Cheguei em casa depois de um dia intenso fora da cidade em um congresso de professores, o que mais queria era me jogar no sofá e dormir ali mesmo, e o fiz. Deitei nele fechando os olhos por alguns segundos, só precisava daquilo. Mas, o meu corpo pedia urgente um banho quente, e também, precisava tomar alguma coisa, estava com cede.

A casa em silêncio, estranhei, levantei olhando em volta, depois segui para o quarto, estava escuro, na cama a Bia dormia serena, sorri seguindo em direção a ela, sentei e me abaixei depositando um beijo em seu rosto, se espreguiçou sonolenta, abriu um sorriso lindo e disse.

– Tentei esperar por você, amor, mas acabei adormecendo.

– Desculpa, se soubesse que estava me esperando teria fugido da reunião e vindo correndo para seus braços.

– Sua boba – me puxou para seus braços, nossos lábios se tocaram saudosos, um beijo calmo para apreciarmos cada segundo, depois de alguns minutos ela tocou meu rosto dizendo ainda entre meus lábios – parece cansada, porque não vai tomar um banho gostoso e depois se juntar a mim, aqui na cama?

– Jamais recusaria um pedido como esse, meu amor – sorri recebendo um beijo estralado nos lábios – onde está Izzie?

– Foi passear com Lara e Murilo, acho que eles estão querendo tomar nossa pequena... – sorriu divertida, mas não pude evitar de perceber o “nossa” que ela incluiu.

– Você disse o que, amor?

– Que eles estão querendo tomar nossa pequena... – me olhou confusa – você está bem, anjo?

– Sim, só que você disse “nossa pequena”, primeira vez que diz isso.

– Ah, mas Izzie é tão sua quanto minha, amor, nem precisava afirmar isso.

Aquilo teve o poder de me tirar um sorriso lindo, ter a Bia e sua filha na minha vida, era o maior presente que eu poderia ter pedido a Deus, e agora ela dizendo isso.

– Sou a mulher mais feliz desse mundo por ter vocês na minha vida, Beatriz, sou muito grata por isso.

Estava emocionada, beijei seus lábios apaixonada, afaguei seu rosto recebendo um sorriso lindo, corri para o banheiro para tomar banho e voltar para os braços dela. O cansaço milagrosamente havia sumido, quando voltei para o quarto, a tv estava ligada, clareando o lugar. Na cama, a mulher mais linda do mundo me olhava sorrindo, um dos braços atrás da cabeça, a cena mais incrível que já tinha presenciado.

Encostei no batente da porta e fiquei admirando-a, que sorrindo perguntou.

– Porque está aí me olhando desse jeito?

– Quero eternizar esse momento em minha cabeça... – me aproximei um passo de cada vez, na cama gatinhei sobre ela até nossos lábios estarem mais uma vez unidos, quando me afastei, sussurrei – já disse o quanto você é linda?

– É sempre bom ouvir isso de seus lábios, meu amor.

– Te amo tanto, sabia... tanto que chega a doer.

– Shiiiii... – ela tocou meus lábios com a ponta de seus dedos, sorri o mordiscando de leve – não fala assim, eu também amo você, e não é para doer, isso é para celebrarmos.

– Verdade?

Fiquei por cima dela beijando cada pedacinho de seu rosto, alternando entre o pescoço e seu ombro que estavam a amostra.

– Sim, é muito verdade... – me aproximei de seus lábios, deitei ao seu lado e nos beijamos apaixonadamente.

Minha mão, depois de alguns minutos nos beijando, deslizava pela pele quente dela... braços... ombros... nossos dedos se interligaram... continuei a acariciá-la de leve, sentindo sua pele se arrepiar ao meu toque.

Um leve gemido entre meus lábios sinalizou que eu poderia continuar... e assim o fiz... dedos deslizando dos ombros dela para seu seio... e por cima da fina regata que ela usava, senti o bico de seu seio reagir ao meu toque, e daquela vez quem gem*u fui eu, deliciada.

Com a ponta dos dedos acariciei um... depois o outro... apertando de leve entre minha mão... enchendo meus dedos com aqueles seios deliciosos... ela devorava a minha língua, como gostava de fazer... me dominava com a boca e eu a dominava com minha mão cheia de dedos salientes.

Desci pela sua barriga alcançando sua calcinha, passando direto por dentro dela... meu objetivo era chegar o mais rápido possível ao seu sex*... e ela sabendo disso, entreabriu as pernas, dando passagem... segundos depois estava tocando-a intimamente... seus gemidos entre nossos lábios me levando a loucura...

Desci meus dedos e vi o quanto estava molhada, sem esperar muito, desci entrando nela com eles... senti seu corpo arquear... seu sex* pulsar em meus dedos e a contração apertando-os dentro dela... estoquei de leve, segundos depois ela rebol*va gostoso em meus dedos... molhando minha mão... me enlambuzando com seu doce néctar... salivei entre seus lábios...

Mas ela acabou se perdendo no beijo, desceu mordiscando meu pescoço, deslizando suas mãos em meu corpo, me fazendo sucumbir ao desejo... enquanto meus dedos entravam e saiam dela, com vontade... minha boca salivando, queria descer e substituir minha mão pela minha boca... me deliciar nela... deveria estar uma delícia, mas me abaixei um pouco, tocando seus seios com minha boca quente... mordiscando por cima do pano, seu seio rígido...

– Amor... – ela dizia quase sem voz... – preciso de você agora...

– Paciência, meu amor, já chego lá... – sorri sabendo que ela perderia a razão e a paciência logo, e em seguida afastou a alça da regata dando seu seio para eu ch*par... claro que não neguei aquele pedido... e no instante em que meus lábios os tocaram, ela gem*u alto... e com minhas estocadas já aceleradas, senti suas pernas apertarem minha mão, gozou deliciosamente em meus dedos.

Não parei, apesar da resistência, suas pernas apertavam firme minha mão... ainda sugando seu seio... e quando senti meus dedos livres, os trouxe para meus lábios... sugando um de cada vez, limpando todo seu gozo que escorria neles... olhando safada para ela, que mordiscava os lábios, apertando suas pernas em seu sex*, querendo mais.

Em segundos ela me virou na cama, foi tão rápida que quase nem tive chance de resistir, a camiseta que estava usando saiu voando pelo quarto, sua boca explorava cada pedacinho do meu corpo... minha calcinha quase não sobreviveu ao seu ataque... meu sex* molhado latejando por ela querendo sua boca... passou de leve sua língua em meu clit*ris, gemi... segurei firme os lençóis me prendendo para aproveitar aquele momento...

Estava em brasa, meu corpo se rendendo quando me fez goz*r deliciada em sua boca, me sugava com vontade... meus gemidos cada vez mais altos, desceu e enfiou a língua toda dentro de mim, g*zei no segundo seguinte rebol*ndo... g*zei mais uma vez em seus lábios, senti ele escorrendo... quente... ela sugando cada gota se deliciando.

E não ficamos por ali... mais uma vez... outra... mais uma... a noite estava apenas começando... o dia cansativo ficou para trás... só pensava em satisfazer cada vez mais a mulher que eu amava.

(...)

Três anos depois... 

O sol entrava pela fresta da janela e pegava em meu rosto, quente e acolhedor, estava exausta, não dormi nada aquela noite. Passei a mão na cama, Bia não estava lá, ouvi risos vindo da sala, sorri também. Me espreguicei levantando, fui para o banheiro, tomei banho e tirei aquele cansaço do corpo, coloquei uma roupa leve, estava de recesso na escola, o que me animava muito aquele dia, peguei uma virose que me derrubou, quase dois dias de cama, na verdade, estava bem melhor em comparação aos outros.

Segui para a sala, da porta as vi no chão, Izzie gargalhava, Lucy agitando o rabinho, não seguia mais o ritmo da dona, mas se animava com tudo, e no centro, Sarinha, com suas perninhas bambas sendo seguida de perto pela Bia que a incentivava, meu coração se encheu de amor com aquela cena, nossa bebê estava ensaiando seus primeiros passos, na verdade ela já tinha começado uns dias atrás, mas ainda não estava tão segura.

Ao dar o primeiro passo em direção a Bia, todos fizeram festa, sorri seguindo para junto delas.

– Mamãe, Sarinha está andando, está vendo?

Izzie dizia toda orgulhosa, sorri, ela passou a me chamar de mãe desde o primeiro dia em que Sara aprendera falar suas primeiras palavras, e estava tão feliz de saber que Izzie me via assim, e me enchia de amor quando ela me chamava de mãe.

– Eu vi, meu amor, estou orgulhosa dela... – me aproximei pegando minha bebê e abraçando forte.

– Oi, amor, como você está? – Bia me deu um beijo e um abraço perguntando preocupada.

– Estou melhor, meu corpo não dói tanto, e estou sem febre, graças a Deus.

– Que bom, amor, estava preocupada com você, trouxe as crianças para a sala para você conseguir descansar até mais tarde.

– Obrigada, amor, consegui descansar bem... – recebi o afago dela, nos seus olhos a marca do cansaço, mas sorria lindamente em minha direção.

Nossa bebê em meus braços, resmungava e logo pediu para descer e seguiu gatinhando para junto da irmã e Lucy que assim que a viu se aproximar, levantou indo em sua direção abanando o rabinho. Bia me pegou em seus braços, me abraçando forte, beijando meu rosto, sussurrou.

– Fiquei preocupada com você essa madrugada, amor, sabe que não pode me assustar assim.

– Oh, Bia, meu amor, é só uma gripe, já estou bem melhor, não precisa se preocupar tanto... – sorri, mas nos olhos dela a preocupação, seguimos para o sofá, onde ela me abraçou forte quando nos sentamos.

– Mesmo assim, não gosto de ver uma de minhas garotas doente, vocês são a minha vida, não consigo respirar direito se uma de vocês não está bem, sabe disso, amor.

– Eu sei, meu amor, mas já estou melhor, juro para você... – beijei seus lábios, sorri, demorou um pouco e ela sorriu de volta, naquele momento Sara estava fazendo festa no meio da sala.

– Pam, não me canso de agradecer por isso, mas obrigada pela família maravilhosa que construímos, sou muito grata por ter você ao meu lado, amor.

– Também sou grata por ter você comigo, amor, nunca minha vida fez tanto sentindo antes de você e Izzie entrarem nela, agora Sara veio nos completar, sou a mulher mais feliz da face da terra por ter vocês como meu porto seguro.

Afaguei seu rosto, emocionada, aqueles olhos verdes que eu tanto amava, brilhantes em minha direção... Izzie batendo palmas feliz, Lucy latindo animada... Sara em pé com suas perninhas bambas batendo palma e rindo, minha definição de felicidade estampada naquela cena, sim, eu era a mulher mais feliz do mundo e podia provar.

Nos juntamos as crianças, olhei para o quadro do nosso casamento dois anos atrás, a felicidade estampada em meus olhos, e no olhar da Bia em minha direção, dizia tudo sem expressar uma palavra. Sorri, ao lado o quadro de Sara, em pensamento agradeci por ter conhecido ela e conhecido o real significado do amor, demos o seu nome para nossa filha para eternizar a sua memória, quando sugeri para a Bia que o fizéssemos, ela ficara emocionada, e eu também e tenho certeza que esteja onde estiver, ela está feliz por nós, e ao sentir uma brisa entrar pela janela, meus olhos se encheram de água, sabia que era a forma dela nos dizer que estava conosco, Bia me abraçou ao me olhar e ver meus olhos rasos d’agua sussurrou apaixonada.

– Te amo, Pam...

– E eu amo você, amor...

Nossa história só estava no começo, e ainda tinha muita coisa para acontecer, e estava ansiosa pelos próximos “episódios” sabia que se tivesse a Bia e nossas filhas ao nosso lado, tudo que viesse seria para nos completar.

(...) Fim

Fim do capítulo