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Srta Matsuzaki por EmiAlfena

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Palavras: 2159
Acessos: 207   |  Postado em: 15/11/2025

Capítulo 6 - Dez Anos de Dados

Depois de uma pausa no refeitório, onde Mizuki tentou em vão encontrar um espaço de calma para respirar e organizar seus pensamentos, ela olhava ao redor, observando os funcionários que conversavam e lanchavam. O ambiente era preenchido por um burburinho constante de conversas paralelas e risadas esporádicas. Ela tentou, sem muito sucesso, passar despercebida, mas sua figura imponente e o status de diretora a tornavam um alvo de curiosidade. Alguns funcionários que já haviam cruzado com ela pelos corredores paravam para cumprimentá-la, com um misto de respeito e apreensão em seus olhos.

“Não vou conseguir investigar como costumo fazer, já chamo atenção demais só por ser a Diretora aqui”, pensou Mizuki, uma pontada de frustração a atingindo. A discrição, que normalmente era uma ferramenta crucial em suas investigações anteriores, parecia ser um luxo inalcançável naquele ambiente.

Ela voltou para sua sala, que agora estava irreconhecível. Caixas e mais caixas de documentos, resultado de suas solicitações, abarrotavam o espaço. Mizuki imaginava que seriam várias, claro, mas a quantidade real ultrapassava em muito qualquer expectativa. Havia caixas em todos os cantos, pilhas instáveis que formavam uma verdadeira montanha de papel. Mizuki precisou manobrar, quase escalando por cima de algumas delas, para conseguir alcançar sua mesa, onde o brilho frio da tela de seu notebook a aguardava.

Em seu notebook, ela redigiu um relatório detalhado para seu pai, informando suas últimas movimentações e no fim o item mais crucial de todos, uma solicitação de ajuste no cronograma das reuniões. Argumentou que, para que pudesse avançar nas investigações de forma eficaz, precisaria de tempo para revisar todo aquele material. Seu plano era meticuloso: mergulhar nos registros, encontrar a raiz do problema da filial, descobrir para onde o dinheiro estava sumindo ou, se fosse o caso, o motivo para a falta de lucro. Ao olhar para as caixas que a cercavam, Mizuki sentiu uma leve vertigem, talvez pela quantidade esmagadora de trabalho à sua frente, ou talvez pelo cheiro de mofo que emanava daqueles arquivos antigos.

Olhou para o relógio em seu pulso: eram quase seis da tarde. Mais uma vez, Mizuki parecia ser a última pessoa ainda trabalhando no prédio. Organizou suas coisas, e em um impulso de otimismo teimoso, decidiu levar uma das caixas com ela para o hotel, na esperança de conseguir verificar alguns documentos durante a noite.

Andou pelos corredores que agora estavam vazios e silenciosos, a maioria das salas com as luzes apagadas. Apenas uma delas ainda emitia um brilho tênue. Ao se aproximar da origem da luz, Mizuki percebeu que era a sala do C.A.P. Um calafrio percorreu seu corpo ao imaginar que poderia ser Lucrécia trabalhando até ‘tarde’ – uma imagem que lhe dava arrepios.

Porém, ao passar pela porta entreaberta da sala, Mizuki notou que a figura debruçada sobre o teclado era a jovem em quem havia esbarrado perto da rodoviária. A moça estava completamente concentrada, os olhos fixos na tela. Mizuki observou que o computador que a jovem usava era um modelo extremamente antigo, uma relíquia tecnológica que facilmente poderia fazer parte de uma exposição de eletrônicos em um museu.

Achou mais sensato não interromper a concentração da moça e seguiu seu caminho até o estacionamento. Dirigiu pelas ruas já escuras da cidade até o hotel onde estava hospedada. Subiu as escadas até o quarto, a caixa com documentos pesando em seus braços. Deixou-a em um dos tapetes no chão, sentindo o alívio imediato de liberar o peso. Tratou de tirar os sapatos de salto, um luxo que era totalmente bem-vindo após um dia tão desgastante. Em seguida, enviou mensagens para a recepção do hotel, pedindo algo para comer. Observou as opções no menu e, para sua surpresa, o único prato conhecido era ‘hot dog’.

Tomou um banho morno para relaxar, sentindo a água quente aliviar a tensão de seus músculos, enquanto aguardava seu lanche noturno. Depois, sentou-se no chão, perto da cama, e começou a retirar os papéis da caixa, uma tarefa que revelava o caos da organização. Seu estômago teria revirado em piruetas se tivesse qualquer tipo de alimento dentro dele naquele momento, tamanha a desorganização.

“Como pode estar tão bagunçado, nenhum desses documentos estão organizados”, murmurou para si mesma, a voz um sussurro incrédulo. A situação, que já era arriscadamente desafiadora, passou a beirar a loucura. Seu desejo mais profundo naquele momento era simplesmente fechar o lugar e começar tudo de novo. “Como as pessoas desse lugar ainda estão trabalhando? Como meu pai deixou isso chegar a esse ponto?”, a frustração borbulhava em seu interior.

TOC TOC TOC

— Serviço de quarto! — A voz do funcionário anunciou, tirando Mizuki de seus devaneios.

Um Hot Dog havia sido entregue em seu quarto, mas não era nada parecido com qualquer um dos hot dogs que Mizuki havia comido em toda a sua vida. Acostumada a um pão com uma salsicha, o prato que estava em suas mãos era uma montanha de recheios: purê de batatas, milho e ervilha, uma generosa porção de queijo ralado, batata palha crocante e uma profusão de molhos, incluindo ketch*p, maionese e mostarda. Mizuki encarou o grande lanche em suas mãos, que agora pareciam as de uma criança segurando um sanduíche gigantesco.

“Mas eu sou uma Kodama, posso dar conta de qualquer desafio”, pensou, mesmo que o desafio em questão fosse apenas um lanche bem maior do que sua fome. Alguns minutos depois e várias e várias mordidas, Mizuki se sentiu completamente vencida.

“As comidas nesse país são enormes. Não consigo comer nem mais um pedaço”, ela admitiu, exausta. A pilha de papéis na sua frente parecia ainda mais intimidante, e a concentração para analisá-los se esvaiu. Havia planejado trabalhar até tarde revisando suas anotações, mas o cansaço e a estranheza do dia cobraram seu preço. Cinco minutos depois de ter pegado seu caderno de anotações, Mizuki pegou no sono, a caixa de documentos ainda aberta ao lado dela.

—xxx—

Assim que entregou seu relatório, Mizuki conseguiu um acordo com o Senhor Kodama. A partir de agora, teriam uma reunião semanal, acompanhada de um relatório detalhado das ações realizadas e do cronograma para a semana seguinte. Uma forma de manter o controle apertado que ele tanto prezava com um certo ajuste que ela precisava. Durante a semana que se seguiu, Mizuki se manteve reclusa em sua sala, o foco inabalável em sua missão. Chegava antes de todos os funcionários, com a neblina matinal ainda pairando sobre o estacionamento, e saía cada dia mais tarde da noite, com a escuridão já profunda lá fora. Sua rotina era um ciclo de organização das caixas de arquivos que abarrotavam sua sala e a preparação minuciosa de seu relatório semanal. Nesse processo, ela passou a observar os funcionários pelas câmeras de segurança, aquela era uma janela indiscreta para a rotina da filial.

Com essa observação atenta, Mizuki confirmou suas suspeitas: a maioria dos funcionários parecia não se importar em seguir o horário. Entradas atrasadas, saídas antecipadas, pausas para almoço e lanches estendidas além do razoável – tudo era um testemunho da falta de disciplina. No entanto, em meio a essas observações desanimadoras, um ponto de luz se destacava: a jovem estagiária. Mizuki agora sabia que se tratava dela, a mesma moça que esbarrou na rodoviária. Ela costumava ser a primeira a chegar, com suas roupas surradas ela ia até o banheiro, onde se arrumava e sempre trabalhava até o fim do horário quando novamente se trocava e saia apressada, um contraste gritante com seus colegas de setor.

A vontade de demitir muitos daqueles funcionários crescia a cada dia, transformando-se em um desejo quase incontrolável. Mizuki sonhava em trazer equipes inteiras diretamente de Tóquio, profissionais treinados e eficientes que pudessem sanar a ineficiência que a cercava. Mas, mesmo fazendo essa solicitação, a equipe estratégica da unidade principal de Recursos Humanos na matriz não autorizou tal ação.

“Mas eles nem mesmo analisaram a proposta. Seria infinitamente mais fácil resolver os problemas desse lugar”, Mizuki pensou, a frustração evidente em seu semblante. O entrave burocrático parecia adicionar mais uma camada de dificuldade a uma situação já complexa.

A montanha de caixas em sua sala estava se tornando um obstáculo físico e mental, atrapalhando seu raciocínio. Mizuki precisava se livrar delas, ou melhor, precisava que o conteúdo delas fosse devidamente registrado. Solicitou então que Lúcia chamasse a gerente do C.A.P. Mesmo achando aquela mulher extremamente desagradável, a diretora precisava de mão de obra para lançar todos aqueles dados no sistema.

Assim que a Gerente Lucrécia entrou, Mizuki indicou a poltrona à frente da sua para que ela se sentasse. Lucrécia, com sua maquiagem carregada, que parecia uma tentativa desesperada de cobrir as marcas de uma vida inteira, e seu conjunto rosa de veludo dos anos 80, exalava uma aura de descompromisso que Mizuki mal podia suportar. Um pequeno colar de pérolas e uma pulseira combinando completavam o visual de alguém que parecia ter acabado de sair de uma máquina do tempo, completamente alheia à realidade corporativa moderna.

— Oi AMIGAAA, mandou me chamarem? — com seu tom de voz bem mais elevado do que qualquer outro ser humano falando normalmente, disse a gerente, ainda que Mizuki tivesse quase idade para ser sua filha. O tratamento informal e a voz estridente eram um verdadeiro suplício para Mizuki, que valorizava a formalidade e a contenção.

Ainda que não se sentisse confiante o suficiente para falar português fluentemente, Mizuki vinha se preparando e já estava compreendendo grande parte do que as pessoas ao seu redor diziam. Apertou o enter em seu computador, que começou a falar seu texto de forma robótica, a voz sintética ecoando na sala.

— Senhora Lucrécia, gostaria de confiar a você e seu setor uma tarefa importantíssima. Nos últimos dias, me empenhei em analisar o que preciso com base nos documentos que deixou em minha sala. Porém, o presidente, o Senhor Kodama, me solicitou pessoalmente que ampliemos o histórico em nosso sistema, assim como está sendo feito com o setor de Patrimônio. Por esse motivo, sei que você irá liderar sua equipe de forma incansável para que estejamos com todos esses dados no sistema até a nossa próxima reunião de gerentes, que agendei para daqui duas semanas.

Lucrécia ficou visivelmente tensa na poltrona, e perguntou com a voz trêmula:

— Certo, Certo. Mas amiga, realmente acho que duas semanas é um prazo bastante apertado para conseguirmos lançar os dados do último ano. Mas estou confiante de que será possível até o fim do mês. — Ela tentou barganhar, sem sucesso.

Mizuki pegou seu notebook e começou a digitar a resposta, o som das teclas preenchendo o breve silêncio.

— Primeiramente, Senhora Lucrécia, peço que me chame pelo nome, afinal estamos em um ambiente de trabalho. Acredito que a senhora não compreendeu corretamente minha solicitação. Vê todas essas caixas em minha sala? Elas contêm o histórico geral da empresa dos dez anos desde sua fundação nesta cidade. Esse é o histórico que precisa estar no sistema.

A supervisora olhou ao redor, os olhos arregalados, e empalideceu com a quantidade de trabalho que acabara de receber. Tentava com todas as forças manter a compostura, mas o choque era visível.

— Entendo, Senhora Matsuzaki. Com todo respeito, senhora, mas é uma tarefa impossível com o prazo que a senhora nos deu. Se ao menos nos desse até o fim do ano, talvez… — Lucrécia tentou argumentar, a voz embargada pelo desespero.

Novamente, após Mizuki digitar em seu teclado, uma voz robótica preencheu a sala, cortando as desculpas de Lucrécia.

— Uma tarefa impossível você diz. Porém nem ao menos tentou realizá-la. Estava disposta a estender o prazo caso não conseguissem, porém creio que com essa atitude, nem que eu lhes desse um ano inteiro, o trabalho não seria feito. 

"Em uma análise rápida é fato que o ritmo de trabalho aqui é lento, mesmo que eles entreguem para a matriz tudo em tempo hábil, porém os processos secundários não são feitos nessa unidade, por isso acumularam dez anos. O setor tem vinte funcionários. Se dividirem duas pessoas para lançar um ano, cada pessoa precisaria lançar seis meses de trans*ções. Para dar entrada em uma trans*ção leva cerca de um a dois minutos para digitar os dados e salvar. Considerando uma média de trinta entradas em cada mês, uma pessoa gastaria uma hora para cada mês, seriam então seis horas para cada pessoa lançar sua parte. Se essa mulher realmente estivesse disposta a fazer o trabalho, ela conseguiria em uma tarde. Eu estou cercada de incompetentes."

— Vocês têm exatamente duas semanas para finalizar o trabalho. Um ano de dados lançados por dia é bem mais do que o suficiente para sua equipe. E além disso, passarei em seu setor na semana que vem para receber atualizações do progresso. Está dispensada.”

Lucrécia pensou por um segundo em argumentar, a boca se abrindo e fechando sem som, mas a determinação de Mizuki era inquebrável. Ela apenas se levantou, bufando em frustração, e saiu da sala, a derrota estampada em seu rosto.


Fim do capítulo

Notas finais:

E ai meu povo, tudo certo com vocês?

Mais um capítulo que eu espero que vocês gostem afinal a nossa diva Mizuki tá que tá.

Pra quem já me segue no insta @emi_alfena o meu muito obrigada.

Pra quem não me segue, dá um pulinho lá pra conhecer os conteudos exclusivos da história.

Isso é tudo por hoje, segurem o coração que amanhã tem mais.


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Comentários para 7 - Capítulo 6 - Dez Anos de Dados:
Jsilva
Jsilva

Em: 15/11/2025

Caiu de boca no dogão né kkk  imagina ela saber das deliciias caseiras de Minas? Tô anciosa para ver a Ana junto a toda poderosa dos olhos puxados  trabalhando juntas ?? vem CAPS novo!


EmiAlfena

EmiAlfena Em: 15/11/2025 Autora da história
Se tem uma coisa que não tem na comida brasileira é limite... Tô ansiosa pra ver o casal junto também!



EmiAlfena

EmiAlfena Em: 15/11/2025 Autora da história
Se tem uma coisa que não tem na comida brasileira é limite... Tô ansiosa pra ver o casal junto também!


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