Capítulo 48
- O que está acontecendo aqui??
Tanto Clara quanto Chiara viraram-se assustadas em direção à porta e avistaram Mariana com uma expressão surpresa e impaciente. As jovens respiravam rápido, pois a discussão já estava chegando a um nível crítico e fora de controle, porém, nenhuma delas conseguiu pronunciar uma palavra para a loira. Assim, Mariana adentrou o quarto, fechou a porta e voltou a falar:
- Vou perguntar mais uma vez. O que está acontecendo aqui??? - Sua voz não saíra nem um pouco tranquila.
- Calma Mari, apenas vim conferir se você não esqueceu nada para trás e acabei encontrando com a Clara aqui. - Disse finalmente a italiana.
- E o que você veio fazer aqui, Clara??
Clara se levantou da cama rapidamente e seguiu em direção à Mariana, porém a jovem se desvencilhou de um possível contato e seguiu para o outro lado do quarto.
- Mari, por favor, me escuta, só vim aqui para te falar mais uma coisa... - Disse a morena, também assustada e triste com o distanciamento de Mariana.
Chiara não falava nada, apenas observava as reações de Mariana.
- Será que eu não fui clara o suficiente hoje à tarde? - Falou a loira com raiva. - Não quero ouvir mais nada.
- Mari, será bem rápido, por favor, só quero te dizer uma coisa.
- Fale de uma vez então e volte para o seu quarto.
Clara sentia pontadas de dor no coração por ser recebida com tanta indiferença por Mariana. Ao mesmo tempo olhava para Chiara, que permanecia parada no canto do quarto, apenas observando e sem mostrar qualquer indício de que iria sair dali para deixá-las a sós.
- Mari, queria conversar a sós com você.
- Clara, por favor, pare de insistir nisso. Já conversamos hoje. Por favor, vá para seu quarto e me deixe seguir meu caminho. Vamos poupar mais sofrimentos por aqui, chega! Volte para seu quarto, é tudo o que te peço.
Clara se sentia acabada, pois além de experimentar uma forte tristeza por ouvir as palavras duras de Mariana também tinha que aceitar a italiana como plateia diante de seu fracasso em reatar com a loira.
Sentia que aquela viagem para Itália já estava chegando ao seu limite, começava a acreditar que a felicidade de Mariana poderia mesmo estar ao lado de outra pessoa que não fosse ela, pois já havia feito de tudo para conseguir o perdão da loira, sem obter sucesso.
Clara olhava para Mariana, que se mantinha firme em suas palavras, mesmo não demonstrando estar feliz com aquele diálogo. E foi exatamente aí, olhando para a expressão triste de Mariana que Clara percebeu o que Chiara falara há pouco tempo para ela. Realmente, ao contrário do que imaginava, sua presença estava trazendo tristeza para Mariana e não felicidade.
Toda a situação entre elas estava deixando Mariana triste e infeliz, começara a ver que seus planos de ir para a Itália e reconquistar a confiança e o amor de Mariana estavam fracassando, pois tudo o que ela fizera fora deixar a loira ainda mais triste, mesmo sem ter feito nada de errado dessa vez. Ou seja, a felicidade da jovem não dependia mais de suas atitudes, mas sim de uma escolha da própria Mariana, uma escolha que ela mesma nunca perguntara qual seria.
Clara finalmente entendera que o significado de amar uma pessoa tinha como requisito basilar o desejo maior em vê-la e fazê-la feliz. Assim, sendo essa felicidade o ponto fundamental de uma relação, nada mais lhe restaria a fazer a não ser aceitar a felicidade do outro, mesmo que essa felicidade possua formas de ser muito diferentes da esperada.
Nesse sentido, com muita dor no coração a jovem disse:
- Tudo bem, se é isso que você quer eu saio daqui, Mari.
A loira estava com os olhos lacrimejantes, porém, sem relutar ou vacilar, caminhou até a porta e abriu-a novamente, mostrando que realmente queria que a morena saísse de lá. Clara entendendo o recado, apenas respirou fundo, engolindo o choro e caminhou em direção à porta. Atravessou aquele pequeno espaço olhando para Mariana e temendo que aquela fosse a última vez que veria a loira. Sua vontade de chorar era imensa, no entanto, ao chegar à porta, parou em frente a Mariana e falou:
- Só queria dizer que eu finalmente entendi, perdoe-me por ter demorado tanto a enxergar tudo. Espero que você seja muito feliz, Mari, você merece isso mais do que qualquer outra pessoa.
Clara deu um beijo no rosto de Mariana e saiu do quarto de cabeça baixa e com o coração em pedaços. Adentrou seu quarto e sem precisar mais esconder nada de ninguém, ali naquela solidão, começou a chorar a dor de ter perdido seu amor.
Enquanto isso, Mariana permanecia no quarto ao lado com Chiara, tentando manter-se firme e fria diante de sua decisão.
- Mari, er... está tudo bem? - Perguntou Chiara, logo que Mariana voltou a fechar a porta.
- Está, vamos sair daqui, Chiara.
- Vamos, claro, vamos agora mesmo.
As jovens desceram em silêncio as escadarias da pousada e seguiram diretamente para o carro. Chiara não sabia o que falar, pois era nítido que Mariana não estava bem.
- "O que faço agora??" - Pensou a italiana - "A Mari não está bem, será que eu agi errado??"
A jovem estava confusa quanto aos seus últimos atos, pois nunca tinha se imposto tanto para lutar por Mariana. Porém, não estava se sentindo bem por ver a loira em um estado tão abalado, assim, sem conseguir conter a fala, acabou perguntando.
- Mari, tem certeza que você está fazendo o certo? É isso mesmo que você quer para sua vida??
- Chiara, não quero falar mais sobre isso. Por favor, vamos sair daqui e esquecer isso. O que foi feito está feito!
- Tudo bem, Mari, não falarei mais nesse assunto, só queria ter certeza de que você está bem.
- Eu não estou bem, mas ficarei, basta esquecer tudo isso. Não quero saber o que vocês conversaram e nem mesmo o que a Clara te falou.
Chiara ficou quieta depois do pedido de Mariana, preferiu respeitar o tempo da jovem, porém ainda temia que estivesse se iludindo e também tinha receio de que Mariana tivesse tomado a decisão errada por ver o estado em que ela estava.
- "Não vou falar mais nada, o tempo pode cuidar disso tudo. Mas vou mostrar para Mari que estou ao lado dela" - Pensou a italiana. - "Que confusão essa história, nunca pensei que a Clara viria para a Itália atrás da Mari e também nunca iria imaginar que a Mari não a perdoaria depois disso tudo, mas também, como não dar razão para a Mari?? Ela está certa em não confiar na Clara, depois de todos os foras e todas as atitudes egoístas, enfim, essa é minha chance. Não vou desperdiça-la".
Enquanto Chiara pensava em toda a história, Mariana também pensava nas últimas palavras de Clara para ela...
-"Só queria dizer que eu finalmente entendi, perdoe-me por ter demorado tanto a enxergar tudo. Espero que você seja muito feliz, Mari, você merece isso mais do que qualquer outra pessoa."
-"Finalmente entendeu o que?? Que estragou nosso namoro?? Que estragou tudo de mais lindo que tínhamos?? Como posso acreditar nessas palavras?? Não, dessa vez não! Minha decisão já foi tomada e ponto final!" - Pensava a loira ainda com raiva, uma raiva tão grande que nem mesmo ela conseguia explicar.
E foi naquele silêncio exterior em contraponto com a confusão interior, que as jovens seguiram para a casa de Chiara. Logo que chegaram, a italiana mostrou a casa para Mariana e ajudou-a a colocar a bagagem no quarto. Procurou deixar Mariana mais isolada, pois nem sempre as palavras são o melhor conforto nos momentos difíceis. Apenas explicou os detalhes pormenores da casa, tentando deixar a jovem o mais à vontade possível e se retirou do quarto em que Mariana iria dormir.
Lá a loira tentava não pensar, não refletir e nem mesmo tentar entender o significado das últimas palavras de Clara para ela. Queria apenas dormir e esquecer aquele dia. No entanto tal missão estava difícil de ser cumprida.
Assim, após rolar na cama por algumas horas, a loira voltou a se levantar. Estava com muita dor de cabeça e sentia fome, por não ter comido nada durante a tarde toda. Ao chegar à cozinha avistou Chiara preparando o jantar.
- Oi Chiara.
- Mari, como você está? Não quis entrar no quarto para não te acordar, mas você deve estar com fome.
- Sim, estou com fome e com muita dor de cabeça, não consegui dormir.
- Nossa Mari, eu tenho um remédio para dor de cabeça, vou pegar para você! - Disse Chiara, preocupada.
A loira se sentou à mesa e esperou Chiara voltar e lhe entregar o remédio.
- Obrigada!
- Fique tranquila, isso vai passar. - Falou a italiana se referindo muito mais a situação em relação à Clara do que da dor de cabeça em si.
- Vai sim. - Respondeu a loira, logo após tomar o remédio. - O que você está fazendo para comer?
- Espaguete ao molho branco, você gosta?
- Sim, gosto. - Respondeu Mariana, com a mão na testa, para tentar controlar a dor.
- Mari, quer esperar no quarto? Eu levo seu prato para lá quando ficar pronto.
- Não, está tudo bem, prefiro ficar aqui. - Disse rapidamente. Não queria ficar no quarto, pois precisava se distrair e não pensar mais em Clara.
- Tudo bem então, me faça companhia.
- Você quer ajuda?
- Não, está quase pronto já. Fique aí sentadinha. - Disse a italiana sorrindo e tentando a todo custo fazer a loira se sentir melhor.
- Eu estava pensando em sair para procurar uma casa amanhã.
- Nossa Mari, fica aqui, não precisa ter pressa para sair.
A loira pensou um pouco, ainda com a mão na testa, mas logo voltou a falar:
- É, talvez seja melhor mesmo procurar com calma, para não acontecer o que aconteceu hoje. - Falou, se lembrando da confusão envolvendo a senhora italiana, proprietária da casa que ela iria alugar e seu filho.
- Isso Mari, aqui você vai se sentir em casa.
- Obrigada mesmo, Chiara, por tudo!
A italiana olhou para Mariana com seus olhos escuros e brilhantes e apenas sorriu para ela. Porém, Mariana estava imersa demais em seus próprios dilemas para conseguir reparar aquele olhar apaixonado, assim, sem se dar conta, apenas puxou outro assunto com a italiana.
- Chiara, não consegui comprar um celular, a loja estava fechada.
- Nossa, fechada?
- Sim, por isso voltei para a... pousada... - Disse a loira arrependida, pois não queria tocar em nenhum assunto que a fizesse se lembrar de Clara.
Chiara percebeu e foi logo dando um jeito de mudar o foco.
- Ah, fique tranquila Mari, amanhã podemos ir ao Shopping de Roma, lá encontraremos várias lojas de celular.
- Tudo bem então.
- Não se preocupe, amanhã resolvemos isso. Mas, mudando de assunto, me diga, você gosta de beber vinho durante o jantar?
Mariana parecia estar em outro lugar, pois não escutara a pergunta.
- Mari??
- Oi...
- Ouviu o que eu perguntei?
- Oi?
A italiana riu de maneira sem graça, mas repetiu a pergunta.
- Perguntei se você gosta de beber vinho durante o jantar?
- Sim, gosto.
- Então vou abrir um vinho bem gostoso que tenho guardado.
- Er... ah, não precisa Chiara, acho melhor eu não misturar álcool com o remédio que acabei de tomar.
- Imagina Mari, não tem problema. E o vinho te ajudará a dormir mais rápido.
Aquelas foram palavras mágicas para os ouvidos de Mariana, pois tudo o que ela precisava naquele dia era dormir rápido.
- Bom, então eu aceito.
- Ótimo!! Vou lá pegar, pois, o jantar já está pronto!
A italiana caminhou até uma mini adega que ela possuía dentro de sua casa e retirou um vinho aparentemente bem antigo lá.
- Esse vinho é um dos melhores de Chianti, você vai amar Mari.
A italiana voltou para a cozinha, pegou duas taças e as encheu de vinho. Depois colocou dois pratos na mesa e um refratário com o espaguete ao molho branco.
- Prontinho, vamos comer?
- Vamos sim. - Respondeu a loira, ainda com a voz desanimada e o pensamento perdido.
Durante todo o jantar Chiara tentara animar Mariana, porém a loira mantinha-se distraída, com o olhar perdido e concentrada nas várias taças de vinho que bebera. As duas jovens ficaram um bom tempo sentadas à mesa, conversando, até Chiara perceber que Mariana já não estava em seu estado normal.
- Essa vida é uma merd*! - Disse a loira de maneira espontânea e surpreendendo totalmente Chiara, já que ela dificilmente pronunciava um palavrão. - Merda de vida!
- Ei ei ei mocinha, acho que chega de vinho por hoje.
- Chega nada! Você que deu a ideia, agora pode ir pegar mais vinho para gente!
- Mari, já tomamos duas garrafas de vinho, quer dizer, você tomou a segunda praticamente sozinha, esse vinho é forte, melhor pararmos por aqui.
- Não vou parar, esse vinho é mágico! Faz a gente esquecer tudo!!
- É, mas eu te garanto que amanhã você vai ficar um bom tempo se lembrando que bebeu demais. - Disse a italiana, se levantando da cadeira e tentando tirar a taça de vinho da mão da loira. - Vamos Mari, vou te ajudar a ir para o quarto.
- Me ajudar?? - Perguntou a loira com a voz embriagada. - Não tem por que me ajudar, eu estou muito bem, não estou bêbada, acha que não sei beber??
- Sim, acho que você não tem costume de beber e acabou bebendo além da conta. - Respondeu Chiara, agora segurando no braço da loira. - Vamos Mari, levanta, vou te ajudar a ir para o quarto.
- Que exagero Chiara, eu estou bem, olha...
A loira tirou a mão de Chiara de seu braço e se levantou sozinha da cadeira. Porém, somente aí se deu conta do quanto já estava tonta por causa do vinho. Começou a cambalear levemente para os lados, mostrando sua fragilidade quanto a bebidas alcoólicas.
- Viu Mari, você mal consegue ficar em pé! Vem, vou te ajudar.
A loira acabou não relutando mais, pois realmente estava difícil para manter a coordenação de seus passos. Assim, entrelaçou o braço no pescoço de Chiara e se deixou levar por ela para o quarto.
Ao chegar lá a italiana deitou delicadamente Mariana na cama deixando-a virada de frente para ela.
A loira parecia estar prestes a se render ao sono, porém antes de literalmente apagar, começou a falar:
- Você é tão... tão legal comigo... muito... legal...
- Xiuu, Mari, fica quietinha. - Pediu a italiana, fazendo carinho nos cabelos de Mariana.
- Eu não estou bê...bêbada, está vendo?? É essa vida que acaba com a gente.
- Mari, fica quietinha, xiuu. - A italiana insistia para que a jovem ficasse quieta e continuava fazendo carinho nos cabelos de Mariana.
Não demorou muito e ela percebeu que a loira fechara os olhos e finalmente adormecera. Porém, Chiara não conseguia se levantar daquela cama, pois seus olhos não saíam do rosto de Mariana.
- "Você é tão linda, Mari, tenho certeza que irá superar tudo isso. Acho que foi até melhor você ter bebido hoje, assim dormirá a noite toda e amanhã será um novo dia. Vou te ajudar a esquecer, eu sei que você quer isso, quer sim!" - Pensava Chiara tentando realmente se convencer de que seus pensamentos estavam certos.
Logo a mão da jovem deslizara dos cabelos até o rosto de Mariana.
- "Sono così ansiosa di baciarti di nuovo ragazza.Voglio baciarti ancora." - Pensava Chiara, esquecendo-se até mesmo do português. Apenas pensava no quanto sentia vontade de beijar a boca de Mariana novamente. - "ma non posso baciarti ora. Devo essere paziente".
Enquanto Chiara fazia carinho no rosto de Mariana e pensava em sua vontade de beijá-la e também na necessidade de ser paciente diante desse momento, a loira voltava a se mexer na cama, despertando a italiana de seus pensamentos.
- "Não se precipite Chiara, ou você colocará tudo a perder!"
Ao finalizar seus pensamentos, a jovem já estava tirando a mão do rosto de Mariana e prestes a se levantar da cama, quando escuta a loira falar:
- Fica comigo, fica aqui comigo.
Evidentemente seu coração se acelerou ao escutar aquele pedido e automaticamente a italiana voltou a se sentar na cama e a fazer carinho no rosto de Mariana.
- Claro Mari, fico com você, estou aqui. - Disse Chiara, ajeitando-se melhor na cama.
Mariana ainda com os olhos fechados levou sua cabeça até o colo de Chiara e lá deitou.
O coração da italiana se acelerava ainda mais e ela aproveitou para continuar fazendo carinho nos cabelos loiros da jovem.
- É tão bom, senti... saudades... de você... - Dizia Mariana ainda com a voz embolada.
Aquilo parecia um sonho para a italiana, porém logo a jovem voltou à realidade ao escutar novamente a loira falar:
- Fica... aqui... comigo Clara... er... nãoo... Chi... Chi..a..ra... Clara...
Depois disso a loira não falou mais nada, simplesmente apagou em um sono profundo. Toda felicidade que Chiara estava sentindo há segundos atrás se evaporou ao escutar o nome de Clara. Embora Mariana tivesse pronunciado de maneira confusa, era evidente que a advogada estava em seus pensamentos, ou certamente ela não teria tocado em seu nome.
-"Paciência Chiara, paciência! Ela está bêbada, nem irá se lembrar disso" - Pensou a jovem, sentindo um inevitável incômodo no coração. - "Melhor eu sair desse quarto, não é hora para pensar em nada nem mesmo tirar conclusões, agora mais do que nunca preciso ser amiga do tempo!"
Assim, tomando cuidado para que a loira não acordasse, Chiara retirou a cabeça de Mariana de seu colo e a repousou no travesseiro que estava na cama. Em seguida, retirou os sapatos da loira e a cobriu com um cobertor.
- Descanse Mari, amanhã será um novo dia. - Disse sussurrando.
Chiara deu um leve beijo na testa da jovem e saiu do quarto, sem olhar para trás. Temia sentir-se impulsionada a voltar e deitar ao lado da loira e, com certeza, aquilo não era o ideal a se fazer naquele momento. Agora que a loira estava em sua casa, mais do que nunca seria necessário ter cautela em relação às suas vontades e saber esperar o tempo de superação de Mariana. Em sua cabeça, não importava se Marina fizera confusão com o nome de Clara, uma hora aquilo seria superado, já que foi a própria Mariana que escolheu aquele caminho.
-----------XX------------
A madrugada já avançava na Itália e Clara permanecia em seu quarto, chorando e tentando se conformar com a escolha de Mariana. Ainda estava difícil para ela acreditar que não conseguira o perdão da loira e que para piorar tudo estava causando novos sofrimentos na vida dela.
- O que vou fazer agora?? Meu Deus me ajuda, me ajuda...
Clara pedia ajuda a Deus aos prantos
- Preciso conversar com alguém, não estou aguentando.
A morena chorava ainda mais por se ver sozinha, longe de Alex, Manuela e até mesmo Fred. Queria ligar para o primo, porém sabia que a ligação sairia uma fortuna à essa distância e para piorar estava sem acesso à internet.
- Esquece Clara, agora é você sozinha.
Ao falar aquilo em voz alta a morena se descontrolou ainda mais, pois já imaginou o momento em que voltaria para o Brasil e não veria mais Mariana.
- Aii Deus, como é difícil aceitar isso, como dói ter que aceitar que a Mari não me quer mais.
A morena permaneceu um bom tempo chorando e tentando pensar no quer faria a partir daquela noite, até que no meio da madrugada, já conseguindo controlar melhor suas emoções, decidiu o que iria fazer.
- Preciso ser forte, não adianta ficar assim, uma coisa é certa, eu não vou desistir da Mari, jamais desistirei de tê-la de volta, porém, preciso aprender a aceitar a decisão dela, se isso realmente for fazê-la feliz. Eu sinto tão forte em meu coração que ela ainda me ama, não poderia simplesmente virar as costas para a Itália e retornar ao Brasil conformada com isso.
Clara se levantou da cama e caminhou até o local onde estava sua bolsa. De lá tirou um caderno, uma caneta e voltou a se sentar na cama.
- Não Mari, eu não vou simplesmente desistir de você. Preciso pensar em algo. Mas, não vai dar mais para ficar aqui. O que vou fazer???
A morena ficou mais algum tempo refletindo, até que finalmente conseguiu pensar em algo para fazer. Assim, aproveitando-se desse momento, em que seu coração estava repleto de confusões e emoções, a jovem começou a escrever uma carta destinada à Mariana...
"Mari, esta carta não foi escrita para tentar justificar meus erros, nem mesmo para tentar fazer uma apelação com o objetivo de conseguir seu perdão. Não loirinha, essa carta é apenas fruto da necessidade que tenho de expressar o meu amor por você, um amor que eu sei que não deixará de existir, pois não me imagino sentindo algo tão forte assim por outra pessoa. Porém, reconheço que realmente fiz muitas coisas erradas no nosso relacionamento, sei que tudo o que está acontecendo é fruto do que eu mesma plantei.
O tempo é rigoroso com a gente, não nos dá a chance de voltarmos atrás, por isso hoje percebo a importância de se pensar muito bem antes de fazer qualquer coisa ou de agir de determinada maneira. Eu errei seriamente com você que é a pessoa que mais amo nessa vida, reconheço hoje o quanto te fiz sofrer e talvez isso seja algo que nem eu mesma consiga me perdoar.
Bom Mari, não tenho o dom das palavras como você tem, não sei escrever coisas bonitas e como falei no início, não tenho a intenção de te impressionar com essa carta. O que eu estou tentando dizer é que depois de muito tempo eu percebi que fiz de meu egoísmo o principal foco da minha vivência. Não soube valorizar o seu amor e me deixei levar pelos equívocos da vida.
Ao vir para a Itália eu estava certa de que somente eu seria capaz de te fazer feliz, tinha essa confiança, mesmo sabendo que não seria fácil conseguir o seu perdão. Acreditava, mesmo sentindo medo, que você me perdoaria e que tudo voltaria a ficar bem entre nós, que eu teria outra chance para mostrar o quanto quero te fazer feliz. Porém, hoje eu percebo que se não aproveitarmos o momento em que nós temos para fazer o outro feliz, certamente chegará outra pessoa e fará isso"
Nessa hora a morena engoliu a vontade de chorar que sentia por imaginar Mariana ao lado de Chiara, esperou recuperar as forças e voltou a escrever a carta...
"Sinceramente, não sei se essa pessoa será a Chiara, mas espero que você realmente fique ao lado de alguém capaz de te completar. Eu sei que posso ser essa pessoa para você, Mari, porém não cabe a mim decidir isso. Acho que você sabe melhor do que ninguém o que será capaz de te fazer feliz, por isso estou aqui hoje, escrevendo essa carta para dizer que se minha ausência for de fato trazer felicidade para sua vida, com muita dor no coração eu aceitarei isso.
Porém, uma coisa você não pode exigir de mim, não pode exigir que eu desista de você. São duas coisas bem distintas o fato de eu aceitar essa situação e o fato de eu desistir dela. Por isso quero te dizer, Mari, eu aceito sua escolha, mas não desisto de você, eu quero ter você ao meu lado, mesmo diante de tudo o que você me falou aqui na Itália. Eu quero ser a pessoa que te fará feliz, mas não vou mais cobrar nada de você, deixarei essa escolha em suas mãos.
Talvez você não esteja entendendo onde eu estou querendo chegar com isso, bom, tentarei ser mais clara: Tenho mais uma semana para ficar aqui na Itália, entretanto, não ficarei mais em Roma, entendi que minha presença não é bem-vinda aqui, por isso, estou optando em partir. Contudo, quero que você saiba de algo antes...
Em nenhum minuto deixei de sonhar com a gente, nem mesmo deixei para trás nossas vontades e planos. Dentre esses sonhos, um que se destaca fortemente agora é a nossa viagem à Veneza! Lembro-me perfeitamente quando você me disse que queria conhecer Veneza ao meu lado. Lembro-me do calor que atingia meu coração ao imaginar isso se concretizando. "
Clara parou novamente de escrever e ficou um tempo se lembrando dos olhos verdes de Mariana, que brilhavam ainda mais quando ela fazia planos desse tipo. Porém, ficou pensando se a loira já havia ido para Veneza ao lado de Chiara e isso deixou seu coração aflito e temeroso. Mas após refletir e se lembrar do jeitinho de Mariana, teve quase certeza que a loira não fora para lá, assim voltou a escrever...
"Não sei se você já foi para lá durante esse tempo que esteve aqui na Itália, mas conhecendo você do jeito que eu conheço, tenho praticamente certeza que você ainda não foi. Por isso Mari, estarei te esperando em Veneza durante toda essa semana, com o coração esperançoso de que você aparecerá por lá e me dirá que esse não é o fim da nossa história".
Clara parou mais uma vez de escreveu e ficou pensando em um lugar específico de Veneza, para poder colocar na carta. Não conhecia praticamente nada daquela cidade, mas se lembrou de um local específico que vira uma vez por foto. Assim, sem pensar duas vezes escreveu:
"Estarei esperando por você no único lugar que conheço de Veneza: a Ponte di Rialto. Nunca fui lá, mas já vi várias fotos e já imaginei diversas vezes nós duas paradas no meio da ponte, observando as ruas alagadas da cidade, trocando carinhos, beijos e palavras de amor. Mari, todos os dias durante essa semana eu estarei esperando por você no alto dessa ponte. Ficarei te esperando por volta das 14 horas até as 16 horas. Farei apenas isso enquanto estiver naquela cidade, pois conhecê-la sem você não fará o menor sentido para mim.
E se depois disso você ainda não aparecer, aí sim, retornarei para o Brasil e tentarei seguir minha vida, mesmo sabendo que ela não será a mesma sem você. Eu te amo mais do que tudo, Mari, espero que você acredite em minhas palavras e tome outra decisão, caso contrário, esta será a última vez que lhe dirigirei a palavra e finalmente aceitarei sua decisão em querer ficar longe de mim. Por isso, independente do que irá acontecer, eu desejo que você tenha tudo o que mais sonhou na vida e que possa ser feliz de verdade com a vida que escolheu seguir.
Um beijo carinhoso, de quem sempre te amou, até mesmo nos momentos em que mais pareceu o contrário...
Clara"
A morena destacou a folha de papel e a dobrou, deixando-a no criado-mudo. Em seguida deitou-se de lado na cama e ficou olhando para aquele pequeno papel dobrado, torcendo para que dessa vez o desfecho da história fosse feliz para ela. Porém, o que estava mais presente em seus pensamentos eram as incertezas daquele ato. Não sabia se Mariana iria querer ler a carta e muito menos se ela lhe daria uma última chance. Mas, ainda assim, a morena deixou tudo do jeito que estava, pois não havia mais nada a se fazer. Inclusive ela já estava sendo forte o suficiente para permanecer na Itália, mesmo depois de ter escutado as palavras frias de Mariana.
O fato é que ela não queria pensar se Mariana estava agindo de forma cruel ou não, ela apenas queria ter algum pequeno indício de que seria perdoada pela loira, porém como isso não acontecera, Clara preferira partir, dando a chance da própria Mariana mudar de ideia e decidir o desfecho definitivo daquela história. Dessa forma, sem ter mais nada para fazer, a morena fechou os olhos, cruzou os braços como se estivesse abraçando alguém e se deixou levar pelo sono que tardara a chegar, um sono bem curto, diga-se de passagem, pois logo o dia voltara a amanhecer.
Quando a jovem percebeu que a luz amarela do sol adentrava pela sua janela, levantou-se rapidamente da cama, arrumou todas as suas coisas e desceu em direção à recepção da pousada, tendo em mãos a carta que escrevera na noite anterior para Mariana. Chegando lá, pediu para a funcionária um envelope e um pouco cola. A jovem, prestativamente entregou um envelope nas mãos de Clara e aguardou que ela colocasse um pedaço de papel lá dentro e em seguida selasse-a com cola. A morena pegou uma caneta e escreveu o nome de Mariana no local próprio ao remetente.
- Pronto! - Disse Clara assim que terminou de escrever o nome da loira. Em seguida, olhou para a recepcionista da pousada e em inglês, lhe pediu: - Será que você poderia me fazer o favor de entregar essa carta a Mariana Novaes?
- Mariana Novaes? - Perguntou a jovem, com expressão de dúvida e encarando os olhos fundos de Clara.
- Sim, é uma funcionária nova, ela veio do Brasil, você conhece?
- Eu sou nova aqui também, mas acredito que o Marcello saiba quem é.
- Sim, ele sabe. Por favor, peça a ele para entregar à Mariana, preciso que entregue em mãos e o mais urgente possível. - Recomendou a morena.
- Sem problemas. Mas, a senhorita já vai embora?
- Sim. Preciso resolver uns problemas e não poderei ficar mais aqui em Roma. - Inventou Clara. - Pode fazer o meu check-out, pois já vou embora nessa manhã mesmo.
- Tudo bem senhorita.
- Só gostaria de uma informação. - Disse Clara, antes de sair. - Tem algum lugar aqui por perto que faz aluguel de carro?
- Tem sim, fica na rua paralela à pousada. É muito perto.
- Ótimo então, tentarei alugar um carro, enquanto você faz meu check-out.
Apressadamente e de maneira ainda triste, Clara caminhou até o lugar referido e lá encontrou de fato uma loja que fazia alugueis de carros. Entrou no estabelecimento e sem enrolar, acertou todos os detalhes com o funcionário italiano e conseguiu alugar o carro. A jovem também aproveitou para pedir informação sobre como chegar a Veneza e por sorte, o rapaz informou que era um caminho bem tranquilo com uma estrada excelente, que dificilmente a faria se perder.
Assim, a advogada saiu da loja, já com o carro e retornou para a pousada. Sentia-se mais tranquila agora que possuía um veículo para poder circular com suas próprias bagagens. Ir até Veneza de carro seria a melhor opção, pois Clara precisaria voltar para Roma depois de uma semana para pegar seu voo de retorno ao Brasil, com ou sem Mariana.
- "Agora só me resta torcer para a Mari mudar de ideia, preciso ter esperanças, preciso acreditar que não vou embora para o Brasil sem ela".
Logo Clara chegou à posada e seguiu em direção à recepção. Lá encontrou com a jovem que havia lhe atendido há pouco tempo e efetuou o pagamento de sua curta estadia naquela pousada. Depois retornou ao quarto juntamente com um outro funcionário que fez o favor de descer com toda sua bagagem até o carro. Antes de ir embora, a jovem retornou à recepção, agradeceu pelos cuidados que os funcionários tiveram com ela e pediu mais uma vez para que a jovem não se esquecesse de entregar a carta a Mariana.
Depois disso, Clara seguiu viagem, sem saber o fim que aquilo iria ter, nem mesmo se estava fazendo a coisa certa. No entanto precisava fazer algo, nem que esse algo, fosse a última coisa que faria antes do desfecho final.
Fim do capítulo
Olá meninas... como prometido, estou de volta com a continuação da história. Espero que tenham gostado do capítulo.
Eu simplesmente amei todos os comentários que você fizeram para o capítulo 47. Eu ainda não tive tempo de respondê-los, mas responderei todos com muita calma e carinho. Como cheguei de viagem hoje, estou cansada e não consigo raciocinar direito, rsrs.. Então, esperem mais um pouquinho que logo responderei vocês.
Ah, também preciso dizer que adorei os comentários lá no Facebook, virou praticamente um foro de discussão da história, com vários pontos de vista. Simplesmente adorei! Façam isso aqui no site, para que todas as leitoras tenham acesso às interessantes discussões e opiniões.
Beijos, obrigada pelo carinho!
Comentar este capítulo:
Lana queen
Em: 30/09/2016
Oie Gi hoje vim comentar porque li no domingo esses últimos capítulos e não comentei por causa da ansiedade em saber o que ia acontecer kkkk
Então mas um capítulo que li chorando e dessa vez me reconheci em Mari, eu sou muito assim, me dou muito em tudo até em amizades e certamente me magoaria profundamente com as últimas de Clara no Brasil, vendo com os olhos da Mari, sempre defendi a Clara por entender os sentimentos dela e tudo o que aconteceu com os mal entendidos. Eu sou muito como Mari quando decido uma coisa é difícil me fazer enchergar o contrário e ainda quando eu me doei muito, dediquei minha vida naquilo e se sentir a rejeição da outra pessoa acabo criando um bloqueio de sentimentos e então consigo agir com racional deixando o coração de lado...Foi isso que Mari fez, me doeu ver a forma que ela tratou Clara na frente da Chiara, e me surpreendeu a atitude da Clara em sair do quarto daquela forma e ter percebido que queria a posse da Mari e não o amor, tenho aprendido tanto com o amor sem rótulos, somente amar sem poder fazer planos, sem ter a pessoa mas ter tudo o que ela pode dar, sem poder ser pra ela, mas ser tudo o que ela precisa, só confiar que existe um porque. Então confiar, esperar e amar...Essa carta é o coração falando, o reconhecimento dose erros e o aprendizado que Clara teve, crescimento enfim...chorei litros...kkk
Perfeito como sempre...
Beijos
Hanna Stark
Em: 01/10/2015
Olá Gi, acho que todas nós leitoras precisamos te aplaudir de pé. Tô cada dia mais encantada por sua escrita e pela forma linda com que vc conduz essa história. São tantos elementos ricos, bem detalhados, como não amar tudo isso? Essa carta da Clara foi tão linda quanto a que a Mari escreveu! Nossa, quantas emoções, esse é seu forte, passar uma emoção que nos coloca dentro da história. Parabéns! Bjuuu
Resposta do autor:
Ei Hanna,
Ô gente, que fofa! Obrigada, fico sem palavras para agradecer o carinho de vcs por mim e pela minha história.
Essa carta partiu da alma da Clara, por isso foi tão profunda e verdadeira. Vamos ver como a Mari reagirá, caso consiga lê-la.
Mais uma vez, obrigada, de coração!
Beijos.
[Faça o login para poder comentar]
Mari
Em: 30/09/2015
Gi, por favor, eu estou quase comprando uma passagem pra Itália a fim de falar umas verdades para a senhora maturidade, também conhecida como Mariana. Alguém precisa dar um sacolejo nela pra ver se ela acorda!!! E a Chiara, hein?! Gostava dela até esse capítulo, embora torça muito mais pra morena, mas ela agiu errado em não se retirar do quarto para que Mari e Clara conversassem. Vamos ver se ela se redime nos próximos capítulos. Feio, dona Chiara, muito feio.
Resposta do autor:
Ei Mari,
Kkkkkkk, ah, compra mesmo, aproveita para conhecer a Itália, pede uma visita guiada para a Chiara, quem sabe assim ela não desgruda da Mari?? rsrs
Olha só, deixou de gostar da pobrezinha? rsrs... gente, ela tá em baixa mesmo com vcs. Vamos aguardar então para saber se ela irá se redimir, rs
Obrigada, beijos!
[Faça o login para poder comentar]
Mika
Em: 30/09/2015
Ai ai...
Estou emocionalmente abalada pra comentar esse capítulo.
Será que Mari vai receber essa carta?!!! (Minha preocupação se resume a isso)
To sofrendo com a Clara sabe, apesar de adorar e entender a Mari. 😟
Gi, parabéns de verdade, pois essa história é extremamente envolvente, é muito intensa e não tem como não amar.😊😍
Muito ansiosa pelo próximo capitulo!
Meninas vamos fazer uma campanha #voltalogoGi pq essa ansiedade tá matando gente, que que isso!!! 😅
Bjo 💋
Resposta do autor:
Ei Mika,
Ai meu Deus, estou abalando suas emoções com essa parte da história? rs, será que pelo menos isso é bom? rsrs
Pois é, será que a Mari vai ler a carta? Parte tensa!! Enquanto isso a Clarinha sofre com as incertezas de seu último ato. Haja coração para aguentar a ansiedade.
Ah, obrigada, meu bem! Vcs me deixam muito feliz assim!
Kkkkk, tem até campanha?? Já já vcs lançarão a campanha: #respondeoscomentárioslogo rsrs... estou atrasada né, rs
Beijinhos!!
[Faça o login para poder comentar]
Ana_Clara
Em: 29/09/2015
Gente, tadinha da Clara! Me deu uma dor tão grande a Mariana falar aquelas coisas pra ela dentro do quarto... :( Mas ela tem toda a razão, a Clara precisa de um pouco de sofrimento para melhorar como ser humano. rsrs E essa solução de esperar a Mari na ponte todos os dias ao mesmo que é romântica, é tbem muito torturante.
Resposta do autor:
Foi duro ouvir tudo aquilo da boca da Mari, mas foi um mal necessário. A Clara precisava de um chacoalhão para conseguir mudar sua postura.
Sim, essa decissão pode ser até romântica, mas nesse momento a Clara só pensa nas incertezas desse gesto, rs
Beijos, obrigada pelos comentários.
[Faça o login para poder comentar]
mtereza
Em: 29/09/2015
Gi me faltam elogios para essa sua historia mais um capitulo perfeito, confesso que meu coração também doeu quando a Mari pediu para a Clara ir embora do quarto daquela forma dura e fria chorei com ela e pensei minha nossa essa não e a Mari, mesmo sabendo que processo para ela chegar a essa atitude foi longo e doloroso e inteiramente provocado pela Clara, que só agora percebeu isso estou tenho fé que um amor tão grande quanto o delas prevalecera acima do orgulho e das magoas e vou ficar na torcida
para a Mari resolva novamente apostar no amor que em algum momento dessa semana os caminhos dela a leve a
Resposta do autor:
Ei minha querida!
Eu amei seu comentário!! Tanto pelas palavras e elogios como também por essa linda foto da Ponte di Rialto! Esse lugar me encanta e não foi à toa que coloquei na história, rs.
Pois é, a Mari foi muito cruel com a Clara, mas ela está magoada, não fez aquilo de maneira pensada, foi por impulso da raiva. Agora nos resta saber se a Mari vai enxergar toda a mudança da Clara, exposta na carta que ela escreveu. Será também que ela receberá a carta? Não sabemos, rsrs... mas em breve vcs descobrirão.
Mais uma vez obrigada por colocar essa foto aqui. Belíssima!
Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
JessNessa
Em: 29/09/2015
Eu quero perguntar uma coisa... Cm eu comecei a ler a ric ha menos de uma semana.. ( eu acho)... Gostaria de saber cm e as postagens.. Sao toda segunda? ..Autora.. Do amando essa fic.. Ha tempos n lia algo tao bom. Tao gostoso.. Parabens!! Bjos
Resposta do autor:
Ei, minha querida...
Então, eu costumo postar duas vezes por semana... geralmente na quarta e no sábado... isso pode variar, rs... depende da disponibilidade do meu tempo mesmo.
Que bom que está gostando, fico muito feliz por isso! Devo postar o próximo capítulo na terça... ainda não é certo, rs... mas fique tranquila, pois não demorarei.
Obrigada, viu. Beijos!
[Faça o login para poder comentar]
Luh kelly
Em: 29/09/2015
Oi Gi querida autora do meu coração, mas um capitulo emocionante que me fez chorar literalmente. Mari continua irredutivel em sua decisão, me deu tanta dó da Clara a verdade é que ela esta sentindo na pele tudo que a Mari passou por sua causa. Mas ela merece essa última chance, esta arrependidae mudou bastante. Chiara não perde tempo em consolar a Mari. Clara não pode desistir, AMEI sua carta expressando tudo que esta sentindo. Espero de verdade que Mari não cometa o mesmo erro dela aparecer no local marcado e chegar tarde demais;
PS: Bem vinda de volta ;
PS:#REATACLARIANA
BEIJÃO E ROENDO AS UNHAS PELO PROXIMO CAPITULO.
Resposta do autor:
Ei, querida leitora!
Que bom que o capítulo te emocionou, fico feliz por isso. Mari continua com o coração endurecido, não está conseguindo se desprender das mágoas causadas pela Clara. Em contrapartida nos vemos uma nova Clarinha, despida do egoísmo e de seu egocentrismo, finalmente ela entendeu o significado concreto da palavra AMOR.
Nessa confusão toda temos a Chiara, que vê uma oportunidade de ter a Mari, como podemos culpá-la?
PS: adorei o #REATACLARIANA rsrs
Beijos, Luh, obrigada pelo carinho!
[Faça o login para poder comentar]
Taili
Em: 29/09/2015
Mais um capitulo perfeito. Mais uma carta sofrida mds 😰💔 dessa vez tem que dá certo embora eu acho que ainda não vai ser dessa vez, alguma coisa me diz que essa carta vai chegar nas mãos da Mari atrasada. Gi a Mari tem que ter uma noite de sexo com a Chiara pra ela saber de uma vez que o amor da vida dela e a Clara.
Resposta do autor:
Ei Taili,
Obrigada, meu bem! Pois é, vc já deve ter percebido que eu amo cartas, rsrs, ainda mais aquelas bem emotivas e dramáticas, com grande volume emocional. Será que dessa vez vai? Será que a cena de uma personagem desesperada, correndo atrás do amor, se repetirá?
Será que é necessário uma noite de sexo para se perceber as coisas?
Aiaiai, quantas perguntas... em breve teremos respostas
Beijinhos!!
[Faça o login para poder comentar]
preguicella
Em: 28/09/2015
Como disse no face, só sofro com essa situação de Clara e Mariana e confesso que tô com raivinha de Chiara aff. hahaha
Mas realmente a Clara precisa crescer, amadurecer e até sofrer um pouquinho, pq realmente ela maltratou muito a Mari!
Enfim, aguardo o desenrolar nos próximos capítulos!
Bjãooo
Resposta do autor:
Ei Preguicella,
É muito sofrimento!! Tenho acompanhado os desabafos lá no Facebook... essa Giovanna é demais, não tem controle do drama, fiquei sabendo que ela tá sendo taxada de Cruela das Cruelas, ela não sabe o motivo, rsrs
Acho que a Clara já experimentou uma revolução interna né, ela amadureceu com todo esse sofrimento.
Espero que tenha gostado do capítulo 49... mas sinto que vc ficou com mais bronca da Giovanna, rsrs
Beijos, minha querida, obrigada!
[Faça o login para poder comentar]
gleice
Em: 28/09/2015
Aiii meu deuso....será que Mari vai em?? Vai né??? Nada a vê a a vê a Mari ficar com a Chiara....chega de sofrimento pra Clara, bichinha já sofreu muito...uma chance seria bom viu....kkkkkkkk
Proximo capítulo vai demorar muito dessa vez em?? Ansiosa!!! Parabéns mais uma vez...adorei tudo como sempre.
Resposta do autor:
Ei Gleice!
Será que a Mari vai?? Olha, não sei... a Giovanna não revela nada, só no dia da postagem... ela é jogo duro, rs.
Clarinha tem sofrido muito né, agora até mesmo as leitoras que desejavam que ela sofresse estão pedindo para eu parar com o drama, rsrs.
Já postei o capítulo 49... vc leu?
Beijos, minha querida. Obrigada!
[Faça o login para poder comentar]
Sandrinha
Em: 28/09/2015
Bom antes de mais nada,gostaria de falar que amei mais uma vez o capítulo, só espero que a mariana pense bastante e não faça nenhuma besteira,to torcendo que elas voltem logo,bjs.
Resposta do autor:
Ei Sandrinha,
Obrigada, minha querida, que bom que gostou. Vamos aguardar para ver qual será a decisão da Mari.
Beijinhos!
[Faça o login para poder comentar]
Deixe seu comentário sobre a capitulo usando seu Facebook:
[Faça o login para poder comentar]