Capítulo 50
Já estava de noite e Chiara se arrumava no quarto para sair com Mariana. Tudo parecia estar caminhando bem, mas na verdade não estava. Sentia-se péssima por estar mentindo para a loira e privando-a de tomar as próprias decisões sobre sua vida.
Chiara ficou horas pensando e tentando se convencer de que estava agindo certo, porém a sensação ruim de estar cometendo um erro grave sempre vinha à tona, deixando-a apavorada e com o coração inquieto. Afinal, suas últimas atitudes fugiam em muito de seu padrão de conduta normal.
Dentro do quarto de porta trancada, abriu a bolsa diversas vezes, em todas elas, pegou a carta com intenção de rasgar e esquecer definitivamente aquela história, no entanto, sua consciência falava mais alto e sempre voltava a colocar a carta na bolsa. Até finalmente perceber que aquele impasse não seria resolvido enquanto não tomasse uma posição concreta.
Refletiu durante mais alguns minutos, recordou-se de todas as vezes que tentara rasgar a carta naquele dia, sem sucesso algum, e percebeu que não conseguiria viver com o peso daquela decisão egoísta. Se deu conta de que não iria conseguir esconder aquele fato de Mariana e iniciar sua vida ao lado dela a partir de uma mentira. Dessa forma, mesmo com o coração já doendo por pensar no desfecho que aqueles escritos acarretariam, a jovem decidiu entregar a carta.
A italiana já estava toda arrumada para sair com a loira, porém agora em seu rosto dominava uma expressão de incerteza, de dor e principalmente de medo, pois sabia que tinha agido errado e certamente Mariana iria repudiar isso. Respirou fundo, voltou a pegar a carta de Clara e sem parar mais para pensar saiu rapidamente pelo corredor da casa até chegar à porta do quarto de Mariana. Voltou a respirar fundo e bateu na porta com o coração acelerado.
A loira demorou alguns segundos para abrir, pois também estava terminando de se arrumar...
- Oi Chiara, desculpe, estava terminando de passar a maquiagem. - Disse, logo que abriu a porta.
Chiara estava nervosa, mas não deixou de reparar no quanto a loira estava bela. Mariana era encantadora e era capaz de tirar o fôlego de qualquer um que passasse perto dela, porém, logo a italiana voltou à realidade.
- Er... Mari, preciso conversar com você.
- Mas, agora?
- Sim Mari, tem que ser agora!
- Tudo bem. - Respondeu a loira confusa com a forma tensa de Chiara falar. - Bom, entre...
A jovem deu passagem para Chiara entrar no quarto e ficou esperando ela falar. A italiana parecia estar confusa quanto às palavras certas para dizer, assim preferiu ir direto ao ponto:
- Mari, isso é seu. - Disse, entregando finalmente a carta de Clara.
- O que é isso? - Perguntou a loira, sem fazer ideia do que se tratava aquele envelope.
- Isto é uma carta da Clara para você, me desculpe por não ter entregado antes.
- Como assim?? Po-por que você estaria com uma carta da Clara para mim?
Mariana ficou completamente abalada ao descobrir que aquilo se tratava de uma carta de Clara para ela. Já Chiara, continuava com a carta na mão, praticamente implorando para que Mariana a pegasse logo, antes que ela mesma desse um jeito de sumir com o envelope.
- Mari, pegue, por favor...
A loira pegou o envelope e logo reconheceu a letra de Clara ao ver seu próprio nome escrito na parte do destinatário.
- Mari, por favor, não fique brava comigo, mas, recebi essa carta hoje quando fui até a pousada para resolver uns problemas. Lá, fiquei sabendo que a Clara foi embora.
- Fo-foi embora? - Mariana não conseguia disfarçar a surpresa daquela declaração. Tanto que se ateve muito mais ao fato de Clara ter ido embora do que ao fato da italiana ter entregado a carta somente agora.
- Foi sim, Mari, e ela lhe deixou esta carta.
A loira voltou a olhar para o envelope, sentindo uma forte pressão no coração. Ficou um tempo pensando, sob o olhar tenso de Chiara, até que finalmente começou a entender que a italiana não tinha a intenção de lhe entregar a carta.
- Chiara, você não ia me entregar essa carta, não é mesmo?
A italiana se sentiu envergonhada de sua atitude, mas acabou concordando com a loira.
- Me desculpe mesmo, Mari, não sei por que agi dessa forma, não sou assim. Acho que comecei a alimentar tanta esperança em começar um relacionamento com você depois de ontem, que acabei agindo de forma egoísta. Eu vim com a intenção de lhe entregar a carta, mas quando cheguei aqui e fui recebida com um abraço e com um convite para sair, fiquei sem ação, não quero que a Clara estrague minhas chances com você, eu... eu estou apaixonada por você Mari.
Um breve silêncio se fez presente naquele quarto, após uma declaração tão explícita de Chiara. Porém, Mariana se sentia decepcionada com a atitude da italiana e também abalada por ter em mãos uma carta de Clara, então logo voltou a falar:
- Ai Chiara, não é assim que conquistamos uma pessoa, não com mentiras ou com manipulações.
- Eu sei... eu sei Mari, por isso me arrependi, peço-lhe desculpas verdadeiras. A carta está entregue, nem sei o que a Clara escreveu, mas independente disso acho que o controle de sua vida deve sempre estar em suas mãos e não nas mãos de outra pessoa. Mesmo que essa pessoa seja apaixonada por você.
Mariana não conseguia sentir raiva da jovem, pois vira o quanto ela estava arrependida. Também conhecia o caráter de Chiara e tinha certeza que a jovem não agira por maldade, mas sim deixou-se levar pelas emoções do momento, emoções essas, que muitas vezes nos cegam e nos fazem agir por impulso.
- Tudo bem, Chiara, deixa isso para lá, eu conheço você e sei que não agiu por mal.
- Não agi por mal com você, Mari, mas, talvez com a Clara sim. - Assumiu Chiara humildemente. - Não sei mesmo o que está escrito aí, mas, tenho medo Mari, medo de que você mude de ideia.
- Po-por que você tem esse medo, Chiara? - Perguntou Mariana, com uma expressão de quem já sabia muito bem a resposta.
- Porque eu sinto que você não está segura da escolha que fez. Eu tentei me enganar fingindo que tudo ficaria bem e que você realmente tinha tomado a decisão certa, mas no fundo eu acho que isso não passa de uma esperança minha.
A loira caminhou até a cama e se sentou nela, ainda não acreditando em tudo o que estava vivendo na Itália.
- Meu Deus, por que tudo chegou a esse ponto??
- Não sei, Mari, mas, acho que você deixou a raiva falar mais alto pela primeira vez em sua vida, então perdeu o controle. - Disse Chiara, entristecida. - Enfim Mari, vou deixar você sozinha para ler a carta. Mas antes de sair quero te dizer uma coisa...
Chiara caminhou até a loira e se sentou na cama, ao lado dela. Segurou em sua mão e olhou em seus olhos, antes de começar a falar:
- Mari, estou completamente apaixonada por você. Sei que a leitura dessa carta vai mexer com você de alguma forma, mas eu quero você. Por favor, escolha de uma vez por todas ficar comigo, teremos uma vida feliz aqui na Itália, você trabalhará com algo que sempre sonhou e eu sei que posso te fazer feliz. Por isso Mari, quero te pedir, faça sua escolha e não olhe mais para trás, eu ficarei no meu quarto e não vou te incomodar. Mas, espero que após sair daqui do quarto você já tenha tomado uma decisão definitiva, pois o que você fez até agora, foi apenas se deixar levar pela raiva. Seja coerente com você, pois é a sua felicidade em jogo.
Mariana olhava para Chiara com os olhos cheios de água e a jovem acabou sentindo um impulso forte para beijá-la. Aproximou sua boca aos lábios da loira e o tocou levemente, já esperando que a jovem lhe impedisse, porém Mariana continuava parada, fazendo com que Chiara forçasse ainda mais o beijo. Entretanto, depois de alguns segundos a italiana percebeu que apenas ela estava beijando, assim, voltou a se afastar de Mariana, tocou seu rosto com uma das mãos e disse:
- Vou te deixar sozinha. Estarei no meu quarto esperando sua decisão.
Chiara deu mais um selinho em Mariana e saiu para seu quarto, sentindo um novo aperto no coração. Não fazia ideia do que Clara queria com aquela carta, pensou em várias hipóteses, principalmente de se tratar apenas de uma carta de despedida, porém, não tinha certeza de nada, nem mesmo se Mariana iria tomar uma nova decisão e ir atrás de Clara.
Entrou em seu quarto, deitou na cama e ficou pensando naqueles minutos decisivos, tentando manter viva a esperança em ter a loira inteiramente para ela.
Enquanto isso, Mariana se levantava da cama para fechar a porta. A carta de Clara continuava em sua mão e o suspense das palavras ali escritas corroía-a por dentro.
- Ela foi embora, então, isso é uma carta de despedida, da mesma forma que fiz com ela no Brasil? -Mariana falava em um tom quase fúnebre. Era evidente o quanto estava abalada com a partida de Clara.
Antes de abrir a carta, a loira também pensou nas palavras de Chiara, pedindo para que ela fosse coerente consigo mesma. Realmente estava agindo por puro impulso da raiva, pois em seu coração ainda existia um sentimento muito forte por Clara.
Olhou mais uma vez para a letra da morena, com seu nome escrito no envelope e sentiu o coração se estremecer. Era hora de descobrir o que a jovem escrevera, abriu o envelope cuidadosamente e de lá, retirou um pedaço de papel todo preenchido com letras, uma letra pequena e tão perfeitinha, que era impossível para Mariana não se lembrar de Clara.
A jovem respirou fundo, mais vez, e começou a ler a carta...
"Mari, esta carta não foi escrita para tentar justificar meus erros, nem mesmo para tentar fazer uma apelação com o objetivo de conseguir seu perdão. Não loirinha, essa carta é apenas fruto da necessidade que tenho de expressar o meu amor por você, um amor que eu sei que não deixará de existir, pois não me imagino sentindo algo tão forte assim por outra pessoa."
A loira logo começou a sentir palpitações no coração, ao ver Clara se referindo a ela novamente como "loirinha" e iniciar a carta com uma forte declaração, mesmo depois de tanto desprezo de sua parte. Foi inevitável também não se lembrar do início de tudo, das sensações, da intensidade dos sentimentos e principalmente do amor entre elas. Entretanto, mesmo com o coração acelerado a jovem continuou a ler a carta:
"Porém, reconheço que realmente fiz muitas coisas erradas no nosso relacionamento, sei que tudo o que está acontecendo é fruto do que eu mesma plantei...
O tempo é rigoroso com a gente, não nos dá a chance de voltarmos atrás, por isso hoje percebo a importância de se pensar muito bem antes de fazer qualquer coisa ou de agir de determinada maneira. Eu errei seriamente com você que é a pessoa que mais amo nessa vida, reconheço hoje o quanto te fiz sofrer e talvez isso seja algo que nem eu mesma consiga me perdoar."
Ao contrário do que a própria Mariana imaginava, a morena não estava escrevendo para implorar o seu perdão, muito pelo contrário, escrevera aquela carta para reforçar ainda mais o quanto estava ciente e arrependida de seus erros. Aquilo mexeu com Mariana te tal maneira, que a loira simplesmente se esquecera da raiva que sentia pela jovem. Lia a carta com o coração despido das cegueiras provocadas pelo rancor e pelo orgulho.
"Bom Mari, não tenho o dom das palavras como você tem, não sei escrever coisas bonitas e como falei no início, não tenho a intenção de te impressionar com essa carta. O que eu estou tentando dizer é que depois de muito tempo eu percebi que fiz de meu egoísmo o principal foco da minha vida. Não soube valorizar o seu amor e me deixei levar pelos equívocos da vida.
Ao vir para a Itália eu estava certa de que somente eu seria capaz de te fazer feliz, tinha essa confiança, mesmo sabendo que não seria fácil conseguir o seu perdão. Acreditava, mesmo sentindo medo, que você me perdoaria e que tudo voltaria a ficar bem entre nós, que eu teria outra chance para mostrar o quanto quero te fazer feliz. Porém, hoje eu percebo que se não aproveitarmos o momento em que nós temos para fazer o outro feliz, certamente chegará outra pessoa e fará isso."
Inexplicavelmente o coração de Mariana doeu ao ler esse trecho da carta, pois teve plena certeza de que Clara escrevera aquilo pensando numa possível relação entra ela e Chiara. Pensou em como o coração da morena ficara ao imaginar esse fato acontecendo. Parecia que tudo se desvelava à sua frente.
- "Meu Deus, o que estou fazendo com a Clara???" - Pensou a loira sentindo um enorme aperto no coração. Engoliu seco e voltou a ler a carta.
"Sinceramente, não sei se essa pessoa será a Chiara para você, mas espero que você realmente fique ao lado de alguém capaz de te completar. Eu sei que posso ser essa pessoa para você, Mari, porém não cabe a mim decidir isso. Acho que você sabe melhor do que ninguém o que será capaz de te fazer feliz, por isso estou aqui hoje, escrevendo essa carta para dizer que se minha ausência for de fato trazer felicidade para sua vida, com muita dor no coração eu aceitarei isso."
-"Ela foi embora, ela desistiu mesmo, o que eu fiz???" - Pensou a loira apavorada, voltando a ler a carta.
"Porém, uma coisa você não pode exigir de mim, não pode exigir que eu desista de você. São duas coisas bem distintas o fato de eu aceitar essa situação e o fato de eu desistir dela. Por isso, quero te dizer, Mari, eu aceito sua escolha, mas não desisto de você, eu quero ter você ao meu lado, mesmo diante de tudo o que você me falou aqui na Itália. Eu quero ser a pessoa que te fará feliz, mas não vou mais cobrar nada de você, deixarei essa escolha em suas mãos".
Mariana sentiu um frio na barriga ao ver que estava enganada, Clara não desistira dela, mas estava dando-lhe a liberdade de escolher o caminho que de fato lhe fará feliz. Não dava para acreditar, a jovem parecia outra pessoa, estava mudada, madura, altruísta. E ao reparar àquilo, Mariana também percebeu o quando estava agindo errado. Criticou tantas vezes o egoísmo e o orgulho de Clara sem perceber que estava agindo de maneira igual.
Assim, ainda com o pensamento confuso, voltou a ler apressadamente a carta, para saber onde Clara queria chegar com tudo aquilo.
"Talvez você não esteja entendendo onde eu estou querendo chegar com isso, bom, tentarei ser mais clara: Tenho mais uma semana para ficar aqui na Itália, entretanto, não ficarei mais em Roma, entendi que minha presença não é bem-vinda aqui, por isso, estou optando em partir. Contudo, quero que você saiba de algo antes...
Em nenhum minuto deixei de sonhar com a gente, nem mesmo deixei para trás nossas vontades e planos. Dentre esses sonhos, um que se destaca fortemente agora é a nossa viagem à Veneza! Lembro-me perfeitamente quando você me disse que queria conhecer Veneza ao meu lado. Lembro-me do calor que atingia meu coração ao imaginar isso se concretizando".
Se o coração de Mariana já estava acelerado anteriormente, ao ler sobre Veneza a jovem ficou com os ritmos ainda mais descompassados...
"Não sei se você já foi para lá durante esse tempo que esteve aqui na Itália, mas conhecendo você do jeito que eu conheço, tenho praticamente certeza que você ainda não foi. Por isso Mari, estarei te esperando em Veneza durante toda essa semana, com o coração esperançoso de que você aparecerá por lá e me dirá que esse não é o fim da nossa história.
Estarei esperando por você no único lugar que conheço de Veneza: a Ponte di Rialto. Nunca fui lá, mas já vi várias fotos e já imaginei diversas vezes nós duas paradas no meio da ponte, observando as ruas alagadas da cidade, trocando carinhos, beijos e palavras de amor. Mari, todos os dias durante essa semana eu estarei esperando por você no alto dessa ponte. Ficarei te esperando por volta das 14 horas até às 16 horas. Farei apenas isso enquanto estiver naquela cidade, pois conhecê-la sem você não fará o menor sentido para mim".
Inevitavelmente Mariana começou a chorar ao imaginar aquela cena. Sempre sonhara em viajar para Veneza ao lado de Clara e agora se deu conta de que isso poderia se concretizar desde que ela mesma conseguisse superar o orgulho, da mesma forma que Clara o fizera.
Levou a mão até os olhos para enxugar as lágrimas que estavam embaçando sua visão e voltou a ler a carta...
"E se depois disso você ainda não aparecer, aí sim, retornarei para o Brasil e tentarei seguir minha vida, mesmo sabendo que ela não será a mesma sem você. Eu te amo mais do que tudo Mari, espero que você acredite em minhas palavras e tome outra decisão, caso contrário, esta será a última vez que lhe dirigirei a palavra e finalmente aceitarei sua decisão em querer ficar longe de mim. Por isso, independente do que irá acontecer, eu desejo que você tenha tudo o que mais sonhou na vida e que possa ser feliz de verdade com a vida que escolheu seguir.
Um beijo carinhoso, de quem sempre te amou, até mesmo nos momentos em que mais pareceu o contrário...
Clara"
A loira leu mais uma vez o trecho final: "Um beijo carinhoso, de quem sempre te amou, até mesmo nos momentos em que mais pareceu o contrário..." e sem mais forças nenhuma voltou a chorar descontroladamente ao deixar o peso de suas atitudes rancorosas recaírem sobre seu coração. A carta de Clara causara um impacto tremendo em seus sentimentos e serviu como um exemplo de conduta humilde e uma verdadeira prova de amor.
Mariana sentia uma pressão forte no coração por ver que demorou demais para poder perdoar Clara. Levantou-se da cama, onde antes estava aos prantos e começou a caminhar de um lado para o outro do quarto. Sentia-se agoniada para resolver logo essa situação e voltar a ter Clara em seus braços.
Todo o amor pela jovem, que fora reprimido nesse pequeno tempo em que esteve morando na Itália, voltara agora com uma força avassaladora, a necessidade de reencontrar Clara era latente, uma força tão grande que não lhe dava sossego para esperar, queria resolver tudo e consertar, de uma vez por todas, os equívocos de suas atitudes recentes.
Percebera que nesses dois últimos dias atribuiu às atitudes passadas de Clara o motivo para justificar seu sofrimento recente, sendo que na verdade tudo não passava de uma dificuldade pessoal de romper com o excesso de rancor e de orgulho.
- Eu amo a Clara, amo muito, como pude correr o risco de perder esse amor por causa da raiva?? A que ponto cheguei??
A loira voltou a se sentar na cama, tentando colocar a cabeça em ordem. Tinha vontade de partir agora mesmo para Veneza, porém já era noite e não fazia ideia de onde Clara estava hospedada. Pegou a carta mais uma vez e leu o trecho em que a morena lhe dizia onde iria lhe esperar e a que horas...
- Ponte di Rialto, ela estará lá todos os dias das 14 horas até às 16 horas, estará esperando por mim!
O coração de Mariana batia muito acelerado. Se pudesse a jovem já estaria viajando para Veneza para recuperar o tempo perdido. Foi então que se deu conta de onde estava.
- Meu Deus, Chiara...
Seu coração doeu ao perceber que faria sofrer uma pessoa que tanto lhe ajudara. Para Mariana não importava se a jovem havia tido uma atitude totalmente equivocada sobre a carta, o que importava era seu arrependimento verdadeiro. Sabia que aquela situação não estava sendo fácil para Chiara e agora, mais do que antes, sabia que a italiana estava verdadeiramente apaixonada por ela. Porém não tinha jeito, alguém sairia machucado daquela história. E infelizmente esse é um dos riscos intrínsecos àqueles que se aventuram pelos caminhos da paixão e do amor.
Chiara estava em seu quarto, apenas esperando a decisão da loira, mas ela mesma já tinha quase certeza de qual seria. Assim, sentindo um aperto forte no peito pressentiu Mariana saindo de seu quarto e se direcionando até o seu para lhe revelar a decisão definitiva.
De fato, escutou batidas na porta e logo pediu para que Mariana entrasse. A jovem adentrou o quarto, segurando a carta de Clara e caminhou lentamente até a cama, onde a italiana estava sentada. Pela expressão de ambas já era possível perceber que ali iriam se encerrar a esperança de uma e a angústia de outra.
- Você se decidiu por ela, não foi? - Disse Chiara, já se sentindo sufocada com uma verdade que estava apenas em seu pensamento.
Mariana mantinha uma expressão séria, em respeito à dor de Chiara, mas acabou balançando a cabeça em afirmativo.
- Aqui está a carta, se você preferir, pode lê-la.
- Não, por favor Mari, não me peça para ler. Apenas seja direta...
- Tudo bem, me desculpe, Chiara, eu, eu não quero te fazer sofrer, mas realmente não posso mentir mais para você nem para mim mesma. Você estava certa, em nenhum momento nesses dois dias fui coerente comigo mesma. Fui movida pela raiva, pelo rancor e pelo orgulho e acabei fugindo em muito do que eu realmente sou.
- É, acho que todas nós agimos de maneira errada, Mari.
- Não, dessa vez a Clara não agiu. - Disse a loira com um meio sorriso no rosto e tentado falar de um jeito que não deixasse Chiara ainda mais triste. - Ela agiu pensando em mim, dessa vez ela passou por cima do orgulho para me mostrar que o que importa para ela é a minha felicidade. Eu não enxerguei isso antes, somente percebi lendo a carta.
Chiara acompanhava atentamente a revelação de Mariana como se na verdade estivesse assistindo uma cena repetida de filme. Tudo aquilo já havia passado por seus pensamentos inúmeras vezes, entretanto, agora era real, dito pela própria Mariana.
- Então você voltará para o Brasil? Vai atrás da Clara? - Perguntou Chiara tentando se manter forte.
- Chiara, ela ainda não voltou para o Brasil. A Clara foi para Veneza, está me esperando lá.
Chiara abaixou a cabeça e deu um sorriso forçado, mostrando seu desapontamento com a situação.
- Ela realmente te ama, Mari, do contrário já teria retornado ao Brasil a muito tempo.
A jovem se levantou da cama, caminhou até a janela e olhando para a rua disse:
- Desejo toda felicidade a vocês, Mari, não se preocupe comigo, vou ficar bem.
Mariana sentiu novamente um aperto no coração, mas não voltou atrás. Estava mais certa do que nunca de que sua felicidade era mesmo ao lado de seu grande amor, Clara. Assim, a jovem caminhou até Chiara, deu um beijo em seu rosto e disse:
- Obrigada por tudo! Por ser amiga, por me dar a oportunidade de conhecer profundamente a Itália e por confiar em mim. Jamais me esquecerei de você!
- Nem eu de você, Mari.
A loira já estava caminhando em direção à porta, quando Chiara voltou a falar.
- Mari, quero que você saiba que não haverá problema para mim, caso você resolva permanecer na Itália e com seu cargo na minha empresa. Sei separar as coisas.
Mariana olhou para Chiara e deu um belo sorriso para ela.
- Obrigada mesmo, Chiara, você é uma pessoa incrível. Mas, não sei se isso será viável, eu...
- Não precisa explicar, Mari, resolva o que tiver que resolver com a Clara e depois que vocês retornarem de Veneza, estarei esperando seu posicionamento.
- Chiara, voltarei logo, pelo menos para te auxiliar com os minicursos.
- Mari, por favor, estou de dando o resto da semana de folga, resolva suas coisas, depois voltamos a conversar sobre sua permanência ou não na empresa.
Mariana até pensou em insistir, mas viu que aquilo já estava dolorido demais para Chiara. Assim, aceitou a folga proposta pela jovem e não mais tocou no assunto. Na verdade, ela não sabia como iria ficar sua situação depois que voltasse para Clara, no entanto, não era hora para pensar nisso, pois o foco estava inteiramente voltado para o momento em que veria sua amada novamente, para poder tratá-la com todo o amor que reprimira nos últimos dias.
- Tudo bem. Obrigada mesmo!
A jovem já estava saindo do quarto, quando a italiana voltou a falar, com a voz triste.
- Você vai como pra Veneza?
Mariana voltou a virar-se e respondeu.
- Estou pensando em alugar um carro e sair pela manhã.
- Não é uma boa ideia Mari. É difícil dirigir em Veneza. Aconselho você a ir de trem. Chegará lá bem mais rápido e sem complicações.
- Trem? Não tinha pensado nisso.
- Tem um trem que sai daqui de Roma às 8 horas e vai direto à Veneza, você deverá chegar lá por volta do meio-dia.
- Obrigada! - Respondeu a loira de maneira contida em respeito à italiana. No entanto, ficara extremamente feliz por ver que chegaria a Veneza no dia seguinte a tempo de encontrar Clara.
- Por nada. Boa sorte, Mari.
A loira sentiu vontade de abraçar Chiara em agradecimento, porém, sabia que tal gesto não faria bem para a jovem. Assim, apenas sorriu para ela e voltou a caminhar em direção ao seu quarto. Finalmente as coisas estavam se ajeitando e a loira se sentia em paz por não ter iludido Chiara ao ponto de fazê-la sofrer ainda mais.
A jovem retirou a roupa que estava, vestiu um pijama e se deitou na cama torcendo para que o sono lhe invadisse rapidamente e o dia seguinte chegasse logo. Porém, não seria difícil passar por aquela noite, pois finalmente poderia se permitir imaginar e sonhar com a bela morena novamente em seus braços.
Naquela noite Mariana aprendeu uma preciosa lição: não vale a pena ficar presa ao rancor nem mesmo mergulhada no orgulho, esses sentimentos não acrescentam nada na vida daqueles que o sentem. Mas o amor, esse sim pode transformar tudo e se for vivido em sua forma mais sublime, certamente será capaz de superar qualquer mal.
Quando o dia amanheceu, a loira já estava arrumada para seguir viagem à Veneza. Seu coração estava acelerado desde a noite anterior, quando passou grande parte do tempo imaginando o momento em que se entregaria para sempre para sua amada.
Ao sair do quarto, Mariana caminhou até a sala, pegou o telefone e pediu um taxi. Quando foi se virar novamente em direção ao corredor, encontrou Chiara saindo do quarto com uma expressão triste.
- Oi Mari.
- Bom dia, Chiara, er... pensei que você estivesse dormindo.
- Não, eu costumo acordar cedo. Mas, de qualquer forma eu quis te encontrar aqui ainda, não precisa levar toda sua bagagem, Mari. Deixe aqui o que não for precisar e quando retornar você leva o restante das malas.
- Obrigada, Chiara, realmente tem muita bagagem, não darei conta de levar tudo isso para Veneza.
- Mari, não me trate como se eu fosse uma estranha, é tudo o que peço. Apesar de tudo, quero continuar sendo sua amiga.
- Eu também quero isso, Chiara, me desculpe. Apenas pensei que não seria uma boa ideia deixar minhas malas aqui.
- Não tem problema.
- Tudo bem então, er... obrigada.
Logo o assunto foi interrompido com as buzinadas do taxista.
- Nossa, meu taxi já chegou.
- O ponto fica aqui no final da rua.
- Ah, não sabia. - Disse a loira um pouco sem jeito.
- Bom, boa viagem, Mari. Aproveite Veneza!
- Se cuida, Chiara.
- Pode deixar.
Mariana pegou uma pequena mala em seu quarto e seguiu em direção à porta. Lá, olhou mais uma vez para Chiara que estava de cabeça baixa e nada mais falou, seguiu para a estação de trem e lá comprou a passagem para Veneza e embarcou atrás de seu amor que, em sua cabeça, já lhe esperava na cidade dos apaixonados.
Conforme Chiara lhe falara, antes mesmo do meio-dia a jovem já estava desembarcando na estação de trem de Veneza. Demorou alguns minutos até conseguir pegar um taxi que lhe levasse para algum hotel próximo a Ponte di Rialto. Até chegar ao local já havia se passado mais uma hora e a jovem torceu para conseguir achar vaga no hotel, sem ter feito reserva.
Por sorte, a loira encontrara vaga no Hotel Angolo di Amanti, que fora sugerido pelo taxista. Assim, logo após fazer o check-in, Mariana pediu através do serviço de quarto um lanche rápido e quando já estava para completar 13 horas e 30 minutos a jovem já estava seguindo em direção à Ponte di Rialto. O local exato desse ponto turístico fora informado pelo conciérge do Hotel fazendo com que a loira encontrasse rapidamente o local.
Era impossível descrever com exatidão como estava seu coração naquele momento. Havia uma mistura de sentimentos, pois além de todo amor guardado por Clara, também havia o sentimento de arrependimento e de perdão para com a jovem, também sentia necessidade de pedir desculpas por ter agido de forma tão fria com ela nas últimas noites.
Mariana caminhava lentamente pelos cantos extremos daquelas ruas alagadas deixando seu coração se inebriar com o clima de romantismo natural de Veneza. Não sabia muito bem o que iria fazer ao se encontrar com Clara, mas sabia das vontades de seu coração. Porém, queria fazer daquele momento ainda mais especial, assim, ao olhar para o lado, avistou um rapaz jovem, vestido com roupas antigas carregando dezenas de botões de rosa.
Caminhou até ele e após conversar por alguns minutos comprou um adorável botão de rosa de cor vermelha. Agora se sentia pronta para reencontrar seu grande amor. Voltou a caminhar em direção à ponte até avistar sua entrada lateral. Lá, começou a caminhar lentamente, olhando para os lados a procura de Clara. Porém, ao chegar ao centro daquela bela construção, percebeu que a jovem ainda não chegara.
Encostou-se à beira da ponte e ficou a pensar na bela morena e no quanto se sentia novamente feliz por estar ali para se reencontrar com ela e resgatar novamente aquele amor. Mariana olhava para o relógio a cada cinco minutos e quanto mais o tempo passava mais ficava ansiosa para ver Clara caminhando ao seu encontro. Porém já dera 14 horas e nada da morena aparecer.
- "Meu Deus, será que ela desistiu??" - Pensava Mariana, tentando controlar o nervosismo.
Começou a olhar de um lado para o outro de maneira afobada, quando de repente, seu olhar se fixa a um local específico da ponte. De lá, subia uma linda morena, com o olhar também penetrado nela. Ali, naquele momento parecia não haver mais ninguém na ponte. Os olhos se encheram de água e o sorriso foi crescendo em ambos os lábios a cada passo da morena em direção a ela.
Ao chegar ao centro da ponte, tudo parecia estar em câmera lenta e os olhos não se desviavam para nenhuma outra direção. Clara caminhou mais três passos, encarou de perto aquele rosto tão amado e finalmente conseguiu pronunciar as primeiras palavras com sua voz emocionada.
- Você veio...
- Vim... - Respondeu também emocionada. - Vim, pois descobri que sem você jamais serei feliz novamente. Eu te amo, Clara!
- Eu te amo, Mari...
Sem perder mais tempo os corpos se juntaram e as bocas voltaram a se tocar. Dessa vez não havia mais nenhum empecilho, nenhum sentimento de raiva ou de orgulho, eram apenas duas jovens redescobrindo o significado do amor e do perdão. As bocas permaneciam unidas e os corações batiam tão fortes e acelerados, como se aquele fosse o último beijo de suas vidas. Clara abraçava Mariana de maneira firme e a loira correspondia, segurando-lhe forte o pescoço. O beijo fora interrompido em alguns momentos apenas para dizerem e escutarem a frase "eu te amo".
Depois de longos minutos em um beijo caloroso, cheio de saudade e de amor, as bocas se desgrudaram para dar lugar a um forte abraço. As pessoas passavam pela ponte e observavam assustadas àquela demonstração explicita de carinho entre as duas mulheres. Contudo, nenhuma delas se mostrou preocupada com os olhares curiosos que as cercavam. Eram apenas elas naquele momento, o momento tão sonhado, tão esperado por ambas, apesar de todo o caminho difícil e de tudo o que precisaram superar para estarem ali. Finalmente o amor entre elas estava de volta, agora com força total.
Fim do capítulo
Ei, minhas queridas leitoras,
Finalmente chegou o tão esperado reencontro, despido de raiva, mágoas e orgulhos... o amor retornou para aqueles corações aflitos.
Bom, gostaria que vcs comentassem o que acharam desse reencontro, espero que tenham gostado. Eu estou amando cada comentário, cada suposição e reflexão, sem falar nos comentários divertidíssimos, rsrs.
Obrigada por esse carinho!
Ah, aproveito o espaço para falar sobre meu novo conto "Universo particular: uma breve reflexão sobre o tempo", que foi publicado ontem, aqui no site. Quem já leu? Ficaria feliz se vcs também comentassem por lá... quero saber o que acharam. Algumas leitoras fofas já deixaram suas impressões e eu adorei!
É isso. Um beijo, até breve!
Comentar este capítulo:
Sophia L
Em: 08/10/2015
Gi, estou em uma semana tão corrida, mas como deixar de ler sua história?? E mais, como deixar de comentar?? IMPOSSÍVEL!!! Que capítulo perfeito, me falta palavras pra descrever o quanto estou encantada com sua escrita e com a forma como vc sempre nos surpreende. É aquele momento em que vc lê algo que te faz sair do lugar, te eleva. Incrível, sem palavras mesmo! Parabéns.
Já estou sofrendo por antecipação com a aproximação do fim dessa história.... buááááá
Bjos linda obrigada por nos agraciar com seu talento.
Resposta do autor:
Ei Sophia,
Ô minha querida, obrigada por me prestigiar mesmo em uma semana cheia e corrida. Isso me faz sentir privilegiada, creio que eu tenho as melhores leitoras desse mundo!!
Que bom que gostou do capítulo, nossa, fiquei muito feliz em saber que está história está te fazendo de alguma forma sair de seu lugar, te elevando.
Muito obrigada, de coração!
Também estou com uma dorzinha no coração com a proximidade do término, mas vamos aproveitar os capítulos que ainda restam.
Beijinhos
JessNessa
Em: 07/10/2015
Que lindo conto! Vou reler kkk. Mas acabou?? Nao vai ter um cap final? Um epílogo? ?? #:' -( Mas. Eu amei o conto todo. Obrigada Gi beijones!
Resposta do autor:
Ei Jess,
Acho que houve uma pequena confusão né? rsrs... Ou vc está falando do meu novo conto: "Universo particular: uma breve reflexão sobre o tempo"? rsrs... se for, comente lá na parte do conto, ficarei feliz!
Beijos
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Bianca Whrit
Em: 07/10/2015
Giii, vc é linda!!! Tem uma alma bela, da para notar por sua escrita. Ualllllll, que Lindeza de capítulo. Que emoção, foram tantos elementos pra se pensar o perdão a reconciliação a atitude da Chiara em deixar a Mari decidir o caminho dela ahh vc é incrível. Bjuuuussss
Resposta do autor:
Ei Bia,
Eu, linda?? rsrs.... ah gente... onde vcs estão fazendo escola de fofura?? Pq tá demais, vcs me deixam até encabulada.
De coração, já estou sem palavras para agradecer!! Muito, muito obrigada!! Vcs que são incríveis.
Beijos
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Anabela N
Em: 06/10/2015
Gi, estou simplesmente encantada com esse capítulo! Quanta perfeição, acho que falta-me elogios para vc. Quantos sentimentos, quanta beleza em um capítulo só! Aplaudir vc de pé é pouco... vc merece ter um livro publicado! Parabéns... bravo, bravíssimo! Bju
Resposta do autor:
Ei Ana,
Obrigada, meu bem! Me sinto muito privilegiada em ter leitoras como vcs, sempre tão participativas, que refletem a história e me dão tanto apoio. Eu que tenho que agradecer! De coração!!
Um beijo!
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Glaucia
Em: 06/10/2015
Minha nossa senhora das emoções e das leitoras com pré infarto causado por Giovana Franchini .kkkkk.Dona moça assim Vc não só quer matar papai como a mamãe também.kkkkk como diz lá no meu nordeste (ar Maria nam.kkkkk)Gio estou aqui que nem sei qual a sensação estou sentindo Parece um tubilhao de emoções .Parece que entrei no olho de um furacão (e olha que se esse olho for grande to ferrada vai demora passar essas emoções .kkkkk)
Chiara até que em fim de redimiu em.Antes tarde do que nunca kkkkmais consegui.Dei tantas dicas de filme pra ela fazer ai ela me faz logo o de Maria Madalena agora ficou impossível jogar pedra ne quem é que não tem pecados?(quem não tem teto de vidro atire a primeira pedra .kkk)eu já quardei a minha.kkkkk
Realmente mentira tem perna curta e uma relação não pode ser construída nela muito menos no egoísmo .A mentira só vale quando a verdade não chega e quando ela chega nos faz passar de mocinho a Vilão da história..Por mais que doa ou os efeitos possa ser colaterais a verdade é e sempre será a melhor saída.
Mari precisou ter a sensação da perda para poder dar valor.Para abrir os olhos e sair do mundo do egoísmo e da raiva que quase a cegou e por pouco não há faz perde o grande amor da sua vida.Percebeu que por amor podemos mudar nossos atos,palavras e ações.E isso a Clara conseguiu provar a ela.
Perfeitamente perfeito o encontro das duas na Ponte.Não precisou de palavras de desculpas só bastou os olhares para dizer tudo o que cada uma queria falar(é realmente o olhar vale mais que mil palavras)e o Eu te amo dito repetidamente por ambas só foi para confirmar o que os olhos já diziam.
Haaaaaaa que pena que só vai até o capítulo60 quer dizer que agora é contagem regressiva para terminar?(sei não em acho que a Chiara te deu umas aulinhas de maldades.kkkk)Brincadeira Foi mais fico feliz por vc já está elaborando uma nova história para postar E nesse meio tempo espero que venham mais reflexões para não dar tempo de sentir saudades suas.
Mais uma vez minha querida parabéns por mais um capítulo imensurável de emoções.Agora vamos que vamos pro próximo capitulo.Beijos e saúde e paz o resto a gente corre atraz🙏😘
Resposta do autor:
Ei Glaucia,
Kkkkkkk, já comecei rindo de seu comentário!
Está sentindo um turbilhão de emoções? Ahh, isso é ótimo, não? rsrs... Mas realmente foram fortes emoções nesse capítulo, por todos os lados, Chiara, Clara e Mariana abusaram dos nossos corações, a Giovanna não tem nada a ver com isso, rsrs
Kkkkkkk, ainda bem que a Chiara se redimiu hein, esse filme de Maria Madalena foi o ideal, não queria ver minha personagem querida apanhando por aqui, rs.. Ela refletiu muito e percebeu que estava comentendo uma loucura, um ato egoísta, visto que a decisão teria que partir da Mari e não dela. Sem dúvida, minha querida, a verdade é sempre melhor, por mais que doa.
Em relação a Mari, acho que ela precisou sim viver essa sensação de perda para olhar para si e enxergar o quanto estava sendo incoerente. Mas, a atitude transparente da Clara, de desnudar sua alma, fez muito mais efeito sobre a loirinha.
Já o encontro, não poderia sem em um local mais propício, não é mesmo? Todo aquele clima romântico foi o cenário ideal que se formou em minha cabeça quando pensei nessa cena. Que bom que gostou. Sim, ali os olhares e sorrisos falaram por si só... não é à toa que esse é o nome da história... olhares e sorrisos têm um poder incrível!
Sim, minha querida, agora é contagem regressiva... a história vai até o capítulo 60, confesso que já estou sentindo falta antecipada desse espaço. Kkkkk, será que recebi aulas da Chiara? Pode ser, rsrs
Obrigada, viu, pelo apoio e pelo carinho de sempre!
Beijos, paz e saúde para você também!!
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mtereza
Em: 06/10/2015
Perfeito emocionante e sensivel esse capitulo do inicio ao fim do arrenendimento da Chiara resolvendo entregar a carta a Mari que caiu em si sobre o seu comortamento raivoso e orgulhoso com relaçao a Clara a conversa madura entre Mari e Chiara a finalmente o reencontro que me emocionou em todos os sentindo obrigada Gi por esses momentos erfeito agora é curti o amor das duas em Veneza tenho certeza que vc nos propocionará outros momentos prá la de romantico nos proximos capitulos 
Resposta do autor:
Ei Mtereza,
Ah, mto obrigada! Foi um capítulo bem intenso mesmo, de esclarecimentos e segundas chances. Que bom que gostou, fico feliz por ter te emocionado.
Eu que tenho que agradecer por esse carinho! Vcs leitoras são muito importante nesse processo de criação... é mto bom ver esse retorno tão positivo!
Sim, agora é curtir esse amor!
Beijos, mais uma vez obrigada!
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Mika
Em: 06/10/2015
Aplausos de pé... 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻😍😍😍
Giiiiiiii... S E N S A C I O N A L!
Emoção a mil... Ai meu coração! d84;a039;
Ontem durmi cedo, ai quando acordo hj tem capítulo novo, e mais nessa intensidade?! Que que isso Brasil!!! Lindo de morrer!!!😍👏🏻👏🏻
Estou sem palavras, o capítulo foi muito... Muito lindo mesmo! Finalmente essas duasjuntas novamente e com uma intensidade maior q antes... QUERO MAIS Gi!!! 😜
E em relação a Chiara, eh... Bom... Digamos que, ela ganhou ums pontinhos comigo! Só ums pontinhos tá! 😒😒😒
Masi uma vez, PARABÉNS Gi!!!
Já posso voltar a viver...hahahaha Sério! 🙎
Bjos 💋
Resposta do autor:
Ei Mika,
Ah minha querida, muito obrigada por esses elogios. Que bom que gostou do capítulo. Foi bem intenso, né, mas não poderia ser diferente se tratando de Clara e Mariana, rs.
Tb fico sem palavras para agradecer. Hoje tem mais, com mais intensidade e emoção..
Hahaha, tadinha da Chiara, não é possível que ela não ganhou mais pontos com vc, vai? Seja boazinha com a poverella, rsrs
Obrigada, mais uma vez!
Kkkkkkk, drama é pouco né? rsrs
Beijos
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Sem cadastro
Em: 06/10/2015
Gi!
Tão feliz por elas terem feito as pazes. Lindo demais esse momento.
O bom é que faltam ainda uns 10 capítulos para acabar, então vamos curtir muito o amor delas.
Muito feliz, Gi! Torci muito para que acontece e mais uma vez foi lindo.
Você está de parabéns pela maneira brilhante que escreve cada capítulo e cada momento delas.
Você nos emociona sempre!
Beijos!
Resposta do autor:
Ei Pietra,
Pois é, finalmente fizeram as pazes e ainda faltam 10 capítulos para acabar a história.. Sim, minha querida, dará para curtir um pouco do amor entre elas... não poderia simplesmente terminar a história aqui.
Ah, obrigada por esse carinho, fico muito feliz em ler isso, que bom que gostou da maneira como conduzi essa etapa. Aguarde novas emoções...
Beijinhos!
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Srta Petrova
Em: 05/10/2015
Madre di Dio di riposo il cuore della mia cara Chiara.
Perfeito demais, parabéns Gi.
Tadinha de Chiara, estou triste juntinho com ela.
Já sei que o amor sempre vence, mas precisava deixa-la
apaixonada por Mari? Covardia com a pobre ragazza!!!
Beijos Gi, você é demais!!!!
Você não merece Palmas, merece o Tocantins inteiro!!!
Resposta do autor:
Ei Siflima,
La Madre di Dio certamente dará um consolo para o coraçãozinho da doce Chiara.
Ah, obrigada minha querida, que bom que gostou. Pois é, infelizmente o amor é assim, ele não consegue, muitas vezes, escolher um coração desocupado. Mas a Chiara é madura e irá superar esse momento difícil.
Kkkkkkkkkkk, adorei "você não merece Palmas, merece o Tocantins inteiro!!!"... Ah, que fofa, muito obrigada!
Beijos
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gleice
Em: 05/10/2015
Coooomo não amar um capítulo desse, o momento mais sonhado, esperando....aiiiii que fofo elas juntas dinovo, agora só falta fechar com chave de outro...uma noite mega romântica e pra completar, uma noite de amor!!! Perfeito!!! 👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Resposta do autor:
Ei Gleice,
Ah, que bom, minha querida, eu fico muito feliz por saber que está gostando. Agora falta a noite romântica né? rsrs... mas a viagem à Veneza está apenas començando, rs...
Muito obrigada, viu!
Um beijo.
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paulette86
Em: 05/10/2015
Giiiih, mds atte qe enfiiim qe reencontro maiis liiindo, tto tão emociionada espereiii tanto por esse momento, mds ée vrdd mesmo nee? não tto sonhando nem nada nee? aiiiin, qe liiindo atte qe enfiim a mnh Clariiinha vaiii ser feliiiz com a Mariiii.... aiiin, qe emoçao qe tto sentiiiindo, tto tão, maiis tão feliiiz por ellas qe nem seiii maiis oqe falar, só posso diiizer qe o reencontro foiii perfeiiito!
Obbs: Chiiiiiara, não foiii dessa vez qe vooc ganhou o coraçao da Mariiii, siiiinto muiiito maiiis vooce dançou.. kkkk '
Beeijo Giiih!
Resposta do autor:
Ei Paulette,
Finalmente a tortura acabou, não é mesmo? rsrs... Viu só, não fui tão Cruela como vcs sempre me intitulam, rsrs
Que bom que se emocionou, minha querida, não, vc não está sonhando, rsrs... Pode ficar feliz, pois o amor voltou para aqueles dois corações perdidos e sofridos.
Kkkkkk, tadinha da Chiara, nem com essa atitude arrependida ela te ganhou hein, rsrs
Beijos, obrigada!
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BeatrizC
Em: 05/10/2015
Espero que agora nada mais atrapalhe esse amor..
Meu coração jaja tem um treco, é muita ansiedade e curiosidade com o final da história pra uma pessoa só Kkkkk
Resposta do autor:
Olá Beatriz,
Rsrs, muita calma. não tenha um treco ainda, pois temos 10 capítulos antes do final, rsrs
Obrigada por acompanhar.
Beijos
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