Capitulo 50 Final
A porta se fechou atrás delas com um baque abafado, cortando o vento frio que ainda grudava na pele. O silêncio da casa foi preenchido pelo som das risadas contidas, respirações rápidas, roupas pesadas sendo largadas no chão da entrada. Mei ainda tremia dos joelhos, mas não era só por causa da neve.
Heather não deu tempo para mais nada. Puxou-a pela cintura até a cozinha, os passos tropeçando nos casacos caídos. As bocas se encontraram antes mesmo que alcançassem o balcão. O beijo foi faminto, urgente, tão molhado que Mei suspirou alto contra os lábios dela.
Heather encostou-a de costas no balcão gelado, as mãos deslizando para dentro da jaqueta da mais nova. Cada camada de roupa parecia um obstáculo intolerável.
— Não quero esperar até o quarto... — Heather murmurou, já puxando o zíper da blusa de Mei.
Mei arqueou o corpo, ajudando-a a tirar peça por peça. Luvas caíram, depois o gorro, depois a lã que cobria o corpo delicado. Heather foi deixando as roupas empilharem no chão sem se importar. Quando os dedos tocaram a pele nua, um arrepio percorreu o corpo de ambas.
Mei agarrou a barra da camisa térmica de Heather e puxou para cima, revelando os músculos firmes, o abdômen marcado que cintilava sob a luz baixa da cozinha. Mordeu o lábio, olhando-a como se estivesse prestes a devorar.
— Não importa o quanto eu tenha de você, sempre vou querer mais... — sussurrou, as palavras abafadas contra o pescoço da capitã, que já inclinava a cabeça para dar espaço às mordidas suaves.
Heather ergueu-a com força, apoiando Mei sentada no balcão. O frio da pedra arrancou um gemido da mais nova, Heather se inclinou E pegou a blusa de lã que estava no chão, colocando em baixo da bum da de Mei. O gesto simples excitava ainda mais a engenheira. A capitã não perdeu tempo e ficou entre suas pernas abertas. Os beijos desciam pelo pescoço, pelos ombros, enquanto os dedos já exploravam a borda da calça.
Mei se apoiou para trás com as mãos, o cabelo escuro escorrendo como seda pelo balcão. A visão fez Heather perder o ar. Puxou a calça e a calcinha de uma vez só, deixando Mei exposta, vulnerável e ao mesmo tempo no controle.
— E eu nunca vou me cansar do gosto da sua pele. — Heather rosnou baixo, deslizando a boca pelo abdômen dela, parando apenas para marcar a pele com beijos ardentes.
Mei agarrou os cabelos dela, puxando-a mais perto, a respiração entrecortada.
— Não me deixe esperando, Hattie... — a voz quase implorando.
Heather sorriu contra o sex* dela antes de se inclinar mais, língua e boca se entregando ao gosto que tanto desejava. Mei se arqueou contra sua boca, gem*ndo alto, enquanto as mãos não sabiam se seguravam no balcão ou puxavam ainda mais forte os cabelos da capitã.
Na cozinha, só havia o eco das respirações, os estalos da madeira do balcão sob o peso, e os gemidos que escapavam sem controle. Heather sustentava Mei firme pelos quadris, devorando cada reação, cada tremor, como se quisesse memorizar o sabor dela para sempre.
Mei, entregue, deixou que o corpo guiasse, sentindo-se incendiada e completa ao mesmo tempo.
O caminho até o quarto foi tropeçado, cheio de beijos roubados, mãos inquietas e risadas baixas entre gemidos. Heather praticamente carregou Mei nos braços, o corpo da mais nova ainda trêmulo do prazer que a cozinha testemunhara. Cada vez que tentava recostar a cabeça no ombro da capitã para respirar, Heather encontrava um jeito de roubar-lhe outro beijo profundo, até que atravessaram a porta do quarto.
O espaço estava aquecido pelo aquecedor que Heather deixara ligado mais cedo. A penumbra suave iluminava a cama arrumada com cobertas grossas. Mei caiu sobre elas com um riso ofegante, cabelos negros espalhados pelos travesseiros.
— Você... — Mei tentou recuperar o ar, mas o olhar de Heather roubou as palavras. — Você me deixa sem fôlego.
Heather apenas sorriu, ajoelhando-se no colchão, o corpo alto pairando sobre ela. Com movimentos lentos, quase reverentes, começou a despir-se por completo. A cada peça revelada, os olhos de Mei a devoravam, a respiração acelerando de novo. Quando Heather finalmente se inclinou, nua, sobre o corpo dela, Mei a recebeu de braços abertos, puxando-a para um beijo mais doce do que os anteriores, mas igualmente ardente.
Dessa vez, não havia pressa. Heather percorreu cada curva de Mei com as mãos e com a boca, deixando marcas sutis, mordidas pequenas que arrancavam suspiros. As coxas da mais nova se entreabriram por instinto, convidando, mas Heather segurou seu ritmo, beijando-a devagar, roçando o nariz e os lábios por sua pele como quem desenha um mapa secreto.
— Quero que dure — murmurou Heather contra o colo dela. — Quero sentir você inteira.
Mei, corajosa, ergueu o corpo para fitá-la, os olhos faiscando.
— Heather... eu sei que você se segura comigo. Mas eu não quero mais que faça isso. — Ela mordeu o lábio, nervosa, e então continuou — Me mostra do que você gosta. Eu estou pronta.
Heather congelou por um instante. O silêncio que se seguiu foi denso, pesado. A capitã deslizou o polegar pelo lábio inferior de Mei, os olhos fixos, avaliando, quase testando se havia dúvida.
— Tem certeza absoluta? — a voz grave, rouca.
— Absoluta. — Mei respondeu sem desviar o olhar. — Eu confio em você.
Um sorriso lento e perigoso curvou os lábios de Heather. Não era doce, era o sorriso de quem recebeu permissão para mostrar todos os seus lados.
— Então você vai me obedecer. — declarou, firme.
O coração de Mei disparou, mas o corpo reagiu antes mesmo da mente: ela assentiu.
Heather a empurrou de volta contra a cama, os olhos queimando ao vê-la rendida. Começou devagar, Beijando os seios de Mei, Heather não se limitou a acariciá-los. Segurou um deles com firmeza e apertou o mamilo entre os dedos, aumentando a pressão até o rosto de Mei se contorcer.
— Isso dói... mas é... — ela gem*u, arqueando.
Heather aproximou a boca, mordendo o bico endurecido antes de soltar o aperto.
— Dói, mas você gosta. — sussurrou contra a pele, e ch*pou com força em seguida, sugando até deixá-la arfando.
O gemido mais alto de Mei foi a resposta.
Heather repetiu no outro seio, alternando entre beliscar, morder e lamber. Mei se debatia, presa entre dor e prazer, os braços tentando se erguer, mas Heather logo alcançou o criado-mudo e prendeu os pulsos dela com cordas firmes à cabeceira. Cada nó era testado duas vezes, seguro mas confortável.
— Agora você não vai fugir de mim. — Heather rosnou baixinho.
Mei estremeceu, não de medo, mas de excitação. O corpo dela parecia vibrar sob cada comando. Ela estava adorando o controle que Heather exercia na cama.
Heather percorreu o pescoço com mordidas, descendo até a curva dos seios, até a barriga, até o quadril. Cada ponto sensível era marcado com dentes ou língua, uma sequência de pequenas torturas. Quando chegou à parte interna da coxa, mordeu forte, arrancando um grito de Mei, seguido de um gemido quase suplicante.
— Abra. — Heather ordenou, dando um tapa rápido na coxa, não para machucar, mas para deixar claro o comando.
Mei arfou, abrindo as pernas devagar, expondo-se. O olhar de Heather escureceu, e um sorriso de satisfação lhe escapou.
— Assim. Boa garota.
A capitã se inclinou e começou devagar, deslizando a língua pelo centro úmido de Mei, sem pressa. Cada movimento era lento, calculado. Mei gem*u alto, puxando contra as cordas. Heather sugou o clit*ris uma vez, intensa, firme e logo em seguida parou.
— Heather... não para... por favor... — Mei implorou, contorcendo-se.
Heather ergueu os olhos, o queixo molhado, e deu um sorriso cruel.
— Eu vou te fazer implorar de verdade.
Voltou a lamber, provocando, sem dar o ritmo suficiente. Sempre parando quando sentia o corpo de Mei estremecer demais. Às vezes sugava forte e depois parava completamente, deixando-a gem*r frustrada.
Mei se debatia, tentando se soltar, mas as cordas a mantinham imóvel. A frustração só aumentava o desejo.
— Você só vai goz*r quando eu mandar. Entendeu? — Heather rosnou, enfiando dois dedos dentro dela de uma vez, sem aviso.
— Sim! — Mei gritou, o corpo arqueando. — Sim, eu entendi!
Heather começou um vai e vem firme, enquanto a língua explorava o clit*ris. Mas quando o corpo de Mei começou a tremer, prestes a explodir, Heather recuou de novo, deixando-a no vazio.
— Não... não, por favor! — Mei quase chorava de tesão, as pernas tentando fechar, mas Heather segurou suas coxas abertas com força.
— Você vai segurar. Você consegue.
Heather voltou a provocá-la, alternando lambidas suaves com estocadas profundas dos dedos. Sempre parando antes do clímax. Mei já não sabia mais se chorava de frustração ou prazer.
— Heather... eu imploro... — a voz dela saiu quebrada, desesperada.
A capitã a observou por um instante, satisfeita com o estado em que a tinha deixado: olhos marejados, corpo suado, cada músculo pedindo rendição. Então, finalmente, decidiu.
— Goze para mim, Mei. — Heather ordenou, sugando o clit*ris com força ao mesmo tempo em que aumentava o ritmo dos dedos.
O orgasmo veio como uma onda violenta. Mei gritou o nome dela, o corpo inteiro arqueando, puxando contra as cordas até as marcas ficarem vermelhas. O prazer a atravessou de forma tão intensa que quase doeu.
Heather não parou, continuou sugando, lambendo, estocando, até arrancar dela um segundo clímax, ainda mais devastador. Mei soluçava, tremia, implorava sem palavras.
Quando Heather finalmente parou, subiu até ela e desamarrou os pulsos, massageando a pele marcada com cuidado. Beijou cada vermelhidão, cada ponto sensível, até que Mei respirasse um pouco melhor.
— Você foi perfeita. — murmurou contra sua boca, ainda com o gosto dela nos lábios. — Quando eu estiver no comando, nunca me desobedeça.
Mei, exausta e em êxtase, sorriu fraco, puxando Heather para um beijo trêmulo.
— Se for assim... eu obedeço quantas vezes você quiser.
Mei ainda estava ofegante, as pernas trêmulas, mas havia algo em seus olhos que Heather não esperava. Em vez de se render ao cansaço, ela deslizou para cima da capitã, prendendo-a contra os lençóis. Heather arqueou uma sobrancelha, surpresa com a súbita ousadia.
— Agora é a minha vez... — Mei murmurou, a voz rouca, ainda quebrada pelo prazer.
Heather ia retrucar, mas Mei já havia segurado suas coxas, afastando-as com firmeza. Lentamente, ela se colocou entre as pernas dela, encaixando-se, aproximando o sex* úmido do dela. O gesto arrancou um suspiro grave de Heather, que não tentou resistir.
— Mei... — foi tudo o que conseguiu dizer, antes de sentir o primeiro contato.
A fricção veio lenta, depois mais firme, um movimento de vaivém que arrancou gemidos das duas. Mei apoiou uma das mãos na coxa de Heather e com a outra levantou a perna dela, abrindo mais espaço para o encaixe. Agora os corpos estavam pressionados, quentes, escorregadios, se esfregando em ritmo cada vez mais intenso.
— Eu quero sentir a sua excitação na minha... — Mei sussurrou, sem parar de se mover, o rosto colado ao dela.
Heather agarrou os ombros dela, as unhas marcando a pele, os gemidos se misturando em uníssono. Cada esfregada era mais desesperada que a anterior, até que perderam a cadência, só restando a urgência de se levarem ao limite juntas.
O calor cresceu entre elas, a pressão aumentando a cada segundo. Heather mordia o lábio para não gritar, enquanto Mei fechava os olhos, deixando o corpo falar. Quando finalmente chegaram, foi ao mesmo tempo: um choque elétrico percorrendo as duas, gemidos altos ecoando pelo quarto, o corpo arqueando em sincronia, até desabarem, trêmulas, uma contra a outra.
Mei caiu sobre Heather, exausta, o peito ainda subindo e descendo descontrolado. Heather a abraçou de imediato, enlaçando-a com força, os corpos ainda colados, suados, mas confortáveis. Ficaram assim por minutos, apenas respirando juntas, como se o tempo tivesse parado.
Até que Heather, com a voz ainda rouca e baixa, murmurou contra o ouvido dela:
— Se muda comigo pra cá.
Mei ficou em silêncio por um instante, surpresa com as palavras. Então rolou para o lado, deitando ao lado de Heather, os olhos ainda brilhando pelo que tinham acabado de viver.
— Eu amo estar aqui com você, Heather... — disse com sinceridade. — Mas não quero que sinta que precisa cuidar de mim só porque estou sem um lugar para morar.
Heather rapidamente se ergueu na cama, puxando o lençol para cobrir o corpo nu. O olhar dela era firme, intenso.
— Não, não é isso, Mei. — falou com clareza. — Eu sei que você pode se virar sozinha. Eu realmente quero passar todos os meus dias ao seu lado. Não só nas temporadas no Queen Seas, mas também quando voltarmos para casa.
A capitã respirou fundo antes de continuar.
— Já tem um tempo que penso em me mudar para essa casa, mas nunca pareceu perfeito... até que você veio comigo. Era a sua presença que faltava aqui. Suas risadas, nossas refeições juntas, até o seu silêncio. Cada parte sua completa a magia que esse lugar tem. Por favor, Mei... se mude comigo.
Mei a olhou, percebendo a sinceridade em cada palavra. Então deixou escapar um sorriso brincalhão.
— Bom... se você cozinhar às vezes, acho que posso aceitar esse acordo.
Heather soltou uma risada curta, aliviada, antes de puxá-la para um beijo cheio de felicidade.
— Você não tem ideia do quanto isso me faz feliz. — murmurou contra os lábios dela.
Animada, Heather já começou a falar sobre datas, caixas, pequenas reformas e até a melhor forma de organizar os móveis. Mei apenas a escutava, deitada, deixando-se contagiar pela empolgação da capitã. O coração dela se aquecia a cada detalhe, a cada plano feito com tanto entusiasmo.
Entre risos e beijos, acabaram adormecendo agarradas, enroscadas sob as cobertas.
No meio da noite, Mei abriu os olhos em silêncio. Sem acordar Heather, deslizou para fora da cama, vestiu uma roupa leve e caminhou até a sala. Abriu a cortina da janela e ficou observando o quintal coberto pela neve suave.
Por alguns minutos, deixou que a mente viajasse. Pensou em tudo o que havia vivido nos últimos meses ao lado de Heather: os desafios no barco, os medos, as brigas com a capitã e com a sua família, as reconciliações, os momentos de ternura e agora aquele lar que começavam a construir juntas. Foi um caminho difícil... mas que a tinha levado até ali.
Preparou uma xícara de chá e tomou devagar, sentindo o calor aquecer seu corpo e o coração. A cada gole, a certeza se firmava: ela estava exatamente onde queria estar.
Quando terminou, voltou para o quarto. Escorregou debaixo das cobertas, e imediatamente Heather, ainda adormecida, a puxou contra o próprio corpo, como se nunca a deixasse escapar.
Mei sorriu no escuro, completa e apaixonada. Fechou os olhos, aconchegando-se no peito da mulher que agora era sua casa. Ali ela podia ser ela mesma.
E assim, em silêncio, adormeceu novamente, pronta para as mudanças e aventuras que ainda viveriam juntas.
Fim.
Fim do capítulo
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HelOliveira
Em: 01/11/2025
Amei cada capítulo, as descobertas as lutas, é essa paz que encontraram juntas....
Muito linda...amei
Obrigada
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