Capitulo 24 - A gata
Samanta
Saio do clube e ligo para algumas pessoas que conheço que poderiam me ajudar a tirar a fofoca do ar, mas infelizmente parece ser mais difícil do que imaginei.
As respostas são sempre as mesmas: “O portal já publicou, Samanta, não tem muito o que fazer agora” ou “Deixa rolar, daqui a pouco sai outra notícia e o povo esquece.”
Só que ninguém esquece. Principalmente quando se trata de mim.
Dirijo pela cidade sem destino, o som do motor servindo de trilha para os meus pensamentos bagunçados. A foto com a Clara já está em todos os lugares — sites, Twitter, perfis de fofoca, grupos de WhatsApp.
Foi só um jantar. Um jantar com risadas, olhares demorados e uma sensação que eu não sentia fazia tempo. E, ainda assim, bastou um flash para transformar tudo em espetáculo.
Depois de uns bons minutos girando em círculos pelas ruas de Florianópolis, decido fazer o que não gostaria de fazer: ir até Zoe.
Minha assessora, conselheira, às vezes terapeuta não oficial. E a pessoa que mais me dá bronca no mundo.
Estaciono em frente ao prédio dela. O porteiro já me conhece e o olhar dele é quase cúmplice quando me libera a entrada, como se dissesse: “Ela vai gritar, mas vai te ajudar.”
Subo de elevador e bato duas vezes na porta. Demora um pouco até ela atender, e quando atende, está com o cabelo preso num coque improvisado, uma blusa larga e cara de poucos amigos.
— Eu devia ter adivinhado — Diz, encostada no batente. — Toda vez que tem caos, você aparece na minha porta.
— Boa noite para você também.
— Entra logo — Resmunga, abrindo espaço.
O apartamento dela está mais bagunçado do que o normal. Uns copos na pia, papéis jogados em cima da mesa, e um cheiro de incenso misturado com perfume feminino, que eu sei que conheço de algum lugar, mas não é o dela.
Finjo que não percebo — ainda.
— Você viu, né? — Pergunto, jogando o celular no sofá. — A bendita foto.
— Vi, li, ouvi e não me surpreendi — Responde, pegando uma caneca de café na cozinha. — “Samanta Vasconcelos janta com mulher desconhecida. Novo casal do ano?” — Imita a voz debochada de um programa de fofoca e revira os olhos. — Sério, Sam, eu achei que depois da Sophie você ia sossegar.
Reviro os olhos também.
— Zoe, eu não estou pedindo para você opinar na minha vida amorosa. Só quero que me ajude a tirar isso do ar.
— Ah, claro, simples assim. — Ela se joga no sofá. — Você acha que dá para apagar a internet agora? As pessoas estão apaixonadas por essa história. Você e a Clara juntas são o combustível perfeito para o algoritmo.
— Eu não quero ser combustível para nada — Digo, contrariada.
— Mas, Sam, você sabe que isso ia acontecer. Você é famosa, óbvio que logo alguém ia ver vocês.
— Eu sei — Murmuro. — Mas eu queria que, pelo menos por um tempo, fosse só nosso.
Ela me observa por um segundo, o olhar mais suave, mas ainda com aquela expressão de “eu avisei”.
— Então é sério mesmo, né? — Pergunta. — Você está mesmo gostando da Clara?
— É. — Digo, quase num sussurro. — Só não queria que o mundo inteiro opinasse sobre isso ainda.
O silêncio se instala por um instante, mas é quebrado por um barulho vindo do corredor, algo caindo, talvez uma garrafa. Zoe dá um salto discreto e finge que não ouviu.
— Tá tudo bem aí? — Questiono.
— Tá, o… gato deve ter derrubado alguma coisa.
— Gato? Desde quando você tem gato? — A encaro.
— Desde recentemente — Diz rápido, evitando o olhar.
— Que tipo de gato faz barulho de vidro quebrando?
— Samanta, foca — Me corta, visivelmente nervosa. — Eu estou tentando te ajudar e você tá caçando assunto.
— Não estou caçando nada — Me defendo, ainda intrigada. — Só achei estranho.
Ela suspira, claramente impaciente, e muda de assunto.
— Falando em estranho… você realmente esqueceu a Sophie?
A pergunta me pega desprevenida. Zoe não costuma tocar no assunto “Sophie”
— Por que isso agora?
— Porque vocês sempre voltavam. — O tom dela é casual, mas sem rodeios. — E eu só estou tentando entender se é diferente dessa vez ou se é mais um ciclo desses que você vive repetindo, e que daqui a pouco você estará com ela novamente.
— É diferente — Respondo, firme. — Com a Clara… é diferente.
Zoe balança a cabeça, como quem ainda não acredita totalmente, ou não quer acreditar
— Eu só não quero te ver em problemas novamente, você já se enfiou em vários. Você sabe que a Sophie te deixava fora de eixo, mas vocês se davam bem.
— Eu sei — Digo, respirando fundo. — Mas eu não vou mais voltar com ela, nem faz sentido isso.
Ela me observa por alguns segundos e, pela primeira vez na noite, parece realmente acreditar em mim. Mas logo muda de tom.
— E o convite da seleção espanhola? Já decidiu o que vai fazer?
— Zoe, eu não quero falar sobre isso. — Reviro os olhos.
— Você nunca quer — Provoca. — Todo mundo está esperando uma resposta, a imprensa, os patrocinadores…
— A decisão já foi tomada desde o início. — Corto. — Só não quero discutir isso agora.
— Então você vai mesmo recusar?
— Provavelmente, sim — Me levanto, nervosa. — Eu só disse que não quero falar.
Ela entende o recado e recua. Mas ainda me olha com aquele olhar de quem sabe mais do que fala. Outro barulho vem do corredor, desta vez mais abafado, como uma porta batendo. Zoe se levanta rápido, vai até lá e fecha uma porta com cuidado demais. Quando volta, tenta sorrir.
— Tá tudo bem, sério.
— Você está com alguém? — pergunto, já certa da resposta.
— Samanta, não começa.
— Ué, só perguntei. — Faço-me de desentendida.
— E eu não vou responder. — Ela toma um gole de café e muda o foco. — Eu posso tentar falar com um contato que tenho aqui na cidade, ver se eles tiram a matéria da capa. Mas é o máximo que dá para fazer.
— Já ajuda — digo, pegando o celular. — Obrigada, de verdade.
Nos olhamos por um segundo, e eu percebo que ela está mais cansada do que irritada. Como se a vida dela tivesse ficado mais complicada do que ela quer admitir. Decido não insistir.
— Bom, não quero atrapalhar a… gata. — Faço aspas com os dedos.
Ela ri, mas o riso sai meio tenso.
— Você é insuportável.
— Eu aprendi com você.
Nos despedimos com um abraço rápido. Quando saio do prédio, o vento frio da noite me faz arrepiar. Entro no carro e fico parada, olhando para o nada, tentando entender por que tudo parece desandar de uma vez.
O celular vibra. É Liz.
— Oi.
— Samanta, você tá com a Clara? — a voz dela sai apressada, quase trêmula.
— Não, por quê?
— Eu recebi uma mensagem dela há uns dez minutos. Só dizia: “O Nicolas pode dormir com você?” — Liz faz uma pausa. — E mais nada.
— O quê? — Me ajeito no banco, o coração acelerando. — Isso não faz sentido.
— Pois é. Eu liguei e ela não atendeu. Tentei mandar mensagem e não visualiza. — Liz respira fundo. — Você pode ir até o apartamento dela? Ver se tá tudo bem?
— Claro que posso.
— Eu tenho a chave reserva aqui. Passa aqui em casa, eu te empresto.
— Tô indo agora.
— Sam… — a voz dela suaviza. — Se tiver algo estranho, me liga, tá?
— Pode deixar.
Desligo, mas eu continuo parada, encarando o painel do carro. A mensagem da Clara ecoa na minha cabeça. Ela nunca escreveria isso assim, do nada. Algo está errado.
Ligo o carro e começo a dirigir. As luzes da cidade se misturam ao reflexo da chuva fina que começa a cair.
Mas, no fundo, algo me diz que essa noite vai mudar tudo.
Clara
Não atendo a ligação do meu pai, não quero mais problemas agora. Apenas sigo para casa e, no caminho, decido mandar uma mensagem para Liz pedindo para o Nicolas dormir com ela. Não estou bem e não quero que ele me veja assim.
O trânsito parece mais lento do que nunca. As luzes dos carros me cegam um pouco, e o som do pisca-pisca vira um tremendo incômodo, com o turbilhão de pensamentos na minha cabeça. A foto, as notícias, as mensagens de pessoas que eu nem conheço dando opinião sobre a minha vida — tudo se mistura, me deixando tonta.
Quando finalmente chego ao prédio, subo pelo elevador e, quando a porta se fecha, o peso do dia inteiro parece cair sobre mim de uma vez.
Entro em casa, largo a bolsa no sofá e fico ali parada, olhando o vazio. O apartamento está silencioso demais. Pego o celular e abro o Instagram por impulso, mas me arrependo no mesmo segundo. As matérias continuam se multiplicando: “Estamos cada vez mais perto de descobrir quem saiu para jantar com Samanta Vasconcelos — quer acompanhar o novo romance?”
Fecho o aplicativo e jogo o celular no sofá. Respiro fundo pela milésima vez no dia. Preciso me acalmar.
Vou até o quarto do Nicolas, mesmo sabendo que ele não está lá. O travesseiro ainda tem o cheiro dele. Por um instante, penso em como é estranho amar tanto alguém e ainda assim sentir culpa por não ser perfeita para ele.
Volto e vou para acozinha, pego um copo d’água e tento convencer meu corpo de que vai dar tudo certo. Que amanhã ninguém vai mais se importar.
Mas aí a campainha toca. Duas vezes. Rápido.
Congelo.
A única pessoa que tem a senha de acesso ao prédio, além de mim e da Liz, é a Samanta.
Meu coração dispara.
Claro que é ela.
Ela deve ter vindo.
Corro para aporta, o peito apertado entre ansiedade e alívio, e abro com um sorriso nervoso. Mas o sorriso morre na mesma hora.
— Pai?
Ele está parado no corredor, impecável como sempre, e aquele olhar severo que sempre me faz voltar a ter quinze anos. As rugas no rosto dele parecem mais duras do que nunca, como se cada uma fosse um lembrete do quanto eu o decepcionei. No dia em que contei que estava grávida, ele me olhou desse mesmo jeito.
— Posso entrar? — Pergunta, a voz calma demais para ser inofensiva.
Engulo em seco e abro espaço.
— Claro.
Ele entra, observando tudo ao redor com aquele olhar analítico de quem está prestes a apontar defeitos. Os brinquedos estão espalhados pela casa, com a bagunça feita pelo Zeca, a blusa do Nicolas pendurada na cadeira. Tudo parece irritá-lo. Até minha respiração.
— Eu vi a notícia. — A voz dele corta o ar. — Sobre você.
Tento me controlar para não agravar a situação
— Que notícia?
— Não me trate como se eu fosse cego, Clara. — Ele tira o celular do bolso, gira a tela para mim. A foto. Eu e Samanta no restaurante, sorrindo uma para a outra. — Isso.
Meu estômago vira, fazendo com que o almoço queira sair, mas tento segurar a ânsia de vômito.
— Ninguém citou meu nome — Murmuro.
— Eu não preciso que citem. — O tom dele é frio, preciso. — Eu te reconheço. E reconheço quando a minha filha está se metendo em encrenca de novo.
Fico quieta. Tento não tremer. É sempre a mesma coisa.
— Você já deu desgosto o bastante — Continua ele, andando pela sala. — Teve um filho sem pai, abandonou o que poderia ser uma carreira estável para brincar de ser pintora, e agora isso. Namorando uma mulher.
A última frase sai carregada de desprezo, e é como se uma lâmina fria passasse pelo meu peito.
— Eu deveria imaginar que isso aconteceria, eu vi o jeito que ela te olhou na festa do garoto.
— Ele é seu neto e você não consegue nem o chamar pelo nome — Minha voz sai mais desprezível do que planejei.
Ele não reage, não demonstra nenhum arrependimento de tratar meu filho e eu da maneira como trata.
— Eu não estou brincando de nada, pai — Falo, tentando manter a voz firme. — A pintura é o que me mantém de pé.
— De pé? — Ele solta uma risada seca. — Você vive tropeçando nas próprias escolhas. Como pretende sustentar uma criança doente desse jeito?
Sinto o rosto queimar. Ele pode me acusar do que quiser, mas não meu filho.
— O Nicolas não é um problema, é meu filho. E ele está bem.
— Está bem por enquanto. — Ele fala devagar, como se quisesse me ferir com cada sílaba. — Mas você acha mesmo que vai conseguir cuidar dele com “arte”? Ainda bem que não desistiu do emprego que tem, até me surpreende não ter feito essa merd*.
Fecho os punhos e os olhos.
Se concentre, Clara. Ele logo vai embora.
— Eu estou tentando fazer o meu melhor.
— O seu melhor não é suficiente. Nunca foi.
Dessa vez, não consigo segurar, e antes mesmo que ele volte a destilar seu veneno, eu grito.
— CHEGA — A palavra o choca, mas é o suficiente para fazê-lo parar. — Eu cansei de ouvir isso.
— Clara, eu só estou falando a verdade.
— Não, o senhor não está falando a verdade, nem está preocupado com ela, só quer me controlar. Como sempre. — Dou um passo à frente, o coração disparando. — Desde que eu era criança, o senhor só me mostrava o que eu não podia ser. E agora que eu finalmente sou eu mesma, o senhor vem aqui me chamar de vergonha? Eu cansei de ouvir isso.
— Porque é isso que você é.
Sinto algo se partir dentro de mim. Um estalo interno, profundo. E, pela primeira vez, não tento esconder.
— Então me apaga da sua vida, pai. — A voz sai trêmula, mas firme. — Se eu sou um desgosto, se é isso que o senhor enxerga, então esquece que eu existo.
— Clara…
— Saia da minha casa. — Aponto para a porta. — Agora.
— Quem você pensa que é para me mandar embora? — Ele parece começar a perder o controle, mas mesmo o medo não me faz parar. Não hoje.
— Eu sou a dona dessa casa, a dona da minha vida, faz anos que não dependo de você, então não vou mais deixar suas ofensas me abalar.
— Não seja ridícula…
— Não seja ridículo, você — Grito novamente — O senhor está com tanto tempo livre assim? — Abro os braços — Não tem mais nada para fazer além de querer controlar minha vida e me ameaçar?
— Você só envergonha meu sobrenome, como quer que eu não tente te controlar?
— Pois saiba que sou eu quem tem vergonha de ter o seu sobrenome. — Pela primeira vez na vida, ele parece ser atingido. — Pode ter certeza de que, se eu tivesse escolha, não o teria mais.
O silêncio que segue é ensurdecedor. Ele me encara com aquele olhar de quem está prestes a perder o controle, mas se segura por puro orgulho. Depois, ajeita o casaco, endireita a postura.
— Você vai se arrepender.
— Talvez. — As lágrimas começam a escorrer, mas não desvio o olhar. — Mas, pelo menos, vai ser por viver do meu jeito.
Ele respira fundo, encara o chão, vejo a força que faz para não agir como sempre age. Agressivo. E eu fico em alerta para reagir a qualquer reação dele. Mas, surpreendentemente, ele vai embora. Vira as costas como se eu não merecesse qualquer explicação ou atenção. Apenas vai.
A porta bate.
E o som ecoa como um trovão.
Fico parada por alguns segundos, o coração disparado, as pernas trêmulas.
Depois, desabo.
Sento no chão e choro, não aquele choro contido, disfarçado — o outro. Aquele que vem de dentro, rasgando, pesado, que parece não ter fim. E, quando as lágrimas secam, vem a raiva.
Raiva dele.
Raiva de mim.
Raiva de tudo.
Vou até o quartinho do fundo, o meu ateliê. Lá dentro, o cheiro de tinta e verniz me envolve, e por um segundo penso em respirar fundo e me acalmar. Mas não consigo.
As telas estão todas encostadas na parede, me olhando como testemunhas silenciosas da minha tentativa de existir. Sem pensar, agarro uma delas e atiro no chão.
Depois, outra.
E mais uma.
Vou até onde ficam meus instrumentos de trabalho e pego uma tesoura, e destruo ainda mais cada tela pintada. Tento pôr para fora toda a frustração que sinto, a raiva, o desespero. Derrubo as latas de tinta, os materiais, tudo que vejo pela frente.
Só deixo uma de pé.
A última que pintei.
Samanta.
Ela está ali, sentada perto da fogueira, o violão no colo, o olhar perdido me encarando.
Aquela noite na casa de campo, quando tudo parecia mais simples. Quando ela me olhou e eu entendi que podia, enfim, respirar sem culpa.
Me ajoelho diante do quadro, passo os dedos sobre a tinta já seca e sinto o peito apertar.
O choro volta, mais silencioso, mais pesado.
— Desculpa… — Sussurro, sem saber para quem.
Fico ali, imóvel, até ouvir a porta da frente se abrindo.
— Clara? — A voz dela.
A voz que é capaz de me trazer de volta, a voz que ouvi quando estava me afogando na casa de campo, a voz que me salvou aquele dia e vem me salvando em todos.
Ela aparece na porta do ateliê, o rosto preocupado, o olhar percorrendo o caos ao redor.
Os quadros quebrados, o chão coberto de tinta, eu no meio, encolhida.
— Meu Deus… — Se aproxima. — O que aconteceu?
Eu tento responder, mas o nó na garganta não deixa. As lágrimas voltam, e só balanço a cabeça.
Samanta se ajoelha, me puxa devagar para o peito dela. O calor do abraço é tudo o que eu precisava.
— Tá tudo bem — ela sussurra, mesmo sabendo que não está. — Eu tô aqui.
E eu desabo. Choro tudo o que segurei o dia inteiro, ela não fala mais nada. Só me segura, acaricia meu cabelo e me deixa chorar. Por alguns minutos, o mundo inteiro some, existe só o som do meu soluço e o toque dela.
Quando finalmente consigo respirar, levanto o rosto e olho para Samanta. Ela me encara com os olhos marejados, a testa encostada na minha.
— Eu tentei… — digo, com a voz falhando. — Eu juro que tentei não desabar.
— Eu sei. — Ela passa o polegar no meu rosto, limpando as lágrimas. — Agora deixa eu cuidar de você um pouco.
Encosto a cabeça no ombro dela e, pela primeira vez em muito tempo, deixo alguém cuidar.
O quadro de Samanta continua de pé, no meio do caos. E, de algum jeito, isso basta para me lembrar que ainda há beleza mesmo quando tudo parece ruir. Que eu não preciso ter vergonha de amar uma mulher. De amar Samanta.
Fim do capítulo
Oi gente.... Dessa vez voltei mais rápido hahahaha
O que acharam da coragem da Clara? Sei que muita gente achava que ela já deveria ter tido coragem desde antes, mas sabemos o quanto é difícil enfrentarmos nossos próprios demônios. Mas ela começou a dar os primeiros passos.
Não esqueçam de comentar muito.
Espero que a leitura tenha te feito uma boa companhia. Até breve.
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HelOliveira
Em: 24/10/2025
Feliz finalmente a Clara enfrentou esse deveria pai....não suporto com ele se refere ao Nico...
Sam claro chegou para ser o suporte da Clarinha...
Capítulo muito bom....
Quem a Zoe tá escondendo? Tem coisa ai
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Socorro
Em: 23/10/2025
Finalmente, ufa!!!
Que capítulo intenso!!!
nao entendi essa Zoe, que ela não atrapalhe kkk
faltou um tapa nesse velho kkk ps. Sou contra a violência tem casos que merecem independente do sangue kkk
Paloma Matias
Em: 24/10/2025
Autora da história
Já foi um grande passo a Clara conseguir se impor, dar um tapa nele seria demais para ela kkkkk
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Paloma Matias Em: 24/10/2025 Autora da história
Para mim algumas coisas são difíceis de escrever, porque querendo ou não sinto a emoção da cena, e realmente a forma como ele trata o Nico me dói demais.
Clara mereceu esse grito de liberdade