Capítulo 1 - Onde tudo começa
Era o início de Agosto e a senhorita Mizuki Kodama havia acabado de sair de uma longa e tensa reunião em Tóquio. Entrou no banheiro privativo de seu escritório para retocar sua maquiagem impecável, mas mesmo com a melhor base vendida no mercado, era impossível esconder o quanto seus olhos estavam cansados. Bolsas escuras mal disfarçadas sob uma pele perfeita.
“Como eu gostaria de tirar esses saltos”, pensou, com um suspiro quase inaudível. “Na verdade, queria muito a minha cama agora.”
Os dias vinham sendo bastante exaustivos, eram uma maratona de compromissos e decisões, mas Mizuki jamais deixaria isso transparecer. Afinal, era filha do grande Senhor Kodama, o magnata dono da grande, se não a maior, potência em logística mundial conhecida como Grupo Kodama, e esperava-se dela nada menos do que uma postura inabalável. Seu irmão gêmeo, Haruto Kodama, por outro lado, havia acabado de sair de mais uma coletiva com a imprensa, onde a notícia de que a ‘empresa estava com uma crise financeira’ não deveria vazar de forma alguma. Quanto a isso, ela estava tranquila, porque Haruto era o melhor em se tratando de contar notícias de forma a manipular as informações para parecer que uma crise milionária na realidade se tratava de um ‘crescimento tardio’ ou de um ‘investimento futuro’.
Mizuki e Haruto eram os vice-presidentes das empresas Kodama. Ela cuidava da parte burocrática e administrativa e nem mesmo era conhecida pelos funcionários de níveis mais baixos; seu rosto raramente aparecia em público. Já seu irmão tinha seu rosto estampado nas capas das revistas e sites com notícias empresariais, era um verdadeiro porta-voz. Seu pai, o poderoso Hiroshi Kodama, ainda era o CEO da empresa e fazia questão de ser informado de tudo, como sempre. O único período em sua vida que Hiroshi diminuiu sua presença no comando dos negócios foi quando o coração do homem finalmente amoleceu: ele amava sua esposa, Akari, com todo o seu coração.
Akari e Hiroshi estavam felizes e viviam um amor que parecia saído de um filme, um conto de fadas moderno. Como recém-casados, eles viajaram e conheceram o mundo, e Hiroshi não poupava esforços para ver sua esposa feliz. Apenas alguns poucos meses após o casamento, Akari já estava grávida e, para a surpresa de todos, eram gêmeos. Hiroshi se sentia o homem mais feliz do universo ao lado de sua amada esposa, que em breve teriam uma família bastante animada com duas crianças que seriam fruto de todo o amor que compartilhavam.
Porém, a felicidade durou pouco. Akari se sentiu mal por volta do quinto mês de gestação e, após alguns exames, descobriram que ela estava com câncer. A explicação dos médicos foi fria e direta: a indicação seria interromper a gravidez e iniciar o tratamento o quanto antes, pois se tratava de um tipo agressivo. Akari, com uma força inabalável, pediu que não contassem ao seu marido e, com uma determinação ferrenha, não aceitou interromper a gravidez.
“Mesmo se eu interromper a gestação agora, tenho apenas quinze por cento de chance de sobreviver. Mas se esperarmos até os bebês nascerem, eles poderão viver, e meu amado Hiroshi não ficará sozinho”, pensou ela, fazendo a escolha que mudaria a vida de todos para sempre.
Apenas dois meses depois, ela novamente se sentiu mal em casa e precisou ser levada com urgência ao hospital. Os médicos realizaram uma cesariana de emergência, e os gêmeos, apesar de ainda estarem bem abaixo do peso, eram crianças saudáveis, pequenos milagres. Quanto a Akari, ela foi levada para um quarto onde finalmente conheceu seus bebês e, então, contou a Hiroshi, tudo o que ela havia escondido dele. Perdido em seus pensamentos, sentia-se dilacerado pela dor e pela injustiça, Hiroshi saiu correndo do hospital, tentando colocar a mente no lugar. Iria perder o amor de sua vida. Achou injusto ela não ter contado antes; ele teria dado um jeito, ao menos teria sua esposa por mais tempo. Infelizmente, quando enfim ele retornou ao hospital na manhã seguinte, sua esposa já havia falecido. O homem foi tomado por um luto interminável. Hiroshi, daquele dia em diante, mesmo com seus filhos, não era ‘papai’; passou a ser sempre o Senhor Kodama, ergueu uma muralha de profissionalismo e de dor.
Haruto tinha esse nome por significar ‘o brilho radiante do sol’, uma alusão à sua personalidade extrovertida e pública. Mizuki, por outro lado, significava ‘lua bela’, e assim era como o Senhor Kodama os via: para o jovem Haruto, o céu era o limite, com seu brilho incomparável; quanto a Mizuki, ela seria para sempre um reflexo, uma lembrança dolorosa de Akari, ao qual seu pai nem mesmo a olhava nos olhos por causa de sua impressionante semelhança com a falecida mãe. com o passar dos anos o Senhor Kodama autorizou que os gêmeos dividissem as responsabilidades na empresa, e cuidar apenas das questões burocráticas tinha suas vantagens para Mizuki. Afinal, ela sempre podia se passar por uma funcionária qualquer e, com isso, acabava descobrindo irregularidades e os esquemas ocultos dos funcionários. Mesmo que não admitisse em voz alta, o Senhor Kodama sabia que sua filha tinha um talento natural para os negócios, mesmo sendo uma mulher.
No fim daquela tarde, Mizuki recebeu uma convocação para uma reunião urgente na sala de seu pai. Estranhou, porque normalmente o homem nunca solicitava sua presença; ela era a sombra eficiente, não o centro das atenções.
“Será que finalmente ele me colocará como a nova CEO?”, a pergunta pulsou em sua mente, uma esperança há muito silenciada, mas que insistia em florescer.
Chegou apressada na sala do Senhor Kodama e entrou assim que foi anunciada, com a postura impecável de sempre.
— Mandou que me chamasse, Senhor? Seria sobre minha solicitação para assumir a liderança da empresa? — perguntou, sua voz firme, desprovida de qualquer emoção pessoal. Mesmo que fosse seu próprio pai, Mizuki foi ensinada a manter a formalidade com o homem à sua frente, sempre tentando ser uma espécie de filha modelo para que um dia, enfim, seu pai reconhecesse suas habilidades.
— Acredito que saiba sobre nossa filial no Brasil, estou certo? — A voz do Senhor Kodama era grave e sem rodeios.
— Sim, estou ciente.
— Pois bem, iremos para lá no fim do mês para minha visita anual, e deixarei essa questão em suas mãos. Se provar que é apta para tal tarefa, irei considerar sua solicitação.
“Finalmente!”, Mizuki gritou internamente. Seu coração deu um salto, a chance de sua vida estava ali, diante dela.
— Como desejar, Senhor, será feito.
Mesmo que se sentisse totalmente exausta, essa era a chance que Mizuki havia esperado sua vida inteira. Ela iria provar o quão habilidosa ela era, não apenas para o pai, mas para si mesma. Porém achou melhor ser cautelosa e solicitou que todos mantivessem sua real identidade em segredo, um pedido que seu pai já estava acostumado a aceitar, dada a habilidade da filha de descobrir as coisas se infiltrando na empresa como uma funcionária qualquer. Ele não questionou, pois sabia que era uma estratégia eficaz. Preparativos foram feitos e a viagem havia sido agendada.
—xxx—
A chegada do CEO da empresa ao Brasil, juntamente com seu filho Haruto Kodama, a secretária Hinata Matsuzaki e a intérprete Yuri Barbosa, foi um grande evento midiático. A chegada dessa comitiva, como era de se esperar, gerou um burburinho na filial. O atual Diretor da filial, o Senhor Leonardo dos Santos, foi ao encontro do grupo assim que chegaram, um sorriso nervoso no rosto, indicando aos convidados que fossem primeiramente para a recepção que havia preparado. Havia mesas fartas com comidas regionais, refrigerantes, e todos os funcionários estavam ali presentes, festejando, conversando e cumprimentando os ilustres visitantes. Assim que as pessoas foram se dispersando e voltando para seus postos de trabalho, o Senhor Leonardo, com sua polidez costumeira, chamou os convidados para fazerem um tour pela empresa, assim como fazia todos os anos.
Porém, o passeio foi interrompido antes mesmo de começar pelo próprio Senhor Kodama.
— Kotoshi wa tsuā wa okonaimasen. Chokusetsu kaigi ni ikimasu — disse o Senhor Kodama com indiferença glacial, e sua voz firme cortando o burburinho que ainda restava da recepção.
— Iremos direto para a reunião — traduziu Yuki, a intérprete, sua voz ecoando a autoridade do CEO.
Leonardo pareceu surpreso com a mudança repentina na programação, o sorriso vacilando por um instante, mas tentou manter a compostura. Chegaram rapidamente à sala de reuniões, e o Diretor então iniciou a apresentação dos números e conquistas da filial ao Senhor Kodama, sua voz carregada de orgulho.
— Anata ga watashitachi ni teiji shita sūji wa machigatte imasu — interrompeu o Senhor Kodama, as palavras frias como gelo, seu olhar fixo na tela.
O homem aguardou a tradução, sentindo o ar rarefeito na sala.
— O Senhor Kodama disse que seus números estão incorretos.
— Incorretos? Mas eu solicitei que a equipe conferisse os números na semana passada! — justificou Leonardo, uma pontada de desespero em sua voz.
A secretária traduziu a justificativa, e em seguida, veio a resposta contundente do CEO.
— O Senhor Kodama disse que tal negligência é incompatível com o cargo de Diretor. O senhor Leonardo deveria ter conferido os números pessoalmente, afinal, se tratava de uma apresentação para o Senhor Kodama em pessoa. Não acha?
Leonardo parecia em choque, engolindo em seco as palavras afiadas da intérprete. O suor escorria por sua têmpora.
— Entendo, peço desculpas e garanto que isso não se repetirá.
— Estou certa que de fato isso não se repetirá, pois o Senhor Kodama acaba de demitir o senhor do cargo de Diretor. — A voz da intérprete era impassível, como se recitasse um memorando.
— O quê? Como assim? Por quê? — Leonardo gaguejou, o rosto pálido.
— Creio que a explicação é clara, Senhor Leonardo. Como Diretor desta unidade, o senhor precisaria estar totalmente ciente de absolutamente tudo que acontece dentro da empresa, e isso claramente não vem acontecendo. Então, peço por gentileza que o senhor se retire da sala de reuniões. Chamaremos um representante do setor de Recursos Humanos para conversarmos sobre o seu substituto. Agradeço em nome das empresas Kodama pelo seu esforço e dedicação até aqui e desejamos prosperidade em seus novos empreendimentos.
Não havendo como reverter a situação, restou apenas para o Senhor Leonardo sair da sala de reuniões, humilhado e em choque. Mais tarde naquele dia, ele deixaria a empresa Kodama para não voltar mais. Rapidamente, o gerente do setor de Recursos Humanos, um homem de cabelos grisalhos pálido e visivelmente abalado chamado Luis Dantas, chegou à sala de reuniões. Claramente não estava vestido adequadamente para se encontrar com o CEO da empresa, mas ajeitou a camisa enquanto entrava, tentando parecer composto.
— Os senhores mandaram me chamar? — disse com uma voz trêmula, mas prosseguiu. — Creio que seja referente à substituição do nosso diretor. Iremos divulgar e iniciar o processo seletivo imediatamente.
— Não haverá necessidade disso, o Senhor Kodama o chamou aqui apenas para efetivar o novo diretor da filial.
— Ah, certo, que honra! Teremos o vice-presidente da empresa como nosso diretor, então? — perguntou o gerente, os olhos brilhando com a possibilidade de ter Haruto no comando.
— Iie — disse Haruto, balançando negativamente a cabeça, um sorriso quase imperceptível em seus lábios. — Matsuzaki Hinata ga tadachini tō shiten no shitenchō ni shūnin shimasu.
— Exatamente como o Senhor Haruto Kodama explicou — traduziu a intérprete, com um leve desvio de olhar para o fundo da sala. — Quem irá assumir a diretoria desta filial é a jovem sentada no fundo da sala, a Senhorita Hinata Matsuzaki.
A jovem que até aquele momento não havia chamado nenhuma atenção para si e apenas observava o desenrolar dos acontecimentos, com sua pose discreta e séria, era ninguém menos do que a própria Mizuki Kodama. Sua ascensão à diretoria da filial era o primeiro passo de seu plano.
—xxx—
Era o fim de Agosto e o clima ainda estava fresco com a aproximação do fim do inverno. O orvalho ainda cobria a grama do jardim da casa dos Ribeiro, e a madrugada ainda se agarrava ao céu. Lá dentro, Ana estava com aquela preguiça boa de se levantar, o corpo pedindo mais alguns minutos sob as cobertas quentinhas. O dia nem mesmo havia amanhecido ainda, mas ela, deitada ali em seu quarto simples, já havia preparado com muita antecedência todas as roupas e o que iria usar durante aquele dia memorável.
“Finalmente chegou meu primeiro dia, ainda bem que deixei tudo pronto”, pensou, um sorriso sonolento surgindo em seus lábios. Sim, aquele era o primeiro dia em seu novo emprego, uma vaga cobiçada como estagiária na empresa Kodama. Uma multinacional de origem japonesa que tinha uma de suas muitas filiais na cidade de Serra Verde, um município quase vizinho de Água Bela, onde Ana havia nascido e crescido.
A empresa era a mais famosa da região, um farol de oportunidade, conhecida por contratar apenas os melhores dentre os melhores. Por vários meses, Ana havia participado do processo seletivo, enfrentando suas várias e exaustivas etapas. Ela se inscreveu depois de receber a indicação de seu tutor da faculdade, um professor que viu nela um brilho incomum e que precisou redigir uma carta de recomendação impecável para que Ana pudesse ao menos participar do processo. A segunda etapa havia sido uma avaliação escrita, um teste rigoroso onde só seriam aceitos para a terceira etapa os participantes que atingissem no mínimo setenta pontos. Ana seguiu então para a terceira etapa, que consistia em uma dinâmica de grupo, observada por olhos clínicos. A etapa seguinte foi composta de várias e várias entrevistas: com pessoas do setor de Recursos Humanos, psicólogos e até uma coletiva com os supervisores dos setores, cada um tentando desvendar suas capacidades e temperamento dos participantes.
Mas todo aquele esforço iria valer a pena no final. Mesmo que a princípio o salário de estagiária não fosse exorbitantemente alto, Ana sabia que, se ela se esforçasse bastante, teria uma chance – ainda que fosse minimamente pequena – de ser efetivada, e assim sua carreira finalmente decolaria. Era a escada que ela precisava para um futuro melhor.
— Acorda, fia, pra ocê num atrasar no primeiro dia. — disse a mãe de Ana, Dona Maria, que chamava pela menina lá da cozinha, o cheiro de café passado preenchendo a casa enquanto ela preparava o desjejum para seus filhos.
— Já acordei, mãe, estou me trocando — Ana respondeu, a voz abafada, enquanto ainda fazia um grande esforço para se sentar na cama. Suas cobertas quentinhas pareciam um ímã que a atraía de volta para o conforto, para o abraço macio de seu colchão.
“Já já vou estar de volta, minha caminha linda e super confortável, vou morrer de saudades”, murmurou para si mesma, antes de finalmente deslizar para fora do edredom.
A família Ribeiro era humilde, mas repleta de amor e carinho. Dona Maria e o Seu Sebastião eram pais de três filhos: os gêmeos Antônio e Adriano, que eram quatro anos mais velhos, e Ana, a caçula da casa. Ainda criança, Ana já demonstrava que seria uma pessoa fora do comum, e seus pais sabiam que ela se tornaria uma jovem promissora. Diferente de seus dois irmãos mais velhos, que gostavam de correr e brincar lá fora com os meninos da vizinhança, Ana gostava mais de ficar em seu quarto, lendo e estudando. Sempre foi uma criança curiosa, constantemente querendo entender como as coisas funcionavam, e passava horas e mais horas na precária biblioteca de sua escola.
Apesar de morarem na roça e não terem muito dinheiro, Ana desde muito nova sonhava com uma vida melhor. Seus pais nasceram e cresceram para trabalhar na lavoura, mal chegaram a terminar a escola; para seus avós, bastava que soubessem assinar os próprios nomes. Seus irmãos conseguiram estudar um pouco mais e se formaram no ensino fundamental. Logo que seus pais perceberam que sua filha caçula não era como seus outros filhos, buscando incentivar sua criança prodígio, eles juntaram dinheiro escondido durante alguns anos para que em seu aniversário de 16 anos, ela ganhasse um computador de presente, aquele era seu tesouro mais valioso.
Ana sabia o quanto seus pais haviam se esforçado para aquilo e era muito grata por tudo o que eles sempre fizeram por ela. Por esse motivo, ela decidiu que algum dia iria deixá-los muito orgulhosos. Em seu quarto, ela sempre procurava e pesquisava sobre seus assuntos de interesse, além de aprofundar as matérias que os professores de sua escola passavam em suas apresentações de trabalhos, ela se destacava; em suas provas, tirava notas máximas. Com o passar dos anos, ela concluiu seus estudos e entrou na faculdade local com honras, é só o que ainda faltava para pegar seu diploma era a entrega de seu trabalho de conclusão de curso no próximo ano.
Porém, diferente dos outros funcionários da Kodama, ela não havia nascido em uma grande cidade, não havia estudado nas melhores escolas, nem mesmo estava cursando a universidade de maior referência do estado. Mesmo assim, ela foi contra todas as expectativas, conquistando seu lugar como estagiária da empresa Kodama, e estava totalmente decidida que faria o seu melhor todos os dias, com uma mira firme em sua efetivação.
Fim do capítulo
Tarrrdeeee meu povo, Baum?
Mizuki Kodama chegando com tudo gente. E mais alguém ai já amou a Dona Maria? Ana super preparada pra dormir aqueles cinco minutinhos a mais hein kkkk
Pra quem gostou acho que vão gostar também dos conteúdos exclusivos que eu posto no Instagram.
@emi_alfena
Bora lá?
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Jsilva
Em: 28/10/2025
Amando ler essa história ?? já viciada e anciosa já para o próximo ????
EmiAlfena
Em: 28/10/2025
Autora da história
Estamos só começando. Kkkk Vamos ter história completa em breve.
Jsilva
Em: 28/10/2025
Aí q Deusa ????quais seram os dias das postagens ? Gratidão por essa obra linda??
EmiAlfena
Em: 01/11/2025
Autora da história
Vou tentar postar aos sábados e/ou domingos por volta do meio dia.
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EmiAlfena Em: 17/11/2025 Autora da história
Ansiosa pra contar pra vocês tudo que essas duas vão viver. S2