seu coração. Perdeu a força nas pernas e caiu de joelhos no chão.

Victória ficou em um tipo de transe olhando para aquela cena. Justo ela tão acostumada com esse tipo de situação, agora estava alí paralisada sem saber como agir.

-- Estou tendo um infarto, chame o socorro - colocou as mãos no peito e caiu deitado de bruços no chão.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fim do capítulo


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Comentários para 17 - Capítulo 17:
rhina
rhina

Em: 12/05/2018

 

Sério mesmo.?????

Vai ser desse jeito que Bruna vai conhecer o namorado da Victória?  E mais , vai saber que o pai trai sua mãe  e com.a mulher que ela ama.?

Cristo! 

Rhina

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