Capítulo 49
O dia amanhecera e Mariana continuava dormindo um sono profundo. Chiara já havia levantado e adentrado o quarto da loira para ver se a jovem já tinha acordado, porém, logo que percebeu o quanto ela estava imersa naquele sono, optou em apenas escrever um bilhete avisando que o café da manhã já estava na mesa e também dizendo para Mariana ficar em casa naquele dia apenas trabalhando no minicurso. Chiara sabia que a loira precisaria recuperar as forças e certamente ajudaria, ficando apenas em casa, sem ver ninguém.
Assim, a italiana deixou o bilhete ao lado da cama de Mariana e saiu de casa em direção ao seu escritório. Tentou evitar pensar em qualquer coisa sobre a noite passada, porém, inevitavelmente relembrava a confusão de Mariana ao chamá-la de Clara. Queria acreditar que aquilo não representava nada, porém, como a morena não se mostrava muito confiante em relação a decisão da loira, optou em marginalizar seus pensamentos e focar a mente em outros assuntos.
Não foi nada fácil manter a mente distanciada desses pensamentos, porém logo naquela manhã a jovem recebera a visita de dois representantes de uma empresa de turismo francesa, que pretendiam fechar um pacote de visita guiada por Roma juntamente com um minicurso para alguns de seus funcionários.
Quando terminou de atender os empresários, já estava no horário de almoço, assim a italiana decidiu retornar para sua casa e fazer seu horário por lá, ao lado de Mariana. Também queria conferir se estava tudo bem com ela, entretanto, quando já estava com a mão na maçaneta da porta, escutou o telefone tocar, correu em direção a ele e atendeu apressadamente...
- Alô... - Disse em italiano
- Boa tarde, Chiara, é o Marcello, tudo bem? - Disse o jovem, também em italiano.
- Olá Marcello, tudo bem sim e como estão as coisas aí na pousada? - Perguntou, sem evitar pensar que Clara ainda estava por lá.
- Está tudo bem, mas gostaria que você passasse aqui depois do almoço, pois descobrimos um pequeno problema no quarto 104 e precisamos do seu aval para fazer os reparos.
- Mas, o que exatamente aconteceu?
- Parece que está com um vazamento de água no banheiro.
- Nossa, tudo bem então, vou almoçar num restaurante aqui perto e logo chego aí.
- OK! Obrigado, Chiara! Até logo!
- Até!
Chiara desligou o telefone e partiu rapidamente para o restaurante. Queria ir até sua casa para saber de Mariana, porém, não gostava que as pessoas resolvessem os assuntos da pousada sem que ela visse pessoalmente os detalhes, assim, optou em fazer um rápido almoço no restaurante, passar na pousada e conferir o problema antes de ir até sua casa para saber como Mariana estava.
Assim foi feito e após almoçar a italiana já estava adentrando a pousada para conversar com Marcello.
- Boa tarde Marcello, então, vamos lá para você me mostrar o problema?
- Boa tarde Chiara, vamos sim.
Os jovens caminhavam em direção ao quarto e a italiana aproveitou para perguntar se a prima dele, que começara a trabalhar na pousada na noite anterior, estava se adaptando bem ao novo emprego.
- E a Francesca, está conseguindo se adaptar?
- Ah sim, ela gostou muito daqui e já está acostumada a trabalhar durante a noite.
- Muito bem então, acho que realmente encontramos uma pessoa para dividir o turno de trabalho com você. Te agradeço muito pelas noites extras que você ficou aqui na pousada, Marcello, depois acertarei essas horas.
- Sem problemas, Chiara, precisando é só falar.
Chiara conversava com o jovem funcionário, mas não conseguia evitar os olhares para todos os cantos da pousada, à procura de Clara, até Marcello lhe revelar...
- Por falar em Francesca, hoje de manhã quando cheguei para o meu turno fiquei sabendo por ela que a turista brasileira que estava hospedada aqui, foi embora logo que amanheceu.
- O que??? - Perguntou a italiana, surpresa.
- Isso mesmo, a Clara Pinheiro.
Chiara não estava acreditando.
- Como assim foi embora?? Ela disse o motivo?
- Parece que ela precisou resolver algum problema de última hora, não sei te dizer muito bem.
- Mas... mas, ela não falou nada com a Francesca?
- Segundo minha prima, ela apenas agradeceu a estadia e o atendimento dos funcionários.
Chiara não conseguia disfarçar o quanto aquela notícia mexera com ela. Começava a pensar que finalmente teria o caminho livre para iniciar uma história com Mariana. Porém, logo Marcello voltou a falar trazendo à tona toda tensão que estava sentindo anteriormente...
- Nossa, acabei de me lembrar que ela deixou uma carta para ser entregue à Mariana.
- O que?? Carta??
- Sim, deve ser algum pedido de desculpas.
- Desculpas??? Como assim??
- Er... bom, pensei que talvez a Srtª Pinheiro quisesse pedir desculpas por ter desistido da visita guiada, não? - Disse o jovem, confuso com a reação de Chiara.
A morena percebeu que estava agindo de maneira estranha e logo voltou a se controlar.
- Sim, er... com certeza é isso.
Os dois adentraram o quarto 104 e enquanto Marcello mostrava o problema para Chiara, seus pensamentos se concentravam quase por completo naquela carta.
-"O que será que a Clara quer com isso agora??"
Enquanto Chiara tentava entender o que aquela carta poderia representar, Marcello terminava de mostrar o vazamento para Chiara.
- Bom, este é o problema. Podemos chamar o encanador para resolver isso?
- Sim, pode chamar. - Respondeu a italiana, ainda com o pensamento na carta.
- Tudo bem então, vou ligar agora mesmo para o encanador.
Marcello e Chiara saíram do quarto e assim que chegaram na recepção o jovem voltou a falar.
- Chiara, a Mariana está na sede da empresa?
- Não Marcello, hoje ela está trabalhando numa outra atividade. - Inventou Chiara, pois não queria assumir que deixara a loira ficar em casa hoje.
- Mas, ela está morando com você, não está?
- Sim, ela está ficando na minha casa, até achar um local para morar.
- Então será que você poderia entregar essa carta a ela, por favor? - Disse Marcello, mostrando a carta para Chiara. - Minha prima disse que ela pediu para entregar para a própria Mariana, mas não teria problema você entregar, você é amiga dela. A Srtª Pinheiro pediu urgência.
- "Urgência?? Por que teria urgência??" - Pensava a jovem.
- Chiara?? - Chamou Marcello, ao ver que sua chefe não lhe respondera. - Tem algum problema em entregar essa carta a Mariana?
- Er... não Marcello, quer dizer, se ela pediu para entregar em mãos, acho melhor você mesmo entregar a ela.
- Hum, tudo bem, Chiara. - Falou o jovem, estranhando mais uma vez o comportamento de Chiara.
A italiana percebeu a expressão de estranhamento de Marcello e acabou falando, mesmo que contrariada.
- Não, esquece, me dê a carta, eu entrego.
Chiara estendeu a mão e pegou a carta.
- Pode deixar que entregarei à Mariana.
- Obrigado, Chiara.
Chiara deu um sorriso forçado para seu funcionário e em seguida, deixou-o na recepção resolvendo o problema do quarto 104. Seguiu de volta para a sede da empresa olhando para aquele envelope e tentando descobrir o que lá estava escrito.
- "Pare com isso, Chiara, isso não lhe diz respeito." - A jovem tentava se controlar, pois sentia muita vontade de abrir a carta para saber o que Clara escrevera.
Ao chegar na empresa, Chiara imediatamente guardou a carta na gaveta e tentou relaxar, tentou se convencer de que ali estaria apenas uma despedida definitiva de Clara, ou até mesmo uma carta de desabafo, já que Clara sempre fora extremamente orgulhosa.
-"Aposto que ela escreveu aqui toda a mágoa que sente por ter escutado as palavras frias da Mari, sabia que não voltaria a vê-la mais, por isso quis desabafar aqui!" - Pensou Chiara, tentando se convencer disso.
No entanto, a jovem não queria assumir que na verdade estava morrendo de medo daquela carta mudar tudo, de mexer com o interior de Mariana e fazê-la voltar atrás em sua decisão.
-"Não, isso é loucura minha, a Mari teve a chance de perdoá-la enquanto ela estava aqui, isso não vai acontecer mais."
Chiara olhou para o relógio e decidiu passar em casa e já resolver isso.
- "Vou entregar essa carta e provar para mim mesma que a Clara não representa mais nada para a Mari"
A italiana tentava mostrar para si mesma que confiava na decisão de Mariana, porém era nítido que seu coração temia algo. Mesmo assim, Chiara voltou a pegar a carta, guardou-a em sua bolsa e seguiu em direção à sua casa, tentando não pensar em nada.
Ao chegar lá, abriu o portão vagarosamente, tentando melhorar sua expressão preocupada. Chegou à porta e abriu-a também silenciosamente. Para sua surpresa, Mariana estava no sofá, concentrada no notebook, certamente trabalhando.
- Er... Mari.
- Chiara! Nossa, que susto. - Disse a loira, deixando o notebook de lado e levantando-se do sofá.
- Mari, precisamos conversar, tenho uma coisa para te falar...
- Não... Não Chiara, não me diga nada. Eu sei que ontem fui extremamente egoísta com você, em nenhum minuto pensei em como você estava se sentindo com toda essa história e para piorar, sei que bebi além da conta.
A jovem caminhou até a italiana e lhe deu um abraço.
- Me desculpa Chiara, você não merece ser tratada assim, o tempo todo você só tem me ajudado. Quero te recompensar e também enterrar de vez tudo o que aconteceu. - A loira saiu do abraço e encarou a italiana. - Vamos sair hoje?
Chiara ficou tão surpresa com a atitude de Mariana que não conseguiu falar nada.
- Vai Chiara, vamos sair, preciso sair de casa, não quero ficar pensando em mais nada e também quero recompensar tudo o que você está fazendo por mim. Quero ser uma companhia agradável novamente.
A italiana emitiu um grande sorriso para Mariana e finalmente concordou.
- Tudo bem Mari, eu aceito, vamos sair.
- Tenho certeza que as coisas voltarão a ser como antes. - A voz da loira não saía animada e seus olhos também não demonstravam nenhuma alegria, mas ainda assim Chiara acreditava que seria questão de tempo para tudo voltar a ser como era.
Com esse pensamento, a jovem italiana acabou desistindo de entregar a carta, convencendo-se de que não estava cometendo mal algum, afinal, em sua cabeça Mariana já estava decidida a esquecer aquela história e uma carta da Clara somente deixaria a jovem ainda mais irritada. Sendo assim, na verdade ela estaria poupando a loira de novos aborrecimentos.
Dessa forma, a jovem deixou a bolsa no canto da sala e tentou apartar o sentimento que vinha em seu coração, de estar fazendo algo equivocado. Tentou agir naturalmente o restante do dia e se preparar para sair com Mariana naquela noite. Para ela, este seria o início concreto de uma reviravolta naquela história, onde ela deixaria de ser personagem secundário para protagonizar de fato uma história de amor ao lado da bela loira.
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Clara tentava seguir viagem da maneira mais tranquila possível, pois além de estar triste e com os pensamentos nos últimos acontecimentos, também não conhecia a estrada. Assim, a jovem dirigia devagar e observava atentamente as placas que indicavam o caminho a ser seguido para não errar o trajeto e atrasar sua viagem.
Dirigia pelas estradas italianas praticamente sem reparar nas belas paisagens que se configuravam a sua frente. Realmente estava difícil para a jovem se concentrar em outra coisa que não fosse o desfecho final daquela viagem.
Quando já se aproximava das 12 horas a morena decidiu fazer uma parada para almoçar. Encontrou um pequeno restaurante na beira da estrada, que possuía um estilo simples e tradicional, no entanto aparentava ser um restaurante conhecido e ponto de parada para diversos outros viajantes, visto que estava cheio.
A jovem estacionou o carro e adentrou o local, pediu informação sobre o restaurante para um funcionário, porém não compreendeu nenhuma palavra, pois o jovem falava em italiano. Assim, Clara apenas pegou um prato e serviu sua comida, caminhou até a mesa mais próxima e iniciou seu almoço, ainda com os pensamentos em Mariana.
- "Será que a Mari já leu minha carta? Será que a moça entregou nas mãos dela como eu pedi??" - O coração de Clara se acelerava só de ter esses pensamentos, sentia-se ansiosa e com uma necessidade latente de obter respostas. - "Ai meu Deus, estou tão ansiosa, nem fome estou sentindo."
Clara remexia a comida e ora ou outra levava uma garfada até a boca, até que decidiu parar de comer, pois a comida já estava fria.
- "Acho que vou seguir viagem, melhor não comer sem fome."
Quando Clara se levantou da cadeira começou a se sentir um pouco indisposta. Não sabia dizer ao certo se fora a comida que lhe fizera mal, mas tinha quase certeza que estava daquele jeito por fatores psicológicos e também por que não dormira nada nas últimas noites.
- "Pensando bem, não sei se é uma boa ideia pegar a estrada desse jeito, preciso tentar dormir um pouco, mas onde?? Será que encontrarei algum hotel por aqui?"
A morena caminhou até o caixa, pagou sua refeição e começou a procurar alguém que falasse inglês para lhe fornecer algumas informações, até que encontrou um rapaz turista, que falava inglês.
- Por favor, você saberia me dizer se eu encontro algum hotel por aqui? Gostaria de descansar por algumas horas antes de pegar a estrada novamente.
- Sim, tem um Hotel aqui perto, você precisará adentrar a próxima cidade, lá encontrará um local para poder descansar. Fica aproximadamente a 6 quilômetros daqui, vire à primeira direita daquela pista. - Dizia o jovem, gesticulando e mostrando o caminho para Clara.
- Ah sim, muito obrigada!
- Por nada!
- Só mais uma informação, você saberia me dizer se ainda estou muito longe de Veneza?
- Veneza?? Hum, acredito que ainda faltam umas 5 horas de viagem.
- Nossa, 5 horas?
- Mais ou menos isso. Depende do seu ritmo.
- Entendi, e é fácil para encontrar os lugares por lá?
- Bom, o complicado de Veneza é que em muitos lugares você não poderá passar com o carro e isso faz com que os estacionamentos fiquem sempre lotados, acho que essa será sua maior dificuldade.
- É, não tinha pensado nisso. Na verdade, nem fiz reserva de hotel ainda.
- Eu recomendo você a reservar algo hoje já. Não estamos em alta temporada, mas Veneza sempre tem turistas.
- Você tem razão.
- Vá para esse hotel que te falei e lá eles te ajudarão a fazer essa reserva.
A morena balançou a cabeça em afirmativo e estendeu a mão para o rapaz.
- Eu agradeço pelas informações. Tenha uma boa tarde!
- Boa tarde!
Clara seguiu em direção ao carro e ficou pensando no que iria fazer.
- "Ainda faltam 5 horas, realmente vou precisar parar para descansar, pode ser até perigoso viajar assim, com sono."
A jovem adentrou o carro e olhou para o relógio.
- Nossa, já vai dar 13 horas, não adianta ter pressa para chegar em Veneza, até por que sei que a Mari não aparecerá por lá hoje, não tem como. - Disse num salto otimista, porém logo se deu conta de seu próprio comentário... - Nem sei se a Mari aparecerá por lá, será que tudo isso vai ser em vão? Será que eu perdi a Mari para sempre?
Clara voltou a sentir tonturas, assim, encostou a cabeça no volante e esperou que a tontura passasse para voltar a dirigir.
- Preciso descansar, se eu ficar aqui pensando em como serão as atitudes da Mari ao ler minha carta irei pirar.
A morena ligou o carro e dirigiu em direção ao local que o jovem lhe explicara há pouco. De fato havia uma placa indicando a entrada para uma cidade, assim Clara adentrou a pequena rua e após andar uns 6 quilômetros encontrou uma cidadezinha pacata, mas bem organizada no alto de uma colina. Logo que avançou em direção ao centro, avistou uma placa de Hotel, fazendo-a parar imediatamente.
- "Deve ser aqui."
Clara estacionou o carro em frente ao local e adentrou o estabelecimento, torcendo para que tivesse algum quarto vago. Por sorte o hotel estava vazio e a jovem conseguiu reservar um quarto sem nenhum problema. Clara também aproveitou para seguir o conselho do rapaz e pediu para a recepcionista lhe ajudar a fazer uma reserva num hotel em Veneza.
A jovem italiana não apenas lhe ajudou como também indicou um local bom para que Clara ficasse hospedada durante sua passagem por Veneza. Assim a própria funcionária conseguiu fazer uma reserva de 6 dias num hotel tradicional daquela cidade, que inclusive ficava bem próximo a Ponte di Rialto, deixando Clara imensamente agradecida.
Após pegar todas as informações do hotel onde ficaria hospedada em Veneza, Clara pediu para a jovem deixar algum funcionário responsável de guardar seu carro e levar sua bagagem para o quarto. Queria fazer uma viagem direta à Veneza, porém cada hora que passava, percebia o quanto estava debilitada para viajar, devido ao seu cansaço e sono. Assim, optara em passar o restante da tarde e da noite no hotel e voltar à viagem assim que o dia seguinte amanhecesse. Segundo seus cálculos, fazendo isso ela chegaria à Veneza por volta do meio-dia, horário ideal para ela, já que combinara na carta de esperar Mariana entre as 14 e 16 horas de cada dia.
Assim sendo, tudo ficou resolvido e enquanto Clara entregava as chaves do carro para o manobrista do Hotel, a jovem se dirigia para o quarto. Tudo o que ela precisava naquele momento era de um banho e de uma noite de sono inteira, já que fazia dias que a jovem não conseguia descansar por completo. Dessa forma, bastou o funcionário do hotel adentrar com suas bagagens e se retirar do quarto para que a jovem caminhasse em direção ao banheiro, tomasse um rápido banho e deitasse finalmente na cama para se entregar ao sono.
O cansaço era tanto que Clara iniciou seu sono por volta de 15 horas e só voltou a acordar no meio da madrugada do dia seguinte. Acordou assustada por não ter dimensão do horário, mas ao ver que o dia ainda não amanhecera a jovem voltou a se tranquilizar.
- Calma Clara, ainda é de madrugada.
A jovem pegou o relógio e constatou que iria dar 3 horas da manhã
- Vou dormir mais umas três horas e depois sigo viagem para Veneza.
Clara parecia ainda não acreditar no que estava fazendo para tentar resgatar o amor de Mariana, jamais em sua vida pensou que correria tanto atrás de alguém, porém diante do imenso amor que sentia pela loira tinha plena certeza que aquilo valia a pena, mesmo sem saber qual fim teria.
- "É melhor sofrer por ter tentado do que viver arrependida por acreditar que a história poderia ter tido outro final" - Pensava a jovem, já sonolenta. - "Por favor Mari, volta para mim, me encontre em Veneza, vamos reconstruir nosso amor, me dê a oportunidade de te fazer feliz, eu... eu te amo loirinha, você é a razão por eu ter experimentado os sentimentos mais fortes e belos que alguém pode ter por uma pessoa. Eu... pre-ci-so... de... vo-cê..."
Os pensamentos da jovem logo se cessaram e mais uma vez ela se rendeu ao sono. Já havia se passado duas horas desde então, quando de repente uma cena forte lhe surgiu na mente. Mariana estava sorrindo, com um semblante puro, com os olhos verdes, brilhando tanto quando a luz do Sol que refletia nas águas...
- Mari?? Mari, é você???Está me ouvindo??
Gritou a morena, tentando despertar a atenção da loira que mantinha seu olhar para outra direção.
- Mari, sou eu. - Gesticulava a jovem. - Olha para mim...
Clara fazia cara de surpresa e confusão, ao mesmo tempo em que sentia seu coração acelerado por estar diante da loira. No entanto, Mariana continuava olhando para outra direção, como se estivesse esperando alguém.
- Por que você não olha para mim? Estou bem aqui, Mari, estava te esperando, por favor, estou aqui, olha para mim.
A morena começava a suplicar, enquanto caminhava em direção à Mariana. Porém antes de alcançar a jovem, foi surpreendida com outra presença. Chiara se aproximava da loira com os braços abertos e um largo sorriso e a sua frente, Mariana retribuía o gesto devolvendo um sorriso igualmente largo.
- Estava te esperando, meu amor...
- Ah Perdonami, amore mio!! - Respondeu Chiara - Me atrasei, mas não deixaria de vir aqui te encontrar.
Chiara levou a mão ao pescoço da loira e com seu total consentimento a beijou longamente. Clara ficou arrasada.
- Nãooo.... nãooo Mari, não faça isso, eu estou aqui, bem aqui!! Fiquei te esperando a semana toda, por favor, não faça isso comigo. - Disse Clara chorando muito.
As jovens saíram do longo beijo que estavam protagonizando e olharam para Clara. A morena estava chorando muito, mas ainda teve forças para voltar a falar.
- Mari, eu fiquei aqui te esperando, me perdoa, Mari... não faz isso, nos dê mais uma chance de sermos felizes, eu amo você!
- Chega Clara, acabou! Esse é o fim para você, eu e a Mari estamos juntas. - Disse a italiana com um sorriso convencido no rosto.
- Mari, diz que não é verdade, diz Mari?? Você veio até Veneza para me encontrar, não foi?? Por favor, tira essa italiana daqui, vamos embora, Mari.
- Não Clara, acabou! Não vim para falar com você, me desculpe.
Ao dizer aquilo a loira pegou na mão de Chiara e deu as costas para a morena, deixando-a completamente desolada e com uma dor no coração incalculável.
- Nãooo.... nãooo Mari, não faz isso, volta.... volta para mim, Mari...
De repente a morena acordou assustada, sentando-se rapidamente na cama. Seu coração batia muito rápido e ao levar a mão ao rosto, percebeu que estava chorando. Clara tentava controlar a respiração e voltar ao seu estado normal, após ter tido um pesadelo terrível com Mariana.
- Calma, foi um pesadelo, foi só um pesadelo... - Dizia para si mesma, ainda ofegante.
Porém, mesmo sabendo que aquilo fora apenas um sonho ruim a morena não conseguia tirar do coração a sensação estranha que sentia. Agora, mais do que ontem, a jovem temia pelas decisões de Mariana.
- Meu Deus, por que eu sonhei isso?? Por favor Senhor, não me diga que isso foi um sinal, não faça isso comigo, por favor...
Algumas lágrimas ainda rolavam do rosto da jovem, sem que ela percebesse.
- Preciso esquecer isso, foi um sonho, somente um sonho ruim.
A jovem pegou o relógio e percebeu que já estava quase na hora de levantar. Como sabia que não iria conseguir dormir novamente e também temendo voltar a ter o mesmo pesadelo, Clara se levantou da cama e seguiu para o banheiro. Retirou toda sua roupa, adentrou o Box e ligou o chuveiro para tomar um longo banho, afinal, um banho demorado sempre lhe ajudava a relaxar.
Entretanto, aquele pesadelo não saía de sua cabeça, muito menos a cena de Mariana beijando Chiara e lhe chamando de amor.
- Para... para de pensar isso, Clara, foi só um sonho, não aconteceu! Não, não vai acontecer! - Falava para si mesma tentando se convencer. - Vou para Veneza e chegarei lá a tempo de esperar a Mari, tenho seis dias de esperança, não posso pensar em fracasso por causa de um sonho idiota. Isso não foi um sinal!!! Chega de pensar, Clara, para o seu próprio bem, chega de lembrar esse sonho!
Passada quase meia hora a morena saiu do banho e rapidamente trocou de roupa. Arrumou sua bagagem e desceu para a recepção do hotel. Lá pediu para a recepcionista fazer o seu check-out, enquanto tomava o café da manhã no barzinho do hotel.
Ao terminar o café, a jovem pagou sua estadia e esperou que um funcionário colocasse sua bagagem no carro e lhe devolvesse a chave, para finalmente seguir viagem para Veneza.
Já na estrada, Clara observava as placas e tomava cuidado para não pegar nenhum caminho errado. Até que, depois de mais 4 horas e 30 minutos de viagem a jovem visualiza uma placa com os dizeres em inglês: "Bem-vindo à Veneza".
- Aiii, não acredito, finalmente cheguei!
Ao observar previamente a paisagem inicial daquela cidade Clara ficou deslumbrada e ao mesmo tempo triste. Sabia que tudo aquilo poderia ter acontecido de maneira diferente e ela e Mariana poderiam estar viajando juntas se não fosse por seus erros.
- Não é hora mais para pensar nisso, Clara, controle esse coração e tenha fé que a Mari irá aparecer aqui.
A morena adentrou a cidade e logo que começou a dirigir pelas ruas de Veneza, já ficou confusa com as características do trânsito veneziano. A parte central era ainda mais confusa, especialmente para aqueles que nunca dirigiram por lá, pois em várias ruas os carros não podiam trafegar e em outros pontos o fluxo de veículos era limitado, sendo necessário esperar vários minutos para poder atravessar.
Entretanto, o clima mágico que aquela cidade proporcionava era inquestionável. Tudo era lindo, as construções, os becos de ruas com casinhas antigas e românticas e até mesmo o estilo de vestir das pessoas.
- "Te quero aqui, Mari, quero dividir isso com você, vem para mim, loirinha." - Pensava Clara, tentando alimentar a esperança ao mesmo tempo em que tentava se concentrar nas ruas e no caminho a seguir.
Dirigiu por quase 2 horas pelas ruas venezianas e não conseguia encontrar o Hotel que iria ficar.
- Caramba, a mulher do hotel disse que eu acharia fácil, mas não estou achando nada por aqui! Preciso pedir informação.
Clara encostou o carro e pediu informação para um senhor que passava na rua. Por sorte ele falava inglês e sabia o local exato para onde a morena deveria ir. Entretanto, avisou para ela que para chegar àquele hotel seria necessário deixar o carro em algum estacionamento e seguir a pé, pois não era permitido tráfego de veículos naquela rua. O senhor ainda sugeriu um local para que ela deixasse o carro e lhe indicou o caminho mais fácil para chegar lá.
A morena agradeceu a ajuda e seguiu exatamente pelo caminho indicado por ele. Ao chegar ao estacionamento particular, Clara alugou uma vaga para deixar o carro e lá mesmo encontrou um rapaz prestativo que ofereceu ajuda para levar sua bagagem até o hotel.
Durante o caminho o rapaz foi falando dos principais pontos turísticos e também "vendendo seu peixe" caso a advogada se interessasse por um guia particular. A morena achou engraçado o jeito do moço falar, pois era um inglês com um sotaque italiano muito forte, sem contar que ele tinha um humor bem característico de um cidadão veneziano, apaixonado pela cidade. Ele parecia estar narrando os lugares para Clara e não apenas mostrando o caminho. Isso fez Clara sentir ainda mais falta de Mariana, mais do que nunca sentia necessidade dela e queria tê-la de volta.
Ao chegar ao hotel, Clara agradeceu ao rapaz, pagou pelo serviço prestado e fez seu check-in. Logo, o carregador de malas do hotel direcionou a bagagem da jovem para o quarto e lá lhe explicou alguns detalhes básicos, como o funcionamento do ar condicionado, do controle remoto da TV e do telefone. Também avisou a morena que eles já estavam servindo o almoço, caso ela optasse em fazer a refeição lá no hotel. Clara agradeceu pelas informações e esperou que o carregador saísse, para fechar a porta.
A morena tentava disfarçar, mas estava extremamente ansiosa por estar em Veneza. Na verdade, o medo era maior que a ansiedade e hora ou outra batia a insegurança sobre a decisão de Mariana em procurá-la.
- Calma!! Logo saberei o que irá acontecer. Enquanto isso, não posso deixar que a insegurança se torne maior que a esperança em ver a Mari novamente.
Clara caminhou até a cama, com a intenção de descansar um pouco antes de descer para almoçar. Porém, olhou para o relógio e constatou que já iria dar 13 horas.
- "Preciso estar na ponte às 14 horas caso a Mari apareça." - Pensou não muito confiante. - "Sei que precisarei ser paciente, pois esse é apenas o primeiro dia".
A jovem começou a mexer na bolsa, procurando outra roupa para vestir, retirou uma calça jeans escura, uma blusa de manga comprida vinho e um cachecol fino, em xadrez preto e em seguida começou a se trocar. Depois que terminara de se arrumar, desceu para o restaurante do hotel e serviu seu prato com um pouco de comida leve.
Começava a perceber que os dias ali não seriam nada fáceis para ela que costumava ser tão ansiosa por respostas. Mas, também não sentia nenhuma vontade de circular pela cidade, pois tudo lembraria Mariana, assim, se fosse mesmo para conhecer detalhadamente Veneza, que fosse ao lado da loira e não sozinha, como estava naquele momento.
Ao terminar de comer sua refeição, Clara se levantou da cadeira e seguiu em direção à saída do hotel. Mas antes, perguntou para o porteiro, onde exatamente ficava a Ponte di Rialto, para poder chegar até ela sem se perder. O porteiro indicou o melhor caminho e sem mais enrolar Clara começou a caminhar em direção a ela, sentindo um leve nervosismo no coração e já imaginando o quanto ficaria ansiosa a cada dia de espera.
Quando avistou a ponte de longe seu coração se apertou. Era exatamente a mesma paisagem que aparecera como cenário no pesadelo que tivera na noite anterior. Inevitavelmente se lembrou de tudo o que sonhara, da imagem de Mariana sorrindo e de Chiara se aproximando dela para beijá-la.
Clara balançava a cabeça de um lado para o outro tentando apartar de sua mente aquela lembrança ruim e conforme ia se aproximando da ponte, mais ainda a ansiedade tomava conta de seu coração. Quando já estava a poucos metros de distância avistou o início da subida da ponte, havia alguns turistas no local, porém a ponte não estava cheia.
Começou a subir vagarosamente, pensando em como desejava que Mariana aparecesse a qualquer hora e firmasse de uma vez por todas o recomeço daquela relação. Seu coração batia forte e seu olhar estava distraído em direção às ruas alagadas que se forjavam tão belamente abaixo da ponte. Até que de repente, ao voltar seu olhar para o centro da ponte, uma visão totalmente inesperada tomou conta de seu olhar...
Havia uma bela loira, encostada na beira da ponte, segurando algo nas mãos e olhando para os lados apressadamente. Ela parecia estar procurando algo, pois demonstrava estar impaciente. Tudo estava confuso, até que o olhar da jovem se fixa em direção ao lado direito da ponte, o mesmo lado em que Clara subia de maneira nervosa e emocionada.
O coração da morena já estava com os batimentos descompassados e agora, subia a ponte de maneira mais apressada, tentando melhorar a visão sobre a loira parada no meio dela. Era impossível não se lembrar do sonho que tivera, pois, o olhar da jovem brilhava tanto quando o reflexo da água.
Quando se aproximou da parte central, voltou a andar devagar, encarou aquele olhar brilhante à sua frente já com os olhos cheios de água e finalmente se deu conta de que aquilo não se tratava de uma miragem, nem mesmo de um sonho, era real...
Fim do capítulo
Olá meninas!
Já sei que vcs estão querendo me matar por parar aí, rsrs... mas se eu não parasse na melhor parte não seria eu, rsrs
Espero que estejam gostando desse desenrolar da história, preparem-se para fortes emoções!
Mais uma vez quero pedir desculpas, pois ainda não consegui responder todos os comentários. Mas quero que saibam que todos são muito importantes para mim e eu amo ler cada palavra que vcs escrevem! Responderei em breve, com cuidado e carinho.
Muito obrigada minhas queridas! Beijos
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renata_rs04
Em: 26/03/2016
Kkkk vc e malvada, parou na melhor parte... Ja to agoniada aqui pra ver se e a mari, mais duvido que seja...
Desculpa Gi, mas vou ir la conferir kkkk prox. comento com calma kkk bjs
Resposta do autor em 01/04/2016:
Ah, minha malvadeza nem cola mais, já que a história foi toda postada... assim não tem graça, kkkkkk
Beijos
Laryssa Stark
Em: 05/10/2015
Giiiii pelo amor de Deusssss não paraaaaaaaa, aiii tem que ser a Mari, elas precisam se acertar logo, estou aqui na torcida frenética por essas duas persongens. Minhas personagens favoritas. Amando demais esse desfecho, sinto que dessa vez a Clara vai conseguir o perdão de sua loirinha.
Agora, que história é essa de novo conto?? Sério?? Outra obra sua? Preciso ler.. partiuuuu uhuuuu adorooo
Beijos gata
Resposta do autor:
Laryssa,
Rsrs, ainda bem que não demorei para postar a continuação, né? rs
Pois é, escrevi um breve conto... que por sinal vc já leu e gentilmente comentou. Obrigada viu!
Beijos
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Clara Fontana
Em: 05/10/2015
Ah essa ponte... como é bela, como desperta nossa imaginação para que tudo dê certo, para que seja o mais belo dos reencontros. Ansiosa pela continuação Gi, queremos mais dessa linda história.
Beijos
Resposta do autor:
Ei Clara...
Essa ponte é mágica mesmo né? Que bom que gostou...
Beijos, obrigada!
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Duda86
Em: 05/10/2015
Só não vou espernear brigar ou sair a caça da autora pq vc nos presenteou com um belo conto sobre o universo particular!! Mas parar aí foi sacanagem hein kkkkkkkkk
Será que é a Mari gente?? To me roendo de curiosidade. Posta a continuação logo Gi. Amando como sempre.
Vou lá ler seu conto de novo enquanto isso rs Bjuuuu
Resposta do autor:
Kkkkkk, nossa, me salvei então?
Ô minha querida, obrigada, que bom que gostou do meu novo conto! Fico feliz em saber.
Foi sacanagem para aí? rsrs... Fique calma que amanhã tem mais.
Vamos matar suas dúvidas, rs
Beijos, mais uma vez obrigada pelo carinho e apoio.
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mtereza
Em: 05/10/2015
Nossa Senhora é a Mari como assim se a Chiara não entregou a carta e se entregou daria tempo curiosa demais pelo proximo capitulo volta logo Gi
Resposta do autor:
Ei Mtereza,
Que confusão, não? Será mesmo que é a Mari??
Volto logo sim... amanhã mesmo ;)
Obrigada, minha querida.
Beijos
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JessNessa
Em: 04/10/2015
Aaiii minha santa.. Sera mesmo a Mari?? Tem que ter acontecido tudo muito rapido entao. Tipo a Chiara nao entregou a carta.. E a Clara ja estava na estrada(?)...aaahhh. Gi nao nos torture mais kkkkkk..
Resposta do autor:
Kkkkkk, gente, estou convida de que a tortura tá grande... tudo bem... Postarei amanhã! rsrs
Aguente mais um pouquinho, rs
Beijos
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Anastacia
Em: 04/10/2015
Gi,
O seu talento para manter a emoção e o suspense em alta é incrível. Não é fácil prender o leitor nesse "carrossel de emoções". Contudo a sua condução poética, sensitiva e tão real ao mesmo tempo, nos envolve de forma tão intensa que queremos nos embrenhar cada vez mais nesse universo criado por você.
Repito o que já lhe disse outras vezes, deixo que me conduza, sem ressalvas, nos meandros dessa sua mente fértil. Brinque com minhas expectativas, fruste-me exercitando seu lado malévola, rs, alimente as fantasias do imaginário, e deixe-me, sempre, aguardando, ansiosamente, o que está por vir.
Estarei lá, na Ponte di Rialto, com o coração aos pulos, expectativas afloradas, olhos também marejados... O que acontecerá? Só o próximo capítulo nos revelará... E essa é a grande magia da leitura! Obrigada por mais essa viagem!
Aguardando, Gi!
Beijios,
Anastácia.
Resposta do autor:
Anastácia,
Que belas palavras, minha querida leitora! Me encanta a forma como vc fala da minha história, me deixa feliz e realizada, com a sensação de dever cumprido. Esse carrossel de emoções não teria graça alguma sem o envolvimento de vocês, leitoras dedicadas e atentas, assim, graças a esse olhar cuidadoso, minha obra tem ganhado tanta importância nesse espaço. Continue, então, embarcando comigo nessas emoções, nesse universo criado por mim, mas que não teria sentido sem essas presenças marcantes.
Já que você se deixa conduzir pelos meandros de minha mente fértil, prepare-se para muitas outras emoções, pois a inspiração é algo a ser compartilhado com aqueles que se deixam levar, exatamente assim, sem ressalvas.
Posso utilizar até mesmo meu lado malévola? rsrs... Olha, acho que algumas leitoras vão lançar também à caça à leitora Anastácia viu, rsrs
Amanhã teremos a continuação... venha comigo, para a Ponte di Rialto e deixe-se mergulhar nesse mar de expectativas e possibilidades.
Amei seu comentário!
Beijos,
Giovanna Franchinni.
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Sophia L
Em: 04/10/2015
Que capítulo!!! Coração tá acelerado imaginando a possibilidade de ser a Mari naquela ponte! Tem que ser gente, mas como a Gi sempre nos surpreende, não posso ter plena certeza, rs
Aiii autora, continua logo, estamos muito curiosas aqui. Bjuu
Resposta do autor:
Ei Sophia,
Coração tá acelerado? Fica calma, pois ainda teremos fortes emoções pela frente, rsrs
Sempre surpreendo? Oh, isso é muito bom!
Obrigada, minha querida, amanhã tem mais.
Beijos
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Mari
Em: 04/10/2015
JessNessa, não tenho certeza se quem está lá seja a Mari, mas daria tempo de ela chegar lá sim. Pesquisei na internet (acho que já estou surtando) e de acordo com o que li, a viagem de carro entre Roma e Veneza dura pouco mais de 07 horas e meia, ou seja, mesmo que a Mari tivesse saído de manhã, daria temo de ela chegar à ponte por volta das 14:00hs. A ponte tem cerca de 48 metros, mas ambas (ela e loira) estão próximas à parte central, a ponte não está lotada e os olhos da Clara estão marejados, ou seja, tudo leva a crer que seja a Mari. Será que tudo o que estou pensando é decorrente da vontade de ser Mari a loira da ponte???? E isso tudo é culpa sua, Gi, que como sempre é encantadoramente malvada!
Resposta do autor:
rsrs... Como disse anteriormente, adorei, pois teve até pesquisa no Google, rsrs... Não minha querida, vc não está surtando, mas está alegrando muito essa autora que vos escreve, rs
Pois é... tudo é possível. Mais uma vez vc me surpreendeu em sua análise detalhada! Será que tudo isso é devido ao seu desejo em vê-las juntas? É... pode ser, como eu disse, tudo é possível, rsrs
Culpa minha?? rs, essa culpa é boa?
Ahh, "encantadoramente malvada" já tá melhorando minha reputação, rsrs
Beijos
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JessNessa
Em: 04/10/2015
My god.. ! Enfartei.. Mas so eu acho que e impossivel ser a Mari , esta loira misteriosa?? Nao e cortando a alegria das meninas nao, mas eu acho que nao tem como a Mari ter chegado la a tempo ..
Resposta do autor:
Ei Jess,
Calma, prepara o desfibrilador, rs... Será que, por milagre, é a Mari naquela ponte? Que loira misteriosa é essa? Não corte a alegria das meninas assim, hahaha...
Amanhã vcs descobrirão.
Beijos
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paulette86
Em: 03/10/2015
euu não acrediiito qe a Chiiiara vaiii esconder a carta da Mariii, essa mulher ée uma.... vou fiiicar queta, não vou me estressar, maiis qe essa Chiiiara tta me tiirando do seriio, aah, isso ella tta viiiiu. Por isso gosto tanto da Clara, euu e ella nos parecemos muiito em muiiitas coiisas, priincipalmente deiixamos o orgulho falar maiis alto, tto passando pela mesma situação qe ella, situação essa qe euu mesma criiiei :/ por isso torço muiito pra Clara e a Mariiii fiiicarem juntas. euu fiiiz qe nem a Clara, reconheciii meu erro e fuiii atras da mulher qe amo, maiis acho qe fuiii tardee dmms, ella tta muiito magoada cmg e não seiii maiis oqe fazer :( maiis a Clara e a Mariii vão fiicar juntas siim, euu seiii qe vão.
beeijo Giiih !
Resposta do autor:
Ei Paulette,
Essa Chiara tá abusando da paciência das minhas leitoras... ou seria a autora? rsrs
Vc se parece com a Clara? rs... ah, então entende bem o que ela tá passando né? Não é fácil para alguém tão orgulho reconhecer os erros, mudar e querer consertar tudo o que fez de errado. Espero que as coisas dêem certo para vc... nem sempre é tarde, quando a mágoa passa fica mais fácil para se perdoar e reconstruir uma vida melhor à duas.
Amanhã continuo com a história!
Beijos, fique bem!
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Glaucia
Em: 03/10/2015
Oi Gio tudo bem sim e vc?Espero que sim!!!
Bem parabéns por mais um capítulo e acho que esse encontro ainda não vai ser no próximo capitulo porque ainda temos que saber o desenrolar do lado da Mari caso for ela que esteja na Ponte (adivinhei ne.kkkk).Essa parte do sonho amei p o s acho que os sonhos são uns dos nossos sexto sentidos acredito muito neles e nos sinais que eles nos dão.E a Chiara em toda se fazendo de amiguinha (sabe de nada inocente .kkkk)me pega e quarda essa carta achando que pode interferir no destino dos outros essa pra malévola não falta nada.kkk mais esperarei o próximo capitulo pra ver se ela de redime um pouco.
P.S1-Ei fiquei feliz por suas palavras no penúltimo comentário viu.E posso te dizer que sou fã das suas respostas a nós leitoras da pra ver e sentir que vc faz com carinho e isso pelo menos a mim me comove .Seus créditos comigo so aumenta é história perfeita é desfecho das estórias que amo é suas respostas a nós leitoras saldo positivo em.kkkkk
P.S2-Nos me diga que essa história já tá se caminhando para o final.naoooooo podeeee.kkkk.Vc já tem outra pra postar e não deixar nós pobres leitoras órfãos de vc?Opa podia rolar ai uma parte 2 dessa história em.kkkkk
Beijos minha querida e vamos que vamos ao próximo capitulo🙏😘
Resposta do autor:
Ei Glaucia, eu também estou muito bem, minha querida, obrigada!
Que bom que gostou do capítulo. Será que esse encontro finalmente vai sair, ainda mais em um local tão belo e romântico? O cenário é propício, mas dizem as más línguas que a autora é muito malvada e gosta de testar os nervos de suas leitoras, rsrs, acho que isso é intriga da oposição, rs
Kkkkkk, essa sua suposição pode fazer muito sentido, mas a Giovanna não poderia lhe revelar agora, rs...
Sobre os sonhos, eu também tenho muita crença neles. Freud explica bem isso, não é mesmo. Ele diz que os sonhos nada mais são do que nossos medos e vontades sendo reveladas pelo nosso subconsciente. O fato é que a Clarinha tem pensado mto na possibilidade de perder a Mari para a Chiara, logo, ela acabou sonhando com isso. Por outro lado, também acredito que alguns sonhos podem ser proféticos, como se fosse um sinal do futuro, do que está para acontecer. Acho então que eu coloquei mais lenha nessa fogueira, né? rsrs
Vamos ver se a Chiara irá se redimir ou acabar de vez com sua imagem, rsrs
PS1: Ah, minha querida, eu tenho muito apreço por esse espaço, assim, não poderia responder diferente. Até porque também adoro seus comentários. Que bom que vc sente esse carinho, pois é assim mesmo que respondo, com carinho e atenção que vc merecem. Que bom que meus créditos estão altos, pq minha fama de malévola tá demais, rsrs
PS2: Pois é, a história vai até o capítulo 60... tá acabando. Também sentirei muita falta. Vc chegou a ler o pequeno conto que postei aqui? Dê um conferida e comente lá... Também estou me dedicando na escrita de uma nova história... mas essa deve demorar um pouco para eu postar, vamos ver, rsrs. Mas, pode deixar que não irei sumir.
Beijos, obrigada pelo carinho!
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Mari
Em: 03/10/2015
Gi, como todo mundo está fazendo suas suposições, também vou entrar na roda: Considerando suas indicações ao final do capítulo, tais como: olhos marejados da Clara, a informação de que esta percebeu que aquela visão não era sonho, era real (e ela sonhou justamente com a Mari) e o fato de ser uma loira segurando alguma coisa (provavelmente a carta) com os olhos brilhando em direção à Clara me fazem acreditar piamente que quem esteja na ponte seja a Mari. Além disso, é justo que elas fiquem passeando por Veneza durante a semana e não que venham a se encontrar no último dia. Some-se a isso o lindo teor da carta de Clara, o que provavelment deixará a Mari desesperada para reencontrá-la e o fato de esta saber o quanto é angustiante esperar pela pessoa que se ama, pois já havia acontecido com ela. Acho ainda mais: Não gostei da atitudes da Chiara nos dois últimos capítulos, mas acho que algo vai mexer com os sentimentos de Mari e ela vai confessar ou demonstrar que ainda ama Clara. Então Chiara vai apresentar a carta a loira e lhe emprestar algum carro, pois não daria tempo de ela alugar um, a não ser que no local haja uma empresa que alugue carros aberta 24hs, porque a Mari para chegar às 14h:00min em Veneza, precisaria sair, por volta de 05h:30min. ou ainda, quem sabe a Chiara não lhe dê carona, hein?! Sei lá, minha cabeça está a mil tentando adivinhar o que acontecerá nessa história. Pelo amor de Deus, acaba com essa angústia e nos revele o que acontecerá!!!!!
Resposta do autor:
Ei Mari,
Preciso dizer que adorei seu comentário. Adorei saber que minha história está levando-te a tantas suposições, rsrs... Teve até pesquisa no Google então? rsrs.... O melhor foi a análise da cena... os olhos marejados, a visão não era sonho, era real e por ser uma loira segurando algo, rsrs.. Ah, vcs são umas fofas. Depois de uma análise como essa, até eu estou acreditando que a Mari esteja naquela ponte, rsrs
Realmente, é justo mesmo aproveitar a semana toda em Veneza né... mas será que isso vai mesmo acontecer? De fato a Mari sabe o quanto é angustiante a espera por respostas, mas será que ela leu a carta? Será que ela finalmente irá perdoar a Clara?
Olha só, vc já sabe o tempo de viagem de Roma até Veneza... estou assustada, qual a sua profissão? Investigadora? Tem talento para isso, rsrs
Adorei minha querida, amanhã vc descobrirá se suas suposições estão corretas.
Um beijo, obrigada!!
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ElaineLonghi
Em: 03/10/2015
GI COISA MAIS LINDA DO MUNDO *----*
Como você está?
OLHA, COMO FALEI LA NO OUTRO COMENTÁRIO. NÃO SEI MAIS COMO TE ELOGIAR... TE PEDI LA NO TT PRA QUE VOCÊ ME SURPEENDESSE... E OLHA ESSE CAPÍTULO *---*
VAMOS FALAR SOBRE A CHIARA U.U MELHORE ELA... FO BEM COBRINHA ESCONDER Q CARTA DA MARI, MAS EU ESPERO QUE A MARI TENHA ACHADO ESSA CARTA E DÊ UNS SACODE LELÊ NA CHIARA.
E CLARINHA??? EU POSSO IMAGINAR A AGONIA QUE ELA DEVE TER SENTINDO DURANTE ESSA VIAGEM HAHAHA' MAS OLHA HEIN, QUE SONHO :(
E POR FIM A PONTE... SERÁ QUE É MESMO A NOSSA MARI??? TUDO INDICA QUE SIM, MAS COMO TU É BEM MALVADA, PODEMOS ESPERAR TUDO...
FUI DAR UMA OLHADA NESSA PONTE E CARAMBA. TU NAO PODIA TER ESCOLHIDO UM LUGAR MELHOR.
TIA, NÃO SEJA MALVADA. VOLTEI LOGO OU TEREI UM PIRIPAQUE... SOCORRE EU, GIOVANNA!!??
HAHAHA' OU TIA, UM BEIJÃO PRA TI!!
OBS: JA ESTOU COM SAUDADES... PELO QUE VEJO A HISTÓRIA JÁ SE ENCAMINHA PARA O FIM :'( LÁGRIMAS...
CHEIRINHO :*
Resposta do autor:
ô gente... "Gi coisa mais linda do mundo"? rsrs
Eu estou muito bem, abusadinha, e vc como está? Ainda remando bastante naquele barco furado? rs... Usando o remo para outros fins? rs
Ah, obrigada minha querida, vc é sempre muito gentil comigo! Que bom que consegui te surpreender, fico feliz por isso.
Preciso melhorar a Chiara? rsrs... gente será que eu que a tornei uma vilã ou foi a interpretação de vcs? hahahaha, pergunta difícil né? E isso que é a mágica da escrita, simplesmente adoro essas possibilidade de ver um persogem sob diferentes vertentes.
Sim, a Clarinha está muito agoniada e ansiosa... e ainda teve aquele pesadelo, não tá fácil para ela, rs... Será então que seu sofrimento irá acabar com a surpreendente presença da Mariana na ponte?
Amanhã vc descobrirá, rs, isso é ser malvada tb? rsrs
Ah, essa ponte é linda né... me encanta MUITO!
Beijos para ti também e sim... a história se encaminha para o fim... mas ainda temos 10 capítulos. Já estou com saudades tabém, rsrs
PS: SANTOS NO G4!! O que eu te falei a meses atrás?? Agora vc acredita em mim né?? rsrs
Cheiro!
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paty souza
Em: 02/10/2015
Essa rapariga do mangue!!! Porque essa mulher tem que achar que e dona das vontades de mariana??? Ela não tah se achando que a mari não vai voltar pra clara? Porque não entrega logo essa porra dessa carta!! Ela quer o que?? Comer a marina primeiro por pra poder entregar é? Vou achar tao bom que a mari ache essa carta sem querer!! Vai ser lindo ela surtando pro lado da chiara!! Kkkkk... a clara só faz se fuder!! Eu sabia que ia ser difícil mas que seria tiro e queda!! Mas eu não tou escutando o tiro só tou vendo a queda!! E queda livre viu?!! clara já tah ate alucinando!! Rapaz... é melhor pedir pra Deus levar!! Vou arrumar uns rivotril pra clara bichinha! Kkkkk...malévola alivia ai....
Resposta do autor:
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, ri alto aqui com esse "rapariga do mangue"
Chiara, a coisa tá feia para vc... não venha ao Brasil! rsrs... Pois é, ela alimenta a esperança de que a Mari ficará com ela, até pq a Mari esnobou tanto a Clara que deu a ideia de que não quer mais reatar, apesar de todo o sofrimento e negação.
Mocinha, vc está muito nervosa, rsrs, vamos respirar fundo e nos recompor, rsrs...
Olha só, vc já tá mirabolando uma cena vingativa para acabar com a italiana, rs
Sim, a Clara tá penando, seria culpa de uma autora intitulada de malévola? Gente, cada dia aparece um apelido malvado para mim, estou com medo de vcs, rsrs
Amanhã tem mais, viu.
Beijos
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Miss Sunflower
Em: 02/10/2015
Essa loira não deve ser a Mari :(( , afinal Chiara ainda nem deve ter entragado a carta . Mas acho que ela vai entregar , mesmo sabendo que isso poderá comprometer sua possível relação com a Mari .
Ansiosa para o desfecho , Bj Gi :*
Resposta do autor:
Olá minha querida,
A probabilidade de não ser a Mari realmente é grande né... mas, tudo é possível se o universo conspirar à favor, então, ainda tem uma possibilidade. Amanhã vc saberá o desfecho dessa etapa da história.
Obrigada por comentar! Beijos
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Srta Petrova
Em: 02/10/2015
Olá, minha querida Gi.
Espero que não transforme minha queridinha Chiara em uma bruxa,rs. Espero que ela aja de forma sensata, pois não acredito que ela queira perder a amizade de Mari, ou seja, acredito que ela goste de Mara, mas não a teria dessa forma (escondendo a carta)..E essa francesa? coloca ela na vida de Chiara kkkkk viu uma boa essa, né?
Já pensou o dialogo das duas:
--Comment allez-vous?--Molto bene grazie!
kkkkk que delícia, hein?
baci ragazza!!!!;)
Resposta do autor:
Ei, minha querida Siflima,
Olha, não transformei a Chiara em bruxa, mas acho que a maioria das leitoras fez isso por mim, hahaha. Pois é, a Chiara sempre foi muito sensata, mas a paixão mexeu bastante com seu auto-controle... vamos ver como ela irá se comportar no próximo capítulo.
Hum, personagem nova... será que tem espaço para ela na vida da Chiara? rsrs... veremos!
Ahhh, adoro o italiano, o diálogo fica belo!
Baci ragazza!!
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paulaOliveira
Em: 02/10/2015
PUTA QUE PARIU, tem que parar na melhor parte?
Como eu vou ficar agora, com essa ansiedade? como vou dormir. comer, trabalhar, sem saber como isso vai se desenrolar?
Pelo amor de Deus mulher não faz isso comigo não, sou cardiaca, meu core não aguenta, é emoção demais GZUIS.
Diz pra mim que elas vão se acertar, que a lorinha que está na ponte é a Mari, que ela vai perdoar a Clara, e que elas serão felizes pra sempre, que terão 2 filhos e um cachorro, (viajei) rsrsrsr
posta logo o proximo capitulo, não demora não, please !!
Resposta do autor:
Ei Paula,
Kkkkkkk, muita calma nessa hora... eu parei na melhor parte? Oh, nem percebi, rsrs
Tá, parei, melhor não mexer com os nervos das minhas leitoras,rs
Fique tranquila, pois amanhã postarei o novo capítulo. Meu Deus, estou criando monstros no drama por aqui, rsrs
Calma, respire fundo que amanhã já tá chegando.
Olha, a Giovanna tem perda de memória recente, ela não se lembra de nada da história... não faz ideia se a pessoa na ponte é a Mari, rsrs. Mas é uma sugestão curiosa essa de ter dois filhos e um cachorro, kkkkkkk... adoro quando vcs viajam na imaginação assim. Isso mesmo!
Beijinhos e até amanhã.
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preguicella
Em: 02/10/2015
Uma única palavra pra vc com esse final de capítulo: AFF
Aliás estava até sem respirar nesse finalzinho! Muita maldade!
Bjãooo
Resposta do autor:
Gente, a Giovanna é muito má mesmo... vou conversar com ela, assim não dá!
Ela precisa parar de fazer isso com suas leitoras, mas acho que é mais forte que ela, rsrs
Muita calma nessa hora, rs
Beijinhos!
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