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Segredos no Mar por Raquel Santiago

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Palavras: 1919
Acessos: 380   |  Postado em: 10/10/2025

Capitulo 33

Heather encostava a testa na janela de seu quarto, olhando a rua vazia lá embaixo. As mãos ainda tremiam pelo desespero de não encontrar Mei. Ela tinha percorrido cada ponto que poderia tê-la levado, os hotéis próximos, as pousadas, tudo em vão.

Ela se sentou na cama, o coração apertado. A noite anterior parecia um sonho distante, as risadas, os beijos, os abraços, agora substituídos pelo silêncio esmagador do quarto vazio. Como tinha deixado isso escapar? Porr*, ela era a capitã, a responsável por tudo, por todos no Queen Seas, e não conseguiu impor ordem na própria vida, não conseguiu proteger o que era mais importante para ela, Mei.

Heather fechou os olhos, sentindo a culpa que a queimava por dentro. Ela poderia ter ficado ao lado de Mei Mei, colocado limites claros, mostrado que não se importava com fofocas, que ninguém teria o direito de julgar. Mas, ao invés disso, havia cedido ao medo, ao medo de ser julgada, ao medo de expor seus sentimentos. E agora... tudo estava quebrado.

Ela abriu os olhos, encarando o teto, respirando fundo, tentando se organizar. Precisava de Mei. Precisava pedir desculpas. Nada mais importava, nem a opinião da tripulação, nem a opinião de Xiao. O que importava era Mei, era o que elas tinham construído, e Heather não podia perder isso. Agora que ela não tinha mais a garota, estava a ponto de sufocar.

- Eu vou consertar isso... - murmurou para si mesma, a voz firme, carregada de determinação. - Eu não vou deixar o medo vencer. Eu vou trazer você de volta pra mim, Mei. Eu prometo.

(---)

O dia amanheceu, mas para Heather a manhã trazia apenas o peso da noite mal dormida. Ela acordou com a cabeça pesada, os olhos ainda ardendo de cansaço. A luz da manhã entrava pela fresta da janela, mas não conseguia iluminar o vazio que ela sentia.

Heather se arrastou para fora da cama, vestiu uma calça de moletom e uma camiseta, descendo as escadas sem pressa. O cheiro de café fresco e panquecas preencheu a casa, um lembrete agridoce da normalidade que ela havia quebrado. Encontrou o pai na cozinha, de costas para ela, mexendo em uma frigideira. Andrew parecia calmo, mas Heather sentiu o silêncio pesar, carregado de perguntas que ele não tinha feito na noite anterior.

Ela se sentou à mesa, apoiando o rosto nas mãos. Andrew se virou, colocou um prato de panquecas na frente dela e uma caneca de café fumegante. Ele não disse nada de imediato, apenas a olhou com o mesmo olhar calmo e profundo de sempre.

- Não precisa dizer nada - Heather murmurou, a voz rouca. - Eu sei.
Andrew suspirou, sentando-se em frente a ela. - Eu sou uma covarde.

- O que aconteceu entre vocês, filha?

Heather respirou fundo, fechando os olhos por um segundo.

- A verdade veio à tona, pai. O Xiao descobriu tudo. Ele confrontou a Mei na frente de toda a tripulação, lá no porto.

O rosto de Andrew se tornou sombrio, mas ele não expressou surpresa. Mei não merecia nada do que a família estava fazendo com ela.

- Xiao, ele... ele se sentiu traído - Heather continuou, com a voz embargada. - E eu, em vez de defender a Mei... eu congelei. Eu tive medo. Não consegui.

Ela balançou a cabeça, as lágrimas se acumulando novamente.

- Eu fui covarde, pai. Deixei o medo me paralisar. E agora... agora ela se foi. Não sei se ela vai aparecer no porto para a temporada. Não sei se ela vai querer me ver.

Andrew estendeu a mão sobre a mesa, tocando a dela com carinho.

- Você não é covarde, Heather. Você só estava assustada. É a primeira vez que você se apaixona por alguém assim, de verdade. É a primeira vez que algo na sua vida foge do seu controle. E é normal ter medo.

- Mas agora é tarde demais. Ela se foi. Eu não consegui protegê-la.

Andrew olhou para o café, pensativo.

- As pessoas não precisam ser protegidas o tempo todo, Heather. Elas precisam de um parceiro que fique ao lado delas. A Mei está lutando por ela mesma, e a família dela é complicada. A pergunta é: você vai lutar por ela? A sua busca na noite passada mostrou que você se importa. Agora, mostre que você tem a coragem de que ela precisa. A coragem não é ausência de medo, filha. É agir apesar dele.

Heather ergueu a cabeça, as palavras do pai penetrando em seu coração.

- Eu não sei se ela vai me perdoar. Ela parecia bem magoada. Só quero que ela apareça no porto hoje. Não sei mais o que fazer, não a encontro e ela não atende as minhas ligações.

- A temporada está prestes a começar, não está? - ele fez uma pausa, o olhar intenso e encorajador. - Se eu fosse você, eu me levantaria dessa mesa, colocaria a sua roupa de capitã e iria para o porto. Não para encontrar a sua tripulante, mas para encontrar a sua mulher. Mostre a ela que você está disposta a lutar por ela na frente de todo mundo, assim como ela fez por você. A Mei não parece ser alguém que abandona o barco, ela vai aparecer.

As palavras de Andrew ecoaram na cabeça de Heather. Ele tinha razão. Não se tratava mais de ter medo, mas de agir com coragem. Ela se levantou, a caneca de café ainda quente na mão. A dor ainda estava lá, mas uma nova chama de determinação ardia em seu peito.

(---)

O vento frio do Bering cortava o rosto de Heather enquanto ela subia a rampa do Queen Seas. A tripulação já estava a postos, preparando os equipamentos, verificando os motores, ajustando redes e tanques de caranguejo. A embarcação, gigantesca e imponente, parecia vibrar com a expectativa do início da temporada.

Mas algo faltava. Mei não estava ali. O peito de Heather doeu de imediato, um vazio que parecia rasgar o ar gelado. Cada movimento da tripulação, cada risada e piada, soava distante. Mei devia estar ali, ela era parte do barco, parte da rotina, parte da vida dela. E agora... o espaço que Mei ocupava estava vazio.

Boris, que notara a expressão tensa de Heather assim que ela pisou no convés, aproximou-se com aquele jeito direto e sem filtros.

- Onde está a Mei, chefe? - perguntou, franzindo as sobrancelhas. - Ela vai aparecer? - pausou, analisando o rosto de Heather, - E... vocês duas... estão mesmo juntas?

Heather engoliu em seco, sentindo cada olho da tripulação, ainda alheia ao segredo que agora estava exposto, observando-a com curiosidade contida. Mas ela respirou fundo e decidiu não fugir. Era hora de ser corajosa.

- Sim, estamos juntas. - disse, firme, com a voz controlada, mas carregada de autoridade. - E não quero ouvir comentários maldosos ou fofocas sobre isso. Aqui estamos para trabalhar, para ganhar dinheiro, não para falar sobre minha vida pessoal. A minha vida e da Mei só diz respeito a nós duas.

Um silêncio pairou por alguns segundos, carregado de tensão e respeito. Boris assentiu lentamente, percebendo que aquela não era uma abertura para brincadeiras ou provocações.

- Entendido, chefe. - murmurou, voltando para organizar os tanques. - Vamos nos concentrar na temporada.

Heather observou cada movimento da tripulação, mas o vazio continuava. Mei deveria estar ali, ajudando com os equipamentos, rindo com Boris e Hans, discutindo ajustes com Victor. Ela devia estar... presente. O fato de não estar a deixava ansiosa, nervosa, mas ao mesmo tempo decidida: assim que houvesse uma oportunidade, ela encontraria Mei e resolveria tudo, custasse o que custasse.

Ela respirou fundo, se concentrando nos preparativos da embarcação, cada detalhe lembrando-a da responsabilidade que tinha como capitã. A temporada começaria, e, apesar do caos interno, ela precisava liderar. Mas no fundo, seu coração batia descompassado, esperando que Mei aparecesse a qualquer momento para que pudesse abraçá-la e, finalmente, tentar consertar o que havia sido quebrado.

Heather entrou na casa do Leme, fechando a porta atrás de si. A madeira rangia levemente, mas não havia barulho que pudesse competir com o turbilhão em sua cabeça. Respirou fundo, tentando retomar o controle. Precisava traçar a rota de pesca antes que o Queen Seas deixasse o porto de Dutch Harbor. As cartas náuticas estavam espalhadas sobre a mesa, marcadas com anotações da última temporada, e Heather começou a revisar cada detalhe com o cuidado habitual.

Enquanto isso, no convés, a tripulação permanecia em movimento, preparando os equipamentos, ajustando as gaiolhas, refrigerando as iscas. Mas o assunto que pairava no ar era outro: a relação entre Heather e Mei.

- Olha... - começou Boris, baixo, falando com Victor e Hans enquanto observavam Heather concentrada no Leme. - Não se metam na vida das duas. Isso não é problema nosso.

Victor cruzou os braços, olhando para a tripulação ao redor.

- Exatamente. Não é da nossa conta. Heather sempre foi competente, a capitã que manteve este barco funcionando sem falhas, e a Mei... bem, ela salvou a bunda de todos na última temporada com seus conhecimentos de mecânica e engenharia. Ambas merecem respeito.

Hans assentiu.

- Concordo. Ninguém aqui deve atrapalhar. Elas já devem estar enfrentando problemas demais com a família.

Igor, no entanto, franziu a testa, mostrando sua desaprovação de forma clara.

- Não sei... algo assim não parece certo.

Victor revirou os olhos e riu baixo.

- Igor, você só está chateado porque queria a Mei pra você. Mas a capitã foi mais rápida e a conquistou. Aceita, cara.

Um silêncio descontraído caiu sobre o convés, e logo todos voltaram aos seus afazeres, as piadas e conversas profissionais retomando o ritmo habitual do barco.

E então, Mei apareceu. Surgiu no topo da rampa, mochila nas costas, passos firmes. O coração de Heather disparou só de vê-la. A engenheira caminhava decidida, sem olhar para os lados, como se atravessasse um campo minado. Victor e Hans foram os primeiros a saudá-la com brincadeiras leves, tentando quebrar o gelo. Boris apenas inclinou a cabeça em cumprimento.

Heather não conseguiu se mover. Queria correr até ela, abraçá-la, mas as pernas ficaram presas ao chão. Quando os olhos de Mei cruzaram com os dela, por um instante, tudo pareceu parar. Mas Mei desviou o olhar rápido, seguindo para o convés. O gesto foi simples, mas cortante. Heather ensaiou um passo, depois recuou. Tudo bem, se Mei não estava pronta agora, ela iria tentar em um outro momento.

- Bom... ela veio. - murmurou para si mesma, aliviada.

Ela respirou fundo, serviu a sua dose de tequila e tomou. Mesmo que não tivesse feito a tradição na noite anterior, esperava que a superstição funcionasse. Girou a alavanca do motor e começou a retirar o Queen Seas do porto. A embarcação respondeu, poderosa e firme, cortando as águas geladas do mar de Bering em direção à região de pesca do caranguejo das neves.

O coração de Heather estava apertado pela situação mal resolvida com Mei, mas uma faísca de alívio e esperança surgiu: ao menos a engenheira estava com ela, presente na temporada. Mais tempo juntas significava mais chances de consertar o que fora quebrado.

Ao mesmo tempo, a capitã sentiu a apreensão de enfrentar o mar gelado de Bering novamente. Cada onda poderia se transformar em perigo; cada descuido poderia terminar em tragédia. Mas com Mei a bordo, Heather sabia que enfrentaria tudo, mesmo com o coração pesado, determinada a proteger não só a tripulação, mas também o que mais importava para ela.


Fim do capítulo


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