Capitulo 47
O vento gelado entrava pelas portas automáticas do pequeno aeroporto de Unalaska, trazendo consigo o cheiro de combustível e o barulho dos motores sendo aquecidos na pista. Andrew caminhava ao lado das duas mulheres, arrastando uma das malas de Heather.
— Vocês duas vão acabar me mimando — resmungou ele, ajeitando a alça da mala. — Uma semana sem ter com quem implicar.
Heather sorriu e parou ao lado do pai, ajeitando o gorro na cabeça.
— Você vai sobreviver, pai. Por favor, se cuide.— Ela deu um tapa de leve no ombro dele. — Quando a gente voltar, você vai implorar por silêncio.
Andrew riu, mas o brilho úmido nos olhos o denunciava. Ele puxou a filha para um abraço forte, daqueles que duram mais do que palavras.
— Vai, aproveita essas férias. — Ele murmurou. — Você merece, Heather. Vocês duas merecem.
Heather assentiu, respirando fundo, e quando ele se afastou, foi a vez de Mei ser envolvida pelo abraço caloroso. Andrew a apertou como se fosse de fato sua própria filha, e quando recuou, sorriu com carinho.
— Se cuidem, tá? — disse, sério, mas logo emendou em tom brincalhão. — E trate de aproveitar, nora. Quero vocês de volta descansadas.
Mei riu, meio corada.
— Pode deixar, Andrew. Eu prometo que vou cuidar bem dela.
— Hm, espero que cuide mesmo. — Ele lançou um olhar divertido para Heather, que apenas revirou os olhos. — E me liguem quando chegarem em Fairbanks, entendido? Quero saber que chegaram bem.
— A gente liga, pai. Vai ser só uma semana.
Um último abraço, um último sorriso emocionado, e então Andrew as viu passar pelo controle e desaparecer em direção ao embarque.
O avião era pequeno, de hélices, e balançava mais do que Mei gostaria. Ela se encolheu no assento ao lado da janela, os dedos agarrados no apoio de braço.
— Não tem como ser um pouco mais... estável? — perguntou, com um fio de voz, encarando Heather ao lado.
Heather riu baixinho.
— Pensei que já estivesse acostumada. No barco balança muito mais.
Mei arregalou os olhos.
— Eu nunca gostei de aviões, você sabe. — Respondeu rápido. E como Heather sabia, uma semana antes de Mei viajar para a Califórnia ela ficou divagando sobre o quanto era ridículo um objeto que voava ser mais seguro que um carro. Mas nada do que ela disesse convenceu os pais a desistirem da ideia de madá-la para estudar fora.
A turbulência leve fazia o avião tremer, mas pela janela, as nuvens se abriam e revelavam a paisagem imensa lá embaixo. Montanhas cobertas de neve se erguiam como muralhas brancas, cortadas por rios congelados que cintilavam sob a luz do sol.
— Olha só. — Heather inclinou-se para apontar. — Dá pra ver até o Denali ao fundo.
Mei arriscou espiar, ainda tensa, mas quando viu a grandiosidade das montanhas, os olhos se iluminaram.
— É... é lindo. Parece que o mundo é só neve e céu.
— Quase isso. — Heather ajeitou a mão sobre a dela, suavemente. — Relaxa, a turbulência é só o vento brincando com a gente.
— Brincando? — Mei apertou os olhos. — Eu não acho nada engraçado.
Heather riu e se aproximou do ouvido dela.
— Então finge que é como estar no Queen Seas em mar agitado. Você não ficou enjoada lá, lembra?
— Sim, mas no Queen Seas eu podia nadar se caísse. Aqui... — Ela fez um gesto em direção às nuvens. — Não tem onde cair.
— É aí que você se engana. Dois minutos no mar seriam suficientes para matar qualquer um. Mei, segura na minha mão, fecha os olhos, estou aqui com você. — Heather deu um beijo rápido na têmpora dela. — Confia em mim.
Mei bufou, mas acabou sorrindo, tentando se distrair com a paisagem.
Horas depois, quando o avião começou a descer, a vista fez com que o medo fosse esquecido por completo. Do alto, Fairbanks surgia como uma pintura viva: ruas cobertas de neve cintilante, fileiras de casas com fumaça saindo das chaminés, e por toda parte, luzes coloridas piscando em preparação para o Natal.
— Hattie... — Mei sussurrou, os olhos arregalados diante do espetáculo. — Parece uma cidade de contos de fadas.
Heather também observava, mas com menos encanto e mais familiaridade.
— É... mas espera até sentir o frio seco batendo no rosto. Aí a magia some rápido.
— Não estraga o meu momento. — Mei apertou o braço dela. — É perfeito.
Heather não conseguia conter o riso, Mei ficava linda admirando a cidade que ela conhecia como a palma da sua mão.
E quando o avião tocou a pista coberta de neve, Mei respirou fundo, o coração acelerado não só pela aterrissagem, mas pela sensação de estar segura outra vez em terra firme.
Do lado de fora do aeroporto de Fairbanks, o frio seco bateu forte, cortante, diferente da umidade de Unalaska. O ar parecia cristalino, e cada respiração soltava nuvens brancas que se dissipavam rapidamente. Heather ergueu a mão, chamando um táxi amarelo que esperava na fila, e logo as malas foram acomodadas no porta-malas.
— 3395 Arthor Ct, por favor. — ela disse ao motorista, entregando o endereço escrito num papel.
O carro partiu, deslizando pelas ruas cobertas de neve batida. Do lado de fora, a cidade vibrava em cores: luzes de Natal penduradas em janelas e postes, renas iluminadas enfeitavam os jardins, enquanto chaminés soltavam filetes de fumaça que subiam contra o céu azul-escuro da noite.
Mei colou o rosto na janela, os olhos brilhando como os de uma criança.
— É... lindo. — murmurou. — Parece que cada rua aqui foi tirada de um filme de Natal.
Heather a observava de canto, um sorriso contido nos lábios.
— Você tem razão, aqui é lindo em todas as épocas, mas o natal trás um ar de mágia a cidade.
— Estou louca para conhecer tudo. — Mei segurou na mão de Heather, aquecendo o coração da capitã.
O carro seguiu cortando ruas ladeadas por pinheiros cobertos de neve, as luzes das casas piscando em tons de vermelho e dourado. Em certos pontos, pequenos mercados ainda estavam abertos, com letreiros iluminados piscando contra a escuridão. Até que seguiram para a avenida Arthor que era mais isoladas, com casas mais distantes umas das outras.
— Então... — Mei voltou-se para Heather, apoiando o queixo na mão. — O que a gente vai fazer essa semana?
Heather cruzou os braços, encarando a rua pela janela dianteira, como quem calculava os dias.
— Primeiro, descansar. — respondeu, em tom prático. — Depois, talvez dar umas voltas pela cidade. Levar você em alguns lugares que eu gosto.
Mei ergueu as sobrancelhas, provocativa.
— Isso quer dizer que você vai finalmente me levar pra um encontro decente, capitã?
Heather virou o rosto lentamente, os olhos semicerrados, mas o canto da boca se ergueu em um sorriso discreto.
— Já tenho alguns planos em mente.
Mei corou, sorrindo sozinha, voltando a olhar pela janela. A cidade passava como um cenário encantado: ruas silenciosas, neve acumulada nos telhados, árvores iluminadas piscando contra a escuridão. E a cada minuto que passava, o coração dela batia mais rápido, não apenas pela beleza de Fairbanks, mas pela curiosidade de conhecer, finalmente, o lar que Heather chamava de seu.
Dezoito minutos depois, o táxi virou em uma rua mais estreita, com poucas casas espaçosas com quintais cobertos de neve. Era um lugar mais reservado. E foi aí que Heather apontou pela janela.
— Chegamos.
O táxi deslizou pelo caminho estreita que dava acesso a casa, os pneus rangendo sobre o cascalho .
A casa ficava no alto de um morro gramado, rodeada por árvores altas linda, toda coberta de neve, o que a deixava com um ar de conto de fadas. Era uma casa de dois andares, com a fachada verde-claro contrastando com o branco da neve no telhado e nas árvores ao redor. Tinha várias janelas que pareciam brilhar na paisagem nevada, e dava para ver a garagem de dois carros na parte de baixo, com as portas brancas que se destacam no verde da parede. Uma escadaria dava acesso ao segundo andar.
Mei encostou o rosto no vidro e arregalou os olhos, encantada.
— Uau... Heather... essa é a sua casa? — sua voz tinha um tom surpreso.
Heather pagou o motorista e pegou as malas do porta-malas com a naturalidade de quem já conhecia cada canto daquele lugar.
— Bem-vinda, vamos passar uma semana maravilhosa aqui. — A forma como disse parecia simples, mas havia um leve orgulho escondido. Mal sabia Mei que o plano da capitã era fazer com que ela se encantasse pelo local a ponto de enxergá-lo como seu.
Mei desceu do carro e pisou na neve fofa, erguendo os olhos para a varanda que ficava no final do lance de escadas.
— Tem mesmo a sua cara... mas... — sorriu, mordendo o lábio — parece muito mais aconchegante do que voce descreveu.
Heather arqueou uma sobrancelha, fechando a porta do carro atrás de si.
— E o que você imaginava?
— Algo mais... rústico, sei lá. Tipo uma cabana simples, com alguns móveis necessários. — Mei riu, balançando a cabeça. — Não isso. Isso é... elegante e caro.
Heather não conseguiu conter a gargalhada enquanto subiam as escadas externas até a varanda na frente da casa, os móveis estavam cobertos e protegidos do clima.
— Então você está dizendo que sou pobre e deselegante? — Mei ficou envergonhada.
— Não é isso... só achei... — Mei gaguejou.
— Estou brincando, amor. — Heather escorou o ombro na mais nova para tranquilizá-la. — Você tem razão, foi minha arquiteta que me ajudou na decoração. — Mei sorriu aliviada.
Quando chegaram no andar superior, Heather começou a falar sobre o lugar.
— O melhor da casa é essa varanda. Coloquei uma área com sofá, poltronas e uma mesa de centro, perfeita para a gente relaxar e tomar um café enquanto ouve a natureza. Do outro lado, tem uma mesinha de bistrô para um jantar a dois. E claro, o meu balanço na grama, que é o meu lugar preferido para ler. Amanhã vou tirar essa neve e limpar tudo. — A capitã falava com o brilho nos olhos e Mei estava adorando ver a sua namorada tão relaxada em seu espaço.
— É maravilhoso, vou adorar ver as estrela com você daqui. — Mei beijou o rosto da mais velha.
Entraram pela porta da frente e foram recebidas pelo cheiro de madeira e pelo silêncio confortável do interior.
— Fique a vontade, Mei. Vou só deixar essa malas no quarto e já volto. — Heather sumiu pelos cômodos do lugar, deixando Mei embasbacada com a elegância e bom gosto da mobília.
A sala se abria junto à cozinha e a sala de jantar, tudo em um espaço conjugado. A cozinha possui armários de madeira clara e bancadas escuras. Os eletrodomésticos, como a geladeira de porta dupla, o micro-ondas embutido e o fogão, são de aço inoxidável. No centro da cozinha, há uma ilha com uma bancada de granito cinza, que serve como uma divisória suave entre os ambientes. A sala de jantar, que fica em frente à cozinha, tem uma mesa de madeira com cadeiras estofadas. Acima da mesa, há duas luminárias pendentes de metal. Portas de vidro duplas dão acesso a varanda, trazendo luz natural e uma conexão com o exterior.
— Gostou? — Heather voltou e se apoiou na bancada. — Podemos cozinhar juntas se quiser.
Mei envolveu a cintura da mais alta e disse.
— Vou adorar. — O beijou veio natural e doce, era maravilhoso estar ali para relaxar por uns dias, elas iriam aproveitar cada segundo.
A engenheira caminhou pela sala e sentou no sofá grande e confortável, Heather a seguiu e se aconchegou ao seu lado. Estava feliz que podiam aproveitar tudo sem se preocupar com a organização, já que tinha pedido para a faxineira limpar a casa no dia anterior.
— Não acredito que você tem uma lareira.
A lareira de pedra ficava em um dos cantos da sala, com uma prateleira de madeira rústica e um nicho para armazenar lenha.
— Apesar de trabalhar no mar de Bering, nuca gostei de passar frio. Podemos acendê-la mais tarde e assistir um filme. — A capitã extendeu o braço no encosto do sofá e logo Mei se aconchegou em seu peito.
— Você já planejou tudo, não é mesmo?
— Quero que nossa semana seja inesquecível. Aqui podemos esquecer de todos os problemas e relaxar.
— Eu gosto dessa ideia, gosto muito. — Mei alcançou os lábios carnudos de Heather. E deu início a um beijo molhado e carinhoso. Cheio de segundas intenções.
Mei deslizou os dedos pelo peito de Heather, sentindo o calor sob a blusa de lã. O toque era leve, quase inocente, mas tinha a intenção clara de provocar. Heather suspirou, fechando os olhos, deixando-se afundar ainda mais no sofá enquanto a mais nova explorava cada detalhe com a ponta dos dedos.
O beijo se intensificou, profundo, cheio de desejo contido. Mei alternava entre mordidas suaves no lábio inferior e investidas lentas, provocativas, que arrancavam pequenos gemidos abafados de Heather. A mão da engenheira subiu pela lateral do corpo da capitã, passando pela curva da cintura, até repousar discretamente logo abaixo do seio. Heather arfou, o corpo reagindo antes mesmo que ela pudesse controlar.
— Mei... — murmurou entre beijos, a voz já rouca, como um aviso e um pedido ao mesmo tempo.
A mais nova apenas sorriu contra os lábios dela e deixou o polegar roçar de leve o mamilo endurecido por baixo do tecido. Heather perdeu o ar, o corpo arqueando sutilmente. Seus dedos se fecharam no quadril da engenheira, puxando-a mais para perto, como se o sofá fosse pequeno demais para conter a urgência que nascia ali.
Mei adorava ver a mulher tão forte e imponente se derretendo sob seus toques. Beijou o pescoço dela, lenta e deliciosamente, descendo até a curva do ombro. A capitã deixou escapar um gemido baixo, virando o rosto para o outro lado, vulnerável, entregue.
Quando percebeu que Heather começava a perder totalmente a noção do lugar, a respiração pesada, os movimentos impacientes das mãos, o corpo já implorando por mais, Mei interrompeu o beijo de repente.
Heather abriu os olhos, confusa, ofegante, o olhar carregado de desejo.
— Por que parou? — a voz saiu quase como um grunhido de frustração.
Mei sorriu travessa, mordendo o próprio lábio, e deslizou a ponta do dedo pelo queixo dela.
— Acho que está na hora de eu conhecer o seu quarto.
Heather ficou em silêncio por um instante, o peito subindo e descendo acelerado. Depois, riu com a respiração ainda presa, balançando a cabeça como quem se rendia.
— Você não joga limpo.
— Você sabe que não. — Mei respondeu, puxando-a pela mão para se levantar.
De mãos dadas, Heather levou Mei até o seu quarto, mas dessa vez, não estava disposta a ceder o controle. Ela sonhou com o dia em que teria Mei em sua casa, em sua cama, com o vizinho mais próximo à quinhetos metros de distância.
Heather fechou a porta do quarto com um empurrão, o coração batendo como se tivesse corrido uma maratona. O espaço era amplo, aconchegante, com a cama queen-size posicionada de frente para uma enorme janela que deixava ver o branco da neve lá fora, iluminada pela luz fraca do abajur no criado-mudo. Mas, naquele instante, tudo que importava era Mei.
Sem perder tempo, a capitã segurou a namorada pela cintura e a jogou suavemente contra o colchão, arrancando um suspiro surpreso da mais nova. Mei caiu de costas, os cabelos negros espalhando-se pelo lençol branco como um quadro perfeito. Antes que pudesse se recompor, Heather subiu por cima dela, apoiando os braços ao lado de sua cabeça e colando o corpo ao dela, pesada, quente, irresistível.
— Heather... — Mei suspirou, já arqueando sob o peso da capitã. — Você não tem ideia de como me deixa excitada.
— Tenho, sim... — Heather roçou os lábios contra os dela, falando baixo, carregada de desejo. — Porque você me deixa da mesma forma.
O beijo veio faminto, urgente. Heather explorava sua boca como quem reivindicava território. A língua mergulhava fundo, arrancando gemidos abafados de Mei, que já se contorcia embaixo dela. As mãos da capitã deslizaram pela lateral do corpo da engenheira, apertando sua cintura, suas coxas, explorando cada centímetro como se gravasse a pele dela na memória.
Mei, por instinto, tentou inverter o jogo, enlaçando a cintura de Heather com as pernas e puxando-a mais para baixo. Mas Heather agarrou seus pulsos, prendendo-os acima da cabeça contra o colchão. O olhar dela era intenso, dominador.
— Tenha paciência, meu amor. Deixa eu te dar prazer primeiro. — Heather disse, a voz baixa e rouca, quase um rosnado.
O arrepio percorreu a espinha de Mei, que mordeu o lábio inferior, rendida.
Heather desceu os beijos pelo pescoço da namorada, lambendo e mordendo suavemente a pele sensível. Mei se arqueava, deixando escapar gemidos doces, a respiração cada vez mais descompassada. Quando a blusa de lã foi puxada para cima e descartada no chão, a pele dela foi exposta ao frio do ar, logo aquecido pela boca faminta de Heather que percorreu seu colo, seus seios, sugando os mamilos até deixá-los duros, doloridos de prazer.
— Ahh... Heather... — Mei gem*u alto, os dedos tentando escapar da contenção para agarrar a mulher acima dela. — Você me enlouquece.
Heather soltou seus pulsos de repente e se levantou, o olhar faiscando. Sem dizer uma palavra, foi até o closet e abriu a porta, sumindo por alguns segundos. Mei se apoiou nos cotovelos, o peito subindo e descendo rápido, curiosa e excitada.
— O que você vai fazer? — perguntou, a voz falhando pela ansiedade.
Heather voltou com um lenço de seda negro nas mãos. O sorriso travesso em seus lábios fez o estômago de Mei revirar.
— Você vai ver. — respondeu simplesmente, com um brilho predador nos olhos.
Mei sentiu o corpo inteiro tremer, um misto de expectativa e adrenalina. Heather subiu na cama novamente, pegou seus pulsos delicadamente e, sem pressa, amarrou-os na cabeceira. O gesto era firme, mas cheio de cuidado, e só aumentava a sensação de vulnerabilidade deliciosa.
— Agora... — Heather murmurou, roçando os lábios no ouvido dela. — Quero que relaxe. Quero ouvir cada som que você fizer para mim.
Mei gem*u antes mesmo de sentir o toque. Heather percorreu seu corpo com a boca, os dentes, a língua, explorando cada curva, cada dobra. Os gemidos enchiam o quarto, cada vez mais altos, enquanto Heather alternava entre provocações lentas e investidas intensas, levando a namorada ao limite da sanidade.
Amarrada, Mei só podia se contorcer e implorar, os olhos fechados, o corpo arqueado em busca de mais. Heather sorria contra sua pele, satisfeita por ter a mulher mais teimosa e brilhante que conhecia completamente entregue debaixo dela.
E quando o corpo de Mei começou a tremer, os gemidos se transformando em gritos abafados de prazer, Heather não parou de ch*pá-la. Intensificou, empurrou-a além do limite, fazendo-a explodir em um orgasmo que a deixou sem fôlego, o corpo mole contra os lençóis.
Só então, Heather subiu até sua boca e a beijou com força, soltando suas mãos devagar. Mei, ainda trêmula, agarrou o rosto dela e a puxou para si, invertendo as posições num movimento repentino. Agora era a engenheira quem montava sobre a capitã, ofegante, os olhos queimando de desejo.
— Minha vez. — sussurrou, antes de descer a boca faminta pelo corpo de Heather.
O quarto se encheu novamente de gemidos, respirações pesadas e palavras entrecortadas. E naquela noite, entre lençóis amassados, beijos profundos e prazer mútuo, as duas se perderam uma na outra até não terem mais forças para continuar.
Fim do capítulo
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