Capítulo 47
A loira tentou se recompor rapidamente para que Clara não percebesse sua inquietação ao vê-la, porém, não conseguira conter o olhar perdido por todo o corpo da morena. Reparou que Clara continuava mais magra que na época em que elas se conheceram, mas permanecia linda e charmosa, da mesma maneira que lhe encantara quando a viu pela primeira vez.
Clara estava simples, vestia uma calça jeans clara com uma blusa escura que tinha alguns dizeres em inglês. Seu cabelo estava preso em uma espécie de coque e era possível ver nitidamente o formato de seu brinco, grande e prateado. A jovem também usava uma sapatilha vermelha que combinava com seu relógio de pulso também de couro vermelho e, para completar ainda mais sua beleza, Clara havia passado uma leve maquiagem, deixando os olhos devidamente delineados e a boca coberta por um batom em tom alaranjado.
Evidentemente, Clara também percorreu o pequeno trajeto reparando em Mariana. Não conseguia parar de pensar em como ela era perfeita e bela. Embora seu coração estivesse acelerado, a morena conseguira manter o sorriso no rosto, enquanto seguia em direção à loira. Olhava por todo o corpo da jovem e se sentia ainda mais hipnotizada por ela ao fixar seu olhar naqueles olhos verdes.
Mariana também estava simples e vestia uma calça jeans escura com uma blusa xadrez rosa semiaberta, deixando à mostra parte da mini blusa branca que vestia por baixo. Seus cabelos estavam soltos e a jovem usava uma pequena pulseira de origem artesanal.
- "Como ela está linda" - Pensava Clara. - "Se prepara, pois ela deve estar uma fera..."
A jovem parou em frente a loira e sem nenhum constrangimento, cumprimentou Mariana como se não a conhecesse.
- Er, boa tarde, você que é a Mariana?
- "Não acredito nisso, que cara de pau!!" - Pensou a loira indignada.
Sua vontade era de brigar com a jovem, ali mesmo na recepção da pousada, porém, viu que Marcello estava a observá-las. Assim, entrou no joguinho de Clara, mesmo contrariada.
- Boa tarde, sim sou a Mariana. Muito prazer. - Disse, estendendo a mão para a morena.
Clara inevitavelmente soltou um sorriso ainda maior por ver que seus planos estavam mesmo dando certo e que a loira não havia contado nada sobre elas para o Marcello.
- Prazer, meu nome é Clara. - Disse com um sorriso imenso. - Então você ficará comigo pelo resto do dia?
- Sim, ficarei responsável de te mostrar Roma. - A loira falava por entre os dentes, ainda apertando a mão da jovem.
- Bom, se não se importa, já podemos ir?
- Sem dúvidas! - Respondeu a loira, louca para sair de frente do Marcello para poder falar poucas e boas para Clara.
As jovens caminharam para a saída da pousada e antes que chegassem à porta, Marcello gritou Mariana.
- Mariana, você esqueceu a chave do carro.
- Como?
- A chave do carro, Mariana, ou você pretende ir de transporte público com a Sr. Pinheiro?
- Er... me esqueci desse detalhe. - Respondeu a loira atrapalhada. - Obrigada Marcello.
Depois de pegar a chave do carro da empresa, a loira saiu em companhia de Clara, já pensando no que iria dizer para a morena. Se lembrou dos conselhos de Fred, e pensou na possibilidade de agir de maneira amigável com a morena, mesmo sentindo raiva por estar literalmente nas mãos da jovem com essa história de visita guiada. Porém, estava irritada por causa daquela armação toda.
- O que você estava pensando ao fazer essa armação, Clara??? - Perguntou brava, logo que entraram no carro. - O que acha que vai conseguir com isso??
- Ficar perto de você. - Respondeu a morena, tranquilamente, irritando ainda mais a loira.
- Clara, acho que você não entendeu bem a nossa última conversa.
- Entendi sim, Mari, fica tranquila, vamos apenas passear por Roma. - Disse a morena, ainda sorrindo, como se estivesse ignorando o alerta de Mariana.
A loira olhou para a frente com as mãos no volante, respirou fundo para tentar manter sua paciência e também controlar o nervosismo por estar novamente sozinha com Clara, em um carro, e falou:
- Bom, qual lugar você deseja conhecer primeiro?
- Você que sabe, Mari, não me lembro muito de Roma, quero seguir seu roteiro.
- Muito bem então, farei um trajeto passando pelos principais monumentos histórico, depois adentraremos alguns bairros tradicionais. Pode ser? - Perguntou, ainda olhando para a frente e com a voz seca.
- Excelente! - Respondeu Clara animada, mas já percebendo que não iria ser fácil fazer a loira sorrir ao lado dela.
- ok, então vamos.
Mariana ligou o carro e começou a dirigir em direção ao primeiro ponto turístico. A jovem não falava nada, mas sentia a todo tempo o olhar de Clara para ela.
- Mari, não fica brava comigo, só quis arranjar um jeito de ficar perto de você. - Disse a morena depois de aguentar vários minutos em silêncio.
- Esquece isso Clara, vou te mostrar Roma, é para isso que estou aqui. - Respondeu a loira, de maneira fria.
Embora Clara estivesse com muita autoconfiança, ouvir as frases de Mariana daquela forma fria, fazia seu coração doer. A morena precisava pensar em uma outra estratégia, ou aquele tour por Roma não iria acabar bem para ela.
- Tudo bem, Mari, não se preocupe, apenas me mostre Roma, você mesmo me disse que a Itália me faria bem, então, vamos manter uma relação amigável aqui, não quero que você brigue comigo.
A loira demorou para responder, pois ficou pensando ironicamente:
- "Como vou ter uma relação amigável com Clara, se na verdade tenho vontade de brigar de raiva, de gritar, de...de... beijar... NÃOOO... NÃO TENHO VONTADE DE NADA!"
- Mari, tudo bem em fazermos assim? - Perguntou a morena novamente, ao perceber que a loira estava com os pensamentos em outro lugar.
- Ok, podemos fazer assim então. - Respondeu a loira ao se dar conta de que aquela era a melhor solução para conseguir passar bem por tudo aquilo.
Depois daquela frase, mais alguns minutos se passaram em silêncio e Clara percebeu que Mariana não iria fazer nada para que ambas tivessem assunto.
- "Calma Clara, não se deixe abater por isso, seja esperta e saiba falar as coisas certas" - Pensava consigo mesma, até escutar a barriga de Mariana roncar, deixando a loira completamente constrangida.
- Er... me desculpe, não almocei, acabei de me lembrar.
- Nossa, que isso loirinha, er... digo, que isso Mari. Vamos parar para almoçar, então.
Mariana sentiu um arrepio na barriga ao escutar Clara lhe chamando novamente de "loirinha".
- Bom, er... se você não se importar eu gostaria de parar sim, para comer.
- Sem problemas, na verdade eu também não almocei.
- Então vou parar num restaurante que tem aqui nessa rua. Ele é muito bom.
- Já estou com água na boca, faz tempo que não como comida italiana. - Disse Clara, mais animada, por ter finalmente um diálogo mais demorado com Mariana. - Sabe o que eu lembrei?
- Não, o que?
- De quando o seu pai me chamou para almoçar lá na casa dele e fez aquela lasanha maravilhosa. Nossa, não me esqueço desse dia.
- É verdade, a lasanha estava muito boa, meu pai sabe cozinhar bem. - Respondeu Mariana, dessa vez sem o tom frio em sua voz, como se estivesse se esquecido por um momento da raiva que sentia da jovem.
- Hummm, acho que vou querer comer algo bem suculento.
- Que tal um gnocchi de batata ao molho de tomate, tipicamente italiano?
- Aii, eu quero Mari.
- Até eu fiquei com água na boca agora.
- Nossa, acho que vou engordar aqui na Itália, os quilos que perdi lá no Brasil. - Disse a morena se sentindo feliz.
Mariana olhou rapidamente para Clara e sentiu um aperto no coração ao ouvir aquela frase. Inevitavelmente pensou nos motivos que levaram a jovem a perder tantos quilos assim, porém, nada falou. Apenas estacionou o carro e seguiu para o restaurante, acompanhada de Clara.
As jovens se sentaram à mesa e pediram o prato sugerido por Mariana. Enquanto esperavam, Clara continuou falando, para não deixar o assunto morrer:
- A culinária italiana é uma das melhores mesmo, não é?
- Sem dúvida, mas, eu sou suspeita para falar, pois sempre gostei.
- Eu também sempre gostei, mas acho que passei a apreciar ainda mais depois que te conheci.
- Er... a gente comia muita comida italiana.
- Sim, era muito bom.
Clara tentava sempre tocar no assunto sobre o passado delas juntas, mas sem falar concretamente sobre isso. Sua estratégia agora era despertar a saudade em Mariana de viver novamente aquela vida, relembrando principalmente as conversas e brincadeiras entre elas.
Logo o garçom retornou até a mesa com o pedido das jovens e elas ficaram um tempo apreciando o delicioso prato. Após terminar a refeição, Clara e Mariana retornaram para o carro e seguiram para o primeiro ponto turístico que seria a Praça de São Pedro no Vaticano. O clima entre elas havia melhorado, mas Mariana continuava apenas respondendo às perguntas de Clara ou retrucando alguns de seus comentários.
Quando chegaram ao local, Mariana deixou o carro estacionado em um lugar afastado da Praça e seguiu o caminho a pé com a morena, explicando algumas características do lugar. Mariana falava de maneira espontânea e agia como se Clara fosse uma turista qualquer. Já Clara prestava mais atenção na loira do que na paisagem.
- Bom, como você já deve saber, aqui é a sede da Igreja Católica, estamos na verdade em um Estado eclesiástico, comandado pelo Papa.
- Estamos em um país dentro de outro país, então? - Brincou Clara.
- Mais ou menos isso mesmo. - Concordou a loira.
- Aqui é muito bonito, essa praça é um verdadeiro cartão postal.
- Sim, é uma praça com uma arquitetura ímpar, é incrível aos nossos olhos, a vista aérea daqui é ainda mais fabulosa.
- A vista terrestre também está fabulosa. - Disse Clara, agora olhando para Mariana.
A loira ameaçou ficar vermelha, mas logo disfarçou apontando para outras construções antigas. Mais à frente era possível ver um aglomerado de fiéis católicos, acompanhando alguma cerimônia e inevitavelmente Clara falou:
- Mari, deve ser complicado para um homossexual viver aqui, né?
- Sim, essa parte de Roma é complicada para se mostrar a opção sexual.
- Seria até uma provocação por parte dos católicos um casal de lésbica se beijar aqui, né?
- Com certeza, Clara, não é por que você é lésbica, que vai sair beijando outra mulher em qualquer lugar. Tem que ter respeito.
- Eu sei, claro, não foi isso que quis dizer. - Disse a morena sem graça.
- Eu sei que você tem respeito, também não quis ser grossa. - Corrigiu Mariana
As jovens continuaram andando pelos arredores da enorme Praça de São Pedro e depois de apreciarem diversos pontos, voltaram para o carro e seguiram em direção ao próximo ponto turístico. Clara não tentou nada, nem mesmo falou algo que fizesse a loira se irritar com ela. Porém, ao observar Mariana estacionar o carro e perceber que uma a luz solar batia de uma maneira diferente nela, a morena não resistiu e falou:
- Você é linda demais, Mari, cada minuto que passo ao seu lado encanta ainda mais meu olhar.
A loira ficara imóvel no banco do carro e Clara aproveitou-se para levar a mão ao seu rosto e tocar levemente sua franja.
- A luz do sol deixa seu cabelo ainda mais loiro. - Sua voz saía baixa e extremamente sedutora. - Saudade do cheiro do seu cabelo.
A morena pegara agora uma mecha de cabelo de Mariana para cheirar.
- É tão bom seu cheirinho, Mari, ai que saudade.
Era visível que a loira ficava cada vez mais agitada e com o coração acelerado devido aquela proximidade e também por causa das palavras saudosistas de Clara.
- Mari, é muito difícil me segurar ao seu lado.
A loira parecia não conseguir reagir ao contato iminente de Clara e a jovem aproveitava-se cada vez mais para tocar no rosto de sua amada.
- Como senti falta da sua pele, é tão... tão macia.
Clara segurou levemente o rosto de Mariana e o virou para si, de tal forma que a loira pudesse olhar para ela.
- Você é perfeita, é perfeita para mim.
Clara começava a respirar rápido e instintivamente olhou para a boca de Mariana e levou seu rosto para perto do dela.
Porém antes de conseguir tocar sua boca a jovem a impediu:
- Não, Clara, por favor, não faça isso.
A morena voltou a se afastar e abaixou a cabeça com medo do que a loira iria dizer.
- Clara, precisamos conversar.
A advogada respirou fundo, mas acabou concordando com a loira. Assim, Mariana esperou alguns segundos, como se estivesse elaborando mentalmente o que iria dizer e começou a falar:
- Clara, eu não sou o tipo de pessoa que gosta de deixar as coisas mal resolvidas. Você me conhece e sabe muito bem como eu sou. Ontem à noite foi uma surpresa para mim te ver aqui na Itália, depois de tantas tentativas de reatar o namoro lá no Brasil.
Clara ia tentar falar alguma coisa, mas a loira a impediu.
- Por favor, me deixe falar...
A morena balançou a cabeça, em afirmativo e esperou a loira voltar a falar.
- Eu nunca fui uma pessoa briguenta, sempre fui tranquila, não gosto de me exaltar com ninguém e não seria diferente com você. - Mariana falava devagar e olhava para o chão do carro. - Clara, eu sei que você está tentando me mostrar que poderei ser feliz ao seu lado, eu sei que você quer resgatar aquela relação amiga que nós tínhamos, mas, no momento eu só posso te dizer uma coisa: eu não consigo. Clara eu não consigo parar de pensar no quanto lutei para ter você, enquanto você simplesmente se conformava em não me ter por achar que eu estava com outra pessoa. Como você pôde se conformar com isso??
- Mari, é complicado.
- Não, me escuta, me deixe concluir. - Interrompeu a loira. - Vou te dizer o que eu faria no seu lugar se eu tivesse te visto com uma outra mulher...
Mariana tirou seu olhar do chão do carro para olhar agora nos olhos da morena.
- ...Sem dúvida nenhuma, por maior que fosse meu ciúme ou meu orgulho, eu iria te procurar no mesmo dia para pedir perdão e dizer que te queria de volta, antes que isso fosse tarde demais. E se você tivesse ido até minha casa, como eu fiz com você, certamente ali as cosias teriam se resolvido, ali eu entenderia que tudo não passava de um mal-entendido. - Mariana tentava manter a calma e controlar as emoções, mas na verdade já estava falando de maneira impaciente. - Por isso, você pode achar que é exagero meu, mas não consigo perdoar isso, se fosse simplesmente pelo fato de você não querer se assumir para sua família eu até entenderia, mas sabendo agora que foi por outro motivo, me desculpa, mas não consigo perdoar.
A loira ficou alguns segundos em silêncio como se estivesse recuperando o fôlego, por ter pronunciado tão rápido as palavras anteriores. Mas logo em seguida voltou a falar impaciente...
- Você não percebe o quanto eu sofri, Clara??? Você fez coisas absurdas comigo, me expulsou da sua casa no meio da madrugada, duvidou do meu amor várias vezes. - A loira olhava agora para o teto do carro, balançando a cabeça, como se estivesse se lamentando e desacreditando das lembranças trazidas por sua própria fala. - E pensar que eu estava disposta a perdoar tudo isso lá no Brasil.
- Ma-mas o que mudou agora, Mari? Por que você não pode me perdoar? - Perguntou a morena com voz de choro.
- Sinceramente, acho que eu nunca tinha percebido o quanto você era egoísta, Clara, acho que só consegui enxergar isso quando você chegou aqui na Itália e me revelou o motivo que fez você se afastar de mim. Nesse tempo todo, você só pensou em você mesma.
- Não fala assim, Mari, eu vim até a Itália atrás de você.
- Mas, fez isso por quem?? Por mim ou por você, Clara???
- Eu... eu fiz isso por nós, por que eu acredito que podemos ser felizes, como éramos antes.
- Nãoooo, você fez pensando em você. Quantas vezes você veio atrás de mim para consertar alguma burrada?? Vamos, me diga, quantas vezes??
A morena não conseguia responder...
- Não consegue se lembrar?? Pois eu me lembro de todas, Clara, e sempre te perdoei. Mas passava um tempo e você cometia outra mancada comigo. - Mariana falava séria, tentando controlar o nervosismo. - Então, me diga agora, como você quer que eu confie novamente em você??? Como posso acreditar que você não me deixará novamente por causa de alguma bobeira qualquer?? Tenho certeza que essa sua vinda para Itália também não passará disso: coisa de momento, por que é isso que você faz, mantém um relacionamento somente até o momento em que algo de ruim acontecer. Eu quero um relacionamento seguro!!
Mariana parecia outra pessoa falando, uma pessoa totalmente diferente daquela que Clara conhecia.
- Agora eu percebo isso, Clara, hoje eu preciso pensar mais em mim, coisa que eu nunca fiz quando estive ao seu lado. Por isso, eu te peço, não tente mais nada, se você quer ficar aqui comigo, conhecendo Roma, por favor, respeite tudo isso que acabei de falar.
Clara ficou um tempo em silêncio, pois não conseguia pronunciar nenhuma palavra devido ao seu estado emotivo. Até o momento em que Mariana brigava com ela de maneira insegura lhe dava esperanças de que aquela reação seria passageira e que tudo não passava de um impulso gerado pelo calor da discussão. Porém, ao escutar agora a loira lhe falando de maneira tão séria, a deixara preocupada. Seria mesmo tarde demais?
- Bom, você ainda deseja conhecer outros locais de Roma? - Perguntou a loira, quebrando o silêncio ao ver que Clara não estava muito em condições de falar e certamente não iria querer continuar aquela visita guiada.
A morena estava sem chão, não queria desistir, mas também não estava se sentindo bem para ficar ao lado de Mariana após escutar aquele desabafo. Assim, não vendo outra opção ela acabou falando:
- Vamos voltar, outra hora eu venho conhecer melhor Roma.
Foi a única coisa que a jovem conseguiu dizer. Era nítido que ela estava se segurando para não chorar ali na frente da loira.
- Ok, vamos retornar então.
Um silêncio profundo acompanhou as jovens ao longo do caminho de volta para a pousada. Mariana estava com o coração apertado por ver Clara daquele jeito, mas sabia que se voltasse a falar qualquer coisa a jovem poderia interpretar como uma fraqueza por parte dela. A loira não queria dar nenhuma esperança para Clara, pois sabia o quanto estava ressentida e magoada por tudo o que passou e era certo que ainda não iria conseguir perdoar a morena.
Clara por sua vez, olhava para a lateral da janela e tentava segurar o choro que já estava em sua garganta. Seus pensamentos estavam agora mergulhados num mar de tristeza, pois começava a acreditar que não haveria solução para que a loira lhe perdoasse. Estava fazendo de tudo... até tentou ficar perto da loira na esperança de que isso mexeria com o coração da jovem, mas a conclusão que começava a tirar era que isso na verdade estava piorando tudo. Mariana precisaria de um tempo, precisaria sentir sua ausência para que essa ausência se tornasse finalmente a presença que ela não conseguira SER estando próxima da jovem.
Depois de alguns minutos, Mariana chegou à pousada e estacionou o carro em frente ao portão de entrada. Clara olhou para Mariana e com um olhar triste, saiu do carro deixando a loira imersa em seus pensamentos e sentindo algo estranho no coração por ter deixado a morena daquele jeito.
Clara passou direto pela recepção e subiu para seu quarto. Não tinha condições nenhuma de falar com ninguém, pois estava prestes a chorar. Queria simplesmente ficar sozinha e tentar achar uma solução que não a deixasse perder as esperanças. Porém, as palavras de Mariana foram duras demais, nunca tinha visto a loira daquele jeito e ao ouvir todo o desabafo dela em relação às mancadas que cometera, a deixara ainda mais preocupada. Realmente tudo o que fizera à loira não era algo fácil de se perdoar, mas seria tão impossível assim, ainda mais se tratando de Mariana que sempre soubera perdoar?
Resposta difícil, pois, as pessoas mudam, ainda mais se estiverem sob o efeito das mágoas. Na verdade, tudo é muito simples aos nossos olhos quando o fato acontece com terceiros, porém, quando se trata da nossa própria vida, sabemos o quanto é difícil perdoar ou voltar a confiar em alguém. Clara começava a se dar conta disso, tanto que a jovem tentava se colocar no lugar de Mariana para pensar qual seria sua reação se tudo estivesse acontecendo de maneira inversa, da mesma forma que a loira fizera há pouco tempo atrás, na conversa que elas tiveram.
A única conclusão que ela conseguira chegar era de que Mariana tinha razão, pois ela mesma não teria perdoado se estivesse no lugar da loira, ainda mais sendo tão orgulhosa assim.
A morena se jogou na cama, desolada e em prantos, chorou todas as lágrimas que conseguira evitar quando ainda estava no carro com Mariana, porém depois de colocar seus medos e tristezas para fora, voltou a pensar racionalmente:
- "O que vou fazer agora?? Como vou conseguir apagar minhas mancadas? Não é possível que isso vai acabar assim, eu não posso aceitar isso!!"
A morena deixava lágrimas escorrerem por seu rosto ao pensar na possibilidade não de conseguir reatar o namoro.
- "A Mari está com tanta raiva de mim que ela não consegue voltar a ser aquela pessoa de antes, ela está com medo de sofrer novamente. Meus Deus, o que eu fiz com ela??? Por que fui tão estúpida assim???"
Clara chorava e se lamentava, por todo o sofrimento causado à Mariana. Começara a se lembrar da fala da loira e dos momentos em que sua voz saíra fria e impaciente. Lembrou-se também do momento em que Mariana lhe falara de seu egoísmo e chegara a conclusão de que a loira estava mais uma vez certa. Ela já havia sido egoísta em vários momentos de sua vida e isso sempre lhe trouxera consequências sérias.
- "Ai meu Deus, me ajuda, eu preciso mudar de verdade, eu preciso mostrar para a Mari que eu posso fazê-la feliz, que eu não vou mais magoá-la e nem abandoná-la."
Clara continuava deitada na cama, imersa em seus remorsos e em seus medos, sem conseguir pensar em nenhuma outra estratégia para reconquistar sua amada.
Enquanto isso, Mariana seguia de volta para a sede da empresa. Não iria conseguir ficar na pousada, pois, estava sentindo um aperto forte no peito ao mesmo tempo que tentava se manter de maneira fria e coesa com tudo o que acabara de falar para Clara. Assim, a loira estacionou o carro e adentrou o local onde Chiara estava, desta vez com a expressão séria e o olhar perdido.
- Chiara... - Chamou a loira, ainda na porta.
- Mariana, o que você está fazendo aqui?
- Preciso conversar com você, posso entrar?
- Entre.
Mariana percebeu que a voz de Chiara estava diferente e certamente seria por tudo o que estava acontecendo com a chegada de Clara.
- Er... me desculpe por tudo o que está acontecendo, Chiara, eu...
- Mari, por favor, pare de me pedir desculpas, ok? - Disse impaciente - O que aconteceu? Por que você não está na visita guiada com a Clara?
- Isso não iria dar certo, Chiara, eu até tentei, mas fiquei com muita raiva por saber que a Clara armou tudo isso para passar o dia todo comigo. Isso não se faz, ela sempre quer estar no controle, mas não percebe que nossa história acabou!!
- Mari, você tem certeza mesmo disso, ou está falando assim por que está com raiva?
- Tenho!! - Disse sem pensar. - E não vim falar disso, quer dizer, só vim te avisar que a Clara desistiu da visita guiada. Tudo isso é loucura, não faz sentido eu ficar fingindo que não a conheço. Por favor, me deixe ficar só aqui na sede da empresa. Eu tenho certeza que a Clara não vai falar nada para os funcionários da pousada, isso morreu aqui.
- Pelo jeito vocês tiveram uma conversa então.
- Sim. Está tudo resolvido. Posso ficar aqui, então?
- Tudo bem, Mari, quero te ajudar também. Se você diz que está tudo resolvido, então eu acredito. Só não quero confusão na pousada, detesto fofocas, ainda mais envolvendo um funcionário.
Chiara parecia estar mais animada, depois de ouvir Mariana dizer que a história dela com Clara havia chegado ao fim, porém, mesmo assim preferiu agir com cautela.
- Então vou autorizar você a ficar somente na sede da empresa e avisarei ao Marcello para indicar outro funcionário, caso a Clara queira fazer outro passeio em Roma. Vou dizer que pedi para você ficar aqui me auxiliando no preparo dos minicursos.
- Obrigada, Chiara.
Era nítido pela voz de Mariana que ela não estava feliz, no entanto a italiana acreditava que aquilo poderia ser superado, ainda mais com sua ajuda.
- Tudo bem, Mari, fique tranquila, logo as coisas voltarão a ficar bem.
- Já estão bem. - Disse, mais uma vez sem pensar.
- Ok, Mari. - Falou Chiara, agora com um sorriso no rosto e segurando a mão da loira. - Vamos esquecer isso então e focar no trabalho?
- Vamos sim!
Mariana deu um sorriso forçado para Chiara e seguiu para sua mesa, onde tentaria a todo custo esquecer as últimas horas que passara ao lado de Clara e também da conversa tensa que tivera com ela.
Enquanto a loira tentava se concentrar no trabalho, Chiara reparava nela e percebia ainda mais o quanto ela estava angustiada. Parecia estar com raiva por ter que vivenciar novamente as lembranças que fizera tanto esforço para esquecer, mas também parecia estar com raiva por ver que as coisas não estavam acontecendo do jeito que ela esperou. Porém, Chiara não iria se intrometer naqueles pensamentos, estava se apaixonando por Mariana e queria que a loira de fato colocasse um ponto final em sua história com a Clara.
Chiara sentiu medo de que a loira fosse ceder e perdoar a morena, porém, agora sentia mais confiança de que aquilo iria passar e que Mariana continuaria na Itália ao seu lado, quem sabe até lhe daria uma chance para ficar com ela.
-" Madre mia!! Preciso me manter calma, não sei se a Mari está segura de sua decisão, ela parece estar aflita".
Em nenhum momento Mariana percebeu que Chiara a olhava. Parecia ter se esquecido completamente que a jovem estava ali, na mesma sala que ela. Estava inteiramente focada no computador, lendo os artigos que iria usar nos minicursos. A jovem estava tão imersa em suas mágoas que o único mecanismo de defesa que conseguiu ativar fora o bloqueio dos sentimentos que lhe causariam angustia.
Assim passou-se o restante do dia e quando já iria dar 17 horas a loira perguntou para Chiara se ela já poderia sair para ir até sua futura casa. Agora, mais do que nunca, Mariana queria sair daquela pousada, não ficaria bem diante da possibilidade real de topar com Clara a qualquer momento, nem mesmo se sentiria confortável de ficar no quarto ao lado da morena.
Dessa forma, a italiana não apenas concordou em deixar a loira sair mais cedo como também pediu para que ela lhe desse uma carona, já que a casa que a loira iria alugar ficava na mesma rua da pousada.
- Mari, me dê uma carona então, pois preciso ir até a pousada conversar com o Marcello. Vi que você está com o carro da empresa aí, não está?
- Sim, er... vim com ele, acabei me esquecendo de deixar na pousada.
- Não tem problema, Mari.
- Mas, você pode levá-lo para a pousada então e eu pego carona com você.
- Para com isso menina, você pegou o carro, você devolve. Vamos.
Mariana concordou com a cabeça. Era incrível como Chiara conseguia fazê-la se sentir uma menininha as vezes.
- Se você quiser posso passar lá na casa com você, acho que a dona não fala muito bem o inglês.
- É verdade, er... se você puder ir comigo eu agradeço sim.
- Claro, Mari, vamos então.
- Vamos.
As jovens seguiram para a casa, e rapidamente chegaram ao local. Ainda na rua, Mariana avistou a proprietária da casa discutindo com seu filho.
- Ih Mari, acho que não é uma boa hora.
- Vai ter que ser uma boa hora, preciso me mudar logo!
A loira desceu do carro acompanhada de Chiara e assim que avistou as jovens, a senhora parou de gritar com o filho e começou a falar em italiano, de maneira afobada. Mariana escutava tudo, mas não compreendia o que a senhora falava.
- O que ela está falando, Chiara?? - Perguntou assustada.
- Só um minuto, Mari. - Disse Chiara, ainda escutando ao fundo a senhora italiana falar apressadamente, num jeito bem característico de italiano.
Mariana esperou até que a senhora se acalmasse e disse algumas palavras em italiano para ela. Mariana apenas entendeu a parte em que Chiara dizia que "iria ficar tudo bem".
- "Vai ficar tudo bem o que??" - Pensou a loira, agora preocupada em não conseguir mais a casa.
- Er... Mari, não tenho uma boa notícia.
- Ah Chiara, não brinca, vai me dizer que não poderei mais alugar essa casa??
- Mari, esta senhora acabou de descobrir que o filho mais velho engravidou a namoradinha de 20 anos. Ela falou que não irá alugar mais a casa por que vai obrigar o rapaz a se casar, então ele irá morar na casa.
- Não é possível, Chiara, eu... eu já assinei o contrato, isso é um absurdo!! - Disse Mariana nervosa.
- Mari, por favor, tenha calma, ela é uma senhora e dá para ver que ela está desesperada, não para de brigar com o filho, tente ser compreensiva.
Realmente a senhora estava novamente gritando com o filho, como se o mesmo fosse uma criança.
- Viu Mari, esquece, não vale a pena brigar, essa senhora já está com a cabeça cheia, não adianta discutir, deixa para lá.
- Deixar para lá, Chiara??? Eu preciso sair da pousada, não dá para ficar mais lá, mas que azar o meu!
A senhora virou-se novamente para Mariana e agora falava chorando com a loira, como se a mesma estivesse entendendo o que ela falava. Porém, era ainda mais complicado entender o italiano falado tão rápido como daquele jeito que a senhora pronunciava.
- Chiara, diz para ela se acalmar, por favor.
A italiana pedia para a senhora ficar calma e ao mesmo tempo repassava para Mariana o que ela lhe falava.
- Mari, ela está pedindo para você perdoá-la, ela não sabia que isso iria acontecer e pediu para você entender.
Mariana estava nervosa, mas, como iria discutir com uma senhora? Assim, acabou concordando com Chiara e pediu para ela falar para a proprietária que iria rasgar a cópia do contrato da casa.
- Fica tranquila, Mari, acharemos outra casa para você, não se preocupe. - Consolou a italiana.
A loira não falou mais nada, apenas deus as costas para o local onde estava a senhora e seu filho e seguiu de volta para o carro. Ao adentrar o veículo percebeu que Chiara ficara mais um tempo conversando com a senhora, pois a mesma não parava de falar.
- "Está de piada comigo, não é mesmo, Deus?? Eu preciso sair da pousada, não quero ficar perto da Clara" - Pensava a loira, com a cabeça encostada no volante.
Não demorou muito e Chiara retornou para o carro, encontrando Mariana de cabeça baixa.
- Ei, ragazza, não fique assim, já te falei, vamos achar um outro lugar.
Mariana levantou a cabeça para olhar para a jovem e disse a primeira coisa que veio em sua mente:
- Chiara, será que é tarde para eu voltar atrás e aceitar o seu convite para ficar na sua casa?
Chiara ficou tão surpresa com a pergunta de Mariana que acabou demorando para responder.
- Eu entendo se você não quiser, mas...
- Pode, claro que pode. - Respondeu finalmente a italiana, com um sorriso gigante no rosto.
- Prometo que será por pouco tempo. É só até eu achar um lugar para morar.
- Você pode ficar o tempo que quiser, Mari, sabe disso.
Chiara não conseguia esconder a alegria diante daquele pedido. Desde que Clara aparecera na Itália, suas esperanças em ter algo com Mariana praticamente se esvaíram, porém, ao ver a loira tão aflita para ficar distante de Clara, começava a lhe dar novas esperanças. Especialmente agora que acreditava que Mariana estava decidida a esquecer Clara após a última conversa que elas tiveram e por ela desejar ficar em sua casa.
- Chiara, muito obrigada. - A loira agradecia a italiana, porém não se dava conta de como aquela notícia deixara a jovem feliz.
- Então podemos aproveitar que estou indo para a pousada e já pegamos suas coisas, Mari.
- Tudo bem.
A loira falava de maneira desanimada, não queria estar passando por isso, pois sentia o coração apertar cada vez que se aproximavam da pousada. Sabia que Clara estaria lá, certamente triste depois de tudo o que dissera para ela.
Enquanto Mariana tentava controlar aquele sentimento angustiante, Chiara seguia o caminho falando sobre sua casa e tentava a todo custo fazer Mariana parar de pensar em Clara. Ela tinha noção de que a loira não estava bem, porém acreditava que tudo aquilo iria passar e ela iria superar o sofrimento, da mesma forma que ela conseguiu superar quando rompeu o relacionamento com Fabiana, sua antiga namorada.
Depois de poucos minutos, as jovens já estavam na pousada e Mariana foi logo falando.
- Chiara, vou arrumar minhas coisas e logo descerei.
- Tudo bem Mari, estarei na portaria conversando com o Marcello e assim que você terminar, peça para algum funcionário colocar sua bagagem aqui no carro.
A loira já ia saindo do veículo, quando Chiara voltou a falar.
- Mari...
A jovem virou seu rosto para olhar para a italiana e escutou:
- Essas coisas são assim mesmo, sei que você está sentindo um aperto no coração, mas, é normal. Você está fazendo o certo. Se já tomou sua decisão, fique segura e pense em você! Você merece ser feliz.
Mariana não sabia dizer se ficara mais aliviada ou mais nervosa ainda com aquele comentário. Assim, apenas balançou a cabeça para a italiana e saiu do carro, tentando não pensar em mais nada. Atravessou a portaria da pousada o mais discretamente possível, para que ninguém lhe chamasse e subiu em direção ao quarto. Quando chegou em frente a porta, evitou olhar para o lado, justamente para não ter que pensar em Clara. Adentrou o quarto e de imediato começou a arrumar suas malas, de maneira apressada e impaciente. Não queria pensar em nada, mas isso não impedia seu humor de ficar alterado.
Depois que terminou de arrumar tudo, a jovem retornou para a recepção da pousada e pediu para um funcionário descer com suas bagagens. Durante o tempo que ficou na pousada, não avistou Clara e achou até melhor isso não ter acontecido, porém, ao perceber que Chiara ainda iria demorar para sair da pousada a jovem acabou pensando em algo para poder sair daquele lugar.
- Er, Chiara, acho que vou aproveitar que você ainda está aqui resolvendo algumas coisas para passar em uma loja de celular e comprar um, não dá para ficar sem celular.
- Sim Mari, tudo bem. Você sabe onde tem uma loja de celular por aqui, não é?
- Sei sim, vi uma loja lá no começo da rua.
- Isso mesmo. - Concordou Chiara. - Faz assim, vai indo até a loja que eu passo lá para te pegar, de lá nós vamos para casa.
- Ótimo, obrigada! - Disse a loira aliviada. - Er, só mais uma coisa.
- Diga
- Antes de você sair, será que daria para você conferir se o funcionário colocou todas as minhas bagagens lá no carro? É que preciso sair agora, se não a loja fechará.
Chiara percebeu que na verdade Mariana queria sair logo da pousada, assim, a jovem não questionou.
- Fique tranquila, Mari, eu cuido da sua bagagem, pode ir.
- Obrigada mesmo, Chiara!
Assim, Mariana saiu da pousada e seguiu a pé para a referida loja de celular. Enquanto isso, Chiara terminava de conversar com Marcello e combinava o horário para ele ir embora, já que Mariana não ficaria mais na pousada naqueles dias. O jovem não entendeu muito bem os motivos que levaram Mariana a sair da pousada e também o porquê de ela não ser mais a guia da turista brasileira, porém, Chiara mantinha uma postura séria e não dava liberdade para que ele perguntasse mais detalhes sobre o assunto. Dessa forma, o jovem não questionou nada e concordou em ficar na pousada até que um outro funcionário lhe substituísse.
Chiara também aproveitou que estava na pousada para averiguar se tudo corria bem por lá. Inclusive, logo que avistou seu funcionário descendo com as bagagens de Mariana, subiu até o quarto em que a jovem estava hospedada para conferir se não havia ficado nada para trás.
Porém, ao adentrar o quarto, não pôde conter a alegria que estava sentindo por ter Mariana ao seu lado, em sua casa.
-"Acho que finalmente as coisas darão certo para mim e para a Mari. Sinto que ela tomou uma decisão, agora é só deixar o tempo cuidar. Eu quero aquela ragazza, sinto algo muito bom por ela!"
A italiana pensava em Mariana enquanto olhava de um lado para o outro do quarto procurando por algum possível objeto esquecido.
- "Acho que está tudo certo, a Mari não deixou nada para trás.
Chiara apenas deu mais uma conferida no banheiro e se certificou que de fato Mariana não havia deixado nenhum objeto lá. Assim, voltou para o quarto e, quando já estava caminhando em direção a porta, avistou uma bela morena parada com um olhar perplexo e ao mesmo tempo triste, direcionado para ela...
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Algumas horas já haviam se passado e Clara continuava no quarto, com o coração apertado por não saber o desfecho que teria sua história ao lado de Mariana. A jovem já havia chorado bastante e estava agora refletindo sobre as novas decisões que teria que tomar diante da resistência da loira. Lembrou-se do conselho dos amigos pedindo para que ela fosse forte e não desistisse facilmente, mas não conseguia pensar em uma nova estratégia para agir. Estava realmente com medo de Mariana não lhe perdoar, pois as palavras da jovem foram muito duras e frias. Nunca tinha visto Mariana daquele jeito.
- Será o fim?? Será que não conseguirei o perdão da Mari?? Meu Deus será que minhas atitudes foram tão ruins assim para não merecer o perdão dela?
Clara se remoía de tristeza e remorso por não ter agido de maneira diferente com Mariana. Ficava pensando que agora mesmo estaria ao lado dela se tudo tivesse acontecido de outra forma, se ela não tivesse sido tão egoísta e medrosa. Porém, era tarde para chorar, aquilo já tinha acontecido e não poderia voltar atrás, era preciso focar no presente, pois o passado só lhe desencorajaria ainda mais.
- Não posso desistir assim, não posso viver sem ela, preciso tentar novamente, preciso conversar com a Mari, eu quero ela de volta.
Ao pronunciar aquelas palavras, Clara se lembrou da fala de Mariana, quando disse o quanto ela era egoísta: "... Nesse tempo todo, você só pensou em você mesma...".
Por mais que doesse, ela começava a enxergar claramente o quanto Mariana estava certa, era possível perceber seu egoísmo até pela sua própria fala: "eu preciso, eu quero... eu eu eu..."
- Meu Deus, a Mari está certa, eu penso muito em mim, mas e ela?? Será que ela precisa de mim da mesma forma que eu preciso dela?? Em nenhum momento eu perguntei se ela me queria de volta, se ela precisava de mim, apenas falei igual uma louca o quanto amava e o quando queria estar ao lado dela.
A morena levava a mão à cabeça, pois suas atitudes egoístas finalmente se desvelam aos seus olhos.
- Eu sou muito mais egoísta do que pensava, como isso pode estar tão presente dentro da gente sem que percebamos??
Clara abaixara agora a cabeça, tentando pensar no que iria fazer. Começou a se lembrar de vários outros momentos em que colocara suas necessidades acima de seu amor por Mariana e aquilo realmente era o cúmulo do egoísmo. Mariana estava certa, ela fora para Itália, pois, percebeu que não poderia viver sem a loira, mas em nenhum momento pensou que a jovem poderia estar feliz com a vida que estava levando, só pensava que ela seria a única pessoa responsável de levar a felicidade a Mariana. Assim, se sentindo incomodada com a verdade sobre si mesma que acabara de perceber, a jovem voltou a se levantar da cama e falou:
- Vou dizer para a Mari que ela tem razão, sou egoísta, vou assumir isso a ela. Tenho que parar de agir pensando apenas no que eu preciso e focar no que ela precisa, a Mari é a pessoa mais importante da minha vida, porém até hoje eu só agi de acordo com o que seria bom para mim. Meu Deus, como fui egoísta.
Clara caminhou até o banheiro e olhou para si mesmo no espelho, enquanto voltava a falar...
- Vou dizer para a Mari que eu entendo, que agora eu percebi minhas atitudes egoístas, essas atitudes vão muito além do que eu pensava, sou egoísta até com coisas simples que eu julgava ser atitudes de amor.
A jovem parou de falar por um minuto, fixou seu olhar nos próprios olhos refletidos no espelho e sentiu algo diferente adentrando em seu coração.
- Amar uma pessoa quer dizer que você deseja a felicidade dela acima de tudo, eu tenho ciência de que posso fazer a Mari feliz, mas é ela quem decide isso, não eu. Vou procurá-la mais uma vez, somente para dizer que entendi isso. Quero que ela veja que eu estou mudando, que compreendi o que preciso mudar.
A jovem ainda estava de frente para o espelho quando escutou barulhos vindos do quarto ao lado. Seu coração se acelerou.
- A Mari, ela... ela deve estar aqui.
Clara saiu do banheiro e colocou o ouvido na parede que fazia divisão com o quarto da loira.
- Ela está aqui sim, e agora??
A jovem caminhou até a cama e pegou o relógio que estava no criado-mudo. Percebeu que já iria dar 18 horas e certamente a loira já havia encerrado o expediente.
- Ai meu Deus, não sei o que fazer, acho que a Mari não quer mais me ver, não sei se devo conversar com ela agora, não sei se é o momento certo para dizer que finalmente percebi as coisas. Na verdade, nem sei se devo dizer isso, acho que o melhor a se fazer é mostrar isso a ela! Nessas horas palavras não dizem nada, mas sim os atos.
Os barulhos no quarto ao lado continuavam constantes durante o momento em que a morena pensava no que iria fazer, porém, depois de mais alguns segundos ela escutou a porta se fechar e um silêncio tomar conta do lugar.
- Será que ela saiu?
A morena caminhou até a janela na esperança de avistar Mariana, porém, apenas avistou o carro da empresa parado em frente a pousada com o porta-malas aberto.
- O que será que está acontecendo?
Continuou a observar pela janela, até que avistou um funcionário da pousada colocar várias bagagens dentro do porta-malas do carro. Logo se deu conta de que aquelas malas eram de sua amada Mariana.
- Nãoo, não pode ser dela. - Disse preocupada. -Mas, para onde a Mari está indo??
Olhou para o carro por mais alguns segundos na esperança de avistar Mariana, porém logo voltou a escutar a porta do quarto ao lado se abrindo.
- Ela voltou, voltou, preciso falar com ela, antes que seja tarde.
Clara correu em direção à porta, porém, antes de abri-la sentiu algo estranho no coração, uma sensação de angústia, como se estivesse perdendo algo.
- O que é isso?? Ai meu Deus, preciso ficar calma, não posso falar nada errado, talvez esta seja minha última chance, não posso correr o risco de deixar a Mari ainda mais brava. Ai, nem sei o que estou falando, nem sei se devo ir até lá.
A morena voltou a se afastar da porta. Parecia uma criança com medo de escutar uma bronca.
- Não estou com um bom pressentimento, não sei o que fazer.
Pela última vez Clara pensou em tudo o que acabara de perceber sobre si mesma e decidiu ir até a loira, antes que voltasse a mudar de ideia.
- Vou até lá, não pedirei nada a ela, apenas direi que desejo a felicidade dela acima de tudo e que sinto muito pelo meu egoísmo.
Assim, Clara saiu de seu quarto e logo de cara avistou a porta do quarto de Mariana aberta. Sentiu um frio na barriga e o medo de ser novamente rejeitada pela loira, porém, continuou a olhar para dentro do local. Conseguiu enxergar uma parte do quarto e notou que de fato não tinha mais nenhuma bagagem lá.
- "Ela está indo embora..." - Pensou, com uma tristeza profunda no olhar.
Ainda da porta, a morena olhava de um lado para o outro na esperança de encontrar Mariana, porém, para sua surpresa, quem saíra do banheiro com um largo sorriso no rosto era ninguém menos que Chiara...
- O-o que você está fazendo aqui?? - Perguntou Clara, sem disfarçar a confusão em sua voz.
- Você deve ser a Clara, não é? - Perguntou Chiara, fingindo não ter escutado a pergunta da morena.
- Você sabe muito bem quem eu sou, não finja que não me conhece.
- Não estou fingindo nada, nunca fomos apresentadas, fomos?
- Me responde, o que você está fazendo aqui, onde está a Mari??
- Acho que a Mari não lhe deve mais explicações, muito menos eu!! Acredito que vocês já tiveram uma conversa decisiva hoje.
- "Uma conversa decisiva??? Do que essa italiana arrogante acha que está falando???" - Pensou Clara, corroendo-se de ciúmes e de medo diante daquela presença à sua frente, temia que Mariana tivesse tomado a decisão de ficar com ela.
A italiana olhava para a advogada, que demonstrava claramente o quanto estava se segurando para não brigar. Porém, mesmo assim continuou a lhe provocar.
- Clara, embora eu não precise falar nada para você, eu vou dizer mesmo assim. A Mari vai sair daqui da pousada e ficará na minha casa, comigo.
Clara sentiu uma punhalada em seu coração, não conseguia acreditar que aquilo realmente estivesse acontecendo.
- Não é possível, isso é mentira, ela... ela não me disse nada, isso deve ser um blefe seu, eu sei que você está interessada nela. Acha que eu sou idiota, Chiara?? Será que você não percebe que está estragando nossa história??
- Pelo que sei quem estragou essa história foi você, Clara, eu não tive nada a ver com isso. - Respondeu a italiana, num ar de superioridade que nem Mariana conhecia.
Clara sentiu vontade de gritar com Chiara, porém preferiu abaixar a cabeça, num gesto bem raro de sua parte e tentar controlar as emoções. A italiana olhava para ela e continuava com a expressão tranquila, embora por dentro estivesse preocupada e com receio de que a morena levasse a conversa para além dos limites civilizados. Assim, pediu para que Clara, entrasse no quarto para poder fechar a porta e evitar um possível "escândalo" em sua pousada.
Clara adentrou o quarto, ainda sem saber o que falar e esperou a italiana fechar a porta.
- Vamos conversar então, Clara, mas civilizadamente, como duas mulheres.
Chiara não era uma má pessoa, muito menos queria fazer a jovem advogada sofrer, porém percebera que se queria de fato ficar com Mariana, seria necessário se impor. Ainda mais agora que acreditava que a loira já tinha se decidido a esquecer Clara. Na concepção de Chiara a morena estava fazendo Mariana sofrer, por isso agia de maneira impaciente com ela.
Já Clara sentia muito aperto coração, especialmente por ouvir tudo aquilo pela boca de Chiara. Há poucos minutos estava refletindo sobre o quanto errara com Mariana e agora estava de frente para a mulher que fora o principal motivo de suas desconfianças equivocadas e de seu orgulho descabido.
Assim, após fazer esse rápido exame de consciência, a morena optou em continuar sem brigar, embora estivesse morrendo de ciúmes e sentindo muita tristeza por não saber o que aquela atitude de Mariana representava. O fato era que dessa vez ela precisaria manter a cabeça no lugar para não errar novamente e o melhor caminho seria mantendo a paciência.
- Tudo bem, vamos conversar então. - Disse, sentindo um nó na garganta. - O que está acontecendo entre você e a Mari??
- O que você acha que está acontecendo, Clara?? - Falou a italiana, devolvendo a pergunta. - Tudo estava indo muito bem até você chegar, será que você não percebe como está deixando a Mari triste??
- Triste?? O que você pensa que entende dessa história?? Você não sabe nada do que eu e a Mari vivemos, por isso não venha me dar lição de moral.
- Eu sei o suficiente para dizer que o seu tempo já passou. Você teve sua chance, Clara, teve a chance de reconquistar o amor da Mari, mas agora já é tarde.
- Nãooo, não é tarde. A Mari ainda me ama.
- Não tenha tanta certeza assim, o amor acaba, Clara, ainda mais depois de tantas decepções.
- Por que você está fazendo isso, Chiara, me diz? Acha que vai me afastar da Mari falando essas coisas?
- Eu não quero afastar ninguém de ninguém, a Mari sabe tomar suas próprias decisões, na verdade você mesma fez com que ela se afastasse. - Disse a italiana, ainda impaciente. - Madre mia!!! Você tinha tudo, Clara, tudo o que eu sempre quis ao lado de uma mulher, uma pessoa boa, que se dedicava a você, te dava amor e carinho, era uma verdadeira companheira. Mas, você jogou tudo fora. A Mari me contou a história de vocês, não pense que não sei nada, pois acompanhei todo o sofrimento dela, da outra vez que ela veio aqui para a Itália.
- E pelo jeito você se aproveitou da fragilidade dela, não é??
- Não me aproveitei de nada. Não seja tola, menina! A Mari é uma pessoa muito madura e sempre te respeitou, mesmo sem você merecer.
- Não se finja de santa, eu sei que você se aproveitou para ficar com a Mari.
Chiara não estava acreditando no que a jovem falava. Balançava a cabeça de um lado para o outro, incrédula com a falta de percepção de Clara. Achava aquilo um absurdo, ainda mais por ela ter acompanhado tão de perto as reações de Mariana ao se separar de Clara.
- Você é muito cega mesmo, só enxerga os próprios problemas. Não conseguia perceber o quanto aquela mulher te amava.
Clara respirava fundo, ainda tentando controlar a raiva que sentia por ouvir aquelas coisas de Chiara. Ouvir sermões a essa altura do campeonato já seria difícil, porém, escutá-los daquela que acreditava ser seu maior obstáculo para conseguir reatar com Mariana, já era demais para ela.
- Cala a boca!! Você não representa nada para mim, não venha me dar lição de moral.
- Você é cega sim, cega e egoísta, pois só enxerga o seu lado. Eu vou assumir para você sim, me encantei com a Mari desde o momento em que a vi pela primeira vez!
Clara impacientemente deu as costas para Chiara, mostrando que não estava nem um pouco interessada em ouvir aquelas coisas, porém ainda assim a italiana continuou a falar...
- Tentei beijá-la algumas vezes, até que acabamos ficando em uma viagem para a Toscana.
- NÃO QUERO SABERR, CALA ESSA BOCA!!! - Disse com raiva, virando-se de frente para a italiana. - Você não tem que me contar nada disso!!
- Pare de gritar!!! - Pediu Chiara, agora nervosa.
Clara caminhou até a cama, se sentou e levou as mãos à cabeça, dava para notar de longe o quanto ela estava desesperada. Ao olhar aquela cena, Chiara sentiu um aperto no coração, mesmo sabendo que estava diante da pessoa que poderia acabar com suas esperanças de iniciar uma relação com Mariana. Sabia que estava sendo cruel com Clara ao tocar naquele assunto, assim, a italiana respirou fundo e falou:
- Tudo bem, você tem razão. Não tenho que te contar nada disso, mas, apenas queria explicar por que te acho tão cega assim.
Clara permanecia quieta tentando se acalmar e Chiara aproveitou para continuar falando.
- Clara, eu sei que você não é uma má pessoa e sei que tudo isso foi muito confuso para você. Porém você deixou de enxergar uma coisa que era óbvia...
A morena levantou a cabeça para olhar para a italiana, como se ainda não estivesse acreditando naquele diálogo. No entanto, continuou calada, pois não sabia o que dizer, estava perplexa demais para pronunciar qualquer palavra. Assim, Chiara voltou a falar...
- A Mari não parava de pensar em você. - Disse Chiara, num tom pensativo. - Se é isso que você precisa saber eu te digo: aquele beijo não representou nada para ela.
Nessa hora Clara sentiu um nó na garganta e uma mistura de sentimentos, não estava entendendo onde Chiara queria chegar assumindo aquele fato para ela. Porém, logo a italiana voltou a falar.
- Na verdade, naquela época, nem eu mesma sabia exatamente o que aquele beijo representava, pois eu ainda estava envolvida emocionalmente com minha ex.
- E onde está sua ex agora? - Foi a única coisa que Clara pensou em falar.
- Está no Brasil, foi por isso que eu fui para lá, fui tentar reatar meu namoro, quer dizer, acho que fui mais para eliminar de vez as esperanças em reatarmos.
- Então você quer me convencer de que foi até o Brasil somente por causa da sua ex? - Perguntou Clara irônica.
- O que você quer que eu diga, Clara??? Que eu fui por causa da Mari??? É??? - Perguntou nervosa. - Pois então eu vou te dizer uma verdade, conhecer a Mari foi a melhor coisa que me aconteceu! Graças a ela eu me libertei dos sentimentos que me faziam mal sobre minha ex, graças a ela eu comecei a enxergar uma possibilidade de ser feliz novamente. Então não venha falar comigo como se eu não tivesse o direito de falar dela. Pode ter certeza, Clara, o tempo todo eu tentei ajudá-la a reatar com você, dei todo o apoio, mesmo começando a sentir algo por ela, estive na casa da Mari e em nenhum momento tentei algo com ela, pois respeitava o que ela sentia por você. Então, se eu fui até o Brasil também com esperanças de ter algo com ela, acho que isso não importa, pois sempre prezei pela felicidade da Mari independente se fosse ou não ao meu lado.
Dessa vez foi Chiara quem demonstrou estar abalada com aquela história. Ela sempre tentava manter uma postura firme e decidida, porém era evidente agora o quanto também estava mexida com aquela confusão.
- Se você sempre prezou pela felicidade da Mari, como diz que fez, por que está agora fazendo isso?? Não percebe que ainda existe amor entre mim e ela?? Ou vai me dizer que você acredita que a Mari me esqueceu??
- A própria Mariana me disse que essa história chegou ao fim, Clara. Acorda!!! Está na hora de você parar de pensar apenas em si própria e pensar que a Mari pode e será feliz aqui na Itália, sem você!
Clara mais uma vez engoliu seco, pois tudo o que a italiana falara ia ao encontro do que ela havia pensado há pouco tempo atrás, em seu quarto: o que realmente levaria a felicidade à Mariana, estar novamente ao seu lado ou deixá-la seguir seu caminho na Itália, longe dela e ao lado da italiana?
- "Nãooo, não posso aceitar isso, ainda não, preciso ouvir isso da Mari, não dessa italiana..." - Pensou Clara nervosa, antes de voltar a falar - Isso quem deve dizer é a Mari, não você!!
- Mas ela já não te disse isso?
- Não tenho que te responder nada, pois, isso não te interessa, cuide da sua vida!
- Ahh, pode deixar que cuidarei muito bem da minha vida. - Respondeu nervosa e irônica ao mesmo tempo. - Agora que a Mari está na Itália é a minha vez de ajudá-la voltar a ser feliz, não deixarei que você estrague novamente a felicidade dela. Pense um pouco no quanto você já fez ela sofrer.
Clara estava sentindo o rosto queimar de raiva por ouvir aquelas palavras de Chiara.
- Eu não admito que você fale assim comigo. Já disse que essa história não lhe diz respeito.
- Tudo bem, tudo bem Clara, estamos perdendo a cabeça aqui... é melh....
- NÃO ESTOU PERDENDO A CABEÇA... - Interrompeu a morena, exaltada. - O problema é que você fala o que não sabe, você acha que conhece o interior da Mari, mas não conhece.
- A QUESTÃO NÃO É CONHECER, CLARA. Eu não sou idiota, sei muito bem que essa história mexe com a Mari, mas mexe de uma maneira que está fazendo mal a ela! Chega de insistir em algo só por que isso é de SEU interesse. - Falou a italiana, enfatizando o pronome "SEU", para mostrar mais uma vez o egoísmo da jovem.
- CHEGA VOCÊ DE SE INTROMETER ONDE NÃO DEVE!!
A discussão já estava ganhando grandes proporções, quando inesperadamente a porta do quarto se abre e Mariana surge com uma expressão assustada...
Fim do capítulo
Ei meninas... um capítulo grande para vocês. ;)
Como farei uma viagem hoje e só retornarei no domingo a noite, no fim de semana não haverá postagem, mas logo na segunda-feira eu volto com mais.
Comentem bastante, pois essa interação tá muito bacana... eu aprecio muito. Vi que já tem leitoras engatando um diálogo por aqui... Isso mesmo, tô gostando de ver, rsrs
Obrigada pelo carinho de sempre!!
Beijos
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mtereza
Em: 25/09/2015
Que capitulo foi esse Gi perfeito
envolvente intenso amei agora sim a Chiara mostrou que é humana e que esta lutando pelo amor da Mari que por sua vez finalmente não escondeu as suas magoas,raivas e frustrações com relação as atitudes de Clara que por sua vez parece em fim ter compreendido o quanto foi egoísta o seu comportamento com certeza esse capitulo colocou as três em situações limites e acho que a parti daí terão que rever muitas coisas sei que vc ainda nos reserva muitas emoções surpresas nessa sua historia Gi eu quero deixar registrado que apesar de gostar da Chiara eu sou da torcida fanática do casal MariClara bjs e
E nesse momento complicado de retrocesso no pais para não esquecermos que famílias são aquelas aonde existe amor e respeito 
Resposta do autor:
Ei Mtereza,
Obrigada, que bom que gostou. A Chiara se mostrou mais humana agora, não é mesmo? rs... Realmente esse capítulo colocou nossas personagens em situações decisivas, limitrofes. Ambas escancararam seus sentimentos e agora precisam saber a que caminho essas revelações as conduzirá. Certamente não serão caminhos iguais, mas o que importa nessa caminhada é a descoberta de si... acho que isso tem acontecido para todas.
Ah, adorei isso! Em meio a um período de retrocesso, vamos semear o amor e nossas opiniões mais convictas sobre o verdadeiro significado de família. Se há amor, doação, cuido e carinho, ali já tem um ambiente propício para se constituir essa instituição tão antiga e fundamental na vida de qualquer pessoa.
Muito obrigada, minha querida
Beijos!
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Glaucia
Em: 25/09/2015
Oi Gio tudo bem sim e com vc?Espero que sim!!
Eita Jesus para esse mundo que eu quero descer de preferência lá na Itália só pra entregar a Clara um cd do Pablo porque em matéria de sofrencia a Clara já passou com louvor kkkkk.
Cá estou eu a me perguntar :Até que ponto devemos sofrer por amor?Devemos nos entregar com se fosse um salto na escuridão sabendo que pode ter ou não fim?Perguntas difeceis essas pois o Amor não tem hora marcada pra chegar e muito menos ir embora ele simplesmente chega e se apossa dos sentidos nos fazendo seus reféns.
Clara acordou pra vida em tuodo bem que foi do mais jeito Pablo de ser na sofrencia .Ouvir tudo o que a Mari falou(eita nessa hora chorei largada.kkkk)não foi fácil e ainda mais calada nossa foi dolorido (até eu que to de fora senti a dor.kkkk)
E Mari em palmas pra vc que finalmente se colocou em primeiro lugar ne.Disse tudo que tava entalado na garganta(eita que é mais fácil brigar com um Leão do que ouvir palavras de uma mulher magoada ela acaba te deixando magoado duas vezes por vc é por ela.kkkk)Mas eis que Mari que reclamava do jeito de Clara de fugir dos problemas que resolveu fazer igual ne foi logo pra onde pra toca da raposa.Chiara minha filha vc deveria fazer um filme tipo O lobo em pele de cordeiro ou Essa alma quer reza.Mari abre teu olho quando a esmola e de mais o Santo desconfia (se em terra de cego quem tem um olho e rei imagina quem não tem os dois faz oque?nada me gente continua cego.kkkkk)Chiara te admirei tanto no outro capítulo enchi tanto tua bola e vc me vem na hora falar pra Clara que já ficou com a Mari (gente para tudo não dar vontade de chamar a Nazaré Tedesco pra ela.kkkk)e ainda tem a pachorra de falar que não fez sentido nenhum pra Mari (affff nessa hora morri com a faca da cozinha sem ponta.kkkkk)foi demais pra minha pessoa pra vc agora (só lamento.kkk).Eita conversinha pra boi dormi não acho melhor dizer ela taco foi de pau no coitado do boi.kkkkk
E por fim no meio de tudo quando eu achando que a Mari ia entrar no quarto e gritar olha a faca entra nossa digníssima Autora Giovanna Franchinni com um letreiro "assistam as cenas dos próximos capitulo é pra matar um de infarto ne não.kkkkkkk
Gio minha querida parabéns por mais um maravilhoso capítulo e ansiosa para o próximo vamos que vamos.Beijos uma boa viagem que Deus e os anjos te levem e te tragam na paz🙏😘
Resposta do autor:
Ei Glaucia! Estou muito bem e vc?
kkkkk, quanta sofrência gente!
Minha querida, essas são perguntas de difícil resposta, pois nunca sabemos se iremos sofrer quando nos lançamos em uma relação, logo, não dá para deixar de viver por medo. Creio que o amor por si só é um salto na escuridão, ecuridão essa que se desfaz logo que passamos a viver esse sentimento. Talvez seja tão breve e instantâneo quanto um relâmpago ou tão demorado e sólido quanto uma vida bem vivida. Creio que vc repondeu essas questões muito bem, como sempre.
Pois é, Clara acordou para a vida depois que ela lhe deu um sacode, rs, infelizmente foi do jeito mais doloroso, mas como culpa-la por isso? Temos a plena certeza de que ninguém deseja sofrer nessa vida, logo, a Clarinha não teve controle de suas próprias decisões. Já a Mari, sempre foi muito paciente, porém, quando uma pessoa está sob o efeito da mágoa, ela fica irreconhecível. Resta saber até quando essa mágoa perdurará... será que ela irá acabar?
Kkkkkk, gente, mas vcs estão com uma imagem da Chiara que tô achando tão curioso.. kkkkk, loba em pele de cordeiro foi ótimo! Na verdade ri de tudo o que vc escreveu sobre ela, hilário!!
Pois é, tenho essa mania de terminar o capítulo nessas partes tensas, rsrs... Mas sei que você já leu o outro que postei, então tá tudo certo, não é? rs
Muito obrigada, minha querida, adoro seus comentários.
Um beijo, minha viagem foi ótima... desejo muita paz para vc também!
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Gabi_G
Em: 25/09/2015
Mais um capítulo que faz doer o coração, meu Deeeeeeeuuuuus!!!!! Quando a Mari diz tudo aquilo para a Clara, quem ficou com nó na garganta fui eu!!!! Mari está bastante magoada com a Clara, pela inércia e egoísmo dela em relação ao relacionamento que elas tinham, porém maior que qualquer mágoa que possa existir, o tempo irá fazer com que o coração da Mari seja tocado, afinal ela sempre amou com todas as forças a Clara.
Confesso que apesar de todas as demonstrações da Chiara de maturidade e tranquilidade, eu não sou fã dela, até porque adoro a Mari e Clara, não a Mari e a Chiara!!!!! rsrs
Que chegue segunda-feira logo para ver o que a Mari irá dizer sobre a discussão de Clara e Chiara, apesar de desconfiar que irei continuar com esse nó na garganta!!!! Gi não me faça sofrer tanto assiiiim!!!! rsrsrsrsrs
Até brave!
Resposta do autor:
Olá Gabi,
Ah, tá meio sofrido mesmo né? Mas, nós já sabíamos que não seria fácil para a Clara reconquistar a confiança e o amor da Mari... ela falou muita coisa para a Clara e realmente foi doloroso para a morena escutar tudo aquilo, tanto que ela nem conseguiu falar nada.
Acredito que o tempo pode curar tudo mesmo e também nos faz enxergar as mudanças que são necessárias para que a vida seja plena e feliz... essas mudanças são, na maioria das vezes, interiores.
Não é fã da Chiara? rsrs, pq será que isso não me surpreende mais? rs
Estou respondendo os comentários bem atrasada né, rs a segunda já passou e já postei... acho que até tem outro comentário seu lá no início, rs
Beijinhos, obrigada!
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Taili
Em: 25/09/2015
Perfeição define esse capítulo... Gente o que é a chiara? Ela é perfeita demais, uma mulher dessa só existe na cabeça da Gi. Amei
Resposta do autor:
Ei Taili,
Ah, que bom que gostou
Olha só, acha a Chiara perfeita? rsrs... vc tá correndo o risco de apanhar de algumas leitoras por aqui, rsrs
Beijinhos, obrigada, viu!
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paty souza
Em: 25/09/2015
Na moral? como falam aki no meu nordeste!
PENSE NUMA SOFRENCIA FILA DA PUTA!!!! #DALIPABLO!
chega deu uma dor "no pa se aquetar" que fui ler de novo que a mari deu na clara! Era melhor que fosse um tabefe!
Isso só pode ser um ataque kamikazi!!! Na rua e no barraco!
A mulher sair pra esparecer levar um "encontrão" volta do choque de realidade resolvi botar o juizo no lugar quando pensa: " tou de boa" quando sai do barraco de novo pra passar no correi de quarto.... tabefe de novo!! Clara filhinha da mamãe!!!! Se é pra continuar vivendo assim... é melhor pedir pra Deus levar! liga que sou meia doida...ou toda sei lá!
Assim falamos na minha terra "Recife"
#SOFRENCIA
Resposta do autor:
Olá Paty,
Gente, tá tão sofrido assim? rsrs... poxa, pensei que tivesse bem tranquilo e light, nem pesei tanto assim a mão no drama, rs
Kkkkkkk, Pablo é sacanagem!
Pois é, a Mari falou muita coisa, falou tudo o que já estava dentro dela sem que a mesma percebesse, pois sempre se colocou em segundo plano. Por tanto, essa etapa é importante para ambas, pois do outro lado encontramos uma Clara percebendo seus próprios defeitos. A fala da Mari foi fundamental para que a Clara percebesse isso e, por mais que ela não assuma, a fala da Chiara também. Mas, de fato foram "tabefes", como diz vc, rsrs
Tudo bem, vou concordar... é muita sofrência, rs
Beijos, obrigada!
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Mari
Em: 25/09/2015
Até o meu coração doeu com as palavras da Mari. Realmente, a morena foi egoísta e imatura durante todo o decorrer da estória, mas também não foi fácil pra ela se assumir, ter de enfrentar o preconceito alheio e, pior, o seu próprio. Ela foi mudando ao longo do tempo com as experiências vividas. Não dá pra exigir dela o mesmo comportamento da Mari. Aliás, é esta agora que está se deixando levar pela mágoa e metendo os pés pelas mãos ao envolver a Chiara em seu relacionamento, esquecendo-se dos sentimentos da italiana. Acho que o melhor que Clara tem a fazer é conversar definitivamente com Mari, reconhecer seus erros e deixá-la livre para escolher (amar também é, por mais que isso doa, deixar o outro ir). Talvez a ausência da morena é o que Mari precise para se decidir. E espero que ela se decida por Clara.
Resposta do autor:
Ei Mari,
Pois é, sua xará falou tudo o que estava entalado durante o tempo em que ficaram longe. A Clara foi muito egoísta sim e a Mari se magoou bastante por saber que todo seu sofrimento fora causado por esse egoísmo e orgulho da Clara, por outro lado, como não compreender as atitudes da morena? Ela vivia cercada de pessoas preconceituosas, fora rejeitada pela irmã, tem pais muito religiosos... nada estava à seu favor. Por isso, agora nos resta torcer para que a Mari volte a ser a pessoa receptiva de antes e consiga enxergar tudo isso, consiga perceber que a Clara está mudando por ela.
Vamos ver o que acontecerá nos próximos capítulos.
Obrigada, minha querida. Beijos
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Anabela N
Em: 24/09/2015
Oi Gi, que capitulo foi esse? Nossa me emocionei comuna dornda Clara, a Mari está mto fechada ao perdão. Acho que ela tirou o chão da Clarinha. Mas a Mari ta certa, a Clara precisa sair um pouco de si olhar mais para a Mari, o amor é assim e já vejo uma Clara mudada... Essa sim reconquistara o amor da loirinha.
Amando tudo, vc tem esse jeito preocupado com a realidade que sempre aparece em sua escrita. Fantástico! Uma lição pra gente. Bjosssss
Resposta do autor:
Ei Anabela,
Foi um capítulo bem difícil para as leitoras que gostam da Clara e que desejam que ela seja perdoada pela Mari. Realmente as palavras da loirinha lhe tiraram o chão, mas ela precisa colocar para fora todos esses sentimentos, isso fará com que a Clara olha mais para si mesma. Vamos torcer para que essa nova Clara consiga resgatar o amor da Mari.
Ah, muito obrigada, minha querida, e muito bom ler isso!
Beijos!
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Hanna Stark
Em: 24/09/2015
Giovanna Franchinni!!! Quando que a senhorita vai parar de terminar os capítulos desse jeito??? Quer matar suas leitoras mesmo, só pode, Kkkkkkkkkkkkk. Meu menino Jesus! Quantas emoções, nossa que do da Clara, essa doeu mto, tirou o chão dela. E a Chiara????? Mas oi??? Como assim ela resolve falar tudo aquilo pra Clara, nossa foi de cortar o coração. Mas ela realmente é mto egoísta, precisa aprender nemnque seja no sofrimento. Ah Gi, vc tem um dom incrível, não é só pela história mas tb pela forma como escreve. Parabéns linda
Resposta do autor:
Ei Hanna,
Parar os capítulo como?? No final? kkkkkk
Ah, imagina, não quero matá-las, apenas quero deixar o suspense no ar, rs. Pois é, as palavras da Mari foram como facas no peito da Clarinha e para piorar a Chiara também resolve falar poucas e boas para ela... definitivamente não tá fácil a situação. Contudo, tudo isso fará com que a Clara perceba seus defeitos e deseje fervorosamente mudar para ter a Mari de volta.
Ô meu bem, obrigada viu! Fico muito feliz em ler isso.
Beijos
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Bianca Whrit
Em: 24/09/2015
Falta de educação minha não comprimentar a leitora Flora. Obrigada por citar meu nome, tb adoro seus comentários é mto bom mesmo essa trocaa entre as leitoras. Um beijo e vamos conversar mais sim.
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Bianca Whrit
Em: 24/09/2015
Giiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiooooooooo do céu!!!
Capítulo cheio de emoções, aii coitada da Clara, chorei! E a Chiara gente!!! Colocando as asinhas de fora, por essa eu não esperava, mas ela tb não tem sangue de barata né kkkkkkk
Vc se supera sempre. Amo!
Resposta do autor:
Olá Bia,
Muitas emoções, né... pois é, não foi fácil para a Clara ouvir tudo aquilo pela boca da Mari.
Kkkkk, sim, a Chiara não tem sangue de barata, não mesmo.
Ah, obrigada, meu bem.
Beijinhos
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Maria Lua
Em: 24/09/2015
Nossa adoro sua escrita...tenho ate q parar de ler em certos momentos para não passar do ponto na emoção... lendo no escritório rsrsrsr... bjs Escritora.
Resposta do autor:
Olá, meu bem!
Ah, que adorável! Muito obrigada, fico feliz em saber que estou conseguindo lhe emocionar. Ah, rsrs... ler no escritório pode ser bem tenso mesmo, rs
Beijos Maria Lua!
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gleice
Em: 24/09/2015
Gi...adorei o capítulo, bem triste, dramático, passei por uma situação parecida e entendo a Clara, não é fácil uma pessoa orgulhosa reconhecer e aceitar os erros...porém ela está passando por um "mal necessário", mais sei que como ainda existe amor entre as duas sei que irá ficar tudo bem...torço demais pela felicidade delas, sei que Chiara nesse momento vem pra atrapalhar e quem faça até fazer Clara enxergar seus erros.....esse capítulo foi de bastante reflexão!!!! Gi parabéns...um enooorme bjo!
Resposta do autor:
Ei Gleice,
Que bom que gostou do capítulo. Realmente foi bem triste, com toques de dramas, ou não seria a Giovanna escrevendo, rs. É mesmo, passou por algo parecido? Quando uma pessoa é orgulhosa, os erros não são aceitos tão facilmente, fato! Mas, conforme vc disse, tudo o que ela está passando é necessário e lhe ajudará a se tornar uma pessoa melhor.
A Chiara, sem dúvida, está contribuindo para uma mudança da Clara, mesmo que ambas não percebam isso.
Muito obrigada, minha querida. Um beijo
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jake
Em: 24/09/2015
Nossaaa parou logo agora GI,voce quer me matar de ansiedade.?Bom adorei a postura da mari ao dizer que a clara soh pensava exclusivamente nela mesma...desde que chiara apareceu sempre torci por ela ...pq mesmo gostando da mari ela sempre pensou na felicidade da mari estando do seu lado ou nao,enfim vamos veh oque acontecera agora com a. Chegada da mari....
Resposta do autor:
Ei Jake!
Não parei a história em um bom momento? Nem percebi isso, rsrs... Aguenta a ansiedade, pois logo a história chegará ao fim.
Pois é, a Mari colocou para fora tudo o que lhe incomodava e isso foi fundamental no processo de percepção e reconstrução da Clara.
Que bom que gosta da italiana... ela anda meio odiada por aqui, rsrs
Beijos, obrigada!
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preguicella
Em: 24/09/2015
Passada com esse capítulo! Aff, que sofrimento, delas e nosso por termos que esperar os próximos capítulos! hahaha
Vcs escritoras, tiraram o dia pra testar meus nervos e meu coração!
Ah tô começando a ficar com raiva dessa Chiara viu! E a Clara, precisa de um se liga e mostrar que realmente quer a felicidade da Mari, por várias vezes tive vontade de eu mesma dar um acode nela, mas essa Chiara se metendo tá dando raiva, até pq a gente nem sabe se ela é isso tudo aí não viu!
Bjão e boa viagem né! Espero que segunda venha com um capítulo bem grandinho viu! 😜
Resposta do autor:
Olá, minha querida!
Passada? rsrs... Nossa, é muito sofrimento, não é mesmo? Será que essa autora gosta tanto assim de um drama? rs
Nós tiramos o dia para testar seus nervos? kkkkkkk, imagina, é impressão sua!
Ô gente, fica com raiva da italiana não... ela apenas está lutando pelo que acha que deve. Ela gosta da Mari e pensou que a história com a Clara já estivesse terminada. Mas, tô achando mto engraçado essa revolta toda com ela, kkkkkk. Adoro ler tantos comentários variados, rs
Muito obrigada, viu! Pois é, já teve capítulo novo... esse foi tão grande que valeu por dois né? rs
Beijos
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Mille
Em: 24/09/2015
A Clara segurou para não chorar na frente da Mari mais eu não consegui.
Ah pegar traíra quer dizer cochilar. Coisa de cearense.
Aí essas duas brigando por Mari, mais acho que a Clara tem que admitir não só para a Mari que é egoísta e orgulhosa e deixar ela escolher a felicidade dela. Nem que seja preciso voltar para o Brasil sozinha, se for para elas reatar o tempo dirá.
Bjus e ótima viagem já contando para a semana passar ligeiro.
Resposta do autor:
Ei Mille,
ô gente, chorou no capítulo? Acho que para uma escritora é gratificante ler isso... sinal de que os sentimentos estão sendo bem descritos, por isso, fico feliz em saber, rs
Ah, kkkkk, então pegar traíra é cochilar? Adoro essas expressões regionais, rs.. Tô precisando pegar uma traíra então, kkkkk
Sim, as duas brigando pela Mari, que loucura, né? Acho que nem a Clara nem a Chiara pensaram em passar por isso, muito menos a Mari. Bem, vamos ver o que acontecerá a seguir.
Obrigada, minha querida!
Beijos
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Sem cadastro
Em: 24/09/2015
Complicado para Clara. Acho que ela deve voltar ao Brasil e deixar a mágoa da Mari passar. Se Mari está assim é única e exclusivamente por culpa da Clara, então recua e pensa em uma nova estratégia
Essa Chiara é um pé no saco. Fica se metendo aonde não é chamada. Fica se fazendo de compreensível e se mostrando adulta para encantar a Mari. Sai fora italiana, vai procurar sua portuguesa outra vez...kkkk
Agora é esperar ansiosamente segunda-feira chegar para ver o que a Clara vai fazer, pois é lógico que a Mari vai falar que não quer mais voltar para ela.
Resposta do autor:
Olá Pietra,
Sim, as coisas estão bem complicadas para a Clara... ela já percebeu que não tem muito mais o que fazer, pois a decisão cabe a Mari. Mas esse processo foi fundamental para que ela se reconstruísse.
Kkkkkk, a Chiara é um pé no saco? Tô impressionada como fiz vcs irem de um extremo a outro: amando a Chiara e a odiando, hahaha, tadinha da italiana.
Já postei né, estou atrasada nas respostas, mas vamos ver o que acontecerá.
Beijos, obrigada!
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Cah_Carvalho
Em: 24/09/2015
Giii, que emoção esta a historia!!
Aguardo até segunda e boa viagem!!
Beijos!
Resposta do autor:
Olá Cah,
Muitas emoções, não é mesmo? rs
Obrigada, minha querida!
Beijos!
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