Marcas Profundas
Rua Visconde de Pirajá — Ipiranga — 16h28
O beijo parecia durar uma eternidade no espaço apertado do carro. Valentina estava em choque sensorial. Seu corpo inteiro parecia ter sido reconfigurado. Nunca tinha beijado assim, nunca soubera que a boca poderia ser um mapa tão detalhado de sensações. O calor, a umidade, a pressão… era avassalador.
Instintivamente, movida pela necessidade de retomar o controle sobre um corpo que parecia não obedecê-la mais, tentou encerrar o contato, pressionando os lábios firmemente juntos, tentando criar uma barreira final, um gesto mudo de "chega".
Verena sentiu a inexperiência imediata, mas não se frustrou, ao contrário, sentiu uma onda de ternura e desejo protetor. Ela desacelerou a própria ação, transformando a intensidade em foco. Não forçou a língua. Em vez disso, usou a sua própria para guiar, traçando os contornos da boca de Valentina com lentidão, acariciando suavemente a língua imóvel da jovem, como se a ensinasse o ritmo no calor do momento.
Valentina apenas segurou-se mais forte na camisa de Verena, os olhos ainda fechados, permitindo-se ser guiada pela boca experiente, absorvendo a lição sem saber como responder além de tremer e ofegar no espaço entre os beijos.
O beijo profundo foi interrompido pela necessidade de respirar. A deputada, contudo, estava longe de querer parar. O álcool e a adrenalina das últimas horas haviam despertado um desejo que ela não conseguia simplesmente desligar. Mas não avançou para um novo beijo. Em vez disso, Verena manteve a mão na nuca de Valentina, segurando-a gentilmente no lugar.
Com a boca ainda muito próxima, começou a aplicar uma série de selinhos rápidos e insistentes. Eram beijos curtos, superficiais, mas cheios de uma fome reprimida. Não eram leves, eram urgentes. Lábio contra lábio, sem a língua, apenas pressão repetida, rápida, como se estivesse tentando memorizar a textura da boca da garota através daqueles toques rápidos e constantes.
Cada toque era uma afirmação: Eu quero isso. Eu quero você.
Valentina sentiu-se incapaz de reagir, paralisada entre a confusão e a onda de calor que os toques insistentes causavam. Ela podia sentir a respiração quente de Verena a cada afastamento mínimo, a promessa de mais profundidade a cada novo contato rápido. Era um desejo cru, quase infantil na sua repetição, mas devastadoramente sensual pela intensidade por trás dele.
Verena pressionou mais um selinho, demorando um pouco mais neste, sua boca movendo-se lentamente sobre a de Valentina, transmitindo toda a sua ânsia. Era um convite constante, uma tortura deliciosa, incendiada agora pelas palavras quentes ditas entre os beijos.
— Você é... uma delícia. — A voz era um sussurro rouco, quase inaudível, mas cada sílaba vibrava contra a boca de Valentina.
Valentina estremeceu sob a vibração, seus próprios lábios incapazes de formular uma resposta coerente.
— Eu te quero, Valentina. Eu te quero tanto.
O coração da jovem parecia querer saltar do peito. Ouvir aquelas palavras vindas daquela boca, naquele momento, era quase demais para sua inexperiência. Ela se agarrou ao tecido da camisa de Verena, a única coisa sólida no meio daquela vertigem.
Verena se afastou por um milésimo de segundo, apenas para olhar nos olhos arregalados dela, e então voltou com um foco renovado.
— Eu te desejo. — Confessou, a voz quase inaudível, mas carregada de uma intensidade que prometia tudo. O selinho seguinte foi mais longo, os lábios se pressionando com mais peso, um convite desesperado para que Valentina cedesse novamente ao contato.
Verena podia sentir a rigidez inicial da jovem se dissolver sob o bombardeio tátil. O corpo da menina, antes tenso contra a porta, começava a ceder, a se curvar levemente em direção a ela. O arfar baixo e confuso dela era música para os ouvidos de Verena, um sinal claro de que a resistência estava caindo.
A mulher continuou os toques rápidos, mas agora com uma intenção mais profunda por trás de cada contato labial. Ela via a luta nos olhos de Valentina – o medo do desconhecido contra a força avassaladora da nova sensação.
Com um movimento fluido, Verena cessou os selinhos. Segurou o rosto de Valentina com ambas as mãos, os polegares acariciando as maçãs do rosto vermelho e quente, forçando um contato visual direto.
— Olha para mim. — A voz era um comando suave, carregado de álcool e sinceridade desesperada. — Eu… tô apaixonada por você.
A confissão crua deixara Valentina num estado de suspensão quase catatônica, imersa em um território sensorial inteiramente novo, onde a autoridade da mulher à sua frente transcendia a mera posição social.
Verena então voltou aos lábios de Valentina, mas desta vez, o beijo não era apenas um toque superficial. Ela pressionou, exigindo a abertura que Valentina havia oferecido involuntariamente antes. Pressionou com a força da mulher que está prestes a perder o controle de sua própria narrativa.
Rua Visconde de Pirajá — Ipiranga — 16h35
O beijo, guiado com tanta intensidade por Verena, estava beirando o limite do suportável para Valentina. O corpo da jovem estava totalmente entregue àquela onda de sensações, suas mãos agarradas ao tecido da camisa de Verena como se fosse a única coisa real.
Verena, sentindo a rendição física da outra, mas ainda sedenta por uma resposta mais ativa, deixou que o controle frágil se esvaísse sob o efeito do álcool e da proximidade proibida. O desejo tornou-se predador.
Em um impulso repentino, a mão que estava na nuca de Valentina escorregou para cima, pegando uma mecha grande de cabelo, apertando um pouco mais forte. Não para machucar, mas para fixar, para garantir que não houvesse fuga daquele momento.
Valentina sentiu o puxão agudo e involuntário. Um som escapou de seus lábios, um pequeno lamento agudo, mais de surpresa pela pressão súbita do que de dor real, mas era um sinal claro de que um limite havia sido cruzado.
Verena ouviu o som, mas a sua própria entrega ao desejo era avassaladora. Ela não recuou, ao contrário, seu corpo pareceu reagir ao sinal de vulnerabilidade da garota, agindo por instinto.
Ela afastou a boca e mergulhou de volta no pescoço pálido e quente.. Mas desta vez, os lábios eram mais famintos. Verena pressionou a pele com uma força maior, e seus dentes roçaram a pele macia da base do pescoço, seguidos por uma mordida breve e possessiva. Não era um ferimento, mas uma marca de posse, um sinal intenso de que ela não queria mais apenas explorar, ela queria reivindicar.
Valentina arqueou as costas contra o couro da porta, o gemido que saiu agora sendo mais alto, uma mistura inconfundível de dor momentânea e êxtase avassalador. Verena, intoxicada pela vitória, pela bebida e pela proximidade, o controle se dissolveu completamente. O desejo se tornou uma força bruta e singular.
Já não se importava mais com a ternura. A mão que segurava o cabelo de Valentina apertou-se ligeiramente, e ela voltou à boca delicada com uma voracidade que ignorava qualquer sutileza anterior. O beijo se tornou pesado, faminto, a língua exigindo mais do que a outra metade conseguia oferecer.
O corpo de Valentina reagiu com instinto puro. O medo que havia sido sufocado pelo fascínio agora ressurgia com força total, impulsionado pela súbita agressividade da mulher sobre ela. A intensidade era opressiva. O calor que antes a envolvia agora parecia sufocante.
Valentina tentou se afastar, um movimento sutil de cabeça, mas a mão de Verena no cabelo a manteve cativa. O beijo continuou, profundo e sem trégua, e Valentina sentiu-se presa, sua ingenuidade confrontada com uma paixão que parecia violenta demais.
Seus lábios ardiam sob a pressão. O pânico começou a subir. O lado carinhoso, o charme calculado que a havia atraído, desapareceu, substituído por uma faceta urgente e quase desesperada.
Com um esforço físico que parecia monumental em seu estado de choque, Valentina forçou as mãos para os ombros de Verena. Elas não estavam ali para aprofundar o contato, mas para criar distância.
— Verena… — ela conseguiu forçar, a voz abafada pelo próprio beijo.
Verena, imersa na própria urgência, interpretou o movimento como um convite para mais proximidade e apertou mais o beijo, o próprio corpo pressionando ainda mais Valentina contra a porta.
O pânico da garota se tornou físico. Ela precisava interromper aquilo.
Com toda a força que conseguiu reunir, Valentina cravou os dedos no ombro de Verena, não mais apertando o tecido, mas pressionando com força e dor, um sinal de socorro físico que transcendia a paixão.
O aperto repentino e a tensão palpável no ombro de Verena foram como um banho de água gelada.
A pressão da boca da deputada cessou abruptamente. Ela piscou, como se estivesse despertando de um transe profundo. O olhar perdido encontrou o rosto pálido de Valentina, os olhos dela agora marejados, não de prazer, mas de aflição genuína. A mão que segurava os cabelos dourados afrouxou instantaneamente, e a outra caiu do pescoço dela.
Verena olhou para as próprias mãos, depois para Valentina, percebendo a distância que havia criado, a expressão de medo genuíno nos olhos da jovem. O álcool não era mais um escudo, mas a explicação de seu próprio excesso.
O brilho de desejo em seus olhos se apagou, substituído por uma clareza fria e terrível.
— Merda. — sussurrou, a voz voltando ao tom grave, mas agora carregada de imediato arrependimento. Ela afastou-se, o mínimo possível, sentindo o peso de seu erro instantaneamente.
Valentina ofegava, o corpo tremendo levemente. Ela levou uma mão ao pescoço, massageando a pele onde a pressão tinha sido mais forte, e então enxugou uma lágrima com a outra, tentando conter o choro que vinha. Seus olhos fixaram-se em Verena, e a acusação silenciosa no olhar dela era mais cortante do que qualquer grito.
Verena sentiu o peso da situação esmagá-la. A euforia se desfez, deixando para trás apenas a imagem distorcida de seu próprio descontrole.
— Valentina, eu... eu sinto muito. — Verena começou, a voz rouca, tentando se aproximar novamente, mas parando ao ver o movimento instintivo de Valentina encolher-se ligeiramente. — Eu... eu não queria. Eu perdi o controle.
Ela abaixou a cabeça, incapaz de sustentar o olhar. A paixão bruta que a consumira momentos antes havia se transformado em uma vergonha lancinante. Parecia outra pessoa. As mãos tremiam tanto que mal conseguiu pegar os óculos sobre o painel.
Tentou colocá-los, mas o aro escapou, ficou torto, ela ajeitou de qualquer jeito, a respiração curta, o olhar fixo na garota ao lado.
— Valentina… — a voz saiu falhada, arranhada. — Me deixa ver, por favor.
A menina balançou a cabeça, apertando mais a mão contra o pescoço. Verena sentiu o estômago revirar.
— Eu… eu nunca quis te machucar. — As palavras vinham em desordem, sufocadas. — Nunca. Você… você entende? Eu perdi o controle, eu…
A frase morreu antes de terminar. Ela abaixou o rosto, e uma lágrima escorreu por trás dos óculos.
— Me perdoa, por favor. — Tentou mais uma vez, a voz trêmula. — Eu não sei o que aconteceu comigo.
Valentina não respondeu. Respirava rápido, o peito subindo e descendo. O cabelo claro caía sobre o rosto, e quando levantou um pouco o olhar, os olhos estavam vermelhos, marejados, e aquilo fez Verena perder o fôlego.
— Eu juro que nunca mais… — começou, mas a própria voz a traiu. — Eu não sou assim.
A camisa estava amarrotada, os botões desalinhados. Por um instante, Verena pareceu ver a si mesma de fora — despida de qualquer elegância, de qualquer defesa — apenas uma mulher quebrada diante da consequência de algo que jamais poderia ter acontecido.
Valentina mantinha a mão no pescoço, o olhar perdido, a respiração curta. O rosto úmido, os lábios trêmulos. Quando falou, a voz quase não saiu.
— Eu… eu preciso ir.
Verena se virou rápido, o susto estampado no olhar.
— Espera — murmurou, trêmula. — Deixa eu ver, por favor.
Ergueu o braço, a mão suspensa no ar, mas não chegou a tocar. Valentina se encolheu instintivamente, o corpo todo recuando, como se o gesto tivesse peso.
A deputada parou no meio do movimento.
A mão permaneceu suspensa entre as duas, sem destino, sem perdão possível.
O tremor dos dedos denunciava o desespero, e os olhos dela se encheram de lágrimas.
— Eu juro… — disse num sussurro, a voz embargada. — Eu nunca quis te machucar.
Valentina não respondeu. Apenas olhou pra frente, o rosto banhado de luz dourada pelo sol que começava a se pôr. Por um instante, o reflexo no para-brisa mostrou as duas: a mulher desfeita, o olhar atônito; a menina, silenciosa e assustada.
Verena tentou ajeitar os óculos, mas as mãos tremiam demais. O aro continuou torto, e ela deixou que ficasse. O peito subia e descia em sobressaltos, e as lágrimas finalmente caíram, deslizando pelos cantos do rosto.
Valentina soltou um suspiro curto, baixo, e pousou o pacote de Sonhos de Valsa no painel — com um cuidado quase solene.
O ato soou como despedida.
Abriu a porta devagar, o ruído metálico preenchendo o espaço entre elas. A cada segundo, o ar do lado de fora parecia mais vivo, mais frio, mais real.
Verena não conseguiu se mover, vendo a menina sair do carro, fechar a porta e atravessar a calçada. O som dos passos dela foi se afastando, leve, até sumir completamente.
Só então respirou — uma respiração curta, soluçada, quase um gemido. Olhou o banco vazio, o papel cor-de-rosa sobre o painel, e entendeu, com a nitidez brutal de quem desperta de um sonho errado, que havia cruzado uma linha da qual não saberia voltar.
Rua Visconde de Pirajá — Ipiranga — 16h48
Valentina seguiu pela calçada, o corpo rígido, o som dos chinelos batendo ritmado no chão como um metrônomo do desespero. Tinha o celular apertado na mão, a tela apagada, os dedos úmidos de suor. O ar da rua era morno e parado, mas ela tremia.
Disse à mãe que ia buscar a irmã. Agora, olhando o céu já tingido de laranja, percebeu o erro: o tempo passara, e faltava pouco para o horário real da saída. Precisava correr. Precisava parecer normal.
Mas o corpo não acompanhava a urgência. Os passos eram curtos, vacilantes. A cada esquina, sentia como se alguém pudesse vê-la — uma vizinha no portão, uma janela entreaberta, qualquer olhar que pudesse notar o que ela tentava esconder.
A mão ainda cobria o pescoço. Sentia a pele quente, latejando sob os dedos. Era como se a marca estivesse viva, pulsando por dentro. E o medo de ser vista se misturava a uma vergonha que ela não sabia de onde vinha.
Tinha a impressão de que o carro ainda estava lá, parado na esquina de casa. Não precisava olhar. Sentia a presença — pesada, insistente — como se a culpa estivesse a acompanhando.
Deu mais alguns passos e respirou fundo, tentando se convencer de que o ar frio ajudaria. Não ajudou. O peito doía, o coração acelerava sem ritmo. A cada esquina, uma sensação de vertigem.
“Você precisa andar.”
Pensou, em silêncio.
“Só andar.”
Mas o corpo parecia mais leve e mais pesado ao mesmo tempo — leve de pavor, pesado de tudo o que não cabia dentro da própria mente.
Seguiu assim, com o olhar fixo no chão, o cabelo caindo sobre o rosto, a mão ainda escondendo o pescoço. A luz do entardecer fazia tudo parecer mais real e mais irreal ao mesmo tempo — como se o mundo soubesse e fingisse não ver.
Escola Estadual Professor Luiz Roberto Pinheiro – 17h05
O portão azul estava aberto. Um grupo de mães conversava na calçada, trocando receitas e queixas de ônibus atrasado.
O cheiro de fritura velha escapava de um carrinho de pipoca e batata. Valentina atravessou tudo como quem atravessa um sonho errado — vendo sem ver, ouvindo sem ouvir.
Crianças corriam, mochilas batiam contra as costas, o riso delas parecia de outro mundo. Ela manteve o olhar baixo, o cabelo puxado para a frente do ombro, cobrindo a marca que agora parecia ainda maior. A pele ainda ardia sob o tecido leve da blusa, e o toque do vento era como um lembrete.
— Mãe! — uma voz de menina gritou em algum ponto, e o som fez Valentina estremecer, como se o chamado fosse pra ela. Mas não era.
Encostou-se ao muro por um instante. O coração ainda descompassado, a respiração curta. O celular vibrava na mão, mas ela não olhou. Tinha medo de qualquer coisa que lembrasse a voz dela.
Isadora apareceu por fim, o uniforme amarrotado, um desenho nas mãos. Correu até a irmã com a inocência intacta de quem não carrega nada além da mochila.
— Oi! — disse, sorrindo. — Cadê minha mãe? Você veio sozinha?
— Vim. — A voz de Valentina saiu calma, firme demais pra ser verdadeira. — Vamos?
Pegou a mochila da irmã, apertando-a com força. O toque foi o primeiro gesto que a trouxe de volta ao corpo.
Andaram em silêncio até a esquina. O céu escurecia rápido, e as luzes da escola piscavam, intermitentes. Valentina respirou fundo, sentindo o ar frio arder na garganta. Tentou sorrir para Isadora, que contava saltitante o que aprendera de novo, mas o sorriso não veio inteiro.
Quando atravessaram a rua, ela olhou de relance para o reflexo no vidro de uma vitrine — o rosto pálido, os olhos inchados, o cabelo desarrumado escondendo o pescoço. Por um segundo, quase não se reconheceu.
Apressou o passo. O som dos chinelos misturou-se ao das crianças que ainda brincavam enquanto caminhavam próximas, acompanhadas dos pais. E a vida, seguiu normal — como se nada tivesse acontecido.
Fim do capítulo
Oiee! Boa noite!
Espero que esetja bem.
Resolvi trazer um capítulo curtinho, um capítulo relâmpago, se é que posso chamar assim rsrs.
Olha, não vou mentir, talvez eu tenha passado um pouco do ponto. Não sei. Mas é bom manter o coração em dia pq, as coisas não ficar mais fáceis rsrs.
Bom, chega de spoiler rsrs.
Ahh e já já respondo todos os comentários. S2
Abraço!
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Em: 09/11/2025
Muito já me vi como Valentina, dm circunstâncias diferentes, porém com o mesmo olhar e cabeça baixa, ombros contraídos, boca calada,ingenuidade demais uma inocência preservada
Ainda carrego esses traços, porém com menos intensidade porque graças adeus o tempo passa e a gente aprende.
Não fui criada em igreja, nenhuma religião próxima.
Me Cresci sem orientação praticamente.
Consigo entender toda confusão que a Valentina sente
Esse dilema, essa dualidade
Se olhar no espelho e não se reconhecer
Ver algo sujo, mesmo não trazendo a podridão no coração
São marcas que nos colocam, nos impõe
Desejo que a Valentina consiga abraçar ela mesma e enxergar o mundo com olhos mais leves, menos culpa.
Verena precisa agir rápido
Não sei se tem volta o casamento dela com Silvia
Silvia não pode aliviar
E quanto a Valentina, ela tá ferrando com a mente da guria.
Espero ver a Valentina com uma postura mais firme e corajosa.
Ela sofre muito de ansiedade e pânico
Será que ela vai se jogar no mundo diante das consequências que possam vir acontecer?
É muito bom ter outro capítulo tão rápido
Quando é curto, fica mais fácil pra desenvolver
Embora a gente aqui do outro lado deseja ler e ler sem parar
Sem cadastro
Em: 07/11/2025
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Ainda carrego esses traços, porém com menos intensidade porque graças adeus o tempo passa e a gente aprende.
Não fui criada em igreja, nenhuma religião próxima.
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Esse dilema, essa dualidade
Se olhar no espelho e não se reconhecer
Ver algo sujo, mesmo não trazendo a podridão no coração
São marcas que nos colocam, nos impõe
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N@ty
Em: 03/11/2025
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Crika
Em: 03/11/2025
Hual...não não passou do ponto,para certas coisas o que pode ser traumático hoje,se torna experiência futuras,e quem nunca passou por conflitos internos nessa fase da Valentina? Claro que a situação dela,é complicada,e obviamente o acontecimento de hoje será fichinha comparado ao q virá.
Irei deixar uma opinião bem real, Não é crime se envolver com uma pessoa aos 16 anos,a diferença de idade delas não me abala em hipótese alguma,claro que a Valentina tem muito que viver vários tipos de experiência antes de se envolver com algo tão profundo, más isso é algo que só a pessoa pode decidir,e Verena por ser a " adulta da relação" saber como desenvolver em uma situação dessa pra não ser tão sufocante pra garota.Isso em uma hipótese de um futuro relacionamento.
No geral disso tudo,no contexto de toda a história, famíliar das duas, contexto moral da Verena,e da aceitação da Valentina,pq uma hora ela vai se entregar ( pq me desculpa mas estou torcendo por elas,quero vê-las em muitas " posições ainda"e no final elas fortes,lindas,plenas e livres de amarras), resumindo elas estão muito,mas muito fuuu...
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HelOliveira
Em: 02/11/2025
As coisas já são difíceis para a Valentina e Verena além de ter bebido perde o controle totalmente..
Mas dessa vez a Valen apesar de tudo não desabou e ainda conseguiu se manter e buscar a irmã como prometido
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Zanja45
Em: 02/11/2025
Boa noite! Passou mesmo, fiquei tensa por Valentina ter saído ferida tanto fisicamente quanto emocionalmente. Porém não achei ruim de tudo, pois tiveram momentos bem excitantes , apesar dos pesares.
Kkkk! Não fala isso não, Autora, pois já faz algum tempo que não faço check-up. No entanto estarei sempre pronta para enfrentar capítulos deliciosos como esses.
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Zanja45
Em: 02/11/2025
Verena está ferrada, depois dessa ela vai ter que voltar para o bar. - Porque ela estragou tudo, com essa fome desesperada dela. - Valentina rejeitou até a surpresa que ela preparou. - Mas também depois dessa decepção com Verena não era para menos. - Porque ela ainda não está pronta para tamanho assalto a sua ingenuidade.
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Zanja45
Em: 02/11/2025
Verena está agindo ferozmente em relação a Valen, mesmo sabendo que a menina está no Limiar das sensações. - Ela está sendo influenciada pelo álcool e pelo desejo incontrolável de possuir Valentina. Mas ela só está pensando no lado dela e não no da garota, pois ela tem consciência do que estar fazendo, apesar de ter bebido.
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Zanja45
Em: 02/11/2025
Verena está agindo ferozmente em relação a Valen, mesmo sabendo que a menina está no Limiar das sensações. - Ela está sendo influenciada pelo álcool e pelo desejo incontrolável de possuir Valentina. Mas ela só está pensando no lado dela e não no da garota, pois ela tem consciência do que estar fazendo, apesar de ter bebido.
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Zanja45
Em: 02/11/2025
Estou gostando dessa nova Valentina que está começando a despontar. - Essa menina que sente, mas também que busca retornar o controle sobre si mesma. Na hora que ela tranca a boca para que Verena não continuasse a beija. - lá justifica bem isso. - A necessidade de ter o domínio do que ela estava sentindo. - Como se ela avisasse a Verena, por mais que esteja gostando, quero que você pare agora
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