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Segredos no Mar por Raquel Santiago

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Palavras: 3121
Acessos: 261   |  Postado em: 29/10/2025

Capitulo 49

A sala estava tomada pelo calor da lareira. O fogo estalava em chamas baixas, projetando luzes dançantes que corriam pelo teto e pintavam sombras nos corpos delas. Heather tinha espalhado cobertas macias e almofadas no chão, como se tivesse planejado desde o início transformar aquele espaço no lugar mais íntimo da casa. O vinho ainda descansava sobre a mesinha lateral, a taça pela metade refletindo os brilhos do fogo.

Mei se sentou sobre a manta, os joelhos recolhidos, observando Heather se aproximar. A capitã se ajoelhou diante dela e, por um instante, apenas tocou o rosto de Mei com a ponta dos dedos, como quem se certifica de que aquilo não era sonho.

— Nunca pensei que um chão pudesse parecer o lugar mais confortável do mundo — Heather murmurou.

Mei sorriu, puxando-a pela gola da blusa para um beijo lento. O sabor de vinho ainda estava ali, misturado ao calor do desejo que vinha crescendo desde a banheira. O beijo foi se aprofundando, até que Mei a empurrou suavemente para trás, fazendo Heather se deitar sobre as cobertas.

— Eu quero mais. — disse Mei, a respiração falhando.

Heather arqueou a sobrancelha, um sorriso brincando nos lábios. 

— Me fala o que você quer que eu faço.

Mei se inclinou sobre ela, o cabelo escuro caindo como uma cortina entre seus rostos. 

— Quero sentir o seu gosto ao mesmo tempo que você sente o meu.

As palavras acenderam algo nos olhos de Heather, uma chama que rivalizava com a da lareira. A capitã se lembrou de uma posição em uma de suas pesquisas, meia-nove, era o nome. Ela segurou firme a cintura de Mei, invertendo as posições, até as duas rolarem entre as almofadas, rindo baixinho no meio da tensão elétrica que pulsava entre seus corpos.

— Você sabe como me deixar louca, Mei. — Heather sussurrou contra os lábios dela.

Heather tirou lentamente cada peça de roupa da mulher deslumbrante, beijando cada parte que ficava exposta. Mei tirou a camisa da sua namorada e deslizou os dedos pelos músculos do seu abdomem.

— Tão sexy. — A mais nova lambeu o lábio superior. Ela estava faminta e só Heather poderia saciar a sua fome. 

Continuou tirando as roupas até que as duas estavam nuas , os corpos se acariciando. Se permitindo, se excitando.

Heather tocou na entrada de Mei e sentiu o mel escorrer. Sua mão tremeu em antecipação. Ela queria sentir muito mais. A capitã abraçou a cintura da sua mulher e inspirou o aroma doce dos seus cabelos.

— Quero te amar de todas as formas. — Sussurou no ouvido de Mei. Puxando-a até que as duas ficassem de joelhos. 

Heather desceu beijou lentou, na clavículas, seios, abdomem, vulva. Mei arqueou sentindo cada toque molhado. A capitã deitou novamente, mas dessa ficou próxima as pernas de Mei. A mais nova entendeu as suas intenções. Se encaixou de maneira que cada uma de sua coxas abraçassem o rosto de Heather. A visão da capitã era de dar inveja. Foi quando Heather beijou o sex* de Mei, enviando ondas de prazer até o seu centro. Sua língua saboreou os lábios da deusa acima de si. Mas Mei não se contentou, abriu mais as pernas e deitou sobre Heather, ao mesmo tempo em que colocou a boca entre as pernas da capitã. Elas gem*ram juntar, se ch*pando e se comendo ao mesmo tempo. Heather segurou a bumda de Mei e puxou o seu quadril para mais perto, aprofundando o contato. Mei soltou um grito, mas não parou de provocar a parte necessitada de Heather, levando a capitã a loucura.

Entre suspiros, Heather ainda encontrou fôlego para comandar, a voz rouca e firme:

— Não para, Mei... quero goz*r com você.

E Mei respondeu à altura, entregando-se sem reservas, como se cada movimento fosse uma declaração de amor.

O tempo se dissolveu sob as chamas, e ali, no coração da sala, entre gritos abafados e gemidos arrastados, elas provaram o gosto uma da outra como quem descobre um vício novo. Nenhuma foi capaz de parar até que estivessem completamente lambuzadas.

No fim, quando os corpos tremeram juntos e o silêncio só foi quebrado pelo estalar da lenha, Heather rolou de lado, puxando Mei para os braços. O rosto dela estava corado, o cabelo emaranhado, mas o sorriso era puro, quase inocente.

— Você é o meu fim, Mei. — Heather disse, encostando a testa na dela.

Mei beijou seus lábios devagar, como quem sela uma promessa. 

— E você é tudo o que eu sempre sonhei.

O fogo continuava queimando na lareira, mas o verdadeiro calor vinha delas.

(---)

Naquela manhã, o sol não apareceu, era o fenômeno conhecido como noite polar. Onde a maior parte o tempo ficava escuro, o que era perfeito para avistar a aurora borel e Heather sabia disso. As duas ainda estavam aninhadas sob as cobertas grossas, calor humano combatendo o frio seco do quarto. Mei bocejou, virou-se contra Heather, os cabelos ainda bagunçados, e Heather riu baixinho, beijando sua testa.

— Bom dia, dorminhoca — murmurou Heather com voz suave, entre os vestígios de sono.

— Bom dia — Mei gem*u, curvando o corpo para tomar o calor dela como se fosse cobertor. — Porque me acordou tão cedo?

— Já são 12hs, amor. Mas hoje o sol não vai aparecer. É noite polar. — Heather respondeu, puxando Mei para mais perto.

— Podemos ficar na cama o dia todo, então?

— Podemos fazer o que você quiser.

Ficaram ali, abraçadas, trocando beijos lentos, sussurros que falavam de como o calor do corpo da outra era melhor que qualquer café da manhã. Era íntimo de um jeito leve, cheio de sorrisos de canto de boca e mãos que exploravam devagar.

Depois de mais algumas horas de sono e preguiça, Mei acordou e percebeu que Heather ainda dormia profundamente. Levantou-se de devagar, enrolada na blusa grande que tinha dormido, e começou a explorar a casa. Já tinha visto vários cômodos, sala, varanda, quarto, cozinha, mas ainda não tinha passado por corredores mais escondidos.

Foi andando com passos suaves, os pés descalços sentindo o piso frio sob os tapetes. Encontrou uma porta entreaberta, marcada "biblioteca" numa placa de madeira discreta. Heather parecia ter esse espaço para si, um recanto onde ela guardava livros que traziam conforto: literatura de aventura, histórias náuticas, romances antigos, poesia.

Mei entrou. O cheiro de livro velho misturado a óleo de madeira das prateleiras a acolheu. Folheou volumes de capa dura, dedos correndo sobre lombadas com letras douradas. Havia mapas antigos dentro de alguns livros, fitas marcadoras de páginas que pareciam guardadas há muito tempo. Pegou um livro sobre astronomia, começou a ler no parapeito de uma janela alta que dava vista para os pinheiros brancos do quintal. Apesar da escuridão la fora, o lugar era reconfortante.

Heather acordou e não viu Mei ao seu lado. E levantou e foi em busca da sua namorada pela casa. Achou Mei lendo e ficou observando por uns instantes, sorrindo com o reverência que se tem quando se encontra alguém fazendo exatamente o que ama.

— Ei — disse Heather, caminhando até ela. — Vamos jantar fora, eu escolhi o lugar.

Mei fechou o livro com cuidado, ergueu os olhos para Heather, um brilho de expectativa. 

— Aonde vai me levar hoje?

Heather sorriu, um pouco de mistério dançando em seus olhos. 

— Um restaurante que adoro. Vou te mostrar.

Mei correu até Heather e as duas foram de mãos dadas até o banheiro. Tinham que se apressar, Heather ainda tinha muitos planos para aquele dia e se Mei concordasse, a vida seria diferente a partir dali.

(---)

O restaurante ficava perto da Riverside Drive, com vista para o rio e janelas amplas. O nome era The Pump House Restaurant & Saloon, um lugar que mescla o charme rústico com boa comida, com madeira escura, vigas aparentes, mesas com vista para água, velas no centro. O ambiente perfeito para casais apaixonados e a nossa capitã e sua engenheira não distoavam em nada da energia do lugar.

Heather e Mei sentaram perto de uma janela onde podiam ver o rio parcialmente congelado, com pássaros migratórios num pedaço de água que ainda fluía, o dia mesmo escuro estava acolhedor. O calor dentro do restaurante contrastava com o frio do lado de fora.

Heather pegou o cardápio com um tom brincalhão, fingindo dúvida. Mei observava as mãos dela, as unhas arranhando a madeira da mesa, o reflexo da luz baixa nos olhos.

— Talvez essa sopa de salmão defumado? — sugeriu Mei, apontando para um prato.

— Boa escolha. E para compartilhar podemos pegar a tábua de queijos locais, pão caseiro. — Heather concordou. — E de sobremesa... torta de mirtilo?

— Sim, amo essa torta. — Mei sorriu.

A comida chegou. A sopa era quente, saborosa; o pão macio com uma casquinha crocante, ainda soltando vapor. Heather cortava fatias para dar pra Mei, Mei fazia o mesmo, dividia o pão e embebia na manteiga. Quando Mei sujava o canto da boca, sua capitã estava de prontidão com um guardanapo para ajudá-la a limpar. Ela se sujou muitas vezes, na intenção de ter Heather perto o suficiente para lhe roubar alguns beijos.

A conversa fluiu. Falaram de cidades que desejavam conhecer, mas também dos sonhos maiores. Mei contou que às vezes pensava em fazer doutorado, porque nunca se cansava de aprender coisas novas. Heather contou que estava pensando em fazer uma reforma no Queen Seas ou nomear um barco maior com o nome do antigo. Elas se sentiam muito a vontade para falar sobre suas ambições, porque sabiam que tinham apoio uma na outra.

— Sabe, eu fico imaginando se eu tivesse tido corangem de te ligar quando completei 18 anos — disse Mei entre uma colherada de sopa. — Talvez a gente não teria perdido tanto tempo.

Heather apertou a mão dela. 

— Acho que tudo aconteceu como deveria, amor. Há quatro anos, eu não estava em um bom momento.

— O que aconteceu? — Mei se mostrou preocupada.

— Tivemos um ano difícil, o papai adoeceu e vivia no hospital. Para pagar as despezas, passava a maior parte do tempo pescando. Não importa se era caranguejos ou peixes, qualquer oportunidade de ganhar dinheiro, eu estava lá.

— Sinto muito, Hattie. — Mei acaríciou a mão dela em sinal de apoio. — O Andrew é um pai incrível, que bom que ele está melhor agora. 

Heather ficou feliz, pois sabia que a namorada e o pai se davam muito bem.

A sobremesa veio num prato pequeno, torta quente de mirtilo com calda, sorvete de baunilha que começava a derreter. Mei levou uma colherada, deixou o sorvete escorrer no canto da boca, e Heather limpou com o polegar, sorriso suave nos olhos. Depois a capitão levou p doce até a boca, o que fez com que o estômago de Mei desse cambalhotas.

Quando ela terminou, olhou para fora da janela. O frio, as luzes tênues, a neve acumulada nas marquises. Aquela cidade era tão aconchegante e bonita, mas estar com Mei ali, era a principal razão de poder olhar tudo aquilo com outros olhos.

À noite, Heather surpreendeu: enquanto estavam voltando para casa, ela perguntou se Mei queria fazer algo diferente.

— Tenho algo em mente... mas vai precisar de coragem — disse Heather, com aquele sorriso desafiador que deixava Mei empolgada.

Mei arqueou a sobrancelha. 

— Coragem [e o meu sobrenome. Me conta.

— Você viu o motoneve na minha garagem? — disse Heather simplesmente. 

— Sim, fiquei me perguntando se você sabe pilotar. — Ela brincou, sabendo que Heather não teria algo que não dominasse, assim como tudo em sua vida.

A provocação teve enfeito e a capitã a olhou com os olhos serrados, mas logo sorriu.

— Vamos subir uma trilha amanhã ao entardecer. Quero te levar pra ver a aurora boreal de um ponto especial.

O coração de Mei coração bateu mais forte só de pensar. Seria um passeio inesquecível, ela já tinha avistado a aurora na ilha de Unalaska, mas somente de longe, nada como o que Heather estava sugerindo.

— Nossa Hattie, isso vai ser incrível. — Mei beijou a bochecha da mais velha empolgada e Hather não conseguiu parar de rir para a sua namorada linda e fofa.

(---)

Na tarde seguinte, elas se prepararam com cuidado. Roupas térmicas reforçadas, calça grossa, jaqueta impermeável com interior de lã, botas forradas, luvas térmicas, gorros igualmente volumosos, máscara de frio que cobria parte do rosto. Heather ajudou Mei a ajustar as camadas; riu quando viu Mei dançando de um pé pro outro pra esquentar pés frios. A sua pequena garota sumiu na montanha de roupas em volta de si, mas elas não podia sair desprotegidas, iriam para um local mais frio ainda.

O motoneve era grande, robusto, com guidões aquecidos, para-brisa pequeno mas suficiente, faróis potentes que cortavam a névoa baixa. Heather ligou o motor; o ronco grave vibrou, e depois de alguns segundos o veículo tremeu de frio e potência. Mei se agarrou firme atrás, o corpo colado no traseiro de Heather, o calor dela atravessando as camadas de roupa.

— Segura firme, amor. Se precisar parar, me avisa. 

Mei apenas levantou a mão e fez sinal de positivo e voltou a se aconchegar nas costas de Heather. A mais velha sorriu e verificou novamente a localização e o caminho que precisavam percorrer.

Elas partiram por estradas nevadas, depois trilhas abertas entre pinheiros altos, a luz do sol mal apareceu naquele dia e logo as estrela pinharam o ceú. A moto deixava rastros na neve fresca; cada sopro de vento parecia vivo, mordendo o rosto por entre a máscara, concedendo arrepio.

Durante o caminho, Mei olhava pra Heather por sob o capuz: o perfil dela recortado contra o céu, o cabelo preso, as mãos firmes no guidão. A cada curva, Heather se virava só o suficiente para sorrir; Mei correspondia, com um riso contido ou gemido baixo de frio... ou de alegria. 

Quando chegaram ao local que Heather escolhera, uma superfície elevada e plana onde a vegetação era escassa, com vista aberta para o norte, estacionaram a moto. A neve era profunda ao redor, mas o vento estava mais calmo. Elas desceram, tiraram as botas de neve externas, se aconchegaram num cobertor térmico que Heather trouxera, vinho numa garrafa pequena térmica, precisavam se manter aquecidas. O céu acima era um oceano negro com pinceladas verdes e púrpura dançantes, aurora boreal dançava silenciosa, como se respirasse.

Mei quase não acreditava. Choramingou de tão incrédula. 

— Heather... é tão lindo que parece de mentira!

Heather sorriu, puxou-a para perto. 

— Você merece viver todas as aventuras que desejar, meu amor. Mas eu espero que me deixe ir junto para te proteger.

Eles ficaram assim por muito tempo, abraçados, as mãos entrelaçadas, os copos de vinho balançando no cobertor, respirando o frio e a beleza. O céu se movimentava, ondulava, mexendo com o coração da engenheira, ela nunca tinha amado tanto alguém, como amava a sua capitã. Mei sentiu o corpo formigar, cada frase de Heather ressoando como uma promessa.

No meio do silêncio reverente da montanha, com apenas o som da neve sob as botas e da aurora sussurrando acima, Heather respirou fundo, segurou a mão de Mei.

— Mei... — começou, a voz baixa, vibrando de emoção.

Mei olhou para ela, os olhos espelhando luzes verdes no céu, o vento mexendo os cabelos.

— Eu... — Heather parou, abriu o casaco dela e tirou um pequeno estojo de veludo azul escuro. — Eu pensei muito em tudo que a gente viveu. Não só nos últimos meses, mas a vida toda. 

Mei teve o coração acelerado, uma lágrima de alegria deslizou pelo rosto. Heather estava na sua frente, tão emocionada quanto ela.

— Parece que o universo te trouxe para mim desde o início, primeiro como uma criança curiosa e arteira, minha dor de cabeça — Elas riram —. Depois como uma adolescente esperta e sonhadora, minha melhor amiga. E agora como uma mulher linda e determinada, minha namorada. Não tivemos um pedido, porque não tivemos tempo. Mas você sempre esteve na minha vida, mesmo nos anos em que esteve longe e mesmo que de formas diferentes ao longo do tempo, eu preciso e amo a sua companhia, seja aqui ou no mar. 

As duas já não conseguia mais conter a emoção.

— Eu quero que você saiba que eu te escolho. Hoje. Amanhã. Sempre — continuou Heather, abrindo o estojo. Dentro dele, dois aneis elegantes, de ouro branco, uma pedra pequena, talvez uma safira ou topázio azul, lembrando o céu frio do norte. — Mei, você quer namorar comigo? Ser minha parceira, minha casa, meu lar?

O vento parecia segurar o tempo enquanto Mei engoliu em seco. Suas mãos tremiam, mas a certeza era quente no peito.

— Sim. — disse ela, limpando os olhos. — Sim, eu quero isso mais do que tudo.

Heather deslizou o anel no dedo de Mei, beijou-a tão doce que parecia silêncio; Mei pegou o outro anel e disse:

— Você foi o meu sonho por longos anos. Mesmo distante, eu pensava em você todos os dias. Porque não era apenas amor romântico que eu sentia. Te enchergava como a minha heroína, minha inspiração. Uma mulher corajosa, que sempre me protegeu e me ofereceu um ombro amigo quando eu precisava desabafar. Todas essas coisas me fizeram ter uma enorme queda por você na adolescência. — Mei fez uma cara boba e Heather deu risada. — Quando voltei, percebi que suas armaduras estavam mais densas, que os anos não tinham sido tão generoso com você. Seu sorriso não era o mesmo. Mas eu sabia que a Heather que eu conhecia estava escondida aqui. — Mei tocou no lado esquerdo do peito da capitã. — Eu só precisava trazer ela de volta e mostrar que era seguro se amar. — Heather fungava, tentando conter as lágrimas, mas Mei não parou. — E com o tempo, você entendeu que não era possível controlar a força que nos puxava uma para a outra. A sua versão que era só minha voltou e eu a amo tanto. Hattie, minha mulher controladora e durona. Você aceita ser a minha namorada?

Heather só conseguiu balançar a cabeça em aprovação, quanto Mei deslizava o anel em seu dedo.

Eles se abraçaram debaixo das luzes verdes dançantes, entre risos e soluços leves de emoção. Mei segurou o rosto de Heather, beijou sua testa, suas mãos, seus lábios.

— Te amo — sussurrou Mei.

— Eu te amo tanto. — respondeu Heather, voz firme e apaixonada.

Ficaram ali, paradas, olhando o céu, os corpos entrelaçados, o frio transformado em calor, o momento gravado na pele e na memória. A vida nunca mais seria a mesma, pelo contrário, seria muito melhor


Fim do capítulo


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