Capítulo 15
Capitulo 15 - A Festa Parte 2
-- Jorge sua bicha burra. Porque não me falou que a Rafaela viria à festa? - Eduarda aproximou-se do grupo que dançavam a beira da piscina.
-- Pra que? Pra você criar dezenas de planos de maldade que no fim sempre dão errados - Jorge continuava dançando.
-- Não. Pra evitar que acontecesse o que aconteceu - colocou as duas mãos no bolso e ficou encarando Jorge.
-- O que aconteceu? - parou de dançar e olhou assustado para ela.
-- A cabeça do anjinho caiu quando eu entreguei pra ela. Eu disse que ele estava sensível - pegou uma bebida da bandeja de um garçom que passava.
-- Também sua inteligente, você colocou eles no bolso - voltou a dançar.
-- Se eu soubesse que ela viria teria cuidado mais. Agora é tarde - deu de ombros.
-- Ela bateu em você? - Jorge fazia coreografia com Eddie.
-- Ficou só na vontade - começou a dançar com os dois.
-- Menos mal. Dois prá lá e dois prá cá Duda - faziam coreografia.
Claudia, Rafaela e Roberta observando o grupo de longe.
-- Quem é aquela garota loira que está com o Jorge e o Eddie? - Roberta apontou com a cabeça.
-- Aquele é o sapo - Rafaela respondeu fazendo careta.
-- É a filha do Sr.Eduardo? - Roberta estava admirada.
-- Ela mesma. A loira sem sal e idiota - virou de costas para a piscina.
-- Não dê ouvidos a Rafaela, Eduarda é um amor de pessoa - Claudia riu da cisma da amiga.
-- Pra você ela deve ser um amor né Claudia, é a sua namorada - olhou nos olhos de Claudia buscando ver neles os verdadeiros sentimentos que nutria pela loirinha.
-- Vocês namoram? - Roberta estava de boca aberta.
-- Infelizmente não. Eduarda é um passarinho que se for preso, morre - olhou para eles dançando e riu das palhaçadas que faziam.
-- Vamos fazer trenzinho agora Jorge - Eduarda cismava em fazer trenzinho.
-- Depois Duda, não é o momento. Vamos continuar com os passinhos - Jorge agora dava voltinhas.
-- E tem momento para se fazer trenzinho? - acompanhava Jorge nas voltinhas.
-- Tem. Quando todo mundo já estiver bêbado - Jorge agora levantada os braços ao alto e rebol*va.
-- Pronto, agora baixou a pomba gira, o espirito da bicha contorcionista. Não vou te acompanhar nisso - saiu de perto dos amigos que dançavam sem parar.
Roberta comia uma empadinha e bebia um copo de refrigerante ao redor da mesa repleta de salgadinhos.
-- Você sabia que as empadinhas eram servidas como refeições para os seguidores da Igreja Católica, nos dias de abstinência de consumo de carne de vaca ou suína? - Eduarda aproximou-se da mesa e pegou uma coxinha.
-- E a coxinha foi desenvolvida durante a industrialização de São Paulo, para ser comercializado como um substituto mais barato e mais durável as tradicionais coxas de galinha que eram vendidas nas portas de fábricas? - encheu um copo com Chopp.
-- Poxa como você é culta. Estou estupefata - foi sínica.
-- Não gosta de Chopp? - Eduarda bebeu um gole generoso de seu copo.
-- Não bebo bebida alcoólica - pegou mais uma empadinha.
-- Há tá. Você mora aqui em Teresópolis? - encheu novamente o copo.
-- Você não deveria beber tanto, vai ficar bêbada - Roberta pegou uma coxinha.
-- E você não deveria comer tanto vai ficar obesa - falou e depois se arrependeu.
-- Minha irmã tem razão a seu respeito. Você é infantil, mal educada, cara de pau e idiota - jogou a coxinha na cabeça de Eduarda e saiu.
Eduarda estava como dizia a garota: estupefata. Que garota nervosinha.
A festa rolava a mil, muitos dançavam ao redor da piscina, outros bebiam e comiam animadamente, por todo redor da mansão haviam pessoas reunidas em grupinhos.
-- Eduarda você é mesmo uma sem noção. Falar isso para uma mulher - Jorge estava sentado descansando as pernas.
-- Eu não me importaria se falassem isso pra mim - agora bebia um Chivas Regal.
-- Você não conta. Volta lá e peça desculpas para ela, seja educada. Quem é a menina? - Jorge levantou.
-- Aquela do lado da Claudia e da insuportável - apontou.
-- Jesus - Jorge segurou os ombros de Eduarda e ficou de frente para ela - Sapinha qual o seu problema com essa família? A garota é a irmã da Rafaela.
-- Droga. Ruindade é mal de família então. Já está no DNA.
-- Ela sempre foi mal humorada, mas ultimamente está um pouquinho pior - falou desanimado.
-- Não existe mulher mal humorada existe mulher mal comida. O namorado não deve estar comendo ela como deveria e... - Jorge tapou a boca dela com a mão.
-- Você não tem medo que passe um ventinho por aqui e leve essas palavras até os ouvidos dela, criatura?
Eduarda olhou ao redor.
-- Olha... - Jorge continuou - a melhor coisa que tens a fazer é esquecer as duas Rs e se divertir. Daqui a pouco vamos brincar de trenzinho tá? - e saiu dançando em direção até onde estavam dançando Eddie e as meninas.
Claudia se aproximou de Eduarda e passou os braços pelo seu pescoço e lhe deu um selinho.
Eduarda sentiu-se igual a uma lata: "enquanto uma chuta, a outra cata.".
-- Não acha que já bebeu demais? Pegou o copo de sua mão.
-- Estou deprimida, preciso beber - pegou o copo de volta.
-- Por quê? - passou a mão pelo rosto da garota com carinho.
-- Marquei um encontro com uma boneca inflável, mas ela furou.
-- Idiota - deu um tapa em seu ombro - E eu preocupada.
-- Nunca se preocupe comigo, não perca seu tempo - passou a mão pelos cabelos da advogada e fez um carinho em seu rosto.
-- Humm! Porque tão carinhosa assim? - Claudia encostou a cabeça no ombro de Eduarda.
-- Sábia que o homem é o único animal que consegue estabelecer uma relação amigável com as vítimas que ele pretende comer...
-- Duda - Claudia falou chorosa.
-- Brincadeirinha morena linda - beijou a advogada com ternura.
-- Essas duas são umas sem vergonhas - Roberta falou indignada.
-- Concordo com você em gênero, número e grau - Rafaela bebia um Absotut Ruby Red sabor de toronja.
-- Depois diz que não namoram - Roberta bufou.
-- Talvez Claudia namore a Eduarda, mas a garota ainda não sabe - riu da amiga.
-- Você também está bebendo demais Rafaela, daqui a pouco vai começar a subir em cima da mesa e dançar arrocha.
-- Estou começando a apoiar a Eduarda.
-- Idiota - pegou a bebida da mão da irmã e tomou um gole - Humm, isso é bom.
Como Jorge havia previsto o momento trenzinho tão esperado por Duda chegou.
A galera jovem já estava toda animadinha pela bebida ingerida. O trenzinho passava no meio da festa e ia catando mais integrantes. Em certo momento passou por onde estavam as Rs e Eduarda as puxou para o trem. Rafaela reclamou do salto, Eduarda segurou a sua mão e saiu com ela do trenzinho, ajoelhou-se no chão e tirou as sandálias alta da morena a deixando descalça.
-- Agora não tem desculpas - puxou ela pelas mãos de volta ao trenzinho.
Uma garrafa de whisky Johnnie Walker Blue Label passava de mão em mão deixando o pessoal ainda mais pilhado.
Eduardo e opa Sven observavam os garotos brincando.
-- O você acha opa? - Eduardo apontou para a turminha bagunceira.
-- Eu acho um barato. Pena que se eu for lá brincar com eles posso cair de boca no chão. Mas, quanto à bebida, vou encher a cara junto com eles - saiu pegar um Whisky.
Eduardo só riu e sacudiu a cabeça. Eduarda tinha herdado toda a personalidade brincalhona do avô maluco. Olhou a menina arrastando Rafaela pela mão e não segurou a gargalhada. A sua arquiteta sempre nos saltos e elegante não resistiu ao jeito moleque de sua filha.
Rafaela não se reconhecia. Estava no meio de um bando de loucos furiosos e velozes. Sentia as mãos de Eduarda em sua cintura, volta e meia ela descia um pouco mais as mãos em um toque gostoso e que Rafaela sabia que era com malícia, mas não reclamou a deixou pensando que não havia percebido.
De repente a musica mudou e Jorge gritou: Kuduro!!! O trenzinho se desfez e todos começaram uma dança estranha.
Rafaela não entendeu nada, até sua irmã estava se remexendo igual a eles. Eduarda olhou para ela e deu um daqueles seus sorrisos de arrastar quarteirões. Pegou em sua cintura por trás e falou em seu ouvido.
-- É assim:
"Com as mão pra cima, cintura solta" - acompanhando a música levantou as mãos de Rafaela lá em cima, depois pegou em sua cintura.
"Dá meia volta, dança Kuduro" - virou a arquiteta de frente prá ela a colou em seu corpo e pegou em seu quadril, fazendo Rafaela dançar junto.
"Não se cansa agora, começou a festa".
"Mexe a cabeça e dança kuduro". (2x)
Eduarda afastou-se um pouco de Rafaela e começou a dançar de forma tão sensual em sua frente que ela engoliu em seco. Sentia prazer? Tesão? Por uma mulher?
-- Relaxe, e deixe seu corpo se mover de acordo com a música - a garota falou em seu ouvido.
Eduarda tinha um corpo tão lindo e dançava tão bem que não foi difícil manter uma conexão sensual com ela, foi só manter-se no ritmo dos movimentos dela.
Roberta e Claudia pararam de dançar para olhar as duas.
-- Uau, tô ficando toda molhadinha - Roberta que já havia enxugado meia garrafa de Absolut estava em êxtase.
Claudia não estava gostando nada disso. Eduarda sabia como usar em seu favor a própria sensualidade.
-- Vou até lá - Roberta segurou o seu braço a impedindo de dar um único passo em direção a elas.
-- Deixa elas fazerem as pazes - Roberta pediu.
-- Pra isso precisam trans*r? - Claudia botou pra fora todo o seu ciúme.
-- Não seja tola, é só uma dança, está estranhando a Rafaela? Ela é a mulher mais hétero do mundo.
-- Você fala assim por que não conhece a Duda - e foi até elas.
Eduarda já estava quase tendo um orgasmo dançando daquele jeito com aquela deusa morena de vestido em decote v que evidenciava o colo, fazendo a imaginação safada de Eduarda usar o máximo de sua fertilidade. Aquelas coxas gostosas roçando em suas pernas, teve vontade de passar as mãos por elas e ir subindo até aquela bunda deliciosa.
-- Posso me divertir junto com vocês? - Claudia chegou com a cara mais lavada do mundo.
-- Claro -- as duas como se estivessem sendo despertadas de uma sessão de hipnose responderam juntas e se afastaram rapidamente.
Rafaela dançou mais umas duas musicas com elas, depois avisou que iria parar de dançar para ficar com a irmã.
-- Rafinha, o que foi aquilo? Tá de fogo é? - Roberta provocou a irmã.
-- Foi só uma dança - defendeu-se.
-- Eu sei, mas a sua melhor amiga só faltou fazer xixi na loirinha para demarcar território - risos altos.
-- Todos estão de cara cheia, inclusive nós duas - risos novamente - Vamos entrar e arrumar um lugar para descansarmos que amanhã tem mais - abraçou a irmã e entraram na mansão.
Eduarda e os amigos conversavam ao redor da piscina.
-- Sabem o lugar mais belo daqui? O lugar que eu vou e fico lá sentada por horas admirando e morrendo de inveja? - Eduarda falou super séria.
-- Aonde sapinha? Jorge ficou curioso.
-- O pico Dedo de Deus - todos gargalharam - Cara que dedo!
-- É uma palhaça mesmo - Jorge deu um tapa na cabeça da garota.
-- Agora sério gente. O Mirante do Soberbo reuni, na mesma paisagem, o pico Dedo de Deus (1.692 metros), a baía de Guanabara e a cidade de Niterói. O visual é encantador. Fica no trevo de acesso à Teresópolis. Há um recuo na pista para estacionar o carro e contemplar a vista.
-- Aí menina do Rio, esbanjando conhecimento - Eddie como fazia sempre; espalhou os cabelos da loirinha.
-- Filha da terrinha, meu amigo - levantou - Vou dormir um pouco. Hoje o dia vai ser longo. Vamos Claudia? - puxou a advogada pela mão.
-- Vamos. Estou cansada - encostou a cabeça no ombro da garota e fechou os olhos.
-- Mas é pra nanar hein? Sem brincadeirinhas ouviram meninas? - Jorge também levantou se espreguiçando.
-- Vocês não vão? - Claudia perguntou.
-- Daqui a pouco nós vamos. Vão tranquilas. Beijão - Jorge jogou um beijo no ar - Ei Claudia, não se esquece de colocar a bateria dela pra carregar - risos.
Fim do capítulo
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